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1-Luciana Cugiki 2-Gesiele Reis – Mestra em Educação Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso PED 1536 – Seminário Interdisciplinar VII – 03/06/2019 OFICINAS PEDAGÓGICAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO, METODOLOGIA EFICAZ NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO As Oficinas Pedagógicas são ferramentas poderosas no processo ensino-aprendizagem, podendo ser trabalhadas de modo interdisciplinar, abordando várias disciplinas ao mesmo tempo. Apresento neste trabalho as concepções de oficina pedagógica, baseadas nos referenciais escritos de Célestin Freinet (2004) e Paulo Freire (1996), dedicados à uma educação libertadora, tendo como objetivo geral: Analisar as finalidades das oficinas pedagógicas. E como objetivos específicos: Explanar a postura do professor diante de novas práticas docentes; Apresentar as oficinas pedagógicas como metodologia de ensino eficaz no processo ensino-aprendizagem. E embora no conceito de oficina pedagógica ainda, atualmente, não tenham sido exploradas todos os princípios estabelecidos por Freinet, utiliza-se a oficina pedagógica, designando-a como tal, em situações de ensino/aprendizagem que envolvam professor e alunos num trabalho motivante e participativo, aliando a teoria com a prática, considerando o professor mediador e não detentor do conhecimento. Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas; Interdisciplinar; Professor; 1 INTRODUÇÃO As Oficinas Pedagógicas são ferramentas poderosas no processo ensino-aprendizagem, podendo ser trabalhadas de modo interdisciplinar, abordando várias disciplinas ao mesmo tempo. Apresento neste trabalho as concepções de oficina pedagógica, baseadas nos referenciais escritos de Célestin Freinet (2004) e Paulo Freire (1996), dedicados à uma educação libertadora, tendo como: Objetivo geral: - Analisar as finalidades das oficinas pedagógicas. Objetivos específicos: - Explanar a postura do professor diante de novas práticas docentes. - Apresentar as oficinas pedagógicas como metodologia de ensino eficaz no processo ensino- aprendizagem. 2 Os maiores responsáveis pelo sucesso escolar são os professores, cabe eles à difícil missão de prover práticas de ensino que envolvam seus alunos e transformem o espaço escolar em algo prazeroso e eficiente na construção do conhecimento. E para isso o professor não pode ser detentor do conhecimento, precisa ser mediador. Em Pedagogia da Autonomia, Freire (1996, p.12) enfatiza sobre a formação do educador: É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. A pedagogia tradicional ainda é a base da formação docente e do trabalho dos professores na educação escolar, contudo, experiências comprovam que práticas docentes diferenciadas são extremamente eficazes no auxílio ao aprendizado. É preciso que antigos e novos professores revejam suas metodologias de ensino e busquem aperfeiçoar-se, possibilitando aos educandos um processo ensino-aprendizagem mais efetivo formando cidadãos mais participativos e críticos. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A prática docente é um assunto sempre em discussão, norteada por uma pedagogia tradicional que ao longo dos séculos construiu uma educação pautada na figura do professor e que diante das grandes transformações sociais, da emancipação das classes ditas “inferiores”, do acesso facilitado às informações com a criação da internet, percebesse a gritante necessidade de reconstruir os paradigmas que sufocam a educação bancária fornecida pelos governantes e aceita pela população. O papel do professor vai além de apenas transmitir conhecimentos e conteúdos pré-determinados, de acordo com Freire (1996, p.13): O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Cabe ao professor a difícil tarefa de transpor as barreiras da submissão, do hábito, da falta de recursos financeiros e fazer o possível para produzir uma educação efetiva no seu âmbito escolar. E como fazer isso? Se até mesmo as formações docentes atuais exigem um comportamento diferente do professor mas não oportunizam este aprendizado dentro das universidades. Praticamente toda a 3 formação docente ainda encontra-se baseada no modelo tradicional exigindo boas notas nas provas e pouco ensinando sobre a realidade do dia a dia do processo educativo escolar. O professor quando escolhe ser professor deve estar ciente que precisará de boa vontade, de amor pela profissão, de respeito pelos seus alunos, Freire (1996, p.26) nos alerta sobre ser professor: Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo pensar também, como já salientei, em como ter uma prática educativa em que aquele respeito, que sei dever ter ao educando, se realize em lugar de ser negado. Isto exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo. Analisando esses pressupostos entendemos como é importante a emancipação do professor em relação a pedagogia tradicional, e que parte do professor a iniciativa de tornar sua prática educativa mais eficiente e reflexiva. Nessa caminhada pelos docentes que buscam prover um ensino de qualidade e que faça a diferença, auxiliando os educandos no processo ensino-aprendizagem encontramos as Oficinas Pedagógicas que envolvem atividades práticas, reflexivas que levam em consideração os conhecimentos prévios dos alunos. As oficinas pedagógicas são exemplos de atividades que podem ser realizadas promovendo a interação da teoria com a prática possibilitando uma aprendizagem mais interessante e próxima da realidade do aluno. As primeiras experiências são registradas no início do século. O termo é utilizado por Célestin Freinet, a escola por ele idealizada é vista como elemento ativo de mudança social. Apresenta o trabalho e os jogos como atividades fundamentais, elaborados com base na experimentação e documentação, dando as alunos possibilidades de aprofundarem seus conhecimentos. Questiona a escolha de materiais, de locais e de condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. Preocupado com o destino da escolaridade das crianças das classe operarias, o educador procurou desenvolver uma prática pedagógica que favorecesse a aprendizagem dessas crianças, propôs formas alternativas de aprendizagem em sala de aula tornandoo ato de aprender interessante e prazeroso, numa tentativa de reduzir o fracasso escolar. E evidencia em sua Obra Pedagogia do Bom Senso, a importância do papel do professor e descreve alguns comportamentos ainda persistentes nos professores atuais, estagnados no ensino tradicional, exigindo uma reflexão aprofundada: “Vocês, educadores, agem todos um pouco como alguns pais que, quanto mais terríveis foram quando crianças, mais ferozmente severos são com os filhos, ou como o adulto que caminha apressado, sem reparar na criança ao seu lado que tem de dar três passos enquanto ele dá um.”(FREINET,2004, p.24). E condena a pedagogia autoritária, onde os educandos apenas escutam, sem fazerem objeções, sem criticarem, sem discutiram, sem se perguntarem se esse ou aquele conteúdo fazem sentindo e se servem para alguma coisa útil. E desaprova o conhecimento centrado no professor, que condiciona 4 os alunos à serem apenas ouvintes inertes, que condiciona, que restringe, que doméstica. Cuidadosamente faz uma comparação: Você já se perguntou por que é que a raposa capturada viva definha e morre na prisão, sejam quais forem os cuidados e a ciência aplicados para oferecer-lhe o alimento específico? Por que razão o pardal também não suporta o cativeiro, e que instinto mais forte do que a necessidade de viver impele algumas espécies a deixar-se morrer de fome em vez de se acomodar em cercados e grades? Você conclui filosoficamente: "Eles não vivem em jaulas... não podem ser domesticados!" E você pensou que o mesmo sucedia com as crianças, pelo menos com aquelas — e a proporção é maior do que se julga — em que o adestramento ou o atavismo não conseguiram resignar à obediência e à passividade: ouvem sempre distraidamente as palavras que você pronuncia e, com o olhar vago, fitam para além das grades... da janela, o mundo livre de que conservam para sempre a nostalgia. Você diz: "Estão no mundo da lua..." Estão na realidade, na realidade da sua vida, e é você que passa de lado, com o seu vacilante toco de vela. (FREINET,2004, p.36-37) Essa é a realidade e o comportamento da maioria dos professores em sala de aula, considerando a maior parte das escolas públicas brasileiras. Alunos enfileirados em carteiras escolares devidamente proporcionais às suas estaturas mas que na maioria das vezes assenta alunos ouvintes, que participam da rotina escolar sem questionarem a razão pela qual estão lá, alertados por seus pais e responsáveis que estudar é importante para se ter um bom trabalho. Freinet ressalta no conceito de oficina pedagógica, um caminho diferente para obter-se o aprendizado de forma mais efetiva e interessante, considerando os interesses dos alunos. E embora no conceito de oficina pedagógica ainda, atualmente, não tenham sido exploradas todos os princípios estabelecidos por Freinet, utiliza-se a oficina pedagógica em situações de ensino/aprendizagem que envolvam professor e alunos num trabalho motivante e participativo. No Brasil, Oficina como Prática Pedagógica surge na década de 80, tendo como propósito norteador a melhoria da qualidade do ensino, no sentido de superar o baixo desempenho escolar. O que seria uma oficina pedagógica? Define-se oficina como “lugar próprio para elaboração, fabricação ou conserto de máquinas ou outras coisa”. (OFICINA,30 mai.2019). Na Wikipédia encontramos a definição de oficina pedagógica como sendo um ambiente destino ao desenvolvimento de aptidões e habilidades, mediante atividades laborativas orientadas por professores capacitados (OFICINA,2019). São designadas como estratégias de ensino que possibilitam a implantação de diferentes metodologias no processo ensino-aprendizagem. São instrumentos poderosos para o aperfeiçoamento didático em uma escola, uma classe, um grupo de professores e coordenadores, entre outros. Entende-se como como uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, que possibilita a inovação, a troca de experiências e a construção de conhecimentos. Assim professor e alunos tem a oportunidade de interação, o que torna a experiência mais enriquecedora. O estudo de um tema em oficinas pedagógicas permite a comparação entre experiências diversificadas, é um espaço para o diálogo, vivências e partilha tendo como foco a construção coletiva do conhecimento. Fontana e 5 Paviani (2009) consideram a oficina pedagógica como um momento de aprendizagem ativa, com a descoberta de novas possibilidades de aprendizagem e de ensino gerando um ambiente de trabalho em equipe, utilizando situações reais e concretas trabalhando a interdisciplinaridade de conteúdos capazes de promover o desenvolvimento de atitudes críticas. A intencionalidade das oficinas pedagógicas é de proporcionar atividades práticas, reflexivas, de caráter investigativo, de construção e reconstrução de conceitos, de questionamentos de ideias levando sempre em consideração os conhecimentos prévios dos participantes, proporcionando a interação entre teoria e prática possibilitando e estimulando a criatividade, a produção própria e coletiva, o trabalho em grupo, a troca de experiências e conhecimentos. Como planejar uma oficina pedagógica eficiente? Inicialmente identifica-se o motivo da realização da oficina, pode ser a necessidade de um introduzir um novo conceito, avaliar um assunto aprendido, etc., o objetivo precisa ser sempre bem definido. O planejamento deve ser composto por uma quantidade reduzida de atividades significativas e envolventes nas quais os participantes tenham tempo para sensibilizar-se, provocar, questionar, criar, analisar e sintetizar o conhecimento. A intenção das oficinas pedagógicas não é de prover a absorção de muitos conteúdos em um curto espaço de tempo mas sim de oportunizar aos alunos possibilidades e caminhos novos de aprendizagem, trabalhando interdisciplinarmente várias disciplinas, explorando a oralidade, a escrita, a interação social, o respeito pela opinião do colega, entre tantas outras possibilidades que as oficinas pedagógicas podem envolver. É uma metodologia diferenciada capaz de abordar diversos fatores sociais sem que ao alunos se sintam pressionados e entediados. Uma oficina é, pois, uma oportunidade de vivenciar situações concretas e significativas, baseada no tripé: sentir-pensar-agir, com objetivos pedagógicos. Nesse sentido, a metodologia da oficina muda o foco tradicional da aprendizagem (cognição), passando a incorporar a ação e a reflexão. Em outras palavras, numa oficina ocorrem apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos, de forma ativa e reflexiva. (FONTANA; PAVIANI, 2009 p.78) A oficina como qualquer outra proposta pedagógica orienta-se pelo planejamento. O professor deve estar atento aos seus objetivos e considerar a oficina uma prática pedagógica flexível que se desenvolve a partir da socialização e questionamento dos participantes. O professor participa como mediador do processo de aprendizagem, direcionando os alunos, esclarecendo dúvidas, propondo os objetivos a serem alcançados mas deixando os alunos construírem o caminho. A organização para o funcionamento da classe através das oficinas expõe o grupo- classe a uma nova visão da disciplina (leva o aluno a estabelecer um conjunto de relações sociais que atuam sobre suas concepções de homem, mundo e sociedade). Seu objetivo fundamental é a realização de um trabalho real e socialmente produtivo, centro de toda atividade escolar. A organização cooperativa da classe facilita o 6 trabalho e a interação na sala de aula. A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientizaçãoque condiciona pensamento e ação. Portanto, ao educador cabe fornecer condições de trabalho e ação, aproximar o educando da realidade para que este possa desvendá-la e criticá-la, para poder reconstruí-la e reinventá-la, transformando, assim, a simples esfera da apreensão. (ELIAS, 2017, p.618) Ressaltando que essa prática deve ser utilizada também na formação e na reciclagem dos professores, pois é uma fonte ampla de construção de conhecimento. As escolas tem um importante papel no desenvolvimentos de estratégias que permitam os educandos a refletir, reinventar-se e propor o pensar criativo, sem imposições. De acordo com a BNCC (2017, p.14) “A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado”. Tornando necessário que antigos e novos professores analisem suas formações acadêmicas e repensem suas práticas pedagógicas promovendo metodologias de ensino que englobem a diversidade cultural e social buscando desenvolver as habilidades de seus educandos respeitando suas dificuldades e diferenças. 3 MATERIAS E MÉTODOS O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa documental qualitativa. Utilizando livros, artigos escritos sobre o tema e material existente na internet e bibliotecas: “a pesquisa documental devido a suas características, podes ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses dois tipos de pesquisa a natureza das fontes de ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. [...] A utilização da pesquisa documental é destacado no momento em que podemos organizar informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância como fonte de consulta.” (PRODANOV; FREITAS,2013 p.55/56) O trabalho refere-se a uma abordagem das oficinas pedagógicas como metodologia de ensino diferenciada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem de modo mais efetivo considerando a realidade e o conhecimento prévio dos educandos. A presente pesquisa foi elaborada a partir de leituras de cunho pedagógico, considerando a teoria aprendida no Curso de Pedagogia a distância da Uniasselvi. 7 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Analisando as oficinas pedagógicas como recurso para uma aprendizagem mais efetiva, principalmente em escolas públicas, onde as crianças já por sua condição social são menos favorecidas. Percebe-se uma ferramenta muito útil e poderosa no processo ensino-aprendizagem, favorecendo a inclusão, a discussão da diversidade cultural e social, a construção coletiva e individual do conhecimento. As oficinas pedagógicas podem ser trabalhadas com diversos temas, conteúdos, com formação de grupos ou duplas, explorando conceitos, buscando a solução de problemas, etc. Como exemplos, deixo registrado duas atividades desenvolvidas no curso de Pedagogia: Oficina de Cupcake e um Telejornal, atividades realizadas em estágio da educação infantil e dos anos inicias do ensino fundamental, respectivamente. São eles: OFICINA DE CUPCAKE TEMA: Criança na cozinha, Oficina de cupcake. FAIXA ETÁRIA: Crianças de 4 a 10 anos, Educação Infantil e anos iniciais do ensino fundamental. DURAÇÃO: De 2 a 3 horas. DISCIPLINAS: Matemática: através de frações, medidas (volume), peso, sequencia (1° 2° 3° ... etc.) formas, etc. Língua portuguesa: leitura, estimulando e aumentando o vocabulário. Arte: criatividade, cores, fruição. História: Receitas históricas, associação do período em que a receita foi criada. Ciências: noções de higiene com o corpo e alimentos. OBJETIVOS: Apresentar para as crianças noções de higiene e cuidados com os alimentos. Enfatizar bons modos à mesa, segurança e limpeza. Estabelecer relações entre medidas e espaço. Orientar para evitar o desperdício de alimentos. Estimular a criatividade na decoração. Apresentar a transformação dos alimentos com sua mistura e aquecimento. 8 Desenvolvimento da coordenação motora através dos movimentos de cortar, picar, triturar, enrolar, etc. MATERIAIS: Forminhas de papel, ingredientes para bolo, confeitos, glacê, forno, batedeira, liquidificador, colheres de vários tamanhos, xícaras, forma de alumínio, corantes, sacos de confeitar, bicos de confeitar. AVALIAÇÃO: através da participação individual e coletiva, compreensão dos objetivos, realização e apresentação do evento. OBS.: os objetivos podem ser modificados de acordo com a faixa etária dos alunos sendo agregados outros propósitos. FIGURA 1 – OFICINA DE CUPCAKE FONTE: arquivo da autora 9 FIGURA 2 - MEDIDAS FONTE: arquivo da autora FIGURA 3 - CONFEITANDO FONTE: arquivo da autora 10 OFICINA: CONSTRUÇÃO TELEJORNAL TEMA: Características regionais e culturais brasileiras. FAIXA ETÁRIA: de 10 a 14 anos, anos iniciais do ensino fundamental. DURAÇÃO: 20aulas de 45 minutos. DISCIPLINAS: Língua portuguesa: leitura, pesquisa, construção de texto. Arte: montagem de cenário, dramatização. História: heranças culturais deixadas pelos colonizadores do Brasil. Geografia: localização e descrição das regiões brasileiras. OBJETIVOS: Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira. Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Prática de ensino de gênero jornalístico englobando português, história, geografia e arte de maneira interdisciplinar. Práticas de linguagem relacionadas à interação e a autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística. Experimentar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, trabalhando a autonomia e a autocrítica. MATERIAIS: material de pesquisa podendo ser livros, revistas, internet, periódicos, celular para gravação, televisão para exibição das gravações, notebook, trajes de passeio e afins. AVALIAÇÃO: através da participação individual e coletiva, compreensão dos objetivos, realização e apresentação do evento. 11 OBS.: os objetivos podem ser modificados de acordo com a faixa etária dos alunos sendo agregados outros propósitos. FIGURA 4 – APRESENTANDO O TELEJORNAL FONTE:arquivo da autora 12 FIGURA 5 – APRESENTAÇÃO DO JORNAL PARTE II FONTE: arquivo da autora 5 CONCLUSÕES Tudo que é novo causa insegurança porque se trata de novos desafios, pensar e rever práticas docentes, abordagens teóricas de ensino e interdisciplinaridade provocam mudanças. O envolvimento com mudanças não cabe somente ao professor mas é também dever da escola, que deve empenhar-se nesse processo de transformação, apoiando, dando condições de tempo e espaço para que as questões de ensino desenvolvam-se com eficiência. Possibilitando que educandos com suas diferenças e dificuldades trabalhem juntos em um mesmo projeto, partilhando seus conhecimentos tendo sua 13 individualidade respeitada e vista como participante de uma história coletiva, onde todos saem ganhando. As oficinas pedagógicas apresentam-se colaboradoras deste processo ensino- aprendizagem que tanto é discutido, oferecendo oportunidades de construção, de conhecimento dentro da realidade dos alunos e/ou professores. Apresentei esses dois exemplos de oficina, justamente por ter participado da idealização e construção delas, essa duas oficinas foram realizadas em diferentes períodos do curso de pedagogia e analisando-as percebo a minha própria evolução, de que quanto mais pesquisa, mais leitura, mais vontade de criar algo que contribua para a construção e evolução da minha prática docente mais próxima e comprometida estarei de alcançar sucesso na minha profissão. REFERÊNCIAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. MEC. 6 de abril de 2017. ELIAS, Marisa Del Cioppo. A atualidade da proposta pedagógica de Célestin Freinet. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. esp. 1, p.612-619, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v12.n.esp.1.2017.9666>. E-ISSN: 1982-5587. Acesso em 29 mai.2019. FREINET, Célestin. Pedagogia do Bom Senso. Tradução J. Batista. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FONTANA, Niura Maria. PAVIANI, Neires Maria Soldatelli; Oficinas Pedagógicas: relato de uma experiência. Caxias do Sul: Conjectura,2009. OFICINA. In: DICIO, Dicionário online de português. Porto: 7graus,2018. Disponível em:<https://www.dicio.com.br/oficina/>. Acesso em: 30 mai.2019. OFICINA. In: Wikipédea: a enciclopédia livre,2017. Disponível em: <https:pt.wikipedia.org/wiki/Oficina>. Acesso em: 31 mai.2019. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani César de. Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas de Pesquisa e do trabalho acadêmico. 2.ed. Rio Grande do Sul: Universidade FEEVALE, 2013.
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