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[2016 1] INFLUÊNCIA DA ANATOMIA DO REBORDO RESIDUAL DE USUÁRIOS DE PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL SOBRE A EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
ROBERTO FAGNER FELIX ARAUJO 
 
 
INFLUÊNCIA DA ANATOMIA DO REBORDO RESIDUAL DE USUÁRIOS DE 
PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL SOBRE A EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2016 
ROBERTO FAGNER FELIX ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DA ANATOMIA DO REBORDO RESIDUAL DE USUÁRIOS DE 
PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL SOBRE A EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do curso de graduação em Odontologia 
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
como requisito parcial para a obtenção do título de 
Cirurgião-dentista. 
Orientadora: Adriana da Fonte Porto Carreiro. 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2016 
 
ROBERTO FAGNER FELIX ARAUJO 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DA ANATOMIA DO REBORDO RESIDUAL DE USUÁRIOS DE 
PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL SOBRE A EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do curso de graduação em Odontologia 
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
 
Aprovada em: ____/____/____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________ 
Prof. Dra. Patrícia dos Santos Calderon 
UFRN 
Membro 
 
_________________________________________ 
Prof. Dr. Antônio Ricardo Calazans Duarte 
UFRN 
Membro 
 
_________________________________________ 
Profa. Msc. Ana Clara Soares Paiva Tôrres 
UERN 
Membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araújo, Roberto Fagner Felix. 
 Influência da anatomia do rebordo residual de usuários de prótese total 
convencional sobre a eficiência mastigatória / Roberto Fagner Felix Araújo. – Natal, 
RN, 2016. 
29 f. : il. 
 
 
Orientadora: Profa. Dra. Adriana da Fonte Porto Carreiro. 
 
Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia. 
 
 
1. Prótese Total – Monografia. 2. Mastigação – Monografia. 3. Reabsorção 
Óssea. I. Carreiro, Adriana da Fonte Porto. II. Título. 
 
 
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia 
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Previamente aos direcionamentos de agradecimento, gostaria de agradecer a Deus, 
por ter me fornecido toda a fé e vontade de alcançar meus objetivos, e não ter deixado com 
que eu falhasse ou desistisse em nenhuma etapa da minha carreira acadêmica. Minha crença 
na Sua existência faz com que eu siga em frente sempre e não tema a obstáculos difíceis. 
Agradeço aos meus pais, Maria Teresa Felix e José Roberto Araújo, por terem me 
proporcionado a melhor educação dentro de casa e por terem feito com que eu pudesse 
sempre buscar o meu melhor, sem passar por cima dos outros, não deixando de lado a 
personalidade humilde e brincalhona. Esta conquista é prova viva do quanto me dedico para 
ver vocês felizes com minhas vitórias. Amo através de uma forma divina e devo tudo que sou 
hoje a vocês. 
Aos meus tios, Vilma Felix e Carlos Araújo, ambos com o mesmo sobrenome que 
meus pais e com a graça divina de se portarem como tais. Todo este tempo que passei na 
graduação, 100% foi vivenciado e compartilhado com vocês. Sem contar na imensa paciência 
e ajuda que me deram, sem eu ao menos pedir. Considero-me filho desta união e meu amor 
por vocês é intenso. 
A todos os professores do Departamento de Odontologia da UFRN, em que tive a 
imensa honra de ser aluno e amigo da maioria. Vocês devem ser considerados lendas por 
alunos e ex-alunos, pois o aprendizado colhido por nós em suas aulas e orientações em 
clínicas possui um valor imensurável. 
À minha querida orientadora Adriana da Fonte Porto Carreiro, por ter sido fonte 
suprema de inspiração acadêmica. Considero um ser de extrema habilidade, sabedoria, 
cuidado e de atenção, seja para seus alunos ou para seus pacientes. Sendo um pouco clichê e 
bastante verdadeiro: quero ser você, quando crescer. 
À minha banca avaliadora, Prof. Ricardo Calazans e Ana Clara Paiva, obrigado 
pela disponibilidade de estarem presentes neste momento tão importante da minha vida e 
terem contribuído significativamente com o trabalho, e em especial a Profa. Patrícia 
Calderon, pela extrema gentileza de ter assumido a presidência da banca, representando a 
minha orientadora. 
À Annie Medeiros pela inigualável contribuição com este trabalho e por me 
agüentar desde o princípio. Você também se tornou uma fonte de inspiração para mim e sua 
dedicação para com o que se compromete a fazer enche meus olhos de lágrimas. Desculpas 
pelas suas madrugadas perturbadas por minhas dúvidas, mas que carinhosamente foram 
respondidas efetivamente. 
Às colegas Gerlayne Barros e Rachel Cardoso por terem se mostrado totalmente a 
disposição para ajudar com o que eu precisasse para deixar o trabalho cada vez mais 
completo. Tenho orgulho em saber que muitos pacientes são assistidos por profissionais tão 
competentes e cuidadosas como vocês duas. 
Aos meus amigos Aryelle Mayara, Anny Beatriz, Jonathas Sales, Lucas 
Matheus, Marina Nóbrega, Myrna Tenório, Joiza Barbosa e Tarsila Cavalcante por todo 
o amor e carinho que me deram através de elogios e palavras de incentivo desde a época do 
colégio. Apesar de não terem seguido a mesma trajetória que segui, se fizeram presentes a 
todo o momento que precisei e senti saudade do convívio eterno que tivemos. 
À Anna Clara Gurgel, Larissa Luz e Victor de Farias que se fizeram presentes em 
minha vida pessoal e acadêmica desde que comecei a faculdade. Obrigado pelas risadas 
compartilhadas, épicas histórias, shades, pelo espaço que me deram em suas casas e com suas 
famílias e, claro, pela ajuda grandiosa com a realização deste trabalho. 
Aos meus amigos de faculdade pela convivência duradoura e cinematográfica que 
tivemos. Por livre e natural escolha nos tornamos uma família que divide segredos, 
ensinamentos, histórias, piadas e amor. Ao meu “Me grelhas”: Anna Letícia, Emmily 
Farias, Fernanda Fagundes, Haroldo Gurgel, Humberto Chaves, Isabelle Otto, Jéssica 
Nobre, Jonatas Souza, Lucas Azevedo e Lidya Araújo – duas das maiores companhias de 
aperreios e história que tenho na vida, Laryssa Maria e Layrlla Moura. 
Aos meus memoráveis colegas de Centro Acadêmico da gestão 2015 e 2016, os 
quais escolhi a dedo e consegui ter a grande surpresa de chamá-los de amigos durante as 
jornadas de respectivas gestões. À Natália Pinheiro, Humberto Chaves, Marília Maia, 
Thereza Correia, Paulo Pessoa, Andreza Freire, Larissa Silveira, Camila Cavalcante, 
Eugênio Felipe, Luana Siqueira, Igor Lucena e Karol Pires – representando a gestão 2015, 
Fernanda Freitas, Daniely Ribeiro, Haron Felipe, Luiz Fernandes, Camila Pessoa, 
Maria Clara, Miria Curinga e Vitor Sales – representando a gestão 2016, por terem morado 
nas respectivas salas das gestões, sempre compartilhando risadas, trabalhos, ajudas, 
momentos dramáticos, ensinamentos, estudos e experiências acadêmicas. Desculpa pelos 
diários gritos e estresses, muitas vezes gerados por esta pesquisa, e por medir os modelos na 
nossa bagunçada mesa. Vocês fazem parte da minha história como aluno de Odontologia. 
“Chefinho” ama vocês.“Não há transição que não implique em um 
ponto de partida, um processo e um ponto de 
chegada. Toda manhã se cria num ontem, 
através do hoje. De modo que nosso futuro 
baseia-se no passado e corporifica-se no 
presente’. 
Paulo Freire 
RESUMO 
 
Declaração do problema: A reabilitação oral com prótese total convencional (PT) tem 
demonstrado resultados favoráveis, mas enfrenta como desafio a reabsorção progressiva e 
contínua da crista do rebordo alveolar. 
Objetivo: objetivo desta pesquisa foi avaliar, através de modelos de estudo, se as 
características anatômicas de rebordos residuais interferem na respectiva eficiência 
mastigatória de usuários de próteses totais. 
Métodos e materiais: A amostra foi composta de todos os pacientes que se apresentaram no 
Departamento de Odontologia da UFRN em busca de tratamento reabilitador com próteses 
totais convencionais, que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa. Utilizou-se um 
compasso de ponta seca e uma régua transparente milimetrada de 30 centímetros para as 
medições dos modelos de estudo, classificando-se os arcos e rebordos em pequenos, medianos 
e grandes, separadamente para maxila e mandíbula. A eficiência mastigatória (EM) foi 
avaliada pelo método das tamises. As variáveis independentes consistiram em: sexo, idade e 
uso de próteses totais. Os dados foram analisados pelos testes não-paramétricos de Mann-
Whitney, Qui-quadrado de Pearson e Correlação de Spearman (nível de significância de 5%). 
Resultados: 46 pacientes, com média de idade de 70,67 anos, foram avaliados. Houve 
predominância do gênero feminino (82,6%). Apenas 28 pacientes eram usuários de prótese 
inferior e superior, enquanto 18 não usavam as próteses inferiores. Usuários de PT inferior 
tiveram o tamanho da crista significativamente menor do que não-usuários (p=0,007). Cristas 
do rebordo maxilar altas possuem melhor eficiência mastigatória (p=0,034). Não foi possível 
concluir o mesmo em relação a crista residual mandibular e ao tamanho dos arcos. 
Conclusão: A altura da crista maxilar influenciou positivamente a eficiência mastigatória. 
Pacientes usuários de PT inferior apresentaram reabsorção mais acentuada da crista do 
rebordo residual mandibular. 
Palavras-chave: Prótese total; Mastigação; Reabsorção óssea. 
 
 
ABSTRACT 
 
Statement of the Problem: Oral rehabilitation with conventional dentures (CD) has shown 
favorable results, but faces the challenge of a progressive and continuous resorption of the 
crest of alveolar ridge. In this perspective, 
Objective: Evaluate, through study models, if the anatomical characteristics of residual 
alveolar ridge interfere with their masticatory efficiency of rehabilitated patients with CD 
Material and Methods: The sample was composed by patients who attended the integrated 
clinics of the Department of Dentistry - Federal University of Rio Grande do Norte in Natal / 
RN, looking for rehabilitation with CD and accepted voluntarily to participate in this study. It 
was used a bow divider along a transparent millimeter ruler (30cm) to measure the study 
models, classifying the arches and the alveolar ridges as small, large, and medium. Separately 
measurements were assessed for maxilla and mandible. The masticatory efficiency was 
measured by chewing an artificial food, evaluated by the method of sieves. The independent 
variables were: gender, age, color and use of CD. Data were analyzed by Mann-Whitney U 
test, Kruskal-Wallis, Chi-square test and Spearman correlation (5% significance level). 
Results: 46 patients with a mean age of 70.67 years were evaluated with predominance of 
females (82.6%). Only twenty-eight patients were denture wearers of both dentures, while 18 
did not use the lower dentures. Lower CD users had significantly smaller size of the crest than 
non-users (p = 0.007). Ridges of high jaw rim have better masticatory efficiency (p = 0.034). 
It was not possible to infer the same finding about the residual alveolar ridge and the size of 
the arches. 
Conclusions: The height of the maxillary alveolar ridge influenced positively at the 
masticatory efficiency. Patients who used lower CD showed intensified mandibular alveolar 
ridge resorption. 
Keywords: Denture wear; Mastication; Bone resorption. 
1 
 
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 
Avaliar as características do rebordo residual de pacientes de forma objetiva, através 
de medições que mensurem seu tamanho, altura e largura, no momento da obtenção dos 
modelos de estudo, auxilia na previsão de possíveis limitações anatômicas que venham a 
interferir as etapas de moldagem, bem como de instalação das próteses. 
INTRODUÇÃO 
A reabilitação oral com prótese total convencional tem demonstrado resultados 
favoráveis, sendo esta uma das modalidades mais instituídas como tratamento para 
desdentados totais.1 O sucesso deste tipo de reabilitação, no entanto, vai depender também das 
características clínicas do rebordo residual, sendo necessário o exame preciso da mucosa dos 
rebordos e a avaliação do formato e altura destes.2 
A reabsorção progressiva da crista do rebordo alveolar é considerada um dos maiores 
desafios encontrados na reabilitação de pacientes edêntulos, pois tal processo permanece 
contínuo durante toda a vida destes pacientes.2,3 Desta forma, é comum ocorrerem mudanças 
na arquitetura do rebordo alveolar durante o uso de próteses, o que pode acarretar em 
desadaptação e instabilidade da prótese, principalmente no que se diz respeito ao usuários 
próteses inferiores, pelo rebordo mandibular apresentar características ósseas mais limitadas.4 
A forma e o tamanho do rebordo residual são alguns dos fatores que podem influenciar 
na eficiência mastigatória, já que a habilidade de fragmentação dos alimentos sofre influência 
direta da estabilidade e retenção da prótese.5 Assim, a eficiência mastigatória (EM) se torna 
um parâmetro que se relaciona intimamente com essas características. Quando a função 
mastigatória é considerada deficiente, há o consumo preferencial de alimentos mais macios, 
fáceis de ser mastigados e pouco nutritivos pelo paciente, o que reflete no grau de satisfação 
dos reabilitados com o tratamento realizado.6,7 A análise da EM pode ser feita de forma 
objetiva, através do teste de mastigação de alimentos artificiais ou naturais, ou 
subjetivamente, através de informações obtidas através de questionários.8 
2 
 
Alguns estudos na literatura, como o de Tallgreen (1972), descreveram formas de 
mensuração das características de rebordos residuais, por meio do uso de radiografias 
panorâmicas9, no entanto, a altura e forma radiográficas podem não corresponder às 
características clínicas. Outros estudos utilizaram medição em modelos de gesso, mas não 
correlacionaram essas medidas com a eficiência mastigatória dos pacientes.10,11 O tamanho 
da área basal de próteses totais foi previamente correlacionado com a eficiência mastigatória, 
no entanto, empregou-se um método subjetivo.12 O método empregado no referido estudo 
apresenta a limitação de avaliar a eficiência mastigatória apenas através de questionário. Isso 
dificulta a identificação da real capacidade que os pacientes têm de fragmentar os alimentos, 
pelo fato destes relatos subjetivos mascararem o real desempenho mastigatório, o qual pode 
ser identificado, por meios de métodos objetivos de avaliação.13 
Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar, através de modelos de estudo, se o 
tamanho dos arcos edêntulos e o tamanho da crista do rebordo residual interferem na 
eficiência mastigatória de pacientes que procuraram o Departamento de Odontologia da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por tratamento reabilitador. Alémdisso, objetivou-se verificar se idade, sexo e uso das próteses influenciam nas características 
dos rebordos. As hipóteses do estudo são: (1) pacientes com arcos e rebordos de tamanhos 
pequenos possuem menor eficiência mastigatória, (2) o uso de próteses inferiores pode 
contribuir com a reabsorção do rebordo mandibular e (3) existe correlação entre altura da 
crista do rebordo residual com a eficiência mastigatória. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Caracterização da amostra. 
O presente estudo é do tipo clínico observacional transversal, realizado no 
Departamento de Odontologia (DOD) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 
Natal, Rio Grande do Norte, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital 
Universitário Onofre Lopes (parecer nº 1.043.549/2015) (ANEXO A). 
Foram incluídos na pesquisa pacientes que se apresentaram no Departamento de 
Odontologia da UFRN em busca de tratamento reabilitador com próteses totais 
convencionais, que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, mediante a assinatura 
3 
 
do termo de consentimento livre e esclarecido. De acordo com os critérios de exclusão, não 
foram incluídos no estudo pacientes que apresentavam estado de saúde debilitado e usuários 
de próteses fraturadas. Desta forma, a amostra foi composta por todos os pacientes que 
buscaram o serviço no período de maio de 2015 a maio de 2016. 
A aquisição dos modelos de estudo e dos valores da eficiência mastigatória para esta 
pesquisa foram realizadas por outros pesquisadores, nas fases de exame clínico inicial de cada 
paciente, onde a eficiência mastigatória dos pacientes foi coletada pelo método da mastigação 
de alimento artificial e peneiramento (tamisação) e os modelos foram obtidos por moldagem 
anatômica, realizadas com moldeiras de estoque para desdentados, individualizadas com cera 
utilidade (Newwax, Technew), e hidrocoloide irreversível (Jeltrate, Dentsply) para o rebordo 
superior e silicona de condensação (Perfil, Coltene) para o rebordo inferior. 
 Então, fez-se uma retrospectiva dos valores da eficiência mastigatória e dos modelos 
de estudo de cada paciente, para que o examinador do estudo pudesse realizar a medição dos 
modelos de estudo. Para isso, houve uma calibração intraexaminador, através da medição de 
dez modelos com intervalo de uma semana entre elas, conseguindo um valor de Kappa maior 
que 0,8, indicando uma ótima concordância (K = 0,981). Assim, nos modelos foram 
mensuradas as mediadas da altura, largura dos rebordos residuais e do tamanho dos arcos 
maxilares. Para isso, utilizou-se um compasso de ponta seca e uma régua transparente 
milimetrada de 30 centímetros, seguindo-se o método do estudo de Pietrokovski 
colaboradores (2003)11. 
Tamanho dos arcos maxilares e mandibulares. 
O tamanho dos arcos desdentados foi obtido pelo valor do comprimento da linha 
média e pela largura. Como observado na Figura 1, para a maxila, o comprimento foi dado 
pela medição dos pontos A até o ponto B, quanto à largura foi dada pela medição entre os 
pontos C. Da mesma forma, o comprimento do arco mandibular se deu pela medição dos 
pontos D até o E, e a sua largura foi dada pela medição entre os pontos F. 
Os valores encontrados foram transformados em índices, a fim de categorizar os 
arcos em três tamanhos, utilizando da seguinte fórmula: largura do arco x 100 dividido pelo 
comprimento do arco. Assim, os arcos foram classificados em pequenos (<79), arcos 
medianos (80-89) e arcos grandes (> 90), separadamente para maxila e mandíbula. 
4 
 
Tamanho dos rebordos residuais maxilares e mandibulares. 
Para definir o tamanho dos rebordos residuais, foram realizadas medições da altura e 
largura das cristas residuais. Foi adotado um ponto médio no rebordo para tal medição - 
região de pré-molar - da mesma forma que foi estabelecido no estudo de Pietrokovski et al. 
(2003)11 (Figura 2). 
De acordo com a figura 3, para a crista residual maxilar, a altura foi medida de forma 
retilínea entre os pontos A e B, a largura foi medida entre os pontos B e C. Para crista residual 
mandibular, a altura foi mensurada entre os pontos D e E, da imagem, e a largura entre os 
pontos E e F. Os valores encontrados também foram transformados em índices, seguindo a 
fórmula: largura da crista x 100 dividido pela a altura do rebordo. De acordo com os 
resultados dos índices, as cristas alveolares residuais foram classificadas como pequenas (< 
69), medianas (70-79) e grandes (> 80), separadamente para a maxila e mandíbula. 
Eficiência mastigatória 
A avaliação da eficiência mastigatória foi realizada por outros pesquisadores, através 
do protocolo de mastigação de pedaços de alimento artificial pesados e avaliados pelo método 
das tamises. O alimento teste artificial foi o Optocal, o qual é confeccionado com material 
odontológico de moldagem à base de silicone de condensação. Este alimento apresenta na sua 
composição, os seguintes componentes e respectivas proporções: Silicone de condensação 
Optosil Comfort® (Heraeus Kulzer) – 53 gramas (g); Pasta Catalisadora – 1,43 g; Creme 
dental – 25 g; Vaselina – 3 g; Gesso Odontológico – 8 g; e Alginato – 4 g. As respectivas 
especificações e dados do fabricantes dos materiais utilizados na confecção do alimento-teste 
Optocal estão descritos no Quadro 1. 
Após mistura dos componentes, a massa homogeneizada foi colocada em moldes 
metálicos com compartimentos cúbicos com dimensões de 0,9 x 0,9 cm de extensão e 0,6 cm 
de altura previamente vaselinados. Para assegurar a completa polimerização o material 
precisou ser posteriormente estocado em estufa bacteriológica (Modelo SL 101 – Solab 
Equipamentos para Laboratórios), onde permaneceu por 16 horas a 65°C. Na sequência, o 
alimento, já em formato de cubos, foi removido do molde metálico e teve seu peso mensurado 
5 
 
em balança de precisão de 0,001g (Modelo AD330, Marte Científica) armazenado em local 
fresco e fechado e sendo descartado após um período de 7 dias. O alimento foi separado em 
porções de aproximadamente 3g, para cada paciente da pesquisa. 
Todos os pacientes receberam orientações antes do experimento em relação à 
quantidade de movimentos mastigatórios a serem realizados e, também, quanto ao bochecho a 
ser executado após a mastigação - em número de três. Desta forma, uma porção dos cubos foi 
entregue a cada paciente para mastigação durante 20 ciclos. Esta quantia de ciclos é muito 
próxima do momento da deglutição, sendo que cada ciclo corresponde a uma mordida 
máxima simulando a mastigação. Os ciclos foram monitorados pelo examinador. Com o 
alimento no interior da cavidade bucal, os pacientes, sentados em cadeira odontológica em 
posição confortável, a fim de não alterar o processo de trituração do material-teste, puderam 
escolher a melhor forma para mastigar. Após a mastigação, o alimento foi recolhido em um 
recipiente descartável após ser expelido da cavidade bucal. Neste momento, foi solicitado ao 
paciente o enxágue da boca com 200ml de água, por duas vezes com e uma vez sem as 
próteses. A água dos enxágues também foi coletada juntamente com as partículas existentes 
nas próteses e o material mastigado assegurando a remoção de todo o resíduo. 
Em seguida, o material recolhido foi despejado na parte superior de um conjunto de 
cinco tamises granulométricas (BerTel, Indústria Metalúrgica Ltda.) com aberturas de 5,6; 
4,0; 2,8; 2,0; 1,4; 1,0; 0,71 e 0,5 mm, acopladas em ordem decrescente, de acordo com o 
tamanho da abertura de seus orifícios. Desta maneira os fragmentos colocados nas tamises 
passam, de acordo com suas respectivas dimensões, progressivamente da maior para a de 
menor diâmetro, sendo realizada com um litro de água corrente vertida no conjunto detamises, o qual foi colocado em vibração por dois minutos. Após a tamisação o conteúdo 
retido em cada tamise foi colocado para secar naturalmente, e após a secagem, a massa foi 
mensurada separadamente em balança analítica com precisão. O material retido em cada 
peneira é pesado e submetido a equações específicas para que seja obtido o diâmetro mediano 
das partículas (X50). A eficiência mastigatória é inversamente proporcional a este valor. 
Análise estatística 
6 
 
Foi criado um banco de dados no software Microsoft Excel 2013 para a colocação 
dos dados coletados referentes às variáveis de estudo, os quais foram posteriormente 
transferidos para o SPSS versão 20.0 Windows para a realização dos testes estatísticos 
quantitativos. As variáveis foram apresentadas de maneira descritiva e através da mediana e 
valor de p. Os dados foram analisados pelos testes não-paramétricos de Mann-Whitney, Qui-
quadrado de Pearson e Correlação de Spearman. As diferenças foram consideradas 
estatisticamente significativas quando p ≤ 0,05. 
RESULTADOS 
Foram avaliados 46 pacientes com média da idade de 70,67 anos, com a 
predominância do gênero feminino sobre o masculino (82,6%). Dos 46 pacientes, 28 eram 
usuários de prótese superior e inferior, 13 pacientes eram usuários somente da prótese 
superior e cinco não utilizavam nenhuma prótese. 
 Em relação à classificação do tamanho dos arcos edêntulos, de acordo com os valores 
de índices encontrados, 80,4% da amostra apresentou arco maxilar grande, enquanto 100% 
dos pacientes avaliados apresentaram arco mandibular grande (n = 46). Em relação ao 
tamanho dos rebordos residuais, houve predominância de rebordo residual maxilar grande 
entre os participantes (84,8%), bem como de rebordo residual mandibular grande (58,7%) 
(Gráfico 1). 
Analisando a influência do uso de próteses inferiores sobre os rebordos residuais 
mandibulares, observou-se que a maioria dos pacientes usuários de PT inferior possui o 
tamanho da crista do rebordo residual mandibular significativamente menor do que aqueles 
que não utilizam a prótese (p<0,05). 
Para correlacionar a eficiência mastigatória com as características anatômicas 
estudadas, utilizou-se apenas pacientes que utilizam ambas as próteses (n=28), a fim de evitar 
interferência nos resultados da variável uso de prótese. A média dos valores obtidos para 
eficiência mastigatória (X50) dos 28 pacientes avaliados foi de 6,43 mm, variando de 4,47 a 
7,07 mm. Para análise dos dados optou-se por categorizar a variável “tamanho da crista 
residual” em “pequena/média” e “grande” (Tabela 2). 
7 
 
Para a avaliação de existência da relação entre a altura da crista do rebordo residual 
maxilar e mandibular com a eficiência mastigatória (X50) foi utilizado o teste de correlação 
de Spearman. A altura da crista residual maxilar obteve correlação negativa com o X50 
(p<0,05), indicando que quanto maior foi a altura, melhor foi a eficiência mastigatória. Não 
foi possível concluir o mesmo com a altura da crista residual mandibular (Tabela 3). 
DISCUSSÃO 
Através da metodologia empregada na limitada amostra deste estudo, não foi 
possível confirmar significativamente a primeira hipótese do estudo, quando foram 
analisados os tamanhos dos arcos e rebordos com a eficiência mastigatória, o que poderia 
ser esperado devido a falhas na adaptação e retenção das próteses possivelmente geradas 
em arcos e rebordos de tamanhos menores. Cerca de 5 a 20% dos pacientes permanecem 
insatisfeitos após a reabilitação com prótese total convencional, devido principalmente à 
instabilidade da prótese inferior14. Esta queixa está associada à própria anatomia do 
rebordo mandibular, o qual fornece pequena área de suporte em relação à maxila, isso 
implica em uma maior necessidade de coordenação muscular intensa para estabilizar a 
prótese. Além disso, a fibromucosa de revestimento do rebordo mandibular é fina, móvel 
e facilmente traumatizável.6,15 
Os pacientes que utilizavam prótese inferior nesta pesquisa apresentaram menor 
rebordo do que aqueles que não faziam uso, corroborando com a segunda hipótese do 
estudo. Assim, isso pode ser associado ao pressuposto de que estes pacientes necessitam 
mastigar de 4 a 8 vezes, em média, para atingir o mesmo grau de mastigação de pacientes 
dentados naturais - o que reforça a teoria de que as forças oclusais direciona ao rebordo 
uma reabsorção intensificada.10,16,17 
Na literatura, há registros de que a reabsorção do rebordo residual foi mais 
acentuada em pacientes do gênero feminino e naqueles que possuíam maior tempo de 
edentulismo, aliado a uma quantidade maior de próteses utilizadas na mandíbula.18 No 
presente estudo, a mandíbula também foi o arco que possuiu maior grau de reabsorção 
associada ao frequente uso de PT inferior. Entretanto, a limitação da amostra 
impossibilitou a avaliação das variáveis gênero e tempo de uso da prótese. 
8 
 
Outro estudo analisou a influência da idade e do uso de prótese sobre a altura do 
rebordo residual e tamanho do arco, resultando na predominância de arcos maxilares 
médios e cristas residuais médias e sem associação significativa com a idade. Os autores 
concluíram que os pacientes que não eram reabilitados possuíam arcos e altura do rebordo 
residual maior em relação ao grupo que portava prótese total convencional11, o que 
concorda com os resultados trazidos neste estudo. 
Quanto ao método e material utilizado para coleta da eficiência mastigatória 
empregado, levou-se em conta a dificuldade de usar alimentos naturais como alimento-
teste por não ser possível o controle da sua textura e da dimensão inicial, o que 
frequentemente leva a uma não padronização de resultados. Sendo assim, empregou-se o 
alimento artificial Optosil, mais indicado e utilizado em pesquisas que avaliam a 
eficiência mastigatória19,20, pois gera a possibilidade de reprodução e padronização dos 
testes e a não sofre a interferência de ação solubilizante e/ou enzimática de água e saliva 
no meio bucal.21 
Falhas de retenção e estabilidade de próteses totais convencionais associadas ao 
rebordo mais reabsorvido podem acarretar à força reduzida da mordida e a consequente 
diminuição do desempenho mastigatório. O fraco desempenho é compensado pela 
mastigação e deglutição de maiores partículas de alimentos. É importante ressaltar que 
nesse estudo, a qualidade técnica das próteses pode ter influenciado na eficiência 
mastigatória, já que esse dado foi coletado com o uso das próteses portadas pelos 
pacientes que buscaram o serviço do local de estudo para substituí-las. A substituição das 
próteses possivelmente implicará em impacto positivo sobre a eficiência mastigatória.22 
A partir da análise dos tamanhos de ambos os arcos e cristas do rebordo residual, 
apenas nos pacientes que utilizam ambas as próteses, não foi possível observar diferença 
significativa quanto à eficiência mastigatória. Quando individualizada apenas as variáveis 
altura da crista residual maxilar com a eficiência mastigatória (X50), observou-se 
correlação negativa estatisticamente significativa, indicando que pacientes com rebordos 
maxilares altos possuem uma melhor eficiência mastigatória. A mesma significância não 
foi atribuída à crista residual mandibular, possivelmente devido ao tamanho limitado da 
amostra. Apesar disso, é possível confirmar a terceira hipótese do estudo, sugerindo que 
existe alguma influência das características dos rebordos sobre a eficiência mastigatória 
dos pacientes. 
9 
 
Por razão do limitado tamanho da amostra deste estudo, surge à necessidade de 
trabalhos futuros avaliarem as características dos rebordos e eficiência mastigatória da 
mais pacientes que procuram um tratamentoreabilitador com próteses totais 
convencionais. É importante ainda minimizar o efeito da qualidade técnica das próteses, 
coletando-se a eficiência após a substituição das próteses também. 
CONCLUSÃO 
Foi possível concluir que a altura da crista maxilar influenciou positivamente a 
eficiência mastigatória, de forma que quanto maior a altura da crista do rebordo maxilar 
do paciente, melhor será sua eficiência mastigatória. Pacientes usuários de PT inferior 
apresentaram reabsorção mais acentuada da crista do rebordo residual mandibular em 
relação aos não usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS 
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Edêntulos Reabilitados com Prótese Total na Faculdade de Odontologia de Adamantina – 
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Prótese Total: Uma alternativa Simples e Eficiente – Relato de Caso Clínico. Int J Dent, 
2008. 7(3): 190-194. 
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do rebordo alveolar sagital em reabilitações com associação de prótese parcial removível 
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características da mastigação em usuários de prótese dentária removível. Rev CEFAC, 
2008; 10 (4); 490-502. 
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Influence of Mandibular Ridge Anatomy on Treatment Outcome With Conventional 
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performance mastigatória em pacientes com dentes naturais e após a reabilitação com 
próteses removíveis totais imediatas superior, inferior e bimaxilares – relato de casos 
clínicos. RFO 2011; 16(2): 200-205. 
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rehabilitation. Int Dental J 1984; 34(2): 93-96. 
9. Tallgren A. The continuing reduction of the residual alveolar ridges in complete denture 
wearers: A mixed longitudinal study covering 25 years. J Prosthet Dent, 1972. 27:120-32. 
10. Campbell RL. A comparative study of the resorption of the alveolar ridges in denture 
wearers and non-denture-wearers. J Am Dent Assoc. 1960; 143-53. 
11. Pietrokovski J, Harfin J, Levy F. The influence of age and denture wear on the size of 
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provision of implant and conventional prostheses in complete denture wearers. Clin. Oral 
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mandibular denture: evaluation of masticatory efficiency, oral function and degree of 
satisfaction. Journal Oral Rehabilitation, 1998. 25 (6): 462-7. 
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Biting and chewing in overdentures, full dentures and natural dentitions. J. Dent. Res., 
2000. 79 (7): 1519-1524. 
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of life of geriatric patients. J. Dent., 2008. 36, (10): 816-21. 
 
 
 
 
12 
 
ANEXOS 
 
ANEXO A – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital 
Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL). 
 
 
 
13 
 
TABELAS, QUADROS E GRÁFICOS 
 
Tabela 1. Análise do tamanho do rebordo mandibular em função do uso de prótese inferior. 
Natal/RN, 2016. 
Uso de prótese 
inferior Tamanho da crista mandibular categorizada p 
 
Pequena/Média (n) Grande (n) Total (n) 
0,007 
Sim 16 12 28 
Não 3 15 18 
Total 19 27 46 
Fonte: Autor. 
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Tabela 2. Distribuição da eficiência mastigatória (X50) nas diversas variáveis de estudo, 
exceto de tamanho mandibular, pois todos foram classificados com grandes. Natal/RN, 2016. 
Variáveis n X50 (q25 – Q75) p 
Tamanho do arco maxilar 
 
 
 
Mediano 4 6,48 (6,34– 8,80) 
0,533 
 Grande 24 6,39 (5,82 – 6,86) 
Tamanho da crista residual 
maxilar 
 
Pequena /Média 6 5,94 (5,05– 6,75) 
0,131 
 
Grande 22 6,46 (6,31 – 6,86) 
Tamanho da crista residual 
mandibular 
 
Pequena/Média 16 6,51 (6,31 – 6,86) 
0,403 
 
Grande 12 6,32 (5,82 – 6,75) 
Fonte: Autor. 
Nota: Teste não-paramétrico de Mann-Whitney. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Tabela 3. Correlação entre as alturas das cristas dos rebordos com o diâmetro mediano das 
partículas (X50). Natal/RN,2016. 
Condições gerais X50 
 rho p 
Altura da crista maxilar - 0,401 0,034 
Altura da crista mandibular 0,082 0,678 
Fonte: Autor. 
Nota: Correlação de Spearman. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Quadro 1 – Materiais, e respectivas especificações, utilizados na confecção do alimento-teste 
Optocal. Natal/RN, 2016. 
Material 
Nome 
comercial 
Fabricante Origem 
Porcentagem 
em peso (%) 
Quantidade em 
gramas (g) 
Silicone para 
impressão 
Optosil 
Comfort 
Putty 
Heraeus 
Kulzer, 
Alemanha 57% 53g 
Creme dental 
Colgate 
tripla-ação 
hortelã 
Colgate-
Palmolive 
Company 
Brasil 27% 25g 
Vaselina sólida Vaselina Rioquímica Brasil 3% 3g 
Gesso 
odontológico 
tipo III 
Gesso pedra 
tipo III 
Asfer Brasil 9% 8g 
Alginato 
Alginato 
Avagel Tipo 
II 
Dentsply Brasil 4% 4g 
Pasta 
catalisadora 
universal 
Activador 
Universal 
Heraeus 
Kulzer 
Alemanha 27mg/g 1,43g 
Fonte: o autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Gráfico1. Tamanho dos arcos edêntulos e tamanho das cristas residuais (n=46). Natal/RN, 
2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Pontos e traços de mediçãode comprimento e largura para o arco maxilar e arco 
mandibular. (A) Papila incisiva; (B) Ponto medial da linha imaginária que liga as 
tuberosidades maxilares; (C) Tuberosidades maxilares; (D) Ponto medial na região incisiva; 
(E) Ponto medial da linha imaginária que interliga as papilas retromolares; e (F) Papilas 
retromolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Esquema de marcação do ponto médio do rebordo. (A) Ponto médio do rebordo 
representativo da região pré-molar para realização das medições de altura e largura da crista 
residual do rebordo maxilar e mandibular. 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Esquema de medição para altura e largura dos rebordos residuais maxilares e 
mandibulares. A) Ponto mais alto da crista residual maxilar; (B) Ponto profundo do sulco 
vestibular superior; (C) Ponto no palato duro respectivo ao ponto B; (D) Ponto mais alto da 
crista residual mandibular; (E) Ponto limítrofe entre rebordo e assoalho bucal; e (F) Ponto no 
fundo de sulco vestibular inferior respectivo ao ponto E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Statement of the Problem: Oral rehabilitation with conventional dentures (CD) has shown favorable results, but faces the challenge of a progressive and continuous resorption of the crest of alveolar ridge. In this perspective,
	Objective: Evaluate, through study models, if the anatomical characteristics of residual alveolar ridge interfere with their masticatory efficiency of rehabilitated patients with CD
	Material and Methods: The sample was composed by patients who attended the integrated clinics of the Department of Dentistry - Federal University of Rio Grande do Norte in Natal / RN, looking for rehabilitation with CD and accepted voluntarily to part...
	Results: 46 patients with a mean age of 70.67 years were evaluated with predominance of females (82.6%). Only twenty-eight patients were denture wearers of both dentures, while 18 did not use the lower dentures. Lower CD users had significantly smalle...
	Conclusions: The height of the maxillary alveolar ridge influenced positively at the masticatory efficiency. Patients who used lower CD showed intensified mandibular alveolar ridge resorption.
	Keywords: Denture wear; Mastication; Bone resorption.

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