Buscar

Oficinas Pedagógicas como estratégia de ensino, metodologia eficaz no processo ensino aprendizagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1-Luciana Cugiki 
2-Gesiele Reis – Mestra em Educação 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso PED 1536 – Seminário Interdisciplinar VII – 
03/06/2019 
 
OFICINAS PEDAGÓGICAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO, 
METODOLOGIA EFICAZ NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
 
RESUMO 
As Oficinas Pedagógicas são ferramentas poderosas no processo ensino-aprendizagem, podendo ser 
trabalhadas de modo interdisciplinar, abordando várias disciplinas ao mesmo tempo. Apresento 
neste trabalho as concepções de oficina pedagógica, baseadas nos referenciais escritos de Célestin 
Freinet (2004) e Paulo Freire (1996), dedicados à uma educação libertadora, tendo como objetivo 
geral: Analisar as finalidades das oficinas pedagógicas. E como objetivos específicos: Explanar a 
postura do professor diante de novas práticas docentes; Apresentar as oficinas pedagógicas como 
metodologia de ensino eficaz no processo ensino-aprendizagem. E embora no conceito de oficina 
pedagógica ainda, atualmente, não tenham sido exploradas todos os princípios estabelecidos por 
Freinet, utiliza-se a oficina pedagógica, designando-a como tal, em situações de 
ensino/aprendizagem que envolvam professor e alunos num trabalho motivante e participativo, 
aliando a teoria com a prática, considerando o professor mediador e não detentor do conhecimento. 
 
Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas; Interdisciplinar; Professor; 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 As Oficinas Pedagógicas são ferramentas poderosas no processo ensino-aprendizagem, podendo 
ser trabalhadas de modo interdisciplinar, abordando várias disciplinas ao mesmo tempo. Apresento 
neste trabalho as concepções de oficina pedagógica, baseadas nos referenciais escritos de Célestin 
Freinet (2004) e Paulo Freire (1996), dedicados à uma educação libertadora, tendo como: 
Objetivo geral: 
- Analisar as finalidades das oficinas pedagógicas. 
Objetivos específicos: 
- Explanar a postura do professor diante de novas práticas docentes. 
- Apresentar as oficinas pedagógicas como metodologia de ensino eficaz no processo ensino-
aprendizagem. 
 
2 
 
 Os maiores responsáveis pelo sucesso escolar são os professores, cabe eles à difícil missão de 
prover práticas de ensino que envolvam seus alunos e transformem o espaço escolar em algo 
prazeroso e eficiente na construção do conhecimento. E para isso o professor não pode ser detentor 
do conhecimento, precisa ser mediador. Em Pedagogia da Autonomia, Freire (1996, p.12) enfatiza 
sobre a formação do educador: 
É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, 
desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito 
também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é 
transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua 
construção. 
 
 A pedagogia tradicional ainda é a base da formação docente e do trabalho dos professores na 
educação escolar, contudo, experiências comprovam que práticas docentes diferenciadas são 
extremamente eficazes no auxílio ao aprendizado. É preciso que antigos e novos professores revejam 
suas metodologias de ensino e busquem aperfeiçoar-se, possibilitando aos educandos um processo 
ensino-aprendizagem mais efetivo formando cidadãos mais participativos e críticos. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 A prática docente é um assunto sempre em discussão, norteada por uma pedagogia tradicional 
que ao longo dos séculos construiu uma educação pautada na figura do professor e que diante das 
grandes transformações sociais, da emancipação das classes ditas “inferiores”, do acesso facilitado às 
informações com a criação da internet, percebesse a gritante necessidade de reconstruir os paradigmas 
que sufocam a educação bancária fornecida pelos governantes e aceita pela população. O papel do 
professor vai além de apenas transmitir conhecimentos e conteúdos pré-determinados, de acordo com 
Freire (1996, p.13): 
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar 
a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas 
tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que 
devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não 
tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do 
objeto ou do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no 
“tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à 
produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições 
implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, 
inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. 
 
Cabe ao professor a difícil tarefa de transpor as barreiras da submissão, do hábito, da falta de recursos 
financeiros e fazer o possível para produzir uma educação efetiva no seu âmbito escolar. E como 
fazer isso? Se até mesmo as formações docentes atuais exigem um comportamento diferente do 
professor mas não oportunizam este aprendizado dentro das universidades. Praticamente toda a 
3 
 
formação docente ainda encontra-se baseada no modelo tradicional exigindo boas notas nas provas e 
pouco ensinando sobre a realidade do dia a dia do processo educativo escolar. O professor quando 
escolhe ser professor deve estar ciente que precisará de boa vontade, de amor pela profissão, de 
respeito pelos seus alunos, Freire (1996, p.26) nos alerta sobre ser professor: 
Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a dignidade do 
educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo pensar também, como já 
salientei, em como ter uma prática educativa em que aquele respeito, que sei dever ter 
ao educando, se realize em lugar de ser negado. Isto exige de mim uma reflexão crítica 
permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu 
próprio fazer com os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma 
pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor 
é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo. 
 
 Analisando esses pressupostos entendemos como é importante a emancipação do professor em 
relação a pedagogia tradicional, e que parte do professor a iniciativa de tornar sua prática educativa 
mais eficiente e reflexiva. Nessa caminhada pelos docentes que buscam prover um ensino de 
qualidade e que faça a diferença, auxiliando os educandos no processo ensino-aprendizagem 
encontramos as Oficinas Pedagógicas que envolvem atividades práticas, reflexivas que levam em 
consideração os conhecimentos prévios dos alunos. As oficinas pedagógicas são exemplos de 
atividades que podem ser realizadas promovendo a interação da teoria com a prática possibilitando 
uma aprendizagem mais interessante e próxima da realidade do aluno. 
 As primeiras experiências são registradas no início do século. O termo é utilizado por Célestin 
Freinet, a escola por ele idealizada é vista como elemento ativo de mudança social. Apresenta o 
trabalho e os jogos como atividades fundamentais, elaborados com base na experimentação e 
documentação, dando as alunos possibilidades de aprofundarem seus conhecimentos. Questiona a 
escolha de materiais, de locais e de condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. 
Preocupado com o destino da escolaridade das crianças das classe operarias, o educador procurou 
desenvolver uma prática pedagógica que favorecesse a aprendizagem dessas crianças, propôs formas 
alternativas de aprendizagem em sala de aula tornandoo ato de aprender interessante e prazeroso, 
numa tentativa de reduzir o fracasso escolar. E evidencia em sua Obra Pedagogia do Bom Senso, a 
importância do papel do professor e descreve alguns comportamentos ainda persistentes nos 
professores atuais, estagnados no ensino tradicional, exigindo uma reflexão aprofundada: 
“Vocês, educadores, agem todos um pouco como alguns pais que, quanto mais terríveis foram quando 
crianças, mais ferozmente severos são com os filhos, ou como o adulto que caminha apressado, sem 
reparar na criança ao seu lado que tem de dar três passos enquanto ele dá um.”(FREINET,2004, p.24). 
 E condena a pedagogia autoritária, onde os educandos apenas escutam, sem fazerem objeções, 
sem criticarem, sem discutiram, sem se perguntarem se esse ou aquele conteúdo fazem sentindo e se 
servem para alguma coisa útil. E desaprova o conhecimento centrado no professor, que condiciona 
4 
 
os alunos à serem apenas ouvintes inertes, que condiciona, que restringe, que doméstica. 
Cuidadosamente faz uma comparação: 
Você já se perguntou por que é que a raposa capturada viva definha e morre na prisão, 
sejam quais forem os cuidados e a ciência aplicados para oferecer-lhe o alimento 
específico? Por que razão o pardal também não suporta o cativeiro, e que instinto mais 
forte do que a necessidade de viver impele algumas espécies a deixar-se morrer de 
fome em vez de se acomodar em cercados e grades? Você conclui filosoficamente: 
"Eles não vivem em jaulas... não podem ser domesticados!" E você pensou que o 
mesmo sucedia com as crianças, pelo menos com aquelas — e a proporção é maior 
do que se julga — em que o adestramento ou o atavismo não conseguiram resignar à 
obediência e à passividade: ouvem sempre distraidamente as palavras que você 
pronuncia e, com o olhar vago, fitam para além das grades... da janela, o mundo livre 
de que conservam para sempre a nostalgia. Você diz: "Estão no mundo da lua..." Estão 
na realidade, na realidade da sua vida, e é você que passa de lado, com o seu vacilante 
toco de vela. (FREINET,2004, p.36-37) 
 
 Essa é a realidade e o comportamento da maioria dos professores em sala de aula, considerando 
a maior parte das escolas públicas brasileiras. Alunos enfileirados em carteiras escolares devidamente 
proporcionais às suas estaturas mas que na maioria das vezes assenta alunos ouvintes, que participam 
da rotina escolar sem questionarem a razão pela qual estão lá, alertados por seus pais e responsáveis 
que estudar é importante para se ter um bom trabalho. Freinet ressalta no conceito de oficina 
pedagógica, um caminho diferente para obter-se o aprendizado de forma mais efetiva e interessante, 
considerando os interesses dos alunos. 
 
 E embora no conceito de oficina pedagógica ainda, atualmente, não tenham sido exploradas 
todos os princípios estabelecidos por Freinet, utiliza-se a oficina pedagógica em situações de 
ensino/aprendizagem que envolvam professor e alunos num trabalho motivante e participativo. No 
Brasil, Oficina como Prática Pedagógica surge na década de 80, tendo como propósito norteador a 
melhoria da qualidade do ensino, no sentido de superar o baixo desempenho escolar. 
 O que seria uma oficina pedagógica? Define-se oficina como “lugar próprio para elaboração, 
fabricação ou conserto de máquinas ou outras coisa”. (OFICINA,30 mai.2019). Na Wikipédia 
encontramos a definição de oficina pedagógica como sendo um ambiente destino ao desenvolvimento 
de aptidões e habilidades, mediante atividades laborativas orientadas por professores capacitados 
(OFICINA,2019). São designadas como estratégias de ensino que possibilitam a implantação de 
diferentes metodologias no processo ensino-aprendizagem. São instrumentos poderosos para o 
aperfeiçoamento didático em uma escola, uma classe, um grupo de professores e coordenadores, entre 
outros. Entende-se como como uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, que possibilita a 
inovação, a troca de experiências e a construção de conhecimentos. Assim professor e alunos tem a 
oportunidade de interação, o que torna a experiência mais enriquecedora. O estudo de um tema em 
oficinas pedagógicas permite a comparação entre experiências diversificadas, é um espaço para o 
diálogo, vivências e partilha tendo como foco a construção coletiva do conhecimento. Fontana e 
5 
 
Paviani (2009) consideram a oficina pedagógica como um momento de aprendizagem ativa, com a 
descoberta de novas possibilidades de aprendizagem e de ensino gerando um ambiente de trabalho 
em equipe, utilizando situações reais e concretas trabalhando a interdisciplinaridade de conteúdos 
capazes de promover o desenvolvimento de atitudes críticas. 
 A intencionalidade das oficinas pedagógicas é de proporcionar atividades práticas, reflexivas, 
de caráter investigativo, de construção e reconstrução de conceitos, de questionamentos de ideias 
levando sempre em consideração os conhecimentos prévios dos participantes, proporcionando a 
interação entre teoria e prática possibilitando e estimulando a criatividade, a produção própria e 
coletiva, o trabalho em grupo, a troca de experiências e conhecimentos. 
 Como planejar uma oficina pedagógica eficiente? 
 Inicialmente identifica-se o motivo da realização da oficina, pode ser a necessidade de um 
introduzir um novo conceito, avaliar um assunto aprendido, etc., o objetivo precisa ser sempre bem 
definido. O planejamento deve ser composto por uma quantidade reduzida de atividades significativas 
e envolventes nas quais os participantes tenham tempo para sensibilizar-se, provocar, questionar, 
criar, analisar e sintetizar o conhecimento. A intenção das oficinas pedagógicas não é de prover a 
absorção de muitos conteúdos em um curto espaço de tempo mas sim de oportunizar aos alunos 
possibilidades e caminhos novos de aprendizagem, trabalhando interdisciplinarmente várias 
disciplinas, explorando a oralidade, a escrita, a interação social, o respeito pela opinião do colega, 
entre tantas outras possibilidades que as oficinas pedagógicas podem envolver. É uma metodologia 
diferenciada capaz de abordar diversos fatores sociais sem que ao alunos se sintam pressionados e 
entediados. 
Uma oficina é, pois, uma oportunidade de vivenciar situações concretas e 
significativas, baseada no tripé: sentir-pensar-agir, com objetivos pedagógicos. Nesse 
sentido, a metodologia da oficina muda o foco tradicional da aprendizagem 
(cognição), passando a incorporar a ação e a reflexão. Em outras palavras, numa 
oficina ocorrem apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e 
práticos, de forma ativa e reflexiva. (FONTANA; PAVIANI, 2009 p.78) 
 
 A oficina como qualquer outra proposta pedagógica orienta-se pelo planejamento. O professor 
deve estar atento aos seus objetivos e considerar a oficina uma prática pedagógica flexível que se 
desenvolve a partir da socialização e questionamento dos participantes. O professor participa como 
mediador do processo de aprendizagem, direcionando os alunos, esclarecendo dúvidas, propondo os 
objetivos a serem alcançados mas deixando os alunos construírem o caminho. 
A organização para o funcionamento da classe através das oficinas expõe o grupo-
classe a uma nova visão da disciplina (leva o aluno a estabelecer um conjunto de 
relações sociais que atuam sobre suas concepções de homem, mundo e sociedade). 
Seu objetivo fundamental é a realização de um trabalho real e socialmente produtivo, 
centro de toda atividade escolar. A organização cooperativa da classe facilita o 
6 
 
trabalho e a interação na sala de aula. A elaboração e o desenvolvimento do 
conhecimento estão ligados ao processo de conscientizaçãoque condiciona 
pensamento e ação. Portanto, ao educador cabe fornecer condições de trabalho e ação, 
aproximar o educando da realidade para que este possa desvendá-la e criticá-la, para 
poder reconstruí-la e reinventá-la, transformando, assim, a simples esfera da 
apreensão. (ELIAS, 2017, p.618) 
 
 Ressaltando que essa prática deve ser utilizada também na formação e na reciclagem dos professores, 
pois é uma fonte ampla de construção de conhecimento. 
 As escolas tem um importante papel no desenvolvimentos de estratégias que permitam os 
educandos a refletir, reinventar-se e propor o pensar criativo, sem imposições. De acordo com a 
BNCC (2017, p.14) “A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a questões 
centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover 
redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado”. Tornando necessário que antigos 
e novos professores analisem suas formações acadêmicas e repensem suas práticas pedagógicas 
promovendo metodologias de ensino que englobem a diversidade cultural e social buscando 
desenvolver as habilidades de seus educandos respeitando suas dificuldades e diferenças. 
 
3 MATERIAS E MÉTODOS 
 
 O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa documental qualitativa. Utilizando 
livros, artigos escritos sobre o tema e material existente na internet e bibliotecas: 
“a pesquisa documental devido a suas características, podes ser confundida com a 
pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses dois 
tipos de pesquisa a natureza das fontes de ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa 
bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre 
determinado assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não 
receberam ainda um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo 
com os objetivos da pesquisa. [...] A utilização da pesquisa documental é destacado 
no momento em que podemos organizar informações que se encontram dispersas, 
conferindo-lhe uma nova importância como fonte de consulta.” (PRODANOV; 
FREITAS,2013 p.55/56) 
 O trabalho refere-se a uma abordagem das oficinas pedagógicas como metodologia de ensino 
diferenciada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem de modo mais efetivo considerando a 
realidade e o conhecimento prévio dos educandos. A presente pesquisa foi elaborada a partir de 
leituras de cunho pedagógico, considerando a teoria aprendida no Curso de Pedagogia a distância da 
Uniasselvi. 
 
 
7 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Analisando as oficinas pedagógicas como recurso para uma aprendizagem mais efetiva, 
principalmente em escolas públicas, onde as crianças já por sua condição social são menos 
favorecidas. Percebe-se uma ferramenta muito útil e poderosa no processo ensino-aprendizagem, 
favorecendo a inclusão, a discussão da diversidade cultural e social, a construção coletiva e individual 
do conhecimento. 
 As oficinas pedagógicas podem ser trabalhadas com diversos temas, conteúdos, com formação 
de grupos ou duplas, explorando conceitos, buscando a solução de problemas, etc. Como exemplos, 
deixo registrado duas atividades desenvolvidas no curso de Pedagogia: Oficina de Cupcake e um 
Telejornal, atividades realizadas em estágio da educação infantil e dos anos inicias do ensino 
fundamental, respectivamente. São eles: 
 
OFICINA DE CUPCAKE 
TEMA: Criança na cozinha, Oficina de cupcake. 
FAIXA ETÁRIA: Crianças de 4 a 10 anos, Educação Infantil e anos iniciais do ensino fundamental. 
DURAÇÃO: De 2 a 3 horas. 
DISCIPLINAS: 
 Matemática: através de frações, medidas (volume), peso, sequencia (1° 2° 3° ... etc.) formas, 
etc. 
 Língua portuguesa: leitura, estimulando e aumentando o vocabulário. 
 Arte: criatividade, cores, fruição. 
 História: Receitas históricas, associação do período em que a receita foi criada. 
 Ciências: noções de higiene com o corpo e alimentos. 
OBJETIVOS: 
 Apresentar para as crianças noções de higiene e cuidados com os alimentos. 
 Enfatizar bons modos à mesa, segurança e limpeza. 
 Estabelecer relações entre medidas e espaço. 
 Orientar para evitar o desperdício de alimentos. 
 Estimular a criatividade na decoração. 
 Apresentar a transformação dos alimentos com sua mistura e aquecimento. 
8 
 
 Desenvolvimento da coordenação motora através dos movimentos de cortar, picar, triturar, 
enrolar, etc. 
MATERIAIS: Forminhas de papel, ingredientes para bolo, confeitos, glacê, forno, batedeira, 
liquidificador, colheres de vários tamanhos, xícaras, forma de alumínio, corantes, sacos de confeitar, 
bicos de confeitar. 
AVALIAÇÃO: através da participação individual e coletiva, compreensão dos objetivos, realização 
e apresentação do evento. 
OBS.: os objetivos podem ser modificados de acordo com a faixa etária dos alunos sendo agregados 
outros propósitos. 
 
 FIGURA 1 – OFICINA DE CUPCAKE 
 
 FONTE: arquivo da autora 
 
 
 
 
9 
 
 FIGURA 2 - MEDIDAS 
 
 FONTE: arquivo da autora 
 
 FIGURA 3 - CONFEITANDO 
 
 FONTE: arquivo da autora 
 
 
10 
 
OFICINA: CONSTRUÇÃO TELEJORNAL 
TEMA: Características regionais e culturais brasileiras. 
FAIXA ETÁRIA: de 10 a 14 anos, anos iniciais do ensino fundamental. 
DURAÇÃO: 20aulas de 45 minutos. 
DISCIPLINAS: 
 Língua portuguesa: leitura, pesquisa, construção de texto. 
 Arte: montagem de cenário, dramatização. 
 História: heranças culturais deixadas pelos colonizadores do Brasil. 
 Geografia: localização e descrição das regiões brasileiras. 
 
OBJETIVOS: 
 Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade, 
elementos de distintas culturas valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua 
contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira. 
 Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a 
partir de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as 
convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. 
 Prática de ensino de gênero jornalístico englobando português, história, geografia e arte de 
maneira interdisciplinar. 
 Práticas de linguagem relacionadas à interação e a autoria (individual ou coletiva) do texto 
escrito, oral e multissemiótico. 
 Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma 
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) 
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 
 Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística. 
 Experimentar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, trabalhando a 
autonomia e a autocrítica. 
MATERIAIS: material de pesquisa podendo ser livros, revistas, internet, periódicos, celular para 
gravação, televisão para exibição das gravações, notebook, trajes de passeio e afins. 
AVALIAÇÃO: através da participação individual e coletiva, compreensão dos objetivos, realização 
e apresentação do evento. 
11 
 
OBS.: os objetivos podem ser modificados de acordo com a faixa etária dos alunos sendo agregados 
outros propósitos. 
 
 FIGURA 4 – APRESENTANDO O TELEJORNAL 
 
 FONTE:arquivo da autora 
 
 
 
 
 
12 
 
 FIGURA 5 – APRESENTAÇÃO DO JORNAL PARTE II 
 
 FONTE: arquivo da autora 
 
 
5 CONCLUSÕES 
 
 Tudo que é novo causa insegurança porque se trata de novos desafios, pensar e rever práticas 
docentes, abordagens teóricas de ensino e interdisciplinaridade provocam mudanças. O envolvimento 
com mudanças não cabe somente ao professor mas é também dever da escola, que deve empenhar-se 
nesse processo de transformação, apoiando, dando condições de tempo e espaço para que as questões 
de ensino desenvolvam-se com eficiência. Possibilitando que educandos com suas diferenças e 
dificuldades trabalhem juntos em um mesmo projeto, partilhando seus conhecimentos tendo sua 
13 
 
individualidade respeitada e vista como participante de uma história coletiva, onde todos saem 
ganhando. As oficinas pedagógicas apresentam-se colaboradoras deste processo ensino-
aprendizagem que tanto é discutido, oferecendo oportunidades de construção, de conhecimento 
dentro da realidade dos alunos e/ou professores. Apresentei esses dois exemplos de oficina, 
justamente por ter participado da idealização e construção delas, essa duas oficinas foram realizadas 
em diferentes períodos do curso de pedagogia e analisando-as percebo a minha própria evolução, de 
que quanto mais pesquisa, mais leitura, mais vontade de criar algo que contribua para a construção e 
evolução da minha prática docente mais próxima e comprometida estarei de alcançar sucesso na 
minha profissão. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. MEC. 6 de abril de 2017. 
ELIAS, Marisa Del Cioppo. A atualidade da proposta pedagógica de Célestin Freinet. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. esp. 1, p.612-619, 2017. Disponível em: 
<http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v12.n.esp.1.2017.9666>. E-ISSN: 1982-5587. Acesso em 29 
mai.2019. 
FREINET, Célestin. Pedagogia do Bom Senso. Tradução J. Batista. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2004. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São 
Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
FONTANA, Niura Maria. PAVIANI, Neires Maria Soldatelli; Oficinas Pedagógicas: relato de uma 
experiência. Caxias do Sul: Conjectura,2009. 
 
OFICINA. In: DICIO, Dicionário online de português. Porto: 7graus,2018. Disponível 
em:<https://www.dicio.com.br/oficina/>. Acesso em: 30 mai.2019. 
OFICINA. In: Wikipédea: a enciclopédia livre,2017. Disponível em: 
<https:pt.wikipedia.org/wiki/Oficina>. Acesso em: 31 mai.2019. 
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani César de. Metodologia do trabalho científico: 
Métodos e Técnicas de Pesquisa e do trabalho acadêmico. 2.ed. Rio Grande do Sul: Universidade 
FEEVALE, 2013.

Continue navegando

Outros materiais