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Peca imissão de posse

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Ao Douto juízo de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___ do Estado de___________.
Nome (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade RG n° (numero) inscrito no CPF/MF sob n° (numero), residente e domiciliado na Rua (nome), n° (numero), bairro (numero), CEP n° (numero) na Cidade de (nome), Estado (nome), endereço eletrônico (e-mail), por seu advogado que subscreve, devidamente qualificado na procuração m anexo, vem, a presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 1.228 c/c art. 1.275, inciso I, do Código Civil, e 538 do NCPC/15 ajuizar a presente:
AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face de (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade RG n° (numero) inscrito no CPF/MF sob n° (numero), residente e domiciliado na Rua (nome), n° (numero), bairro (numero), CEP n° (numero) na Cidade de (nome), Estado (nome), endereço eletrônico (e-mail, consubstanciado nos motivos fáticos e de direito a seguir aduzidos:
I) DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
	O Requerente neste momento vem se manifestar pela realização da audiência de conciliação (art. 319, VIII CPC/15), razão qual requer a citação do Requerido por carta (art. 247, caput CPC/15) para comparecer à audiência, designada para essa finalidade (art. 334 caput c/c § 5° CCP/).
II) PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
					
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Sendo assim o Código de Processo Civil permite que o juiz conceda a tutela de urgência quando haja probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
	No caso em questão, estão os requeridos e pressupostos para a concessão da tutela requerida, tendo em vista a autenticidade das alegações e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, já que o Requerente esta sendo privado de emitir-se na posse de sua propriedade imóvel destinada a fins residenciais por ação do Requerido que se recusa a sair do mesmo. 
	Por isto, o Requerente vem requerer a Vossa Excelência que lhe seja concedida a tutela de urgência inscrita no art. 300, § 2° CPC/15, contudo, sem a oitiva prévia da parte contrária como dispõe o art. 9°, § 1°, I, do 	CPC/15 e independente de caução nos termos do § 1° do art. 300 CPC/15, por estar devidamente comprovado o direito do Requerente e a violação por parte do Requerido.
	
III) DOS FATOS
	 O Requerente é legítimo proprietário do imóvel localizado na Rua (nome), n° (numero) nesta cidade e comarca, devidamente registrado junto à matrícula n° (numero), do 2° Cartório de Registros de Imóveis. O bem foi adquirido em um leilão por alienação na data de (data), tendo sido arrematado por R$ 00.000,00 (numeral em extenso). Antes disso, o bem em questão estava alienado fiduciariamente para o BANCO XX S/A, tenso sido levado a leilão por falta de pagamento de seu antigo proprietário. Após a aquisição o possuidor fora cientificado, expressamente, por intermédio de Notário assim como determina a lei, para entregar o imóvel, no prazo de 10 (dez) dias uteis, mas mesmo após devidamente cientificado ele não procedeu à entrega.
IV) DO DIREITO
	O pedido do Requerente encontra fundamento legal no Código Civil, eis que o Requerido perdeu a propriedade do imóvel, devido a alienação extrajudicial. Além disto, o Requerente agora proprietário do imóvel, pela ação do Requerido encontra-se privado de exercer sua posse e de usufruir de seu bem.
	Nesse sentido acentua o Código Civil de 2002:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;	
A presente ação visa a garantir a legítima expectativa criada no requerente no sentido de imitir-se na posse de um bem que é verdadeiramente seu.
Na medida em que se nega este direito, se ataca um dos cinco pilares sobre o qual se desenvolve toda a teoria dos direitos fundamentais, que é o direito à propriedade.
Neste diapasão, pertinente que se traga à baila o seguinte texto constitucional:
Art. 5º CF, Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII – é garantido o direito de propriedade.
A jurisprudência, TJMG demonstram a desnecessidade de ação autônoma para requer a imissão de posse nestes casos, pois, a arrematação é ato de alienação que se processa sob a garantia do Poder Judiciário e, desde que obedecidos os requisitos formais estabelecidos pelo Código de Processo Civil, autoriza o adquirente a imitir-se na posse do bem, por intermédio de simples mandado, não sendo necessário o ajuizamento de ação autônoma, bastando apenas requerimento em simples petição. Vejamos:
153051332 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – OCUPAÇÃO DE IMÓVEL ARREMATADO POR TERCEIROS – IRRELEVÂNCIA PARA A AUTOMÁTICA IMISSÃO DE POSSE DO ARREMATANTE – ATO DE ALIENAÇÃO QUE SE PROCESSA SOB A GARANTIA DO PODER JUDICIÁRIO – IMISSÃO DE POSSE QUE SE REALIZA MEDIANTE SIMPLES MANDADO EXPEDIDO PELO JUÍZO COMPETENTE – RECURSO PROVIDO – 1. 
A arrematação é ato de alienação que se processa sob a garantia do Poder Judiciário e, desde que obedecidos os requisitos formais estabelecidos pelo Código de Processo Civil, autoriza o adquirente a imitir-se na posse do bem, por intermédio de simples mandado, não sendo necessário o ajuizamento de ação autônoma. A exceção é quando o imóvel é ocupado por terceiros que exercem a posse sobre o imóvel arrematado à título locatício ou de outra qualidade, o que não é o caso dos autos.
(TJPR – Ag Instr0156321-5 – (13408) – Morretes – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Milani de Moura – DJPR 22.11.2004
50016162 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS À ARREMATAÇÃOSENTENÇA IMPROCEDENTE – APELAÇÃO COM EFEITO DEVOLUTIVOIMISSÃO NA POSSE – POSSIBILIDADE – DEFINITIVIDADE DA EXECUÇÃODESNECESSIDADE DE CAUÇÃO – Recurso improvido o recurso de apelação interposto contra sentença que julgou os embargos à arrematação improcedentes deve ser recebido apenas no efeito devolutivo, em respeito ao princípio da definitividade da execução por título extrajudicial (CPC, art. 520, V). É possível a imissão do arrematante na posse do imóvel arrematado, ainda que a sentença que julgou improcedentes os embargos à arrematação esteja pendente de recurso de apelação, recebido no efeito devolutivo. Em sendo definitiva a execução, desnecessária a exigência de caução, reclamada apenas quando tiver natureza provisória (CPC, art. 588, II). (TJMT – AI 43718/2002 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Orlando de Almeida Perri – J. 07.05.2003) JCPC.520 JCPC.520.V JCPC.588 JCPC.588.II.
Ainda acerca do tema a jurisprudência aduz:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Ação de Imissão na posse. Concedida a ordem de desocupação pelo juízo de 1° grau. Presentes os pressupostos estabelecidos no art. 300 do CPC/15. Demonstrada a propriedade do agravado através de escritura pública registrada em cartório. Recurso de agravo de instrumento desprovido (TJ-RS, AI 70078415775 RS; Rio Grande do Sul; Décima Oitava Câmara Cível; Rel. Heleno Tregnano Saraiva; Julg. 27/09/2018; DJRS 01/10/2018 NCPC/15, art. 300.
	Ademais, o Requerido deverá ser responsabilizado a pagar a fruição indevida do bem que realizou em detrimento do direito violado do Requerente, que veio a ter em função de não ter deixado o bem no tempo adequado como dispõe o art. 1.216 do CC/02.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
	Sendo assim, demonstra-seestar o Requerente apenas exercendo seu direito de se imitir na posse de um bem que adquiriu nos termos exigidos na lei, sendo ação do Requerido clara violação desse direito que deve ser coibida o mais rápido possível.
V) PEDIDOS E REQUERIMENTOS
	
	Posto isso, por força de todo o disposto, requer-se a Vossa Excelência:
1.	Que seja realizada a audiência de conciliação, nos termos dos arts 319 VII, e 334 § 8º, ambos do CPC/15. Citar o requerido para o comparecimento na audiência de tentativa de conciliação, e, caso não haja acordo, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia, art 344 do CPC/15
2.	A concessão de tutela antecipada, reconhecendo a imissão do requerente na posse do bem e introduzindo-o este, na forma do artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015.
3. Julgar a ação totalmente procedente, bem como determinando a imissão definitiva na posse pelo o autor do bem antes descrito, nos termos dos arts 1228 e 1275 do CC/02.	
4. Seja o requerido condenado a pagar indenização decorrente da fruição indevida do bem, e os frutos desses decorrentes, os quais deverão ser devidamente apurados em liquidação de sentença, conforme art 1216 e 1228 do CC/02.
5.	Seja o requerido condenado ao pagamento de custas e honorários de advogado, no importe de 20% a titulo de sucumbência, por força do disposto no art 85 § 6º do CPC/15.
6. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito permitido, especialmente juntada atual e posterior de documentos, depoimento pessoal sob efeitos de confissão e demais meios probatórios que se fizerem necessários ao andamento e julgamento do feito, tudo, de logo, requerido.
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
Nestes termos,
Pede e espera Deferimento.
LOCAL(cidade), DATA(numero), ANO(numero)
Advogado
OAB/ Nº (numero)
ALUNA:THAYANE DA SILVA REIS BRUSTULIN
RA: 22880
PRÁTICA CIVIL
PROF. JULIANA RUY
MARINGÁ/PR

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