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12 05 2019 Ação Declaratoria de Nulidade

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVIL COMARCA XXX.
MARIA, brasileira, casada, costureira, portadora da cédula de identidade CI/RG sob o n° XXXXX– DGPC/GO, inscrita no cadastro de pessoa física CPF/MF sob o n° XXXX e JOÃO, brasileiro, casado, vendedor, portador da cédula de identidade n˚xxx – SSP/xx, inscrito no CPF sob o n˚ 000.000.000-00, ambos domiciliados na e residentes e domiciliados na Rua XXX, Bairro XXX, INHUMAS/GO, ambos por intermédio de seu advogado, HIGOR MIRANDA DOS PASSOS, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº XXX Seccional do Estado do GOIÁS, com escritório profissional na Av. 14 de Abril Qd 7 Lt 6 Setor: Santana Park CEP 75.400.000 na cidade e comarca de Inhumas -GO aonde recebem as devidas comunicações jurídicas processuais, vem muito respeitosamente perante Vossa Excelência propor a presente:
I - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO
Em face de Jurandir da Cunha, solteiro, corretor de imóveis, portador do CPF XXX, RG XXX SSP-GO, residente e domiciliado na Rua XXXX, Setor XXX, Inhumas-GO, CEP 75.400-000, E mail: juracorretor@gmail.com, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
II - JUSTIÇA GRATUITA:
In casu, os REQUERENTES não possuem condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme consta da declaração de hipossuficiência.
Ademais, há previsão no artigo 5º, LXXIV e LXXVII da CFRB/88, Lei 1.060/50 e art. 98 e 99, CPC/2015, estabelece normas para a concessão da assistência judiciária aos legalmente necessitados, autorizando a concessão do benefício da gratuidade judiciária frente à mera alegação de necessidade, que goza de presunção – juris tantum – de veracidade, milita em seu favor a presunção de veracidade da declaração por ela firmado.
Desse modo, os REQUERENTES  entendem fazer jus à concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de Direito.
III – DOS FATOS:
Os autores recém-casados e com grande vontade de adquirir seu primeiro imóvel, decidiram comprar um apartamento e para tanto procuraram um corretor. Jurandir foi o corretor escolhido, percebendo a inexperiência do casal alterou o valor do contrato de compra e venda do imóvel para três vezes acima do preço de mercado. Mesmo diante de tal fato o contrato foi celebrado. Após alguns dias após a celebração do contrato, antes de efetuarem qualquer pagamento, em uma conversa informal com um amigo corretor, Joao e Maria descobriram o caráter abusivo do valor entabulado. Em decorrência, os atos ilícitos, virão a causar prejuízos aos autores, por conta do valor abusivo do referido imóvel.
IV - DO DIREITO
O Código Civil Brasileiro prevê, em seu art. 104, alguns requisitos para a validade do negócio jurídico. Senão vejamos: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
O Código Civil brasileiro previu tal situação, onde as partes buscam exclusivamente, através da declaração enganosa da vontade, produzir efeito diverso do ostensivamente indicado, com o fim de criar uma aparência de direito, par a iludir terceiros ou burlar a lei, previsto. no art. 167. Vejamos: 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1 Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; 
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
III - os instrumentos particulares for m antedatados, ou pós-datados. 
Fica nítida a relação de consumo no caso em tela, haja vista, que os autores serem os destinatários finais, ficando, portanto nos moldes do disposto nos artigos 2°, 3° e § 2, 6°, 30° e 14° do CDC, fato pelo qual deve ser utilizado o Código de Defesa do Consumidor.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final;
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços;
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Contudo, o Réu violou os direitos básicos do consumidor
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
Nesse giro, a tem-se a falha na prestação de serviços, na forma do art. 30 CDC
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Neste sentido, estabelece o art. 14 do CDC que:
Art. 14.O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Assim, é insofismável que o Requerido feriu os direitos dos Requerentes, ao agir com total descaso, desrespeito e negligência, configurando má prestação de serviços, pode-se observar de forma cristalina que o contrato de compra e venda realizado entre os Réus teve como objetivo único transvestir a verdadeira realidade, tendo e vista que negociado tenha sido valor muito superior ao real preço daquele imóvel, situação esta que burla a legislação pátria, bem como o direito e interesse dos peticionantes. O réu utilizou-se do pouco conhecimento dos autores para cometer tal ato. 
V - DOS PEDIDOS
Pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos, REQUER:
O benefício da gratuidade processual, nos termos dos artigos 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e Art. 98 e ssss. Da Lei no 13.105/15 (Novo Código de Processo Civil) Por ser, os requerentes pessoas carentes, não podendo arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento;
Declare a NULIDADE DE TODOS OS ATOS DO NEGÓCIO JURÍDICO que foi acordado entre as partes no contrato de compra e venda do imóvel e o posterior registro público;
A expedição do competente mandado ao Cartório que validou o contrato de compra e venda feito entre as partes supracitados para que promovam o cancelamento do respectivo reconhecimento do contrato.
A condenação do REQUERIDO no pagamento das verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorárias advocatícios.
VI – DOS MEIOS DE PROVA
Protesta por todos os meios de prova admitidas em direitos, documental, testemunhal, depoimento pessoal da requerida, sob pena de confesso.
VII – VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso).
Termos que
Pede deferimento.
Inhumas, 12 de maio de 2019.
HIGOR MIRANDA DOS PASSOS
OAB/GO n° XXXX

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