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CONTABILIDADE GERENCIAL (19)

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0 
 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE 
MATTOS – FASERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISCILA SOUZA DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DIFICULDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM 
ADOTAR A CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA – ES 
2015 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISCILA SOUZA DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DIFICULDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM 
ADOTAR A CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso 
de Mattos, do curso de Graduação em Ciências 
Contábeis, como exigência parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Contábeis. 
 
Orientador: Prof. Ms. Angelo Roberto Fiorio 
Custodio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA – ES 
2015 
2 
 
PRISCILA SOUZA DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
A DIFICULDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM 
ADOTAR A CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro 
Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência 
parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
Aprovado em _______ de _______________ de _______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof. Ms. Angelo Roberto Fiorio Custodio 
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos 
Orientador(a) 
 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof.ª Mônica Fernanda Porto Pires 
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos 
Prof.(a) Convidado 
 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof. Edmar Mengol Bromochenkel 
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos 
Prof.(a) Convidado 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho ao meu Deus, meu esposo, 
a minha mãe e ao meu irmão, pois sem eles a 
jornada teria sido mais dura. Obrigada! 
 
4 
 
AGRADECIMENTO 
 
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, autor e consumador da minha fé, por ter 
me dado à oportunidade de realizar um sonho tão desejado. Se o Senhor não 
estivesse ao meu lado e em muitas vezes segurando minha mão, eu não teria 
conseguido. 
Deixo meu muito obrigada ao meu esposo pela paciência nesses anos, minha mãe, 
fonte de inspiração, meu pai, meu irmão, minha cunhada e a minha maior inspiração 
e fonte de paz Andressa, minha sobrinha linda, e aos meus familiares e amigos, por 
todo apoio, compreensão e oração. Amo vocês!! 
A FASERRA, sеυ corpo docente, direção е administração. Em especial, agradeço o 
professor Jackson Laranja pelo apoio de sempre. 
Ao meu orientador Ângelo Roberto Fiorio Custodio pelo suporte no pouco tempo qυе 
lhe coube, pelas suas correções е incentivos. 
Agradeço também meus colegas de classe. E os amigos que conquistei durante o 
curso e que levarei por toda minha vida. 
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito 
obrigado! 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
O objetivo dessa pesquisa é evidenciar as dificuldades que os empresários e 
administradores das Micro e Pequenas empresas tem em adotar a Contabilidade 
Gerencial e propor soluções, mostrando a necessidade de se ter acesso às 
informações úteis que possibilitem ao gestor administrar seu negócio de maneira 
competente, com acesso a informação eficiente e útil na gestão. A falta de 
conhecimentos dessas informações tem elevado o índice da taxa de mortalidade das 
MPEs. Dentre as causas apontadas para alta taxa de mortalidade está a não utilização 
de instrumentos da Contabilidade Gerencial. Diante disso, este estudo se justifica pela 
necessidade em mostrar a importância da Contabilidade como um sistema de 
informação e avaliação para micro e pequena empresa, mostra que ao utilizar a 
contabilidade, ainda que apenas a contabilidade gerencial, que é a base de uma 
administração segura, os casos de sucesso e de “sobrevivência” dessas empresas 
acrescentaria de maneira significativa, além de permitir um melhor acompanhamento 
do desempenho do negócio. A pesquisa foi classificada como bibliográfica. Quanto à 
parte bibliográfica, a pesquisa foi realizada com base em livros e artigos já publicados. 
Palavras-Chave: contabilidade gerencial; micro e pequenas empresas 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Definição de micro e pequenas empresas ............................................. 12 
Quadro 2 – Principais diferenças entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade 
Financeira .............................................................................................................. 19 
Quadro 3 - Características das MPE brasileiras ........................................................ 20 
Quadro 4 – Comparativo: Custos x Despesas .......................................................... 28 
Quadro 5 – Modelo do Balanço Patrimonial .............................................................. 29 
Quadro 6 - Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício............................. 30 
Quadro 7 – Modelo de demonstração de fluxo de caixa ........................................... 32 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8 
2 – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 10 
2.1 – EMPRESA .................................................................................................... 10 
2.2 – MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ............................................................. 10 
2.3 – CONTABILIDADE ......................................................................................... 14 
2.4 – CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................................... 15 
2.5 – DIFICULDADES ENCONTRADAS DENTRO DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS ........................................................................................................... 18 
3 – APROVEITAMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DAS MICRO 
E PEQUENAS EMPRESAS ...................................................................................... 21 
3.1 – ORÇAMENTO EMPRESARIAL .................................................................... 22 
3.2 – PRINCÍPIO DA ENTIDADE .......................................................................... 24 
3.3 – INOVAÇÃO ................................................................................................... 24 
3.4 – REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA .................................. 25 
3.5 – CUSTO DO PRODUTO E DESPESA ........................................................... 26 
3.6 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................... 28 
3.6.1 – Balanço Patrimonial ............................................................................. 28 
3.6.2 – Demonstração do Resultado do Exercícios – DRE ........................... 29 
3.6.3 – Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) ............................................ 30 
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 
 
 
 
8 
 
1 – INTRODUÇÃO 
O sucesso econômico-financeiro de uma empresa pode estar sujeito às novas 
técnicas de gestão. Sobreviver nos dias de hoje está relacionada à capacidade de 
prever cenáriosadversos ou favoráveis e realizar mudanças rápidas de rumo para se 
adaptar à nova realidade. Na maioria das vezes os gestores são iniciantes em suas 
atividades e carecem ou até desconhecem dos benefícios necessários da 
Contabilidade para uma boa Gestão. Diante disso, a problemática proposta é: Qual a 
dificuldade das Micro e Pequenas Empresas em adotar o uso Contabilidade 
Gerencial? 
Justifica-se o presente estudo pela necessidade de apurar por que as micro e 
pequenas empresas tem dificuldades em adotar o uso das ferramentas contábeis 
como as empresas de grande porte. Descrever a relevância das micro e pequenas 
empresas, propor soluções e analisar os grandes benefícios da Contabilidade 
Gerencial no desenvolvimento e sucesso das empresas. 
Nesse contexto, o objetivo é identificar as dificuldades que as Micro e Pequenas 
Empresas tem em adotar o uso da Contabilidade Gerencial. Para tanto, tem-se como 
objetivos específicos: 
 Micro e Pequena Empresa; 
 Contabilidade Gerencial; e 
 Demonstrar as dificuldades e propor soluções. 
Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica e de 
publicações já existentes. Através da pesquisa em livros e monografias foram 
possíveis recolher, selecionar e interpretar as contribuições teóricas já existentes 
sobre determinado assunto. A pesquisa é descritiva, elaborada a partir de material já 
publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos, e material 
disponibilizado na internet através do qual foi feita uma abordagem da micro e 
pequena empresa, da contabilidade gerencial, e mostrou a importância da 
contabilidade para esse tipo de empresa, que na maioria das vezes não a utiliza. 
Através de livros e trabalhos já publicados foi possível elaborar a pesquisa e definir a 
importância da contabilidade gerencial para a micro e pequena empresa em seus 
9 
 
diversos aspectos. Do ponto de vista da sua natureza, a metodologia utilizada nesse 
trabalho é a pesquisa aplicada, pois os dados levantados terão aplicação prática e 
serão de grande utilidade no gerenciamento das pequenas empresas. 
 
 
10 
 
2 – REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 – EMPRESA 
Segundo a pesquisa Empreendedorismo em Universidades Brasileiras, realizada pela 
Endeavor (2012), a vontade de seis em cada dez estudantes é ter o próprio negócio. 
E dos universitários entrevistados, 8,8% já são empreendedores, e a maioria possui 
empresas com até 10 funcionários. A pesquisa ainda confirma que dos 62,8% dos 
jovens que empreendem afirmaram que os pais também têm negócios próprios. 
Quando pensamos em empreendedorismo, logo surge em nossa mente a palavra 
empresa. Segundo Fabretti (2003), a empresa é uma unidade econômica organizada, 
que pactuando capital e trabalho, presta serviço, produz ou faz circular bens com a 
finalidade de lucro. 
Sendo a empresa uma unidade econômica cuja finalidade é o lucro, é indispensável 
a utilização de ferramentas que otimizem as chances de sucesso da organização e 
assim alcance o lucro esperado, ou o retorno do valor que foi investido, ou que pelo 
menos amortize as possibilidades de fracasso, ou que uma decisão errada possa 
prejudicar sua continuidade. 
Segundo Padoveze (2010), a finalidade da empresa é criar valor para o seu 
proprietário. Este valor que o autor fala, é o lucro que uma empresa pode gerar, ou 
ainda o preço pelo risco que este está correndo ao investir seu capital em um 
determinado investimento. 
2.2 – MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
Segundo Souza (2008, apud SILVA e MARION, 2013) a significado legal de pequena 
empresa ocorreu primeiramente nos Estados Unidos, em 1948 pelo Selective Service 
Act, uma espécie de estatuto da pequena empresa com as premissas básicas do 
enquadramento: 
a) não poderia ter uma posição dominante no comércio ou na indústria; 
b) não poderia fazer a contratação de mais de 500 funcionários; 
c) teria que ser possuída e operada de forma independente. 
11 
 
No Brasil há várias definições para o enquadramento das micro e pequenas 
empresas, isso aponta que nenhuma definição pode ser única, pois procede do fato 
das finalidades e dos objetivos das instituições que agenciam seu enquadramento: 
Quadro 1 – Definição de micro e pequenas empresas 
 CRITÉRIOS DE 
ENQUADRAMENTO 
VALOR DA 
RECEITA 
PESSOAS OCUPADAS 
Lei nº 123/06, art. 
3º, 1ºe 2º 
Lei 
Complementar 
139/11 
Microempresas Até 360 mil reais 
Empresa de pequeno 
porte 
De 360 mil reais até 
3,6 milhões de reais 
 
Sebrae 
Microempresas Até 19 na indústria 
construção e até 9 no 
comércio e serviço 
Empresa de pequeno 
porte 
 De 20 a 99 na Indústria e 
construção e de 10 a 49 no 
comércio e serviços 
BNDES 
Microempresas Menor ou igual a 2,4 
milhões de reais 
 
Empresa de pequeno 
porte 
Maior que 2,4 milhões 
e menor ou igual a 16 
milhões de reais 
 
Fonte: Adaptado (IBGE e CE, 2003) 
De acordo com o Sebrae (2011), no Brasil são criados anualmente mais de 1,2 milhão 
de novos empreendimentos formais. Desse total, mais de 99% são micro e pequenas 
empresas e Empreendedores Individuais (EI). 
Na economia Brasileira, as micro e pequenas empresas são responsáveis por mais 
da metade dos empregos com carteira assinada do Brasil (SEBRAE, 2011). É de suma 
importância a sobrevivência dessas empresas, pois é condição indispensável para o 
crescimento econômico no País. 
O Serviço de apoio à Micro e Pequena Empresa - Sebrae apresenta um gráfico 
mostrando a valor das pequenas empresas na economia do Brasil: 
12 
 
 
Fonte: Sebrae – SP 
Ainda de acordo com o SEBRAE (2014) as Micro e Pequenas Empresas já são as 
principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil (53,4% do PIB deste setor) no 
ano de 2014. No PIB da indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se 
aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da 
produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios. Os dados 
demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor 
porte. Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são decisivas 
para a economia e não se pode pensar no desenvolvimento do Brasil sem elas 
 O SEBRAE (2014) realizou uma pesquisa que revela a contribuição das micro e 
pequenas empresas no país, revelando o seguinte: 
 As MPE geraram, em 2011, 27,0% do valor adicionado do conjunto de atividades 
pesquisadas(PIB); 
 Esse percentual vem aumentando na série histórica, iniciada em 1985, quando 
esse indicador representava de 21,0% do valor adicionado (PIB), e em 2001, 
23,2%; 
 Serviços e comércio representaram, em 2011, 19% do valor adicionado, enquanto 
a indústria totalizava 7,8%; 
 Em relação ao número de empresas as MPE representaram, em 2011, nas 
atividades de serviços e de comércio, respectivamente, 98% e 99% do total de 
empresas formalizadas; 
 Em relação ao emprego, as MPE representavam 44% dos empregos formais em 
serviços, e aproximadamente 70% dos empregos gerados no comércio; 
13 
 
 Cerca de 50% das remunerações do setor formal de comércio foram pagas, em 
2011, por MPE. 
Segundo Silva e Marion (2013), as micro e pequenas empresas oferecem uma 
expressiva contribuição na economia brasileira e mundial, tenha vista que, além de 
produzirem bens e serviços e absorverem uma considerável soma de mão de obra, 
excitam a competição entre as empresas, têm a capacidade de inovação e 
apresentam um enorme potencial de crescimento. 
Uma característica importante das MPEs é a constituição, normalmente formada por 
familiares, onde trabalham membros da mesma família e que as vezes não tem 
acesso a métodos modernas de administraçãoe planejamento financeiro. Em muitas 
vezes o dono não tem formação profissional contábil nem de gestão de negócios, 
embaraçando de tal modo a administração e o controle de sua empreendimento, 
ocasionando assim o fracasso da empresa. Essa característica particular coloca a 
MPE em uma posição às vezes desconfortável no que tange à profissionalização, pois 
o vínculo afetivo familiar pode proporcionar alguns entraves desagradáveis no dia a 
dia da organização (SILVA;MARION, 2013). 
Ainda de acordo com Marion e Silva (2013), a falência de muitas empresas está ligada 
a falta de uma gestão eficaz e planejamento, se não houver um planejamento 
financeiro ou uma assessoria específica torna-se impossível o sucesso do negócio. A 
falta de informação é o maior pecado das micros e pequenas empresas. 
Muitos empreendedores possuem o capital e decidem abrir uma empresa 
desconhecendo todos os outros fatores indispensáveis ao sucesso do 
empreendimento, tais como, o controle do capital de giro, relação entre despesas e 
receitas, os custos inerentes à continuidade do negócio, dentre outros 
(SILVA;MARION, 2013). 
Apesar da sua importância para e economia brasileira, a maioria das pequenas 
empresas não consegue sobreviver ao ambiente econômico em que estão inseridas. 
O gráfico abaixo apresenta a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas, 
divulgado pelo Sebrae, referente ao ano de 2004 a 2005: 
14 
 
Taxa de Mortalidade das Pequenas Empresas (rastreamento out./dez 2004) 
 
Fonte: Sebrae SP 
Outro fator há ser considerado, é o que descreve a resolução CFC Nº 1.255/2009 
sobre a Descrição de pequenas e médias empresas, no qual elas não têm obrigação 
pública de prestação de contas, diferente das empresas de grande porte, o que induz 
a maioria dos pequenos empresários a desconsiderar a contabilidade como 
ferramenta importante no dia a dia. 
2.3 – CONTABILIDADE 
A contabilidade é uma ciência muito antiga, não se sabe ao acerto a data da sua 
criação, mas sabemos que é tão antiga quanto a origem do homem, pois encontramos 
na bíblia relatos de homens competindo no crescimento da riqueza: “E o homem se 
enriqueceu sobremaneira, e teve grandes rebanhos, servas e servos, camelos e 
jumentos”. Gêneses 30:43 
Essa passagem relata a competição entre Jacó e o seu sogro Labão, e para chegar a 
essa conclusão, por mais rudimentar que fosse, era necessário um controle 
quantitativo. Não somente no livro de Gêneses, mas há outros livros na bíblia que traz 
relatos que havia um controle para se saber o quantitativo e o tamanho da riqueza do 
proprietário: “E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas 
de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de 
maneira que este homem era maior do que todos os do oriente”. Jó 1:3 
Segundo Marion (2012), o desenvolvimento da Contabilidade sempre esteve 
interligado ao crescimento do próprio homem e da sociedade. Marion (2012) afirma 
15 
 
ainda que duas palavras marcam a origem e a evolução da contabilidade: registro e 
controle. 
De acordo Amorim (1937, apud MARION, 2012) definia a Contabilidade como arte de 
relevar as modificações ocorridas na composição qualitativa e quantitativa do 
patrimônio de qualquer empresa e de determinar periodicamente os aumentos e 
diminuições que elas imprimem ao valor desse patrimônio. Seguindo esse conceito, 
Marion (2012) afirma, se esse entendimento da Contabilidade acontece pelo controle, 
isso se faz imprescindível para qualquer empresa e não seria diferente para as micro 
e pequenas empresas. 
Para administrar financeiramente uma empresa é preciso conhecer contabilidade 
(SILVA; MARION, 2013). Sabe que a contabilidade surgiu da necessidade do homem, 
mensurar, acompanhar, registrar e controlar suas riquezas. Hoje não basta apenas o 
empresário ter tato e conhecimento no ramo do seu negócio. É preciso conhecer as 
ferramentas que a contabilidade lhe proporciona para tomar as decisões, respaldadas 
em algo concreto, não somente no achismo. Segundo Marion (2012), é papel 
emergente da Contabilidade fornecer informações confiáveis sobre os recursos 
econômicos e financeiros de maneira tempestiva. As decisões de administrador dirão 
ou determinarão o tempo de vida da sua empresa. 
A Contabilidade precisa mudar a visão tradicional dos simples registros 
contábeis para uma perspectiva gerencial a informação, aproveitando os 
avanços tecnológicos para aprimorar os relatórios contábeis oriundos da 
Contabilidade. (SILVA E MARION, 2013, P.9) 
2.4 – CONTABILIDADE GERENCIAL 
A Contabilidade Gerencial vem com a função de fornecer essas ferramentas e 
informações contábeis, importantes para os usuários internos e externos. E é função 
do contador transmitir essas informações ao Administrador para tomada de decisão. 
Infelizmente as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) não veem o contador como uma 
figura importante no processo de desenvolvimento da empresa, tão pouco com o 
sucesso da mesma. O contador é visto como um profissional voltado com suas 
atividades a atender as determinações do governo. 
16 
 
Segundo Francia; Porter; Strawser (1992, apud PADOVEZE, 2010) a Associação 
Nacional dos Contadores dos Estados Unidos, através de seu relatório número 1ª, 
“Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, 
análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras 
utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma 
organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado dos recursos”. 
A Contabilidade Gerencial como uma parte integral do processo de gestão, adiciona 
valor distintivamente pela investigação contínua sobre a efetividade da utilização dos 
recursos pelas organizações – na criação de valor para os acionistas, clientes e outros 
credores. (IFAC, parágrafo 29, 1998, apud PADOVEZE, 2010). 
A contabilidade é tratada como sistema de informações, pois fornece dados aos seus 
usuários para orienta-los a formar uma Gestão Estratégica e na Tomada de Decisão. 
De acordo com Anthony (1979, apud PADOVEZE, 2010) a Contabilidade Gerencial 
preocupa-se com a informação contábil útil à administração. 
A contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um 
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, 
na análise financeira, e balanços etc. colocados numa perspectiva diferente, 
num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e 
classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades 
em seu processo decisório. A Contabilidade Gerencial, num sentido mais 
profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da 
empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira 
válida e efetiva no modelo decisório do administrador”. (IUDÍCIBUS, 2008, 
P.21). 
Para Iudicibus (2008), um bom contador gerencial é aquele que sabe “tratar”, refinar 
e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados dispersos contidos nos 
registros da contabilidade, bem como juntar tais informes com outros conhecimentos 
não especificamente ligados à área contábil, para abastecer a administração em seu 
processo decisório. O contador é a pessoa responsável em transformar números em 
informações de maneira tempestiva capaz de cooperar para a tomada de decisão. 
Segundo Marion (2012) é indispensável para o futuro do negócio, seja ele micro, 
pequeno, médio ou grande, que haja essa tomada de decisão, por parte do gestor, de 
estabelecer o papel da informação na elaboração, execução e controle. 
17 
 
Para Atkinson et al.(2000, apud Marion, 2012), a informação gerencial contábil tem 
as seguintes funções: 
 Controle operacional: provê o retorno das informações (feedback) sobre a 
eficiência e a qualidade das atividades realizadas; 
 Custeio do produto e cliente: avalia e mensura os gastos diretamente 
relacionados com a produção dos bens ou serviços, bem como os custos com 
vendas e entrega aos clientes; 
 Controle administrativo: provê informações sobre o desempenho dos gerentes 
bem como das unidades operacionais; 
 Controle estratégico: provê informações acerca do desempenho financeiro, 
econômico e competitivo de longo prazo, condições de mercado, preferência 
dos clientes e novas tecnologias. 
Conhecer o passado da empresa com base nas informações da contabilidade 
financeira é de grande valor para o empresário saber o que fazer no futuro, delinear 
táticas para situações de dificuldades a serem encaradas, fazer um planejamento das 
atividades, ou seja, utilizar a contabilidade como uma ferramenta de gestão 
empresarial. 
Segundo Padoveze (2010), a Contabilidade Gerencial está relacionada com o 
fornecimento de informações para os administradores, para os que estão dentro da 
organização, que são responsáveis pela direção e controle de suas operações, ou 
seja, está voltado para fins internos, e não se prende aos princípios tradicionais 
aceitos pelos contadores, pois está preocupada em fornecer informações úteis para a 
tomada de decisão. A Contabilidade Gerencial é o contraste da Contabilidade 
Financeira, está por sua vez, está relacionada com o fornecimento de informações 
para acionistas, credores e outros usuários externos e segue os princípios da 
contabilidade e padrões definidos por órgãos reguladores, além de ser obrigatória 
para fins fiscais. 
A contabilidade gerencial surge como uma ferramenta indispensável e insubstituível 
para formular o planejamento empresário e traçar seus objetivos e definir suas metas. 
O quadro 2 apresenta as principais diferenças entre a Contabilidade Gerencial e a 
Contabilidade Financeira, segundo Padoveze (2010). 
18 
 
FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL 
Usuários dos 
Relatórios 
Externos e Internos Internos 
Objetivo dos 
Relatórios 
Facilitar a análise financeira para as 
necessidades dos usuários externos 
Objetivo especial de facilitar o 
planejamento, controle, avaliação de 
desempenho e tomada de decisão 
internamente 
Forma dos 
Relatórios 
Balanço Patrimonial, Demonstração 
das Origens e Aplicações de 
Recursos e Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Liquido 
Orçamentos, Contabilidade por 
responsabilidade, relatórios de 
desempenho, relatórios de custo, 
relatórios especiais não rotineiros para 
facilitar a tomada de decisão 
Frequência 
dos 
Relatórios 
Anual, Trimestral e ocasionalmente 
mensal 
Quando necessário pela administração 
Custos ou 
Valores 
Utilizados 
Primariamente históricos (passado) Históricos e esperados (previstos) 
Fonte: PADOVEZE (2010). 
2.5 – DIFICULDADES ENCONTRADAS DENTRO DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
Segundo Resnik (1990, apud SIILVA E MARION, 2013), entre os principais problemas 
encontrados na condução dos micros e pequenos negócios estão: macroeconomia, 
concorrência e falta de planejamento. 
De acordo com Silva e Marion (2013), o pilar é a incompetência na gestão empresarial, 
que tem sito o fator preponderante para a mortalidade destas empresas, fato esse já 
detectado e apontado nas pesquisas realizadas pelo SEBRAE. 
[...] outra fragilidade empresarial é a dificuldade, e quase inexistência, de se 
encontrar uma Contabilidade Gerencial, com relatórios contábeis que possam 
expor a realidade econômico-financeiro das PMEs, servindo para atender as 
mais variadas demandas de usuários externos. Além dessa escassez relata-
se também que as informações internas, de cunho gerencial, são quase 
inexistentes. (SILVA e MARION, 2013) 
Segundo o IBGE (2003, apud SILVA e MARION, 2013), são características das micro 
e pequenas empresas: 
 Baixa intensidade de capital; 
 Altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada; 
 Forte presença de proprietário, sócios e membros da família como mão de obra 
ocupada nos negócios; 
19 
 
 Poder decisório centralizado; 
 Estreito vínculo entre os proprietários e as empresas, não se distinguindo, 
principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa física e jurídica; 
 Registros contábeis pouco adequados 
 Contratação direta de mão de obra; 
 Utilização de mão de obra não qualificada ou semiqualificada; 
 Baixo investimento em inovação tecnológica; 
 Maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro; e 
 Relação de complementaridade e subordinação com as empresas de grande 
porte. 
 Não são empresas ditas organizadas, fogem da departamentalização ou 
segmentação de setores, assim, não servindo de base para comparação com 
grandes empresas, pois não se tratam de organizações grandes em miniatura; 
 Em geral, atuam no mercado de bens, produtos e serviços, com volatilidade de 
demanda; 
 Baixa dificuldade para entrar no mercado, porém, há forte concorrência entre 
as empresas, sejam grandes, médias, pequenas ou micro empresas; 
 Alta dificuldade de se manter "viva", onde grande parte das empresas encerram 
as atividades em menos de dois anos. 
 
Quadro 3 - Características das MPE brasileiras 
 
Especificidades 
Organizacionais 
Especificidades Decisionais Especificidades Individuais 
Pobreza de recursos; 
Gestão centralizadora; 
Situação extra organizacional; 
Incontrolável; 
Fraca maturidade organizacional; 
Fraqueza das partes no mercado; 
Estrutura simples e leve; 
Ausência de planejamento; 
Fraca especialização; 
Estratégia intuitiva; 
Tomada de decisão intuitiva; 
Horizonte temporal de curto 
Prazo; 
Inexistência de dados 
Quantitativos; 
Alto grau de autonomia 
decisória; 
Racionalidade econômica, 
política 
e familiar. 
Onipotência do proprietário / 
dirigente; 
Identidade entre pessoa física e 
jurídica; 
Dependência perante certos 
funcionários; 
Influência pessoal do proprietário 
/ dirigente; 
Simbiose entre patrimônio social 
e pessoal; 
Propriedade dos capitais; 
20 
 
Sistema de informações simples. Propensão a riscos calculados. 
Fonte: Dados da Pesquisa 
Segundo Cezarino e Campomar (2006), a partir desses três aspectos pode-se 
levantar uma opinião mais clara da caracterização da MPE brasileira: 
a) gestão informal: congruência de patrimônio pessoal e empresarial compromete a 
avaliação de desempenho, formulação de estratégias e análise detalhada da situação 
financeira da empresa. Além disso, o alto grau de centralização na figura do 
empreendedor torna a empresa dependente, engessada e sem possibilidade de uma 
gestão autônoma. A presença de um número relativamente significante de 
funcionários com laços familiares também dificulta a capacidade de racionalização de 
cargos, funções, salários e responsabilidades podendo até interferir nos comandos 
hierárquicos das empresas; 
 b) baixa qualidade gerencial pode ser apontada como um desdobramento da gestão 
informal. Preservando uma gestão organizacional informas são mínimas as chances 
de se obter uma qualidade gerencia razoável. Essa falta de qualidade se reflete na 
ausência de informações sobre processos, controles; desconhecimento do mercado 
e incapacidade de construção de uma estratégia competitiva e dificuldade de tomada 
de decisões com avaliação de riscos. Outras dificuldades também podem ser incluídas 
neste item como contratação simplista de mão-de-obra, processo de terceirização 
pobre e desenvolvimentode inovações tecnológicas problemático. 
c) escassez de recursos demonstra uma diferença das MPE brasileiras e MPE de 
países desenvolvidos. Mesmo com um certo grau de baixa qualidade gerencial e 
gestão informal, as MPE nestes países gozam de financiamentos e crédito sem 
restrições apertadas. As MPE brasileiras são escassas em recursos e têm dificuldade 
de angariar financiamentos tanto públicos como privados. Aliado a isso, há alta 
sonegação de impostos e tributos comerciais. 
21 
 
3 – APROVEITAMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DAS MICRO 
E PEQUENAS EMPRESAS 
A Contabilidade sem dúvida, a maior fonte de informações sobre o patrimônio da 
empresa, permitindo conhecer, com facilidade, todos os fatos que ocasionaram 
alteração qualitativa ou quantitativa, servindo de direção na administração dos 
negócios e colaborando para o alcance dos objetivos. 
Diferente das grandes empresas e das S.A (Sociedade Anônima) que utiliza a 
contabilidade para fornecer informações aos diversos usuários que tem interesse na 
situação financeira empresa, como por exemplo, bancos, instituições financeiras, 
acionistas, governo, etc. Aparentemente para as micro e pequenas empresas a 
contabilidade gerencial não tem uma importância tão grande, pois o número de 
usuários que utilizam essas informações é significativamente menor. 
Porém as MPE’s carecem utilizar a contabilidade gerencial para uso interno, para os 
gestos e administradores tomarem decisões baseadas em algo concreto e gerir o seu 
negócio da melhor maneira possível. A contabilidade Gerencial para as micro e 
pequenas empresas assume muito mais um papel gestão e controle, do que um papel 
de divulgação, já que o seu número de usuários é menor. 
Segundo Marion e Silva (2013) é importante reconhecer a Contabilidade como 
ferramenta útil para tomada de decisão, por meio dos seus relatórios. 
De acordo com a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, 
objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas. 
O objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas é 
oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o 
desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa da 
entidade, que é útil para a tomada de decisão por vasta gama de usuários 
que não está em posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender 
suas necessidades particulares de informação. 
A contabilidade surge como uma ferramenta fundamental para basear as decisões do 
administrador, que através das informações coerentes e seguras, obtêm maior 
segurança para a tomada de decisões, o que aumentará de maneira significativas as 
possibilidades de sucesso do empreendimento. 
 
22 
 
De acordo com Marion (2012, p.41) 
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela 
contabilidade. Objetiva relatar às pessoas que se utilizam da contabilidade 
(usuários da contabilidade) os principais fatos registrados pela contabilidade 
em determinado período. 
Ainda segundo Marion e Silva, as demonstrações contábeis referidas fazem parte do 
conjunto de demonstrações que devem ter as micros e pequenas empresas, que são: 
1) Balanço Patrimonial (para demonstrar a posição financeira, ou seja, aspectos 
econômicos e financeiros dos componentes patrimoniais); 
2) Demonstração do resultado (para identificar o desempenho da empresa; a 
depender do período, pode ser do exercício, do semestre do mês, etc.); 
3) Demonstração do resultado abrangente (avalia também o desempenho, 
diferenciando da demonstração do resultado por apresentar as mutações que 
ocorrem no patrimônio líquido, ou seja, é o resultado do exercício acrescido de 
ganhos e perdas que eram reconhecidas direta e temporariamente da 
demonstração das mutações do patrimônio líquido; 
4) Demonstração do fluxo de caixa (identificar o fluxo de caixa da entidade). 
É importante que o administrador conheça e utilize as ferramentas que a contabilidade 
pode fornecer, e não apenas utilize para cumprir as obrigações fiscais e assessórias 
que a legislação impõe. 
Para resolver alguns dos problemas enfrentados pelas Micros e Pequenas, serão 
apresentadas algumas ferramentas disponíveis ao empresário para melhor a condição 
das empresas. Diante de todos os problemas/característica encontrados nas MPE’s, 
a falta de capital giro pode ser um grande vilão dentro da organização. 
3.1 – ORÇAMENTO EMPRESARIAL 
Segundo os estudos, uma das principais características das micros e pequenas 
empresas é o baixo valor do capital de giro. Uma solução a propor, é fazer uso o 
Orçamento Empresarial, pois funciona como um diferencial para a organização das 
receitas e despesas do setor administrativo, suscitando melhoria dos resultados. O 
23 
 
orçamento é um instrumento de planejamento e controle capaz de formar com 
antecedência as ações a serem executadas e os recursos que serão despendidos. 
Segundo Leite, Silva e Cherobim (2007, p 2) 
O planejamento é a chave da gestão empresarial para as pequenas 
empresas, grandes corporações, agências governamentais, organizações 
sem fins lucrativos ou simplesmente para a vida pessoal dos indivíduos. Pode 
se afirmar, portanto, que todos os gestores fazem algum tipo de 
planejamento, muito embora em algumas vezes, nas pequenas organizações 
os planos não sejam formalizados. 
Ainda de acordo com Leite, Silva e Cherobim (2007, p2) 
O orçamento empresarial não deve ser entendido como instrumento limitador 
e controlador de gastos, mas como forma de focalizar a atenção nas 
operações e finanças da empresa, antecipando os problemas, sinalizando 
metas e objetivos que necessitem de cuidado por parte dos gestores, 
contribuindo para a tomada de decisões com vistas ao atendimento da 
missão e do cumprimento das estratégias das empresas. 
O orçamento baseia-se em informações históricos, fatos ocorridos do passado que 
permitem um mínimo de previsibilidade. Como a contabilidade é o registro histórico 
das operações econômicas e financeiras, logo se torna o principal elemento na 
formação de premissas orçamentárias. 
Segundo Padoveze (2010), orçamento é “a expressão quantitativa de um plano de 
ação e ajuda à coordenação e implementação de um plano”. 
O orçamento deve ser seguido diariamente e sempre comparando o orçado com o 
executado para que sejam feitos os ajustes necessários. 
Ao elaborar um orçamento é necessário considerar alguns pontos, sendo estes: 
1) Previsão de Vendas 
2) Previsão de Compras 
3) Nível de Compras 
4) Variação de Preços nas Compras 
5) Variação de Volume 
6) Custo dos Produtos e Mercadorias Vendidas 
7) Custos e Despesas Operacionais 
8) Variação de Preços 
9) Variações físicas/quantitativas 
24 
 
10) Despesas Novas 
11) Receitas e Despesas financeiras 
3.2 – PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Uma atitude muito comum entre os empresários e um dos principais motivos de 
falência das MPE’s é misturar as finanças da empresa com as finanças pessoais. Um 
empreendimento necessita de investimento, tempo de retorno, jamais pode ser tratado 
como um caixa particular. Por isso, as obrigações como fornecedores, empregados e 
impostos precisam estar bem calculadas, além é claro de prever períodos de menor 
faturamento e seu impacto sobre a rotina da empresa. 
A Resolução CFC Nº 750/93, no Capítulo II, Seção I, Art. 4º descreve: 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, 
com ou sem fins lucrativos.Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio 
não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
Para a sobrevivência das micro e pequenas empesas é de suma importância o 
empresário conscientiza-se que o patrimônio particular jamais poderá se misturar com 
o patrimônio da empresa. Se o sócio assim proceder, a chance da entidade fazer parte 
dos dados estatísticos do IBGE sobre Falência das Micro e Pequenas empresas é 
praticamente zero. 
3.3 – INOVAÇÃO 
No mercado competitivo em que estamos inseridos, é importante ser pró-ativo e 
antecipar as necessidades do mercado. De tal maneira é essencial exercitar a 
inovação. Uma inovação produtiva pode representar melhor posicionamento no 
mercado ou até garantir a sobrevivência da mesma no mercado. 
As micro e pequenas empresas convivem com a crescente e intensa concorrência no 
mercado em que atuam. Diante disso, é precisam implantar e implementar estratégias 
de inovação para a sua sobrevivência. 
25 
 
De acordo com uma pesquisa realizada por Deloitte (2007), a maior parte dos 
executivos considera a inovação um determinante para o alcance dos níveis de 
expansão de seus negócios. 
O Gráfico 3 apresenta, na visão dos entrevistados, por que a inovação é importante 
nas micro e pequenas empresas. 
 
Fonte: Deloitte (2007) 
Apesar destas dificuldades, observa-se que quando as MPEs inovam em seus 
processos e produtos elas alcançam uma vantagem competitiva em relação aos seus 
concorrentes, o que expande suas possibilidades de sucesso e longevidade dos 
negócios. 
3.4 – REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA 
Segundo Marion (2012, p.103): 
Regime de Competência dos Exercícios (ou Regime Econômico), a 
Contabilidade considera a Receita gerada em determinado exercício social, 
não importando seu recebimento. Importa, portanto, o período em que a 
Receita foi ganha (fato gerador) e não seu recebimento. 
 
22%
42%
49%
82%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
Tornar-se atraentes a um fundo de
investimentos
Atrair e reter os melhores talentos
Entrar em um mercado ainda inexplorado
Crescer mais rápido que a concorrência
Por que inovar é importante?
26 
 
A Contabilidade faz uso do Regime de Competência, ou seja, as Receitas ou 
Despesas tem os valores contabilizados dentro do mês onde aconteceu o fato 
Gerador, não implicando para a Contabilidade quando será pago ou recebido, mas 
sim quando foi realizado o ato. 
O Demonstrativo de Resultados do Exercício - DRE um dos mais importantes 
relatórios de gestão de uma empresa, é confeccionado pelo Regime de Competência. 
Por meio deste relatório é capaz de saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em 
um determinado período de tempo. 
O Regime de Caixa é diferente do regime de competência, porém tão importante como 
tal. No Regime de Caixa, considera-se o registro dos documentos na data que foram 
pagos ou recebidos. De acordo com Marion (2012), o Regime de Caixa (ou Regime 
Financeiro) considera Receita do exercício aquela efetivamente recebida dentro do 
exercício e Despesa do exercício aquela também efetivamente paga dentro do 
exercício. 
É através do Regime de Caixa que são confeccionados os demonstrativos financeiros 
de uma empresa, como por exemplo o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), outro 
dos três demonstrativos essenciais para gestão. Este relatório apresenta as entradas 
e saídas de dinheiro de uma empresa, e é através dele que se conhece como está a 
saúde financeira da organização. 
3.5 – CUSTO DO PRODUTO E DESPESA 
De acordo com Padoveze (2010, p.320): 
Custos são os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os 
produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão 
nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os 
gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os 
produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo são os gastos 
ligados à área industrial da empresa. 
 É importante o empresário conhecer a diferença entre custo e despesa. Custo é o 
valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e serviços. Ainda 
segundo Padoveze (2010), Despesa são os gastos necessários para vender e enviar 
27 
 
os produtos. São os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais. Ou seja, é 
o valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa. 
Quadro 4 – Comparativo: Custos x Despesas 
CUSTO DESPESA 
Gastos de produção 
Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços 
Gastos com o objeto de exploração da empresa 
(atividade-fim) 
Gastos administrativos e de vendas 
Não se identificam diretamente à produção 
Gastos outras atividades não exploradas pela 
empresa (atividade meio) 
Fonte: Dados da Pesquisa 
Quando um gestor conhece a diferença entre custo e despesa, ele é capaz de atribuir 
custo ao seu produto, e aderindo custo ao produto, ele consegue projetar preço ao 
seu produto. Além de mensurar a margem de contribuição de cada produto ou serviço 
que sua empresa produz. Segundo Padoveze (2010) Margem de Contribuição é a 
diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis 
por unidade de produto. 
Através da Margem de Contribuição, o empresário passa a projetar o Ponto de 
Equilíbrio. Ele indica em que momento, a partir das projeções de vendas ou serviço, 
a empresa estará equiparando suas receitas e seus custos. Com isso, é eliminada a 
possibilidade de prejuízo em sua operação. 
Padoveze (2010, p. 376) conceitua Ponto de Equilíbrio: 
Evidencia, em termos quantitativos, qual é o volume que a empresa precisa 
produzir ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, 
além dos custos e despesas variáveis que ela tem necessariamente que 
incorrer para fabricar/vender o produto. 
 
Fórmula de cálculo do ponto de equilíbrio 
Ponto de Equilíbrio = (Custo Fixo / (Receita – Custo Variável)) x 100 
28 
 
Lembrando: Margem de Contribuição = Receita – Custo Variável. 
3.6 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
3.6.1 – Balanço Patrimonial 
Segundo Marion (2012) é a principal demonstração contábil, pois reflete a posição 
financeira em determinado período. 
O Balanço Patrimonial é composto de duas colunas, do lado esquerdo é denominada 
Ativo e do lado direito, denominado Passivo e Patrimônio Líquido. 
De acordo com Marion (2012), o ativo compreende todos os bens e direitos de 
propriedade da empresa, mensurável monetariamente, que representam benefícios 
presentes ou benefícios futuros para a empresa. 
Ainda segundo Marion e Silva (2013), o passivo é uma obrigação atual da entidade 
como resultados de eventos já ocorridos. 
O Patrimônio Líquido evidencia os recursos dos proprietários aplicados no 
empreendimento, de acordo com Marion (2012). 
Quadro 5 – Modelo do Balanço Patrimonial 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Realizável a longo Prazo 
Investimento 
Imobilizado 
Intangível 
Patrimônio liquido 
Capital 
Reservas de Lucro 
 
 
No caso das micro e pequenas empresa, são admissíveis lucros acumulados. 
29 
 
3.6.2 – Demonstração do Resultado do Exercícios – DRE 
Segundo Marion e Silva (2013), a demonstração de resultado é a demonstração 
contábil destinada a analisar o desempenho da entidade e a informar a relação entre 
receitas despesas durante um exercício ou período. 
No final de cada exercício, todas as receitas e despesas são transferidas para a 
Demonstração do Resultado do Exercício apurando o resultado do período, para 
verificar se houver lucro ou prejuízo. No próximo exercício, apurar-se-ão novasdespesas e receitas, pois ambas não se acumulam de um ano para o outro. 
De acordo com Marion e Silva (2013) Receitas são aumentos de benefícios 
econômicos durante o período contábil, sob a forma de entradas ou aumentos de 
ativos ou diminuições de passivos, que resultam em aumento do patrimônio líquido e 
que não sejam provenientes de aportes dos proprietários da entidade. Ainda segundo 
Marion e Silva (2013), Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante 
o período contábil. 
É considerável que um gestor conheça e saiba utilizar as informações da DRE, pois 
através dela, o gestor consegue ter aa dimensão do seu negócio, o quanto ele está 
vendendo e o quanto de despesa ele está tendo, e se a empresa está dando lucro ou 
prejuízo. 
Quadro 6 - Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
30 
 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias 
Custo dos Serviços Prestados 
 
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
Despesas Financeiras 
(-) Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Fonte: Dados da Pesquisa 
3.6.3 – Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 
Até a publicação da lei nº 11.638/07 a Demonstração do Fluxo de Caixa não era 
obrigatório no Brasil. 
De acordo com a Resolução 1.296/10 do CFC, o objetivo da DFC é que as: 
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para 
proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para 
avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem 
como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As 
decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da 
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da 
época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. 
Para Marion e Silva (2013), as informações da DFC quando analisadas em conjunto 
com as demais demonstrações financeiras, podem permitir que os administradores 
avaliem: 
1) A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa; 
31 
 
2) A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e 
retornar empréstimos obtidos; 
3) A liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa; 
4) A taxa de conversão do lucro em caixa; 
5) A Performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de 
distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos; 
6) O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa; 
7) Os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de 
investimos e financiamentos etc. 
Na empresa o caixa está em constante oscilação, pois a empresa é algo mutável, 
onde os resultados sempre originam valores, e nesse aspecto a apoio do fluxo de 
caixa é fundamental para entender o funcionamento da micro e pequena empresa. 
Toda empresa, independente do seu tamanho precisa ter um controle de caixa. 
Segundo o Sebrae (2014), a falta de capital de giro concentra-se no desequilíbrio 
nas entradas e saídas de recursos na empresa, o que ocasiona a mortalidade de 
muitas empresas. 
É importante que o administrador avalie a disponibilidade de recursos para pagar 
as obrigações bem como a flexibilidade financeira da empresa, isso apresenta a 
habilidade de uma empresa financiar suas operações com recursos gerados 
internamente. Além disso é importante que o empresário avalie suas decisões 
gerencias, pois, decisões inteligentes produz lucro e gerar fluxos de caixa através 
das entradas de suas vendas. 
A partir do momento que a empresa elabora a DFC, o empresário pode observar 
o fluxo de dinheiro na empresa, fiscalizar as entradas e saídas de maneira 
competente, e ter em mãos uma ferramenta que permite uma visão de toda a 
movimentação financeira. 
Quadro 7 – Apresenta um modelo de demonstração de fluxo de caixa que pode 
ser aplicado em qualquer micro e pequena empresa. 
 
32 
 
Fluxo de Caixa Período 
 Janeiro Fevereiro 
Contas Previsto Realizado Previsto Realizado 
1- Entradas 
Vendas à Vista 
Vendas a Prazo 
Outras receitas 
Total de Entradas 
2- Saídas 
Compras à vista 
Compras a prazo 
Impostos 
Salários 
Outros pagamentos 
Total das Saídas 
Saldo Inicial 
(+) Total de entradas 
(-) Total de saídas 
(=) Saldo Final 
Fonte: Dados da Pesquisa 
Quando o administrar passa a monitorar de maneira mais eficiente suas entradas e 
saídas, ele terá um melhor controle na determinação de seu capital de giro, de maneira 
que ao final do período não seja necessário obter empréstimos para garantir o curto 
prazo, o que pode levar a empresa ao fracasso. 
O gestor, por meio do apoio de seu contador e do sistema de informações oferecidas 
pela contabilidade necessita ter por praxe adotar suas decisões em dados “palpáveis” 
e que transmita segurança aos seus atos e decisões relativas ao negócio. 
 
33 
 
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A Contabilidade é um instrumento que traz muitos benefícios à gestão das entidades, 
gerando maior nível de confiabilidade nos seus procedimentos internos, sendo uma 
base segura de informações à disposição dos gestores das empresas. O mercado 
atual tem direcionado novos fatores relacionados à gestão que devem ser bem 
trabalhados pelos administradores de empresas. 
Este trabalho buscou mostrar aspectos empresariais da gestão das micro e pequenas 
empresas, identificando, neste contexto, a situação em que operam no mercado, 
relacionando itens como as características e dificuldades encontradas no 
gerenciamento das atividades. 
Nota-se que a Contabilidade Gerencial vem ganhando espaço dentro das empresas, 
pois ela é responsável em transmitir informações seguras e indispensáveis a alta 
administração, e o uso de suas ferramentas tem proporcionado uma evolução no 
gerenciamento de tais empresas. 
Percebe-se que o cenário econômico mudou e os administradores tiveram de se 
adaptar e buscar fontes confiáveis informações para auxiliarem na tomada de decisão 
de na gestão estratégica dentro da organização. 
Neste contexto são oferecidas algumas ferramentas da Contabilidade que possam 
suprir algumas necessidades das micro e pequenas empresas, sendo que o seu 
estudo deve ser um desafio constante para a Ciência Contábil, pois os profissionais 
devem buscar desenvolver relatórios que supram as necessidades específicas, 
especialmente as dos gestores das micro e pequenas empresas. 
O empresário deve cobrar mais colaboração do seu contador no que diz respeito a 
assessoria e a administração da empresa. E contador por sua vez, deve se 
transformar em um agente de transformação, um assessor nas decisões tomadas, 
alguém que extraia dos números as informações necessárias para as decisões, um 
suporte a administração segura e abdicar da figura de mero cumpridor das obrigações 
fiscais. 
34 
 
O estudo não é conclusivo e nem pretendeu esgotar o assunto, na realidade é 
sugerido sua ampliação, explicando detalhadamente cada item das ferramentas 
apresentadas e os passos de implantação, pois cada micro e pequena empresa têm 
suas peculiaridades. 
 
 
35REFERÊNCIAS 
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo, 
1650. Revista e Corrigida. 
BRASIL. Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto da 
microempresa e empresa de pequeno porte. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em 25/10/2015. 
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http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/hispecielemaonline/sumario/10/1
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2012. Disponível em: http: //info.endeavor.org.br/relatorio-empreendedorismo-
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FABRETTI, Láudio Camargo. Prática Tributária da Micro, Pequena e Média Empresa. 
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IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2008. 
LEITE, Rita Maria; SILVA, Helena de Fátima Nunes; CHEROBIM, Ana Paula Mussi 
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CIENTÍFICA NO PERÍODO DE 1995 A 2006. 2007. Disponível em: 
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MARTINS, Eliseu et al. GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos; 
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Sociedades De Acordo com as Normas Internacionais e do CPC. 2. ed. São Paulo: 
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