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Exame Morfológico na Gestação

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APG:
Objetivos: 
1. Pesquisar o que é essa cardiopatia e como controlar;
2. Pesquisar a finalidade e a importância do exame morfológico;
3. Estudar o que é translucência nucal;
4. Estudar a formação do coração e a circulação fetal.
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2. A ultrassonografia morfológica é realizada duas vezes na gestação. Durante o primeiro trimestre, mais especificamente entre a 11ª e a 14ª semanas de gravidez, este exame funciona como um rastreamento para avaliar o risco do bebê ser portador de alguma alteração cromossômica, baseado nos achados do exame (avaliação da translucência nucal, medida do osso nasal, avaliação do fluxo de sangue que passa pelo ducto venoso e regurgitação da válvula tricúspide). 
No ultrassom morfológico do segundo trimestre, realizado entre a 20ª e a 24ª semanas de gravidez, são avaliados todos os órgãos do bebê com maiores detalhes. Cerca de 90% das alterações morfológicas fetais podem ser detectadas nessa fase. Além disso, nessa fase, é indicado que seja realizada a avaliação do comprimento do colo uterino para determinar se existe risco aumentado de parto prematuro ou não. Essa avaliação deve ser feita preferencialmente por via vaginal e a medida do colo uterino deve ser superior a 25 mm de comprimento.
É possível observar:
Anatomia fetal: são avaliadas diversas estruturas fetais como: crânio, cérebro, órbitas, nariz, coração, tórax, abdome, rins, estômago, bexiga, coluna vertebral, costelas, mãos e pés. Neste exame também é possível identificar algumas anormalidades faciais, tais como a fenda palatina (muito prevalente em fetos portadores da Síndrome de Patau – trissomia do cromossomo 13).
Biometria fetal: por meio da avaliação biométrica do bebê, é possível analisar se o seu crescimento está ocorrendo de forma adequada. As principais medidas avaliadas para estimar o peso fetal são: diâmetro biparietal, diâmetro occipto-frontal, circunferência abdominal, medida do fêmur e medida do úmero. A análise biométrica sempre leva em consideração a média do peso de outros fetos com a mesma idade gestacional. A partir dessa média, podemos checar se o crescimento está dentro dos limites normais para a idade gestacional.
Batimento cardíaco: é avaliado o ritmo do batimento cardíaco do feto que pode variar entre 120 a 160 batimentos por minuto (o batimento pode aumentar durante os períodos de movimentação fetal). Além disso, esse exame consegue detalhar a morfologia cardíaca, evidenciando as quatro câmaras do coração e o adequado posicionamento das artérias (caso não seja possível avaliar o coração do feto de forma adequada, é mandatória a realização do ecocardiograma fetal – exame específico voltado para o estudo do coração do feto);
Posição da placenta: durante o US morfológico é fundamental avaliar a posição da placenta, pois existem casos em que ela está baixa(placenta de inserção baixa = próxima ao orifício interno do colo do útero), aumentando o risco de sangramento vaginal e trabalho de parto prematuro. Cerca de 3% das mulheres apresentam placenta de inserção baixa nesta fase da gestação, o que tende a se corrigir naturalmente. Nesses casos, o ideal é sempre acompanhar a localização da placenta por meio da ultrassonografia transvaginal.
Índice de líquido amniótico: o volume do líquido amniótico durante o 2° trimestre gestacional é avaliado, mas de forma subjetiva. A partir de 28 semanas de gestação deve-se avaliar a quantidade de líquido amniótico objetivamente, sendo considerado o valor de normalidade entre 8 a 18 cm de líquido amniótico.
Medida do colo uterino: é recomendado que seja feita de forma rotineira, principalmente nos casos de histórico de parto prematuro, sangramento vaginal ou cólica abdominal. O valor considerado normal é acima de 25 mm de comprimento. Existem algumas situações, como por exemplo, a síndrome do colo curto ou a incompetência istmo-cervical, em que a paciente deve até mesmo realizar um procedimento chamado cerclagem uterina para evitar a perda gestacional precoce.
3. A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do feto. Esta medida estima o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco.
- A medida da translucência nucal deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento. Considerando a medida da cabeça à nádega. Isto corresponde a cerca de 11 a 14 semanas de gestação.
- A medida da translucência nucal não é um teste de diagnóstico. Portanto ela apenas define qual grupo tem alto ou baixo risco. Para diagnosticar se o feto tem, por exemplo, a síndrome de Down deverá ser realizada uma biópsia de vilosidades coriônicas ou amniocentese ( este procedimento consiste na recolha de uma pequena amostra das vilosidades da placenta, que será posteriormente submetida a testes de cariz genético, permitindo efetuar um estudo alargado dos genes ou dos cromossomas do feto, despistando doenças genéticas específicas. Esta biópsia realiza-se entre a 11ª e a 12ª semana de gestação.
 A amniocentese é um procedimento de diagnóstico pré-natal no qual se colhe uma pequena amostra de líquido da bolsa amniótica que envolve o feto, sob controlo ecográfico. O líquido amniótico detém células do bebé, as quais possibilitarão, após algum período de cultura, o estudo dos cromossomas para despiste de doenças genéticas específicas. A amniocentese é realizada normalmente a partir da 16ª semana de gravidez. Risco de perda fetal. )
- Padrões de medida definidos pela Fetal Medicine Foundation;
- O exame poderá ser realizado de duas formas distintas:
O primeiro é realizando um exame obstétrico comum. Durante este exame o profissional irá confirmar a idade gestacional medindo o comprimento do bebê da cabeça até a nádega, depois será realizada a medida da translucência nucal e o valor desta medida será fornecido em milímetros. Neste caso considera-se risco aumentado quando o resultado é igual ou superior a 2,5 mm.
A segunda maneira é realizando um exame morfológico de primeiro trimestre. Neste exame se considera também a idade materna e o histórico de filhos anteriores com Síndrome de Down além de outros marcadores como o ducto venoso (conecta a veia umbilical à veia cava inferior, sendo esse desvio da veia umbilical que conduz o sangue oxigenado diretamente para o átrio esquerdo e o cérebro fetal ao desviar do fígado. A agenesia do ducto venoso (ADV) é uma anomalia rara), osso nasal e regurgitação tricúspide. O resultado será fornecido como uma probabilidade, considerando-se apenas a idade da mãe e considerando a idade da mãe, o histórico e a medida da translucência nucal.
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