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AV 1 PROVA PRÁTICA SIMULADA IV

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NOME: FRANCISCO NICÁCIO DO NASCIMENTO MATRÍCULA: 201708322205 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA IV 
PROFESSOR(A): Petrucia Danielle 
 
AVALIAÇÃO – 01 
 
CASO: 
 
Fernando e Lara se conheceram em 31/12/2011 e, em 02/05/2014, celebraram seu 
casamento civil pelo regime de comunhão parcial de bens. 
Em 09/07/2014, Ronaldo e Luciano celebraram contrato escrito de compra e venda de 
bem móvel obrigando-se Ronaldo a entregar o bem em 10/07/2014 e Luciano a pagar a 
quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em 12/07/2014. 
O contrato foi assinado pelos seguintes sujeitos: Ronaldo, Luciano, duas testemunhas 
(Flávia e Vanessa) e Fernando, uma vez que do contrato constou cláusula com a seguinte 
redação: “pela presente cláusula, fica estabelecida fiança, com renúncia expressa ao 
benefício de ordem, a qual tem como afiançado o Sr. Luciano e, como fiador, o Sr. 
Fernando, brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, economista, 
portador da identidade X, do CPF-MF Y, residente e domiciliado no endereço Z”. 
No dia 10/07/2014, Ronaldo entregou o bem móvel, enquanto Luciano deixou de realizar 
o pagamento em 12/07/2014. 
Em 15/07/2014, Ronaldo iniciou execução de título extrajudicial apenas em face do 
fiador, Fernando, distribuída automaticamente ao juízo da MM. 2ª Vara Cível da Comarca 
da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O executado é citado para realizar o pagamento 
em 03 dias. 
Fernando apresentou embargos, os quais são rejeitados liminarmente, porquanto 
manifestamente improcedentes. Não foi interposto recurso contra a decisão dos 
embargos. 
A execução prosseguiu, vindo o juiz a determinar, em 08/11/2014, a penhora de bens, a 
serem escolhidos pelo Oficial de Justiça, para que, uma vez penhorados e avaliados, sejam 
vendidos em hasta pública, a ser realizada em 01/03/2015. 
Em 11/12/2014, foi penhorado o único apartamento no qual Fernando e Lara residem — 
avaliado, naquela data, em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) —, bem imóvel 
esse adquirido exclusivamente por Lara em 01/03/2000. 
Na mesma data da penhora, Fernando e Lara foram intimados, por Oficial de Justiça, 
sobre a penhora do bem e sobre a data fixada para a expropriação (01/03/2015). 
Em 12/12/2014, Lara compareceu ao seu Escritório de Advocacia, solicitando 
aconselhamento jurídico. 
 
Na qualidade de advogado (a) de Lara, elabore a peça processual cabível para a defesa 
dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da 
legislação vigente. 
 
Boa Avaliação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA ABAIXO! - 
 - 
 - 
 - 
 - 
 - 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA 
CÍVEIL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO DE EMBARGO DE TERCEIRO 
 
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO Nº. ...... 
(NOVO CPC, ART. 676) 
 
 
 
 
 
 LARA(“Embargante”), nacionalidade, casada, profissão, RG 
nº......, inscrita no MF sob CPF nº......, residente e domiciliado no endereço Z com 
endereço eletrônico@......, Telefone /WhatsApp......, ora intermediado por seu mandatário 
ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e 
profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 
77, inc. V c/c art. 287, caput, um e outro do NCPC, indica-o para as intimações que se 
fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, com suporte no art. 
674 e segs. do novo CPC, ajuizar presente 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
( com pedido de medida cautelar em caráter liminar ) 
em face de 
 
RONALDO(“Embargado”), nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº......, inscrito no 
MF sob o CPF nº......, residente e domiciliado na Rua ......, nº ......, Cidade ......, no Estado 
......, – CEP......, com endereço eletrônico@......, Telefone c/ WhatsApp......, em razão das 
justificativas de ordem fática e direito, abaixo delineadas. 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
 A assistência Judiciária Gratuita está prevista no artigo 5o, inciso 
LXXIV da Constituição Federal, que atribui ao Estado a obrigação de garantir que a 
pessoa com poucos recursos financeiros tenha acesso a justiça, sem ter que arcar com o 
custo. 
 A gratuidade de Justiça está regulamentada nos artigos 98 a 102 
do NCPC, que revogou algumas disposições da Lei 1.060/50. Conforme o artigo 98, a 
parte que comprovar que não tem condições de arcar com as taxas e custas exigidas para 
a tramitação de um processo judicial, seja pessoa física ou jurídica, pode ter o benefício 
concedido por meio da decisão de magistrado, mesmo que tenha advogado particular. 
 O benefício pode ser solicitado em qualquer fase do processo. A 
isenção deste benefício alcança as taxas ou custas processuais necessárias. 
Código de Processo Civil. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as 
custas, as despesas processuais e os honorários 
advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na forma 
da lei. 
 
(.....) 
 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser 
formulado na petição inicial, na contestação, na petição 
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. 
 
(.......) 
 
(.......) 
 
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência 
deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
 
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular 
não impede a concessão de gratuidade da justiça. 
 
(.....) 
 A AUTORA vem respeitosamente, pedir a V.Exa. a concessão 
desse benefício, pois ela se declara pobre na forma da lei e que no caso de pagamento 
destas custas, terá afetada a condição ideal para o seu sustento e de sua família, cabendo 
assim, usar desse meio legal e justo para pleitear seu direito junto a esse juízo. 
 
 
II - DA TEMPESTIVIDADE 
 
 Código de processo civil 
Art. 675 – Os embargos podem ser opostos a qualquer 
tempo no processo de conhecimento enquanto não 
transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de 
sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias 
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa 
particular ou da arrematação, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta. 
 
 Constata-se que a presente ação tem por fundamento desconstituir 
ato constritivo judicial (penhora), decorrente de ação de execução por título extrajudicial. 
 Na ação supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a 
intimados, por Oficial de Justiça, sobre a penhora do bem e sobre a data fixada para a 
expropriação do imóvel, que será em 01/03/2015 (primeiro de março de dois mil e 
quinze). Portanto, à luz do que preceitua o art. 675, caput, do CPC 2015, não existiu, 
ainda, “arrematação”, “adjudicação” ou “remição” do imóvel em apreço. 
 Também por este prisma é o entendimento de Humberto 
Theodoro Júnior, que perfilha ele pensar, ao asseverar que: 
 
Dispõe o art. 675 do NCPC sobre a oportunidade de que 
dispõe o terceiro para fazer uso dos embargos, tratando 
separadamente as hipóteses de atos derivados do processo 
de conhecimento e de atos próprios do processo de 
execução: 
(a) se a constrição ocorre no curso de processo de 
conhecimento, o terceiro pode opor embargos enquanto 
não ocorrer o trânsito emjulgado da sentença; 
(b) se a moléstia aos bens do estranho se dá na fase de 
cumprimento de sentença ou em processo de execução, a 
oportunidade dos embargos vai até cinco dias depois da 
arrematação, adjudicação ou alienação por iniciativa 
particular, mas nunca após a assinatura da respectiva 
carta. 
O trânsito em julgado é apontado pelo art. 675 do NCPC 
apenas como marco temporal, já que para o estranho à 
relação processual não se forma a res iudicata. Assim, 
mesmo depois de ultrapassado o dies ad quem assinalado 
na lei, ao terceiro sempre estará facultado o uso das vias 
ordinárias para reivindicar o bem constrito judicialmente. 
Apenas não poderá se valer da via especial dos embargos 
disciplinados pelo art. 674. Por isso, está assente na 
doutrina o entendimento de que nenhum terceiro está 
jungido à obrigação ou ônus de usar dos embargos. Trata-
se de simples faculdade que a lei lhe confere, cuja não 
utilização em nada afeta o direito material do interessado 
[ ... ] 
 
 
 
 
 
III - DA TUTELA CAUTELAR COM PEDIDO LIMINAR 
 
 A EMBARGANTE adquiriu o imóvel - que fora penhorado - 
anteriormente ao seu casamento, esse bem foi comprado exclusivamente por Lara em 
01/03/2000, apesar de ser usado atualmente como moradia pelo casal, ele porém, não se 
comunica com bens do casal, que possam ser penhoráveis, já que ela só conheceu o sr. 
Fernando(polo passivo na execução extrajudicial) em 31/12/2011, vindo, em 02/05/2014, 
celebrar seu casamento civil pelo regime de comunhão parcial de bens e, de acordo com 
os arts. 1658 e 1659 do CC e art. 5º da lei 8.009/90, dispõem, que nesse regime os bens 
adquiridos por algum dos cônjuges antes do casamento não configura com bem do casal, 
fato pelo qual é ilegítima a penhora do imóvel pertencente exclusivamente a 
EMBARGANTE e ela não figura como parte no processo nº......., não há do que se falar 
em penhora de seus bens, por isso, fundamentada nos artigos citados, expressa o seguinte: 
 
Lei nº 8.009 de 29 de março de 1990 
Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. 
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata 
esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado 
pelo casal ou pela entidade familiar para moradia 
permanente. 
 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se 
os bens que sobrevierem ao casal, na constância do 
casamento, com as exceções dos artigos seguintes. 
 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
 
I – Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que 
lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação 
ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
 
 
 Sendo assim, não cabe penhora desse imóvel, ele não figura entre os 
bens do executado, não sendo capaz de satisfazer o resultado da execução do processo 
em tela; motivo pelo qual a proprietária alega - através de provas documentais - a 
ilegitimidade do ato processual e pede sua nulidade. 
 A EMBARGANTE, de acordo com art. 1659 inciso I do CC, não pode 
ter seus bens particulares constritos, apesar de ser casada com o Réu do processo 
originário, no regime de comunhão parcial de bens. A medida cautelar com pedido 
liminar, solicitada pela EMBARGANTE, se baseia também no que dispõe, além do art. 
1659, I do CC e do art. 5º da lei 8.009/90, nas disposições dos demais artigos do NCPC, 
citados aqui abaixo: 
 
Código de Processo Civil. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, 
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea 
para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, 
podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente 
ou após justificação prévia. 
(......) 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108914/Lei-n-8.009-de-29-de-Marco-de-1990#art-5
Código de Processo Civil. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar 
designada pelo juiz. 
 
Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 
Código de Processo Civil. 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente 
provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das 
medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos 
embargos, bem como a manutenção ou a reintegração 
provisória da posse, se o embargante a houver requerido. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de 
manutenção ou de reintegração provisória de posse à 
prestação de caução pelo requerente, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
 
 
 A AUTORA sofreu penhora indevida de seu bem imóvel 
conforme o art. 5ª da lei 8009/90 e os art. 1658 e 1659, I do CC, por isso, requer a 
manutenção da sua posse em definitivo para que não tenha seu direito violado e venha 
sofrer com o Periculum In Mora e o Fumus Boni Iuris. 
III.1 - Periculum In Mora 
 Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Para o 
direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de 
difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução 
da ação principal. 
 Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in 
mora é requisito indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente 
(medidas cautelares, antecipação de tutela). 
 A configuração do periculum in mora exige a demonstração 
de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter 
uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal. Caso que se observa no direito da 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678
AUTORA, pois o seu imóvel foi adquirido exclusivamente por ela bem antes do seu 
elance matrimonial, fato que ilegítima o bem a penhora. 
III.2 - Fumus Boni Iuris 
 Traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um 
sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade 
de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança. 
 Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter 
urgente, juntamente com o periculum in mora. 
Fonte: STF (Glossário Jurídico). 
 
 
 
III - DOS FATOS 
 
 
 A EMBARGANTE relatou que ela e Fernando se conheceram 
em 31/12/2011 e, em 02/05/2014, celebraram seu casamento civil pelo regime de 
comunhão parcial de bens. 
 Em 09/07/2014, o sr. Ronaldo(embargado) e o sr. Luciano 
celebraram contrato escrito de compra e venda de bem móvel obrigando-se Ronaldo a 
entregar o bem em 10/07/2014 e Luciano a pagar a quantia de R$ 200.000,00 (duzentos 
mil reais) em 12/07/2014. O contrato foi assinado pelos seguintes sujeitos: 
Ronaldo(embargado), Luciano, duas testemunhas (Flávia e Vanessa) e 
Fernando(esposo da embargante), uma vez que do contrato constou cláusula com a 
seguinte redação: “pela presente cláusula, fica estabelecida fiança, com renúncia expressa 
ao benefício de ordem, a qual tem como afiançado o Sr. Luciano e, como fiador, o Sr. 
Fernando, brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, economista,portador da identidade X, do CPF-MF Y, residente e domiciliado no endereço Z”. 
 No dia 10/07/2014, Ronaldo(embargado) entregou o bem 
móvel, enquanto Luciano deixou de realizar o pagamento em 12/07/2014. Em 
15/07/2014, Ronaldo(embargado) iniciou execução de título extrajudicial apenas em 
face do fiador, o sr. Fernando(esposo da embargante), distribuída automaticamente ao 
juízo da MM. 2ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O 
executado é citado para realizar o pagamento em 03 dias. Fernando apresentou 
embargos, os quais foram rejeitados liminarmente, porquanto manifestamente 
improcedentes. Porém, não foi interposto recurso contra a decisão dos embargos. 
 A execução prosseguiu, vindo o juiz a determinar, em 
08/11/2014, a penhora de bens, a serem escolhidos pelo Oficial de Justiça, para que, uma 
vez penhorados e avaliados, sejam vendidos em hasta pública, a ser realizada em 
01/03/2015. 
 Contudo, em 11/12/2014, foi penhorado o único apartamento 
no qual Fernando e Lara(embargante) residem — avaliado, naquela data, em R$ 
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) —, bem imóvel esse adquirido exclusivamente 
por Lara em 01/03/2000, bem antes do seu casamento civil com Fernando. Na mesma 
data da penhora, Fernando e Lara foram intimados, por Oficial de Justiça, sobre a penhora 
do bem e sobre a data fixada para a expropriação (01/03/2015). 
Em 12/12/2014, Lara(embargante) constitui um patrono para impetrar ação de 
EMBARGOS DE TERCEIRO em desfavor do sr. Ronaldo(embargado), o que se propõe 
respeitosamente mediante este juízo. 
 
 
 
IV - NO MÉRITO 
 
 
IV1 – Da legitimidade passiva e legitimidade ativa 
 
 No Código, a legitimidade para a propositura da ação de 
embargos de terceiro é regulada pelo art. 674 do CPC/15. Os embargos são de terceiro. 
Deve-se então partir inicialmente desta ideia básica, legitimado ativo é aquele que não é 
parte no processo no qual praticado (ou em que se encontra em vias de praticar) o ato de 
constrição. Sendo que esse terceiro pode ser, mas não apenas, o proprietário, inclusive o 
proprietário fiduciário, ou o possuidor do bem. 
 A ação de execução em mira (Proc. nº. ......), ora por dependência, 
tem como partes nos Embargos de Terceiro o sr. RONALDO(Embargado) figurando no 
polo passivo e, no polo ativo do mesmo, singularmente a senhora , LARA(Embargante). 
 Destarte, a EMBARGANTE não é parte na relação processual 
acima citada no processo nº......, porém, teve seu bem indicado para penhora pelo juízo, 
através do Oficial de Justiça, este escolheu equivocadamente, o imóvel pertencente a 
EMBARGANTE, esse apresentava, nesse processo, ilegitimidade para penhora. 
 Ademais, conforme adiante se comprovará, mediante a 
documentos anexos, que a EMBARGANTE é possuidora ativa do imóvel constrito pela 
penhora. 
 Nesse contexto, aquela é parte legitima para defender a posse do 
bem em espécie, pois define o novo CPC/2015 que: 
 
 Código de processo civil 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer 
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua 
ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
 
§ 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, 
inclusive fiduciário, ou possuidor. 
 
 À guisa de corroboração, necessário se faz trazer à baila o 
entendimento do eminente professor Alexandre Câmara: 
 
Também se considera legitimado a recorrer o terceiro 
prejudicado. Trata-se da afirmação de que terceiros, 
afetados por decisões judiciais, podem recorrer. O recurso 
de terceiro é uma modalidade de intervenção voluntária de 
terceiro (já́ que através de seu recurso um terceiro ingressa 
voluntariamente em um processo de que não participava). 
 
 Em abono dessa disposição doutrinária, mister se faz trazer à 
colação a judiciosa ementa: 
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. 
NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA 
JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. 
LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE 
COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 
84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA 
https://www.peticoesonline.com.br/modelo-peticao/modelo-de-contrato-de-compra-e-venda-simples-de-imovel-parcelado
https://www.peticoesonline.com.br/modelo-recurso-apelacao-civel-novo-cpc-pn808
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas
PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS 
DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
Considerando que o auto de penhora se encontra 
colacionado nos autos da execução correlata aos presentes 
embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, 
decorrente da ausência de condição específica da ação 
incidental. São cabíveis embargos de terceiro com 
fundamento em promessa de compra e venda, a teor do 
entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É 
admissível a oposição de embargos de terceiro fundados 
em alegação de posse advinda de compromisso de compra 
e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). 
Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição 
à pequena propriedade rural: Área qualificada como 
pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada 
pela família, para garantir a subsistência, de rigor a 
procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso 
Improvido [...] 
 
 Endossam este raciocínio as lições de Nelson Nery Junior e Rosa 
Maria Andrade Nery, quando assim lecionam: 
 
"Natureza dos embargos. Trata-se de ação de 
conhecimento, constitutiva negativa, de procedimento 
especial sumário, cuja finalidade é livrar o bem ou direito 
de posse ou propriedade de terceiro da constrição judicial 
que lhe foi injustamente imposta em processo de que não 
faz parte. O embargante pretende ou obter a liberação 
(manutenção ou reintegração de posse), ou evitar a 
alienação de bem ou direito indevidamente constrito ou 
ameaçado de o ser... 
 
 
IV.2 - Ilegalidade da penhora 
 
 O presente Embargo tem por objetivo excluir a constrição do bem 
cogitado. A Embargante, pois, apresenta-se como possuidora direta. Não é parte do 
processo executivo, contudo sofreu turbação por ato judicial (penhora). 
 Antes de tudo, sopesemos o caso em vertente não representa 
fraude à execução. O bem fora adquirido pela embargante, em data anterior a seu elance 
matrimonial cível e bem antes à propositura da ação executiva, antes de ser firmado o 
negócio jurídico pelas partes envolvidas no processo nº......., que originou a execução 
extrajudicial. No art. 674 NCPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição 
ou ameaça de constrição sobre bens que possua, ou sobre os quais tenha direito 
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por 
meio de EMBARGOS DE TERCEIRO. 
 Na linha de entendimento descrita no art. 674, do Estatuto de 
Ritos, se o bem penhorado é de terceiro (aqui a Embargante), assiste-lhe o direito de 
pleitear a prestação jurisdicional, de sorte a desconstituir a constrição. Para isso, traz à 
colação prova da posse e/ou propriedade do bem, art. 677 do NCPC. 
 Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular,por meio 
de inúmeros documentos, que a EMBARGANTE detém a posse direta do imóvel, muito 
antes do aviamento da ação executiva, como também do tempo que pudesse configurar 
bem passivo de penhora. Desse modo, é possuidora legítima e de boa-fé. 
 A EMBARGANTE, de acordo com art. 1659 inciso I do CC, não 
pode ter seus bens particulares constritos, apesar de ser casada com o Réu do processo 
originário, no regime de comunhão parcial de bens. Se baseando também no que dispõe, 
além do art.1.659, I do CC e do art. 5º da lei 8.009/90, nas disposições dos demais artigos 
do NCPC, citados aqui abaixo: 
Código de Processo Civil. 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer 
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua 
ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, 
inclusive fiduciário, ou possuidor. 
 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos 
embargos: 
 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de 
bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no 
art. 843 ; 
 
 
Código de Processo Civil. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar 
designada pelo juiz. 
 
Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 
Código de Processo Civil. 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente 
provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das 
medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos 
embargos, bem como a manutenção ou a reintegração 
provisória da posse, se o embargante a houver requerido. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de 
manutenção ou de reintegração provisória de posse à 
prestação de caução pelo requerente, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
 
 
 
 Com esse enfoque, é altamente ilustrativo evidenciar as seguintes 
notas de jurisprudência: 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO DE 
CONTRATO DE LOCAÇÃO EM FACE DO FIADOR. 
PENHORA SOBRE FRAÇÃO DO IMÓVEL OBJETO 
DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA 
FIRMADO ENTRE IRMÃOS. 
Inocorrência de fraude à execução. Súmula nº 375, STJ. 
Ausência de registro prévio da penhora ou de citação. 
Presunção de boa-fé do adquirente. Imóvel vendido antes 
do ajuizamento da ação de execução e da constituição do 
crédito. Insolvência do devedor ao tempo da alienação não 
comprovada. Embargos de terceiro julgados procedentes 
para manter a embargante na posse do bem e declarar 
insubsistente a penhora. Sentença mantida. Recurso 
desprovido [ ... ] 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE 
TERCEIRO OPOSTOS EM AÇÃO DE COBRANÇA DE 
COTAS CONDOMINIAIS EM FASE DE 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE 
SUSPENSÃO DO FEITO AO ARGUMENTO DE QUE 
É O VERDADEIRO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E 
QUE HOUVE OFENSA AO ART. 5º, LV, DA CR/88, JÁ 
QUE NÃO COMPÔS A LIDE PRINCIPAL E QUE ESTÁ 
NA IMINÊNCIA DE PERDER SEU BEM IMÓVEL. 
Decisão agravada que indeferiu a liminar sob o 
fundamento de que o demandante não apresentou o 
competente registro do imóvel, não prestou caução e não 
comprovou o pagamento das cotas condominiais. 
Inconformismo do embargante que pretende a reforma do 
decisim. Oposição de embargos de terceiros instruída por 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678
https://www.peticoesonline.com.br/acao-cobranca-novo-cpc
compromisso de compra e venda desprovido de registro. 
Cabimento. Súmula nº 84/STJ ("é admissível a oposição de 
embargos de terceiro fundados em alegação de posse 
advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, 
ainda que desprovido do registro"). Com efeito, o STJ no 
RESP nº 1.345.331/RS, submetido à sistemática do art. 
543-c do CPC/73, sedimentou entendimento segundo o qual 
a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode 
recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o 
promissário comprador e que, somente havendo a 
comprovação de que o promissário comprador se imitiu na 
posse do imóvel e que o condomínio teve ciência inequívoca 
da transação, seria possível afastar a legitimidade passiva 
do promitente vendedor. Ausência dos requisitos do art. 
300 do CPC/2015. In casu, observa-se que o embargante é 
o possuidor do imóvel desde 27.06.2000, sendo certo que 
desde 2010 quando ajuizada a ação de cobrança as cotas 
condominiais não haviam sido adimplidas, inexistindo 
nestes autos comprovação da quitação da obrigação do 
condômino, conforme exige o art. 1.315 do Código Civil. 
Ademais, o embargante não prestou caução determinada 
pelo parágrafo único do art. 678 do NCPC. Por fim, a 
alegação de ciência inequívoca do condomínio sobre a 
imissão da posse pelo promitente comprador não lhe 
beneficia, pois demonstra na verdade que tem ele a 
obrigação de arcar o débito. Distorção da tese. Venire 
contra factum proprium. Recurso desprovido [ ... ] 
 
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. 
NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA 
JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. 
LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE 
COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 
84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA 
PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS 
DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
Considerando que o auto de penhora se encontra 
colacionado nos autos da execução correlata aos presentes 
embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, 
decorrente da ausência de condição específica da ação 
incidental. São cabíveis embargos de terceiro com 
fundamento em promessa de compra e venda, a teor do 
entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É 
admissível a oposição de embargos de terceiro fundados 
em alegação de posse advinda de compromisso de compra 
e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). 
Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição 
à pequena propriedade rural: Área qualificada como 
pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada 
pela família, para garantir a subsistência, de rigor a 
https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-execucao-novo-cpc-pn527
procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso 
Improvido [...] 
 
 Tal fato, por si só, torna admissível a oposição de Embargos de 
Terceiro, fundados em alegação de posse advinda de compra em data anterior ao 
casamento, não tendo do que se falar em bem do casal, já que celebraram seu casamento 
civil pelo regime de comunhão parcial de bens. Eles se conheceram em 31/12/2011 e, em 
02/05/2014 se casaram, porém o bem em questão foi adquirido em 01/03/2000, bem antes 
do seu casamento civil. 
 Nesse contexto, mormente em face da posse legítima - do imóvel 
penhorado - pela Embargante e, mais, face à constrição, ocorrida indevidamente após à 
aquisição do imóvel, a penhora deverá ser desconstituída judicialmente, por sentença 
meritória. 
 Conclui-se que, a penhora do bem causará um imenso dano a 
EMBARGANTE, pois essa o adquiriu para seu uso e já o detém de forma contínua, sendo 
assim, a sua turbação gerará grave dano ao seu animus de obter de forma definitiva para 
usufruto familiar; o imóvel servira como bem de primeira necessidade o que dispõe o art. 
6º da CRFB sobre o direito social a moradia, como também, o direito à propriedade 
assegurado no art. 5º, inciso XXII da mesma CRFB. 
O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 
estabelece que: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:” 
Dentro deste Artigo, o Inciso XXII determina: 
“XXII – é garantido o direito de propriedade” 
 
 O bem imóvel estando cumprindo a sua função social, está 
assegurado ao seu possuidor ativo, legítimo a sua permanência para uso conforme o que 
dispõe o CC. 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e 
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem 
quer que injustamente a possua ou detenha. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/CC-Lei-n-10.406-de-10-de-Janeiro-de-2002#art-1228
 § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em 
consonância com as suas finalidades econômicas e sociais 
e de modo que sejam preservados, de conformidade com o 
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas 
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e 
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
 
IV.3 – Substituição do bem penhorado. 
 
 Observando os fatos, identificamos que figura no polo passivo 
da ação de EXECUÇÃO o sr. FERNANDO(esposo da embargante), no processo nº....... 
 O REQUERIDO nesse processo, segundo o que foi apurado 
consultando os fatos, não dispõe de outros bens móveis ou imóveis penhoráveis, que 
possam substituir o bem constrito, assim, respeitosamente, estamos relatando esse fato a 
este juízo, caso busque a substituição, o que garante a verdade do art. 844 do NCPC. 
 Diante de tudo que foi exposto, esperamos que prospere este 
Embargo, sendo deferidos todos os pedidos, conforme o que assegura a verdade da lei. 
 
 
 
 
V – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
a) A distribuição do presente embargo, por dependência no processo nº .......; 
b) A Expedição de mandado liminar para manutenção da posse e a suspensão das 
medidas constritivas que recaem sobre o bem da EMBARGANTE, conforme já 
demonstrado e por força do art. 678 do NCPC; 
c) A citação do EMBARGADO, pessoalmente ou na pessoa do seu procurador caso 
tenha, conforme o art. 677 § 3º do NCPC para que, querendo, apresente 
contestação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de caracterização de revelia e 
verificação de seus efeitos art. 679 do NCPC; 
d) A confirmação da liminar no sentido de manter a EMBARGANTE 
definitivamente na posse do bem, cancelando-se a penhora realizada; 
e) No caso da não confirmação da liminar, no mérito, após conhecer os detalhes, 
acolher o pedido para a manutenção da EMBARGADA, na posse do seu imóvel, 
ficando extinta a penhora, de acordo com o art. 677 do NCPC; 
f) Julgar totalmente procedente a condenação do EMBARGADO ao pagamento das 
custas processuais e honorários de sucumbências, como também as demais 
despesas do processo, conforme art. 82, § 2º e 85 do NCPC; 
g) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a 
produção de provas, conforme art. 677 do NCPC, documental (em anexo), o art. 
450 do NCPC, testemunhal (rol); 
h) Que seja reconhecida a legitimidade processual da EMBARGANTE, de acordo 
com o art. 674 do NCPC; 
i) A ilegalidade da penhora, pelo fato do bem não figurar legitimamente no processo, 
pois os bens impenhoráveis são aqueles que não estão sujeitos à constrição 
judicial e, por causa disso, não estão sujeitos à execução. A impenhorabilidade 
está prevista no artigos 832 e 833 do Novo CPC; 
j) A juntada do recolhimento de custas, conforme artigo 84 NCPC. 
 
 
 
 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil 
reais), conforme dispõe a verdade do art. 291 do NCPC. 
 
 
 
 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
 
 
 
 
 
Local e data 
 
 
 
 
 
 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 
2 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 
3 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp....... 
 
Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 14248095 
Trabalho entregue: AV 1 
Trabalho entregue: 27/04/2021 10:14 
Observações: 
Arquivo enviado: AV 1 PROVA PRÁTICA SIMULADA IV.pdf 
Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 14251101 
Trabalho entregue: AV 1 
Trabalho entregue: 27/04/2021 16:04 
Observações: Professora, fiz o reenvio, pois havia digitado um inciso incor
reto na qualificação. 
Arquivo enviado: AV 1 PROVA PRÁTICA SIMULADA IV.pdf

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