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Anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares Professor: Dr. Filipe carvalho Matheus Curso: Fisioterapia Fase: 4 Período letivo 2016/2 DISCIPLINA: FARMACOLOGIA E BASES TERAPÊUTICAS II Prostaglandinas (PGE2 e PGI2) Conceitos relacionados à DOR Segundo a IASP, a dor é “uma experiência emocional e sensorial desagradável associada com uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”, sendo sempre subjetiva, ou seja, o paciente interpreta a dor dentro do seu contexto de vida social, pessoal e cultural. “A DOR É TANTO UMA SENSAÇÃO QUANTO UMA EMOÇÃO” NOCICEPÇÃO ≠ DOR IASP: Associação Internacional para o Estudo da Dor. 8 AgudaTransitória Crônica Lesão tecidual ausente presente presente ou não Duração momentânea dias/semanas meses/anos Caráter protetor protetor não protetor Exemplos situações do cirurgias odontol., artrite, neuropatias, cotidiano traumas, queimaduras cânceres Controle --------- inibidores COX antidepressivo tricíclicos farmacológico opioides anticonvulsivantes, opioides Tipos de dor9 Conceitos: estímulos nocivos ou estímulos nociceptivos Os estímulos capazes de ativar uma terminação nervosa e provocar manifestação de dor ou reflexo evidente. 10 NOCICEPTOR Percepção do estímulo nociceptivo: NOCICEPTOR • É uma terminação nervosa sensível ao estímulo nociceptivo. • Ponto de interação do estímulo com as vias aferentes que unem esses receptores ao SNC. • Presentes na pele, nos músculos e nos órgãos 11 Inibidores da ciclooxigenase Ações farmacológicas: inibição da COX COX-1: • Possui efeitos na homeostase renal, na função plaquetária e na proteção gástrica • Sua inibição pode ocasionar aumento do risco de sangramentos e de danos ao TGI (lesões na mucosa e úlceras) COX-2 • Apresenta efeitos na indução de febre, dor e inflamação • Ao ser inibida pode provocar maiores riscos cardiovasculares (HAS e trombose) e edema pela retenção de sódio e água • Menores efeitos no TGI Ações analgésicas A integração de informações nociceptivas na medula espinal21 Endorfinas: opioides endógenos 22 Monoaminas 23 A escolha do analgésico e da via de administração depende da natureza e da duração da dor; Dores leves: AINEs (ex: paracetamol) Dores moderadas: AINES + opiodes de baixa potência (ex: codeina) Dores severas: opioides alta potência (morfina) 24Usos clínicos dos analgésicos Modificado de Rang & Dale, 2012 Opioides endógenos25 Tálamo Núcleo accumbens Amigdala Hipocampo Hipotálamo Matéria cinzenta periaquedutal Área tegmental ventral Locus coeruleus GRD μ κ δ Medula espinhal Medula rostroventral Nucleo arqueado Estriado Cortex cerebral β-endorfina Encefalina Dinorfina Principais regiões de síntese de opioides endógenos Distribuição dos receptores para opioides Modificado de Al-Hassani, 2013 26 27 Ópio e compostos relacionados Modificado de Baltieri et al., 2004 Modificado de Wall & Melzack’s, 2013 Receptores acoplados à proteína Gi/Go28 • Inibição da enzima adenilato ciclase > redução da produção de AMPc: efeito via Gi • Estimulação da corrente de potássio (K+): efeito via Go 29 EFEITO GLOBAL: INIBIÇÃO CELULAR (REDUÇÃO DA EXCITABILIDADE NEURONAL) K+ Ca++ Extracelular X Mecanismo de ação dos receptores opioides: Eventos intracelulares A b e rt o F e c h a d o Intracelular Modificado de Pasternak, 2014 X X X Ação dos opioides nos neurônios: pré- e pós-sináptica Receptor opioide: Pré- e pós-sináptico Modificado de Popoli e tal., 2012 30 31 Estímulo nocivo Fibra aferente nociceptiva Via ascendente Tálamo Córtex SCP . Opioides . . + - - 1 2 3 Medula espinhal Via descendente inibitória •Opioides reduzem o componente sensorial e também o componente afetivo/emocional da dor • Inibem o disparo da fibra nociceptiva (1) • Inibem o envio da informação dolorosa ao SNC (2) • Estimulam a via descendente inibitória (3) Efeitos analgésicos dos opioides Análogos da morfina Agonistas Morfina Diamorfina (heroína) Codeína Agonistas parciais Nalorfina Antagonistas Naloxona Naltrexona Derivados sintéticos Agonistas Meperidina Fentanil Metadona Dextropropoxifeno Etorfina Agonistas parciais Pentazocina Buprenorfina 32Fármacos opioides 33 Modificado de Rang & Dale, 2012 Efeitos farmacológicos dos opioides Efeitos sobre o Sistema Nervoso Central Analgesia Euforia Depressão respiratória Depressão do reflexo da tosse Náuseas e vômitos Constrição pupilar (miose) Disforia (receptores Kappa) Sedação Efeitos no trato gastrintestinal Redução da motilidade Aumento do tônus muscular Diminuição de secreções Outros efeitos Broncoconstrição Hipotensão 34 Efeitos farmacológicos dos opioides Devido a redução da efetividade dos opioides, é necessário um aumento da dose Nem todas as ações farmacológicas sofrem tolerância A administração deve ser descontinuada de forma gradativa, para evitar a síndrome de retirada 35 Tolerância, síndrome de retirada, dependência aos opioides 35 Rotação dos opioides A rotação do opioide é feita quando: 1. A intensidade da dor é maior ou igual a quatro (escala numérica de 0 a 10), a despeito do aumento da dose de morfina 2. O paciente apresenta mioclonia, alucinação 3. Ocorrem náuseas e vômitos 4. Há sedação excessiva 5. Ocorre toxicidade local 6. Há necessidade de vias alternativas 7. O custo é alto 8. Falta aceitação pelo paciente Combinações de Fármacos Dor inflamatória: opioides associados a AINES (paracetamol) > reduzir a dose do opioide Dor neuropática: outras classes mais úteis quando combinadas aos opioides como os antidepressivos e os anticonvulsivantes. Dor refratária: uma preparação de liberação lenta da morfina para o alívio da dor basal, enquanto a dor aguda incidente poderia ser controlada com uma preparação de início rápido e duração curta, como a fentanila bucal. Cuidados com a função respiratória Outros fatores que alteram a analgesia com opioides Tolerância Estado físico do paciente Variáveis genéticas: CYP2D6 Alta ligação às ptns plasmáticas > alterações no pH do plasma alteram drasticamente essa ligação. Disfunção ou insuficiência renal > morfina e meperidina > metabólitos ativos eliminados pelos rins morfina-6-glicuronideo e a normeperidina > efeitos tóxicos. Patologias: DPOC, apneia do sono, demência, hipertrofia prostática benigna e constipação. Farmacologia da junção neuromuscular Receptores colinérgicos nicotínicos musculares (NM) Tubocurarina Strychnos toxifera Tubocurarina Chondrodendron tomentosum Farmacologia da junção neuromuscular Bloqueio de receptores nicotínicos musculares (NM) α-Bungarotoxina Bungarus multicinctus Bloqueadores neuromusculares Farmacologia da junção neuromuscular Bloqueadores neuromusculares não- despolarizantes (Antagonistas competitivos NM) – Pancurônio; – Vecurônio; – Atracurônio. Bloqueadores neuromusculares despolarizantes (Bloqueio por ativação NM) – Suxametônio; – Decametônio. Adjuvante anestésico Paralisia motora e relaxamento muscular Orfenadrina: antagonista muscarínico Farmacologia da junção neuromuscular ReceptoresNM – modulação indireta Toxina botulínica Clostridium botulinum GOODMAN & GILMAN. 2012. As bases farmacológicas da terapêutica. 12ª edição. Artmed, Porto Alegre. HARVEY, R. A., CHAMPE, P. C. 2013. Farmacologia Ilustrada. 5ª. Ed, Artmed, Porto Alegre. KATZUNG, B. G. 2014. Farmacologia Básica e Clínica. 12ª. Ed., Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. WALL & MELZACK’S. Textbook of Pain. 6 ed. Elsevier, 2013. 48 Contato: filipejfmatheus@gmail.com Bibliografia
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