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Síndromes compressivas - resumo

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Síndromes compressivas
Síndrome do túnel do carpo
Definição: Compressão ou tração do nervo mediano ao nível do punho.
Anatomia: O nervo mediano passa em baixo do retináculo dos flexores (ligamento transverso do carpo ou ligamento carpal estabiliza os tendões desses músculos) e acima dos ossos do carpo. 
Logo, esse túnel é constituído por 10 estruturas: 4 tendões dos músculos flexores profundos dos dedos, 4 tendões dos músculos flexores superficiais dos dedos, flexor longo do polegar e os ossos do carpo (importante saber quais são e suas localizações).
Trajeto do nervo mediano: ele sai do plexo braquial, passa de forma mediana pelo braço e quando chega na região do cotovelo se bifurca dando origem ao nervo interósseo anterior, que irá inervar a musculatura profunda, e a outra parte se estende até o túnel do carpo formando nervos digitais (sensitivos) e a porção motora inervando os músculos da região tenar.
Etiologia: Atividades que envolvam carregamento manual de cargas e várias repetições, assim como também hiperextensão e hiperflexão de punho e contrações musculares excêntricas que excedam a capacidade de trabalho. O índice de massa corporal está relacionado às gestantes que através de alterações hormonais, como o aumento de progesterona e cortisol, acumulam muito líquido entre as células favorecendo um aumento tecidual que pode causar compressão.
Epidemiologia: Acometimento bilateral em quase 50% dos casos, maior frequência no sexo feminino e prevalência na população de 4% a 5%.
Sinais clínicos: Fraqueza nos músculos inervados pelo mediano (todos os flexores do antebraço e os pronadores: flexor radial do carpo, palmar longo, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar, pronador redondo e pronador quadrado); dificuldade em realizar os movimentos de pinça e oponência justamente pela inervação da porção motora na região tenar; diminuição da função motora e sensorial pela compressão e dor e parestesia no trajeto do nervo mediano (polegar, segundo, terceiro e metade radial do quarto dedo.
Testes: Teste de phalen normal e invertido, sinal de tínel, teste de Durkan (mesma coisa do de tínel).
Limitações e comprometimentos: Limitação em movimentos que exijam coordenação motora fina, dificuldade na apreensão e arremesso de objetos acarretando, portanto, em comprometimentos na qualidade de vida desse paciente.
Síndrome do pronador redondo
Definição: compressão do nervo mediano na região do cotovelo entre as duas porções do músculo pronador redondo que tem sua ORIGEM UMERAL na crista supracondilar medial e sua ORIGEM ULNAR no processo coronóide da ulna seguida de sua INSERÇÃO no terço médio da face lateral do rádio com AÇÃO de pronação do antebraço e flexão do cotovelo. Esta compressão ocorre de forma dinâmica, ou seja, durante os movimentos.
Anatomia: basicamente é saber aonde está localizado e onde se insere o pronador redondo e entender que o nervo mediano irá passar entre as duas porções umeral e ulnar.
Etiologia: Supinação e pronação repetitivas, repetição de esforço manual com o antebraço em pronação como em atividades de apertar parafusos, rosquear ferramentas e no basquete.
Epidemiologia: Associada à síndrome do túnel do carpo, mas ocorrendo em menor frequência quando comparada a mesma, maior frequência no sexo feminino em média a partir dos 45 anos e possui 4 possíveis sítios de compressão (ATENÇÃO NISSO).
A existência do ligamento de Struthers é trazido pela literatura como uma variação anatômica que alguns indivíduos podem possuir (entre 0,7% e 2,5% da população). Este tem sua ORIGEM no processo supracondilar e se insere no epicôndilo medial do cotovelo.
Pelo pronador redondo (ocorre mais e já foi explicado acima)
Flexor superficial dos dedos na região do arco fibroso 
Lacertus Fibrosus: extensão da aponeurose do bíceps cobrindo o pronador redondo podendo gerar compressão
Sinais clínicos: Parestesia (não ocorre durante a noite como na síndrome do túnel do carpo), dor na face anterior do antebraço e alteração da força na região tenar e da sensibilidade causada pela compressão do ramo cutâneo palmar.
Testes: Teste de digito pressão sobre a face do músculo pronador redondo, teste de resistência à pronação do antebraço, teste de phalen negativo (diferenciação entre síndrome do túnel do carpo) e teste de Kiloh Nevin que será positivo se houver incapacidade no movimento de pinça ponta a ponta.
Limitações e comprometimentos: Debilidade nos movimentos de pinça e preensão, dificuldade na realização de movimentos com o antebraço e diminuição na qualidade de vida principalmente causada pela dor.
Síndrome do supinador
Definição: compressão do nervo radial em seu ramo interósseo posterior, ramo motor e no túnel radial.
Anatomia: ORIGEM do supinador no epicôndilo lateral do úmero, face posterior da extremidade proximal da ulna; INSERÇÃO na face lateral do rádio e AÇÃO de supinação do antebraço. 
Etiologia: Movimentos com esforços estáticos e preensão prolongada de objetos, principalmente com o punho estabilizado em flexão dorsal e nas pronossupinações com utilização de força, como apertar parafusos, jogar tênis, desencapar fios, tricotar, operar motosserra. Há também causas não ocupacionais como traumas (subluxação radial, fratura do úmero distal), tumores, inflamação ( artrite reumatóide), alterações vasculares (trombose) e alterações anatômicas.
Epidemiologia: Acomete em sua maioria o membro dominante e é causada por movimentos repetitivos (tenistas, digitadores e atletas).
Sinais clínicos: Dor profunda na face posterior do braço, sensaçaõ de fadiga, dimnuição da força de preensão, dor ao esforço e parestesia na extensão do punho, dedos e polegar.
Testes: Pronação passiva com o punho em flexão completa (relato de dor na região do pronador), resistência à supinaçaõ, flexão do cotovelo com antebraço em supinação e teste do dedo médio (cotovelo a 90 graus de flexão e punho em posição neutra – a resistência na extensão do dedo médio indiretamente causa uma contração no extensor radial curto do carpo que revela sobrecarga do nervo radial profundo).
Limitações e comprometimentos: Diminuição da agilidade dos dedos, dificuldade para carregar pesos, dificuldade para arremessar objetos, girar chaves, torcer roupa, limitaçções de atividades diárias e de higiene pessoal como escovar os dentes.
Exames complementares: Podemos utilizar o ultrassom, a RM mas a Eletroneuromiografia é o padrão ouro pois mede a condução elétrica através do nervo.
Tratamento:
Curto prazo – objetivos: Promover analgesia, controlar inflamação, promover a cicatrização de tecidos lesados, proporcionar relaxamento muscular, realizar descompressão nervosa e promover a manutenção da integridade e mobilidade da articulação e dos tecidos moles.
Condutas: Utilizar os recursos da termoterapia: TENS (baixa frequencia e intensidade alta), Laser (caneta 904, arsenieto de gálio, 3J), Ultrassom (modo pulsado, 3mhz, largura de pulso baixa) e crioterapia. Utilizar técnicas da massoterapia, alongamento passivo, mobilização intra articular e mobilização neural.
Médio prazo – objetivos: Promover analgesia e relaxamento muscular, aumentar progressivamente a mobilidade, promover a cicatrização dos tecidos lesados, fortalecer os músculos envolvidos e promover a manutenção da integridade e mobilidade da articulação e dos tecidos moles.
Condutas:
Aumentar gradualmente a mobilidade cicatricial
Analgesia: utilizar ultrassom - modo pulsado; 3 mHz; largura de pulso baixa
Massoterapia
Progredir de amplitude de movimento passivo para ativo – assistida e ativo livre
Alongamentos progressivos e exercícios de estabilização
Retorno às atividades funcionais de baixa intensidade
Realizar exercícios isotônicos em cadeia fechada e aberta com progressão da resistência
Longo prazo – objetivos: Diminuir a dor devido à sobrecarga, relaxamento muscular, aumentar a mobilidade de tecido mole, músculo e articulação, desenvolvimento de resitência à fadiga e retorno à independência funcional.
Condutas:Alongamento seletivo para as estruturas limitantes: técnicas de inibição ativa ou flexibilidade
Progressão da resistência submáxima para a máxima
Especificidade do exercício (concêntrico e excêntrico) com:
Progressão de planos e movimentos, 
Estabilização proximal e mobilização distal
Maior duração e menor velocidade
Retorno do indivíduo às suas atividades cotidianas (AVD’S) - nível funcional

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