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BBT 6 - anti-hipertensivos diureticos hipolipemiantes

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Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
1 
 
Sobre os Anti-hipertensivos, Diuréticos e Hipolipemiantes: 
a) Classes 
b) Farmacocinética 
c) Farmacodinâmica 
d) Vias de administração 
e) Efeitos colaterais e adversos 
f) Formas de apresentação 
g) Indicações 
h) Interações medicamentosas 
i) Posologia 
j) Uso para grávidas e idosos 
 
1. Anti-hipertensivos 
 Baseado na atual diretriz de hipertensão, qual medicamento deve ser associado para os tipos de 
hipertensão? 
 O efeito do captopril sublingual é real? 
 Existe diferença entre urgência e emergência hipertensiva? 
 Quais anti-hipertensivos podem ou não ser associados? 
 Qual a diferença no tratamento da HAS e da crise hipertensiva? 
 Quando indicar o tratamento da HAS? E quais as metas desejadas neste tratamento? 
 
2. Anti-hipertensivos / Diuréticos 
 Quais medicamentos são cradioprotetores e/ou nefroprotetores? 
 
3. Hipolipemiantes 
 Qual e quando indicar um hipolipemiante, de acordo com o perfil lipídico (colesterol e para 
triglicerídeo)? 
 Quais as complicações observadas (médio/curto prazo) quando tem aumento dos triglicerídeos? 
 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
2 
 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
 
 
 
Diagrama mostrando os principais mecanismos envolvidos na regulação da pressão arterial (linhas 
pretas) e os locais de ação dos anti-hipertensivos (quadros sombreados + linhas em vermelho). 
Enzima conversora de angiotensina (ECA); Angiotensina I (AI); Angiotensina Il (AII); Endotelina-1 (ET-
1); Norepinefrina (NE); Óxido nítrico (NO). 
 
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) 
(Captopril, Enalapril, Ramipril) 
 
Obs: Enalapril é um pró-fármaco que precisa ser biotransformado em Enalaprilato (ativo). 
 
Mecanismo de ação: inibem a enzima conversora da Angiotensina I (produto da conversão do 
angiotensinogênio pela renina) em Angiotensina II (AII). 
A ação anti-hipertensiva é consequência do seu efeito vasodilatador (↓ AII no plasma e na parede 
vascular / ↑ bradicinina) arterial que ↓ resistência vascular periférica; e venodilatador diminuindo o 
retorno venoso. 
↓ AII → ↓ aldosterona → efeito natriurético → tendência à hipercalemia 
 
Obs: os níveis de AII retornavam ao normal após uso prolongado da droga, pelo desenvolvimento 
de uma via alternativa – quimase (não é inibida pelo IECA) enzima capaz de formar angiotensina II → 
torna os BRAs mais eficazes 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
3 
 
 
Farmacocinética: Captopril – adm via oral, rápida absorção, biodisponibilidade 75% (reduzida 
com alimentos), adm 1h antes das refeições, meia-vida 2hs, eliminação renal. 
Enalapril e Ramipril – adm via oral; éster pró-fármaco convertido no plasma em metabólito ativo 
(enalaprilato e ramiprilato). Lisinopril – único fármaco adm (via oral) na forma ativa e excretado pelos 
rins na forma inalterada. 
 
Efeitos adversos: tosse seca e angioedema (hipersensibilidade) devido à potencialização da 
ação da bradicinina. 
 
Obs: a ECA é mais encontrada no pulmão e no rim. No pulmão ela tbm tem a função de degradar 
a bradicinina. Quando a ECA é inibida pelo captopril, haverá o acúmulo de bradicinina, sensibilizando os 
receptores da tosse (↓ limiar de despolarização). Com isso, qualquer estímulo irá gerar o reflexo da 
tosse (“pigarro” gerado pela IECA). 
 
Hipotensão da 1ª dose em pcts hipovolêmicos ou tomando diuréticos; broncoespasmo leve; 
hipercalemia; insuficiência renal aguda reversível com a suspensão da droga; anafilaxia; pancreatite; 
alteração do paladar; rash cutâneo... 
 
Contraindicações: Pcts com estenose bilateral da artéria renal (pode haver hipotensão e/ou 
insuficiência renal aguda). Histórico de efeitos adversos com uso do IECA. 
Não deve ser usado na gravidez – risco de malformações fetais (2 últimos trimestres) 
 
Uso terapêutico: hipertensão, ICC, IAM e doença renal crônica. 
1ª linha para a HAS quando há disfunção da parede ventricular esquerda ou diabetes 
concomitantes. O uso a longo prazo retarda a progressão da disfunção contrátil cardíaca observada na 
ICC e pós IAM inibindo a hipertrofia e fibrose do tecido patológico. 
Retardam a progressão da nefropatia diabética através da atenuação das vias de sinalização 
parácrinas renais, com consequente melhora da hemodinâmica renal. 
Indicados no tratamento do pct diabético hipertenso, pois não aumentam a resistência à glicose. 
 
Obs: diminuem a PA em pcts hipertensos, principalmente naqueles em que a secreção de renina 
esteja aumenta (uso de diuréticos). 
 
Obs: IMPEDE O REMODELAMENTO CARDÍACO – a angiotensina II tem efeito direto na 
hipertrofia ventricular, sendo vital na melhora de pacientes com insuficiência cardíaca e pós-IAM. 
NEFROPROTETOR, pois a vasodilatação das arteríolas eferentes reduz a hiperfiltração glomerular e a 
progressão da glomeruloesclerose, sendo usados na nefropatia diabética ou insuficiência renal crônica 
para redução da lesão renal e melhora da proteinúria 
 
Interações medicamentosas: 
 
 
Posologia: Captopril 25mg 2-3x/dia 
 Captopril + Hidroclorotiazida 50+25mg 
 Enalapril 5-40mg 1-2x/dia 
 Enalapril + Hidroclorotiazida 10+25mg ou 20+12,5mg ou 50+25mg 
 
BLOQUEADORES DOS RECEPTORES AT1 DE ANGIOTENSINA II (BRA) 
(Losartana, Candesartana, Valsartana, Irbesartana) 
 
Mecanismo de ação: antagonizam o efeito da angiotensina II nos receptores AT1, presentes na 
musculatura dos vasos periféricos → vasodilatação arterial e venosa – semelhante ao efeito dos IECA. 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
4 
 
↑ Níveis de angiot II, passando a agir nos 
receptores AT2 (relaxamento vascular) e 
produzindo efeito hipotensor. 
 
Farmacocinética: são ativos por via oral, 
biodisponibilidade 33%, indiferente a alimentos. 
Losartana (meia-vida 2hs) é metabolizada em um 
metabólito ativo de meia-vida maior (6hs) e ambos 
ligam-se fortemente a proteínas plasmáticas (99%), 
excreção urinária (1/3; compete com ácido úrico) e 
biliar. Valsartana tem biodisponibilidade oral 25%, 
meia-vida 6hs e ligam-se às proteínas plasmáticas. 
 
Uso terapêutico: são considerados drogas 
de 1ª linha para monoterapia da hipertensão 
arterial, tendo a mesma indicação dos IECA 
(diferem dos IECAs por não causarem tosse). 
 
Efeitos adversos e contraindicações: 
mesmos dos IECA, exceto os efeitos dependentes 
da bradicinina (tosse seca e broncoespasmo). 
 
Obs: não deve ser adm IECA + BRA, pois 
pode haver aumento dos efeitos colaterais. 
 
Posologia: Losartana 25-100mg 1x/dia 
 Losartana + Hidroclorotiazida 50+12,5mg / 50+25mg / 100+25mg 
 Valsartana 80-320mg 1x/dia 
 
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA (IDR) 
(Alisquireno 150-300mg 1x/dia) – recentes no mercado, estando disponível no Brasil a associação 
Alisquireno + Hidroclorotiazida 
 
Mecanismo de ação: inibem diretamente a renina → ↓ formação angiot I 
 
Efeitos adversos: são bem tolerados, “rash” cutâneo, diarreia (↑ doses), ↑ CPK e tosse. 
Contraindicação: gravidez 
 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE Ca+2 (BCC) 
Fenilalquilaminas (Verapamil 120-480mg 1-2x/dia) 
Benzotiazepinas (Diltiazem 180-480mg 1-2x/dia) 
Diidropiridinas (Nifedipina 30-60mg 1-2x/dia, Anlodipina 2,5-10mg 1x/dia) 
 
Mecanismo de ação: bloqueiam canais de Ca2+ tipo L na membrana celular → ↓ influxo Ca2+ 
 As diidropiridinas tem ação preferencial na musculatura lisa vascular, especialmente das 
artérias e arteríolas → VASODILATADORES 
 O diltiazem e verapamil possuem ação vascular menos intensa, mas apresentam ação 
cardíaca, ↓ inotropismo / cronotropismo / condução AV, pela inibição dos canais de Ca2+ dos 
miócitos, céls do nódulo sinusal e nódulo → ↓ CONTRATILIDADE MIOCÁRDICA 
Reduzem a PA através da diminuição da resistência vascular sistêmica e do débito cardíaco. 
 
Farmacocinética: rápido iníciode ação e curta duração de ação, sendo necessárias várias adm 
diárias. Nifedipina tem alta ligação a proteínas plasmáticas (98%), caráter lipofílico e metabolizado pelo 
fígado. Verapamil é metabolizado no fígado, meia-vida de 5hs e biodisponibilidade 24% (dose única 
oral), ligação a proteínas plasmáticas (90%). 
 
Efeitos adversos: 
 Diidropiridínicos de curta duração → ↓ PA rápida / ↓ perfusão coronariana e cerebral / 
hiperatividade adrenérgica reflexa → ↑ risco de IAM, AVE e piora da angina 
Vasodilatação rápida → cefaleia, tontura, rubor facial e edema maleolar 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
5 
 
 Diidropiridínicos de longa duração → efeitos adversos com menor frequência e intensidade 
 Verapamil e Diltiazem podem provocar depressão miocárdica e bloqueio AV → bradiarritmias 
sinusais 
 Verapamil → Constipação intestinal 
 
Uso terapêutico: excelente ação anti-hipertensiva em idosos, principalmente na hipertensão 
sistólica isolada. Hipertensos negros; taquiarritmias (diltiazem e verapamil), angina estável, diabéticos, 
IC (anlodipina). 
 
Associação medicamentosa: Diuréticos → ação aditiva, devido sua ação natriurética moderada 
IECA → ↓ edema maleolar relacionado aos BCC e tem ação 
vasodilatadora na arteríola eferente, protegendo contra 
hiperfiltração glomerular. 
Obs: BCC são os únicos anti-hipertensivos cujo efeito não é inibido pelos AINEs. 
 
BETABLOQUEADORES 
(Propanolol, Metoprolol, Atenolol) 
 
Mecanismo de ação: atuam como antagonistas das catecolaminas endógenas nos recep β-
adrenérgicos, com ação proporcional aos níveis de catecolaminas circulantes e à atividade do sist 
nervoso simpático → inibição do inotropismo e cronotropismo → ↓ débito cardíaco 
 
Efeitos benéficos secundários: CARDIOPROTETORES por reduzir o consumo miocárdico de 
O2 (efeito antianginoso) e prevenindo a morte súbita pós-IAM (efeito antiarrítmico). 
 
NÃO SELETIVOS: inibem os recep β1 e β2. 
(Propanolol, Nadolo, Timolol) 
(-) β1 cardíacos → efeito anti-hipertensivo 
(-) β2 brônquios, vasos periféricos e hepatócitos → 
broncoespasmo, claudicação intermitente e tendência à 
hipoglicemia (bloq ação adrenalina estimuladora da 
gliconeogênese no hepatócito). 
 
β1 SELETIVOS: não costumam apresentar efeitos adversos, 
até determinada dose (100mg) quando perdem a seletividade. 
(Esmolol, Metoprolol, Atenolol) 
Nebivolol → produz vasodilatação periférica através do 
aumento da síntese e liberação endotelial de óxido nítrico 
 
NÃO SELETIVOS β E α1 (3ª geração) 
Bloq recep α1 (vasodilatação), β1 e β2 
Vasodilatação periférica com declínio mínimo do déb cardíaco 
Carvedilol 
Labetalol → tbm atua como agonista parcial fraco nos recep 
β2, porém com efeito 5-10x maior como β-bloqueador. 
Pindolol → agonista parcial nos recep β1 e β2. Bloqueia a ação da norepinefrina endógena nos β1. Por 
provocar estimulação parcial dos recep β1 (menor redução global da FC em repouso e da pressão 
arterial) pode ser preferível para pacientes hipertensos que apresentam bradicardia ou diminuição da 
reserva cardíaca. 
 
Lipossolubilidade 
 Não lipossolúveis 
 Lipossolúveis: maior metabolismo hepático, meia-vida mais curta, atravessam a barreira 
hematoencefálica (efeitos adversos SNC – insônia, pesadelos, humor deprimido) 
Propanolol – β-bloq lipossolúvel não seletivo 
 
Atividade Simpaticomimética Intrínseca (ASI): alguns possuem ASI, funcionando como 
agonistas parciais das catecolaminas nos recep β → ↓ efeito adverso cardíaco. 
Uma vantagem é de não interferir no perfil lipídico – Pindolol → mesmo não sendo a 1ª escolha de 
tratamento tem sido utilizado com segurança e eficácia na doença hipertensiva da gestação. 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
6 
 
 
Uso clínico: são mais eficazes em hipertensos jovens e brancos, principalmente aqueles com 
síndrome hipercinética (taquicardia e ↑ déb cardíaco), porém possuem baixa resposta em negros. 
 Pós-IAM → β1 seletivo 
 Doença coronariana sintomática (angina) 
 Insuficiência cardíaca sistólica → carvedilol, metoprolol 
 Enxaqueca 
 Tremor essencial 
 Hipertireoidismo 
 Taquiarritmias 
 
Efeitos adversos e contraindicações: broncoespasmo, claudicação intermitente (β1 seletivo 
usado com cuidado), insuficiência cardíaca sistólica descompensada, bradiarritmias (bloq AV), angina 
vasoespástica... 
 
Podem aumentar a incidência de diabetes pela diminuição da sensibilidade à insulina. 
Na DM-II, o Atenolol mostrou-se bom na prevenção de eventos cardiovasculares (semelhante ao 
captopril), mas eventualmente contribuem para hiperglicemia (bloq recep β1 das ilhotas pancreáticas – ↓ 
insulina) 
Na DM-I sua adm deve ser evitada, pois podem precipitar hipoglicemia de jejum (pelo bloq β2 do 
hepatócito) e inibir a reação adrenérgica da hipoglicemia (importante para alertar o pct sobre o 
problema). 
 
β-bloq não seletivos podem alterar o perfil lipídico → ↑ triglicerídeos / ↓ HDL 
β-bloq de 3ª geração não interferem ou podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídios, 
devido efeito da vasodilatação + ↓ resistência à insulina + melhora da captação de glicose pelos tecido 
periféricos. 
 
ALFABLOQUEADORES (antagonista α1-adrenérgico) 
(Prazosin, Terazosin, Doxazosin) 
 
Mecanismo de ação: Bloqueiam os recep α1 pós-sinápticos → inibe o tônus da musculatura 
arterial e venosa (mantido previamente pelas catecolaminas) → ↓ resistência vascular periférica 
(vasodilatação arterial) / ↓ retorno venoso (venodilatação) / déb cardíaco inalterado 
Não alteram os níveis plasmáticos de renina 
 
Efeitos benéficos secundários: 
 ↓ Hipertrofia ventricular esquerda (não tanto como os IECA), pois há indícios que a 
estimulação α1 seja um dos mecanismos da hipertrofia do miócito. 
 Efeito coronariano variável: vasodilatação em coronária estenosada pode melhorar a 
isquemia miocárdica, mas em coronárias normais pode piorar (roubo coronariano). 
 Perfil lipídico: Ativação da lipoproteína lípase e lecitina-colesterol-aciltransferase (LCAT) + 
inibição da oxidação do LDL → ↓ LDL e triglicerídeos 
Obs: esse efeito aliado ao aumento da sensibilidade insulínica, pode contribuir para redução 
do risco cardiovascular 
 Alívio dos sintomas obstrutivos da hiperplasia prostática benigna (comum em idosos) pelo 
relaxamento do músc liso da uretra prostática 
 
Efeitos adversos: hipotensão postural mais comum com Prazosin (após a 1ª dose), devido seu 
efeito mais rápido, principalmente em pacientes hipovolêmicos ou usando diuréticos. Ocorre pelo 
bloqueio α1-adrenérgico nos vasos importantes para manter a PA em ortostase. 
 
INIBIDORES ADRENÉRGICOS PERIFÉRICOS 
(Reserpina, Guanetidina) 
 
Mecanismo de ação: Reserpina concentra-se nos terminais sinápticos, inibindo o transporte de 
noradrenalina para seus grânulos de estoque, levando à sua degradação. Guanetidina penetra nos 
grânulos, substituindo a noradrenalina. 
↓ Noradrenalina neuronal periférica → ↓ tônus vascular arterial e venoso → vasodilatação 
periférica → ↓ RVP 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
7 
 
A redução da atividade adrenérgica cardíaca leva a uma discreta redução do inotropimo, 
cronotropismo e consequente diminuição do déb cardíaco. 
 
Esses fármacos desempenham apenas um pequeno papel no tratamento atual da hipertensão, 
devido ao seu perfil de efeitos adversos significativos, que incluem depressão grave (reserpina), 
hipotensão ortostática e disfunção sexual (guanetidina). 
 
ALFA-2 AGONISTAS CENTRAIS E IMIDAZOLÍNICOS 
 
α2a-agonista (central) → alfametildopa, clonidina, guanabenzo 
agonistas imidazolínicos → clonidina, moxonidina, rilmenidina 
 
Mecanismo de ação: ambos os receptores α2a e imidazolínico estão presentes nos neurônios 
dos núcleos centrais do sistema nervoso simpático. Sua estimulação inibe a atividadedesses neurônios 
→ hipoativação adrenérgica (↓ noradrenalina nas fendas sinápticas) → ↓ RVP e DC 
 
Uso clínico: os agonistas α2 não são considerados como 1ª linha de tratamento devido seus 
efeitos adversos (boca seca, sedação, hipotensão postural). 
Alfametildopa (pró-fármaco) é a droga de escolha na pré-eclâmpsia por ter efeito vasodilatador 
preferencial placentário, além de eficazes e seguros na gestação. 
 
Efeitos adversos: sedação (hipoatividade adrenérgica central), boca seca (clonidina), hipotensão 
postural (perda da porção eferente do reflexo vasoconstritor mediado pelos baroceptores) e retenção 
líquida (edema), efeitos autoimunes na inibição da atividade dos linfócitos T supressores (alfametildopa) 
Obs: Evitar adm em idosos!! – sedação e hipotensão postural 
 
Efeito rebote: após a supressão abrupta de qualquer anti-hipertensivo, podemos ter um efeito 
rebote, com rápido ↑ PA para níveis prévios ou acima, associados ou não a sinais de hiperatividade 
adrenérgica. 
Os α2-agonistas centrais (principalmente clonidina) são as drogas mais associadas a este 
fenômeno, ocorrendo a rápida e exacerbada liberação de noradrenalina nas sinapses, que apresentam 
previamente um up regulation dos recep α1 e β1. 
 
VASODILATADORES ARTERIAIS DIRETOS 
 
Hidralazina → penetra na cél muscular lisa vascular, provocando liberação de NO pelo endotélio e 
exercendo seu efeito vasodilatador. 
Minoxidil → sulfato de minoxidil (metabólito ativo) ativa canais de K+ ATP sensíveis, 
hiperpolarizando as céls musculares lisas vasculares e promovendo a vasodilatação 
 
São potentes vasodilatadoras arteriais, principalmente das arteríolas (vasos de resistência), 
reduzindo a RVP. Entretanto, a vasodilatação arterial direta estimula fortemente os baroceptores, e uma 
hiperatividade adrenérgica reflexa se impõe (taquicardia, ↑ DC, ↑ sist renina-angiot-aldost) 
 
Efeitos benéficos secundários: efeito hipolipêmico → ↓ LDL / ↑ HDL 
 Tratamento da calvície (minoxidil) 
 
Uso clínico: não devem ser utilizados como monoterapia na hipertensão arterial, pois levam a 
uma hiperatividade simpática reflexa que promove retenção liquida acentuada, reduzindo sua eficácia 
anti-hipertensiva e podendo desencadear isquemia miocárdica e angina. 
Seu uso deve ser associado aos β-bloqueadores (proteção contra hiperatividade adrenérgica) 
e/ou diuréticos (evitam retenção líquida). 
VD + β-bloq + diurético = hipertensão grave refratária 
 
Farmacocinética: Hidralazina tem adm intravenosa, metabolizada e inativada pelo fígado, usada 
em casos de hipertensão aguda severa na gestação, duração de ação 12hs, meia-vida curta (ambos) 
 
Efeitos adversos: decorrente da rápida vasodilatação – cefaleia, rubor facial, taquicardia reflexa. 
 
 
obs: clonidina tem importante 
efeito nos 2 receptores 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
8 
 
DIURÉTICOS 
 
Cada classe de diurético vai agir em uma parte específica do néfron, promovendo a diurese e o 
controle hidroeletrolítico (↑ natriurese), com o objetivo de ↓ volemia / débito cardíaco / PA. 
Todos os diuréticos (exceto os poupadores de K+ que agem no túbulo coletor) tem como efeito ↓ 
reabsorção de Na+ pelos túbulos, causando a natriurese (excreção de Na+ na urina), e aumentam a 
excreção de K+ (predispondo à hipocalemia). A perda aumentada de água é secundária à excreção 
aumentada de Na+. 
 
 Para uso como anti-hipertensivos, são preferidos os tiazídicos e similares em baixas doses. 
 Os D de alça são reservados para situações de hipertensao associada a insuficiencia renal e na 
insuficiência cardíaca com retenção de volume. 
 Os poupadores de potássio apresentam ↓ eficácia diurética, mas associados aos tiazídicos e aos de 
alça, são úteis na prevenção e no tratamento de hipopotassemia. 
 Principais reações adversas: hipopotassemia, acompanhada ou não de hipomagnesemia (que pode 
induzir arritmias ventriculares) e hiperuricemia – os efeitos são dependentes da dose, assim ↓ doses 
diminuem o risco de efeitos adversos. Intolerância à glicose (↑ risco DM, ↑ triglicerídeos) 
 
DIURÉTICOS OSMÓTICOS 
(Manitol IV, Ureia IV, Glicerina VO, Isossorbida VO) 
 
Farmacocinética: Manitol e Ureia possuem adm IV – não é absorvido por via oral pq mantém-se 
no TGI. Glicerina e Isossorbida podem ser adm VO. Meia-vida de 1h. Eliminação renal, por serem 
livremente filtrados no glomérulo e sofrerem reabsorção limitada pelo túbulo renal. 
 
Mecanismo de ação: agem no TCP e na Alça de Henle (principalmente), devido à maior 
reabsorção de H2O nesse segmento, mas provocam hiperosmolaridade em todo néfron, gerando 
gradiente para passagem de H2O e Na
+ para luz tubular (muito potentes), por interação química. 
São compostos com grandes quantidades de hidroxilas (OH-), tendo dessa forma caráter 
hidrofílico (polar) e quando presentes em segmentos permeáveis à água não conseguirão atravessar as 
membranas celulares. 
São adm em ↑ doses, o suficiente para aumentar significativamente a osmolaridade do plasma e 
do fluido tubular. 
 
Efeitos na excreção urinária: ↑ excreção urinária de quase todos os eletrólitos – Na+, K+, Ca+2, 
Mg+2, Cl-, HCO3
- e fosfato. 
 
Efeitos adversos: os D osmóticos são distribuídos no flúido extracel (↑ osmolaridade extracel), 
fazendo com que a agua seja extraída dos compartimentos intracel. Com isso, pacientes insuficiência 
cardíaca ou congestão pulmonar podem apresentar edema pulmonar. 
A metabolização da Glicerina pode provocar hipoerglicemia. Trombose (Ureia). Alterações no 
equilibrio ácido-básico 
 
Contraindicação: pacientes anúricos devido doença renal grave; função hepática comprometida 
(risco de elevação dos níveis sanguíneos de amônia que é transformada em uréia, e seu 
extravasamento pode provocar trombose ou dor); sangramento craniano grave (Manitol e Ureia). 
 
Usos terapêuticos: insuficiência renal aguda, crise aguda de glaucoma, ↓ edema cerebral (pré-
cirúrgico), síndrome do desequilíbrio dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal). 
O Manitol pode ser usado para tratar edemas intracranianos secundários a traumas (causam 
hipertensão intracraniana). Quando a droga passa pelos vasos que irrigam o edema, passa a atrair este 
volume líquido, diminuindo a coleção de sangue. 
 
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
(Acetazolamida, Metazolamida, Diclorfenamida) 
 
Mecanismo de ação: agem no túbulo contorcido proximal, inibindo a anidrase carbônica IV (CAIV 
– luz tubular) e anidrase carbônica II (CAII - intracelular), que catalisam a clivagem de HCO3
- em OH- e 
CO2. 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
9 
 
Com isso, impedindo essa dissociação, o 
bicarbonato permanece no lúmen tubular, sendo 
eliminado com o Na+ na forma de bicarbonato de sódio e 
gerando acidose metabólica (pela perda do principal 
tampão sanguíneo). 
 
Efeitos na excreção urinária: ↑ excreção de 
HCO3
- acompanhado de Na+, K+ e água, resultando em ↑ 
do fluxo de urina alcalina (NaHCO3 não reabsorvido) e 
acidose metabólica. 
 
Uso terapêutico: tratamento de glaucoma (↓ 
formação de humor aquoso) e alguns tipos de epilepsia 
infantil. 
 
Obs: a perda urinária de bicarbonato causa 
depleção do bicarbonato extracelular, consequentemente 
seu efeito diurético é autolimitado, já não sendo usado 
como diuréticos. 
 
Farmacocinética: adm oral. Biodisponibilidade de 100%. 
Acetazolamida / meia-vida de 6-9hs / eliminação renal 
Metazolamida / meia-vida de 14hs / eliminação 25% renal 75% biotransformado 
 
Toxicidade: são raras, mas por serem derivados da sulfonamidas podem provocar depressão da 
medula óssea, toxicidade cutânea, lesões renais e reações de hipersensibilidade. 
 
Efeitos adversos e contraindicações: relacionados à alcalinização da urina ou à acidose 
metabólica. 
− Contraindicadona cirrose hepática, devido desvio da amônia renal para circulação sistêmica 
podendo induzir ou piorar a encefalopatia hepática 
− Formação de cálculo e cólica ureteral, devido precipitação de sais de fosfato de cálcio na 
urina alcalina 
− Piora da acidose metabólica ou respiratória, sendo contraindicado na acidose hiperclorêmica 
ou grave doença obstrutiva pulmonar crônica 
− ↓ Taxa de excreção urinária de bases orgânicas fracas 
 
DIURÉTICOS DE ALÇA 
(Furosemida, Ácido etacrínico, Bumetanida, Torsemida) 
 
São diuréticos muito potentes, capazes de 
produzir diurese intensa, indicados para tratar crises 
hipertensivas. Caso sejam usados para tratamento 
crônico, há risco de desidratação intensa. 
 
Obs: a Alça de Henle apresenta 2 porções: 
delgada (reabsorve água / sais) e espessa (reabsorve 
35% NaCl e impermeável à água). Porção delgada = 
diuréticos osmóticos / espessa = D de alça. 
 
Mecanismo de ação: agem no ramo 
ascendente espesso da alça de Henle, inibindo o 
simporte Na+/K+/2Cl- na membrana luminal. 
Tbm inibem a reabsorção de Ca+2 e Mg+2 no 
ramo ascendente espesso ao anular a diferença de 
potencial transepitelial que é a força motriz dominante 
para reabsorção desses cátions. 
 
 
 
 
 
NEFROPROTETOR 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
10 
 
Efeitos na excreção urinária: 
− ↑ Excreção Na+, K+, Ca+2, Mg+2, Cl-, H+ e ↓ ácido úrico (crônico) 
− Furosemida (derivado da sulfonamida com fraca atividade inibidora da anidrase carbônica) 
→ ↑ excreção HCO3
- e fosfato 
 
Uso terapêutico: ICC, edema pulmonar agudo (Furosemida), hipertensão, edema, ascite (IRC, 
hepático), hipercalcemia e hipercalemia. 
 
Farmacocinética: geralmente possuem duração de ação curta (4-6hs). 
Ligam-se extensivamente a proteínas plasmáticas e sua liberação para os túbulos pela filtração é 
limitada. Entretanto, eles são secretados de forma eficiente pelo sistema de transporte de ácidos 
orgânicos no túbulo proximal, obtendo acesso aos seus locais de ligação no simporte Na+/K+/2Cl- na 
membrana luminal do ramo ascendente espesso. 
 
 
 
Aproximadamente 65% da Furosemida são excretados inalterados na urina, o restante é 
conjugado com ácido glicurônico nos rins. Desta forma, em pacientes com doença renal, e sem doença 
hepática, a meia-vida de eliminação da furosemida é prolongada. 
Em contraste, a Bumetanida e Torsemida apresentam significativo metabolismo hepático, de 
modo que a meia-vida de eliminação destes diuréticos de alça é prolongada pela doença hepática, mas 
não pela doença renal. 
 
Vias de administração: Todos os diuréticos de alça (exceto Torsemida) estão disponíveis nas 
formas orais e injetáveis. 
 
Efeito adverso: desequilíbrio hidroeletrolítico (depleção de Na+ total do corpo, como o uso 
exagerado), arritmias (excreção de K+, Ca2+, Mg2+), tetania (hipocalemia), alcalose metabólica 
hipocalêmica (perda de H+), ototoxicidade (˃ ác etacrínico: processamento alterado de eletrólitos na 
endolinfa causando zumbido, comprometimento da audição, sudez, vertigem...). 
 
Obs: diuréticos de alça devem ser evitados em mulheres pós-menopausa com osteopenia, devido 
excreção de Ca+ prejudicial no metabolismo ósseo. 
 
Interação medicamentosa: Digitálicos → ↑ arritmias induzidas pelos digitálicos 
Probenicida e AINES → ↓ resposta diurética 
Tiazídicos → sinergismo → profunda diurese 
Altera ligação de proteínas plasmáticas 
Aminoglicosídeos, carboplatina... → sinergismo da ototoxicidade 
Anticoagulantes → ↑ ativid anticoagulante 
Lítio → ↑ [lítio] plasmático (o mesmo ocorre com o propanolol) 
(...) 
 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
(Hidroclorotiazida, Clorotiazida, Clortalidona) 
 
Farmacocinética: ↑ disponibilidade oral e longa duração de ação. 
 
 
0,5mg 1-2x/dia 
20mg 1-2x/dia 
CARDIOPROTETORES 
12,5 ou 25mg 1x/dia 
12,5 ou 25mg 1x/dia 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
11 
 
Mecanismo de ação: ligam-se ao sítio do 
Cl-, inibindo o simporte Na+/Cl- na membrana 
luminal das céls do TCD, responsável por 
reabsorver NaCl (10%) e é impermeável à água 
→ ↑ natriurese e o volume da urina. 
Há tbm perda significativa de K+ 
 
Efeitos extra-renais: vasodilatação e 
hiperglicemia 
 
Efeitos na excreção urinária: ↑ Na+, Cl-, 
H+, Mg2+ / ↓ HCO3-, Ca2+, ác úrico (adm 
crônica) 
 
Obs: são menos potentes que os D de alça, mas são preferidos para tratar hipertensão não 
complicada. São mais tolerados por reduzirem os riscos de AVC e IAM associados à hipertensão. Eles 
reduzem a eliminação de Ca2+, sendo vantajoso para pacientes mais idosos com risco de osteoporose. 
 
Usos terapêuticos: hipertensão (onde a ↓ PA decorre inicialmente do ↓ vol sanguíneo pela 
diurese e na fase tardia pela vasodilatação), edema (ICC, hepatopatias, doença renal, glicocorticóides). 
Apresenta ação diurética moderada (+ seguros) – 90% da reabsorção de Na+ no TCP 
 
Interações medicamentosas: reduzem os efeitos de anticoagulantes e insulina, aumentam os 
efeitos dos digitálicos e diuréticos de alça, AINEs reduzem seu efeito diurético. 
 
Obs: a adm de D de alça + tiazídico causa efeito sinérgico, pq o de alça oferece maior fração de 
carga filtrada de Na+ no local de ação do tiazídico no TCD. 
 
Efeitos adversos: ↓ tolerância à glicose (devido inibição da secreção de insulina); ↑ LDL, 
colesterol e triglicerídeos; alcalose metabólica hipocalêmica; disfunção erétil 
 
Contraindicação: hipersensibilidade a sulfonamidas, impotência masculina. 
 
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO 
 
Utilizados em associação com outros diuréticos para atenuar ou corrigir a caliurese (excreção de 
K+) induzida e o consequente desenvolvimento de hipocalemia. 
 
 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
12 
 
Obs: são considerados fármacos poupadores de K+, pois se o Na+ não entra na cél não será gerado o 
potencial negativo na luz tubular que atrai o K+ intracel, poupando e diminuindo sua excreção. 
 
INIBIDORES DO CANAL DE Na+ RENAL 
(Amilorida e Triantereno) 
 
Mecanismo de ação: bloqueiam diretamente o canal de Na+, impedindo sua reabsorção, ficando 
acumulado na luz tubular e aumentando a diurese. 
 
Farmacocinética: Amilorida – eliminada por exceção urinária (intacto) / Triantereno – é 
metabolizado a um metabólito ativo (sulfato de 4-hidroxitriantereno) que é excretado na urina. 
Com isso, a toxicidade do triantereno pode ser potencializada na doença hepática (↓ metabolismo) 
e na insuficiência renal (↓ excreção urinária do metabólito ativo). 
 
Efeitos adversos e contraindicações: hiperpotassemia (risco para pacientes com insuficiência 
renal, em uso de diuréticos poupadores de K+, uso de IECA ou suplementos de K+). AINEs podem 
aumentar a probabilidade de hiperpotassemia em pcts usando inibidores do canal de Na+ 
 
Uso terapêutico: por causarem uma leve natriurese, são adm combinados com diuréticos 
tiazídicos: triantereno ou amilorida + hidroclorotiazida. 
 
ANTAGONISTA DO RECEPTOR DE ALDOSTERONA 
(Espironolactona) → 25-100mg 1-2x/dia 
 
Mecanismo de ação: compete com os receptores mineralocorticoide (aldosterona), provocando 
uma diminuição da produção de canais de Na+, K+ e bomba de Na+/K+/ATPase (por isso a ação desse 
fármaco leva alguns dias), e fazendo com que o Na+ se acumule na luz tubular. 
 
Farmacocinética: adm via oral. Parcialmente absorvida (65%). Meia-vida curta de 1h, sofrendo 
intenso metabolismo hepático e gerando um metabólito ativo Canrenona de mais-vida de 16hs. Liga-se 
fortemente às proteínas plasmáticas. Início de ação de hs-dias (não usados em emergências). 
 
Interações medicamentosas: IECA (diminuem a ativ da aldosterona e excreção K+) ou 
suplementos de K+ devem ser diminuídos ou eliminados nos pacientes em uso de diuréticos 
poupadores de K+, pois pode ocorrer hipercalemia potencialmentefatal 
 
Efeitos adversos: hiperpotassemia, hipercalemia, acidose metabólica hiperclorêmica, efeitos 
esteroidogênicos (ginecomastia, irregularidade menstruais, impotência, ↓ libido, hisurtismo, alteração da 
voz – inibe recep androgênico). 
 
Uso terapêutico: edema, HAS (associado com diurético espoliador de K+), hiperaldosteronismo 
primário e secundário, cirrose hepática (1ª escolha). 
É coadministrada com tiazida ou D de alça. 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
13 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO – HAS 
 
 
 
 
 
Indicado para pcts hipertensos estágio 1 e risco cardiovascular baixo e moderado, quando as 
medidas não farmacológicas não surtem efeito após um período inicial de no mínimo 90 dias. 
 
Para pcts hipertensos estágio 1 e alto risco cardiovascular ou com doença cardiovascular 
estabelecida, deve ser iniciado imediatamente o uso de medicamentos. Da mesma maneira para 
hipertensos estagio 2 e 3, independente do risco cardiovascular. 
 
Tratamento opcional para pré-hipertensos, levando em consideração o risco cardiovascular e/ou 
presença de doença cardiovascular. 
 
Pcts 60-79 anos (PAS ≥ 140mmHg) e ≥ 80 anos (PAS ≥ 160mmHg) → início precoce da terapia 
 
ESQUEMAS TERAPÊUTICOS 
 
MONOTERAPIA estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1, com risco 
CV baixo e moderado. Entretanto, deve-se observar que, de acordo com a meta a ser atingida, a 
maioria dos pacientes irá necessitar da associação de medicamentos. 
 
Tratamento deve ser individualizado e a escolha inicial do medicamento deve basear-se nos 
seguintes aspectos: 
 Capacidade de o agente escolhido reduzir a morbimortalidade CV 
 Mecanismo fisiopatogênico predominante no paciente a ser tratado 
 Características individuais 
 Doenças associadas 
 Condições socioeconômicas 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
14 
 
Anti-hipertensivos considerados: 
 Diurético tiazídicos (preferência 
para clortalidona) 
 IECA 
 BCC 
 BRA 
 
Deve ser observado que os diuréticos 
são os fármacos que apresentam mais 
evidências de efetividade com relação aos 
desfechos CV, com claros benefícios para 
todos os tipos de eventos. Há situações em 
que a indicação de um ou outro grupo ganha 
destaque, de acordo com a comorbidade 
presente. O BB poderá ser considerado 
como fármaco inicial em situações 
específicas, como a associação de arritmias 
supraventriculares, enxaqueca, IC e 
coronariopatia, sendo que, nas duas últimas 
condições, deverá estar associado a outros 
fármacos. 
 
A posologia deve ser ajustada para 
que se consiga redução da PA até valores 
considerados adequados para cada caso 
(metas terapêuticas). Se o objetivo 
terapêutico não for conseguido com a 
monoterapia inicial, três condutas são 
possíveis: 
 Se o resultado for parcial, mas sem efeitos adversos, recomenda-se aumentar a dose do 
medicamento em uso, podendo também ser considerada a associação com anti-hipertensivo de 
outro grupo terapêutico. 
 Quando não houver efeito terapêutico esperado na dose máxima preconizada ou se surgirem 
eventos adversos, recomenda-se substituir o anti-hipertensivo inicialmente utilizado, reduzir a 
dosagem e associar outro anti-hipertensivo de classe diferente ou instituir uma outra associação 
de fármacos 
 Se, ainda assim, a resposta for inadequada, devem-se associar três ou mais medicamentos. 
 
 
 
COMBINAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
A maioria dos pacientes vai necessitar do uso de mais de um medicamento para que sejam 
atingidas as metas. Por esse motivo, os pacientes com HA estágio 1 e com risco CV alto ou muito alto 
ou com DCV associada e aqueles com estágio 2 ou 3 com ou sem outros fatores de risco CV 
associados devem ser considerados para o uso de combinação de fármacos. A utilização de 
associações de dois medicamentos em baixas dosagens em hipertensos estágio 1, mesmo com baixo 
ou moderado risco CV, embora não preferencial, também poderá ser considerada em casos individuais. 
 
Deve ser evitado o uso de anti-hipertensivos com mesmo mecanismo de ação (exceção –
diuréticos tiazídicos + poupadores de K+). O uso de diuréticos de alça deve ser reservado para aqueles 
 
Fluxograma para o tratamento da hipertensão. RCV: risco 
cardiovascular; TNM: tratamento não medicamentoso; DIU: diuréticos; 
IECA: inibidores da enzima de conversão da angiotensina; BCC: 
bloqueador dos canais de cálcio; BRA: bloqueador do receptor de 
angiotensina; BB: betabloqueadores 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
15 
 
com RFG ˂ 30ml/min ou com edema grave. As associações que tenham atuação sinérgica sempre 
propiciarão resultados melhores 
 
 
 
 Associações menos testadas → reservadas p casos com necessidade de maior nº de medicamentos. 
 β-bloq + Diurético → cuidado em pacientes com alterações do metabolismo dos glicídeos, pois ambos 
os fármacos favorecem seu agravamento. 
 IECA + BRA não é recomendada, pois, além de não mostrar benefício em desfechos CV, acrescentou 
risco de efeitos adversos. 
 São praticamente inexistentes estudos comparando diretamente uma associação com outra. Um 
estudo demonstrou que a combinação de IECA a BCC, comparada à associação de IECA com DIU, foi 
mais efetiva na redução de morbimortalidade CV e progressão de doença renal, para uma redução da 
PA semelhante, sobretudo em indivíduos não obesos. 
 As combinações podem ser feitas com fármacos em separado (permite a escolha da dose de cada um 
dos componentes) ou em associação fixa (mesma formulação – favorece a adesão à terapêutica, pelo 
uso de menor número de comprimidos). 
 
Caso não sejam alcançadas as metas de controle da PA com dois fármacos: 
 Resultado parcial e sem efeitos colaterais → pode-se optar por aumentar a dose da 
combinação inicial ou acrescentar mais um anti-hipertensivo de outra classe; 
 Quando a meta não tiver sido atingida na dose máxima preconizada, ou se surgirem eventos 
adversos → substituição da combinação; 
 Não se obtiver controle da PA (doses máximas possíveis) → associar outros anti-
hipertensivos. 
 
 Caso o diurético não tenha sido a primeira escolha e não esteja sendo utilizado na associação de dois 
fármacos, deve ser o terceiro a ser acrescentado. Seu uso potencializa a ação anti-hipertensiva de 
qualquer dos medicamentos iniciais. 
 Nos casos em que se configure a HA resistente (falta de controle da PA com o uso de pelo menos três 
medicamentos em dosagens máximas toleradas, sendo um deles um DIU), está indicada a associação 
de espironolactona. Os simpaticolíticos de ação central (clonidina) ou BB podem ser uma alternativa 
ao quarto fármaco, ficando o uso de vasodilatadores diretos reservado para casos especiais e em 
associação com DIU e BB. 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
16 
 
CRISE HIPERTENSIVA 
 
As crises hipertensivas são situações clínicas sintomáticas com elevação acentuada da PA 
(PAD ≥ 120mmHg), classificadas em Urgências Hipertensivas (UH) – sem lesão de órgão alvo aguda 
e progressiva – Emergências Hipertensivas (EH) – com lesão de órgão alvo aguda e progressiva. 
 
 
 
Pacientes com queixas de cefaleia, dor 
torácica atípica, dispneia, estresse psicológico 
agudo e síndrome de pânico associados à PA 
elevada não caracterizam UH ou EH, mas uma 
pseudocrise hipertensiva. 
 
TRATAMENTO GERAL 
 
UH: iniciado após período de observação 
clínica em ambiente calmo, em condição que ajuda 
a afastar casos de pseudocrise (tratados com 
repouso ou analgésicos ou tranquilizantes). 
Captopril, clonidina e β-bloq orais para reduzir 
gradualmente a PA em 24 a 48 horas. 
Gotas de cápsulas de nifedipino de liberação 
rápida na UH deve ser proscrito no tratamento das 
UH, por não ser seguro nem eficaz, além de 
provocar reduções rápidase acentuadas da PA, o 
que pode resultar em isquemia tecidual. O uso de 
nifedipino tem, atualmente, uma discutível aplicação 
em pré-eclâmpsia. 
 
EH: tratamento visa redução rápida da PA, com para impedir a progressão das LOA. Pacientes 
devem ser admitidos em UTI, usarem anti-hipertensivos IV e ser monitorados cuidadosamente durante 
a terapia para evitar hipotensão. As recomendações gerais de redução da PA para EH devem ser: 
 ↓ PA ≤ 25% na 1ª hora; 
 ↓ PA 160/100-110 mmHg em 2-6 h 
 PA 135/85 mmHg 24-48 h 
Cada tipo de EH (CV, cerebral, renal ou outras) deve ser caracterizada previamente antes de 
iniciar a terapia anti-hipertensiva específica, pois deve-se levar em consideração o sistema ou órgão-
alvo acometido. 
 
 
 
 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
17 
 
HIPOLIPEMIANTES 
 
 
 
 
 
ESTATINAS – INIBIDORES DA HMG-CoA REDUTASE 
 
Sinvastatina, Lovastatina, Pravastatina 
Atorvastatina, Rosuvastatina (inibidores de ação prolongada) 
 
Mecanismo de ação: são inibidores competitivos, específicos e reversíveis da HMG-CoA 
redutase (atua na 1ª etapa da biossíntese de esteróis) → ↓ [colesterol] intracel → ativa a cascata de 
sinalização → ativação da SREB (proteína de ligação do elemento regulador de esteróis 2 – fator 
transcricional que suprarregula a expressão do gene do recep de LDL) → ↑ recep de LDL (70% nos 
hepatócitos) → ↑ captação e catabolismo de LDL do plasma / ↓ [LDL] plasmático 
 
Em humanos a biossíntese de colesterol a partir da acetil-CoA fornece 60-70% do colesterol 
circulante, sendo a inibição dessa via bastante eficaz. 
 
Inibição da síntese de colesterol (necessário para sua constituição) e ↓ níveis de apoB 
(apolipoproteína presente em LDLs) → ↓ síntese / ↑ catabolismo de LDL 
↓ VLDL (precursoras das LDLs) → ↓ adicional dos níveis de LDL 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
18 
 
Outras ações: reversão da disfunção endotelial → melhora função vasodilatadora endotelial (NO) 
 ↓ Coagulação → ↓ ativação da protrombina e produção do fator tecidual no endot. 
 ↓ Inflamação → ↓ proteína C-reativa 
 ↑ Neovascularização em tecido isquêmico 
 ↑ Céls progenitoras endoteliais circulantes 
 Melhora estabilidade das placas ateroscleróticas 
 ↑ Fibrinólise 
 Efeito antitrombótico... 
 
Farmacocinética: Lovastatina e Sinvastatina 
são pró-fármacos da lactona inativos, que são 
hidrolisados no TGI em ácidos graxos β-hidroxilado 
ativos. Pravastatina possui um anel de lactona aberto 
e ativo. Atorvastatina, Fluvastatina e Rosuvastatina 
contém flúor e são ativas quando adm. 
 
As estatinas de ação curta são adm via oral à 
noite para reduzir o pico matinal da síntese de 
colesterol. Absorção 40-75%, que aumenta com 
alimentos. Todos sofrem elevada extração no 
metabolismo de 1ª passagem hepática, com menos de 
5% disponível na circulação. A maior parte da dose 
absorvida é excretada na bile e 5-20% na urina. Meia-
vida de 1-3hs, exceto Atorvastatina (14hs) 
Pitavastatina (12hs) e Rosuvastatina (19hs). 
 
Efeitos adversos: são bem tolerados – 
distúrbios GI, dispepsia, cefaleia, mialgia, distúrbios 
SNC e desordens do sono. Mais importantes – 
hepatotoxicidade e anormalidades musculares 
 
Contraindicação: Grávidas ou lactantes 
Crianças – indicado apenas 
para em casos de hipercolesterolemia familiar ou 
hiperlipidemia combinada familiar 
 
Interação medicamentosa: o catabolismo da Lovastatina, Sinvastatina e Atorvastatina ocorre 
principalmente pela CYP3A4 (inibida pelos macrolídeos, ciclosporina, cetoconazol e fibratos) 
(aumentada pela fenitoína, barbitúricos e rifampicina) e Fluvastatina e Rosuvastatina pela CYP2C9 
(inibida pelo cetoconazol, metronidazol, amiodarona). 
 
FIBRATOS (DERIVADOS DO ÁCIDO FÍBRICO) 
Bezafibrato, Ciprofibrato, Genfibrozila, Fenofibrato, Clofibrato 
 
Mecanismo de ação: agonistas dos recep 
nucleares PPARα. 
 Suprarregulam em nível de transcrição 
a LPL (lipoproteína lipase) → lipólise de 
triglicerídeos nas céls 
 ↑ apoAI e apoAII → ↑ HDL → retira 
colesterol do corpo e leva de volta para 
o fígado 
 ↓ apoCIII que é inibidor da LPL 
 ↓ produção de apolipoproteína B e 
VLDLs 
 ↓ apoCIII + ↑ LPL → ↑ captação e 
oxidação de ác graxos pelas céls musc 
(tbm nos hepatócitos) 
 Efeitos – ↓ triglicerídeos ↑ HDL ↓ LDL 
 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
19 
 
Farmacocinética: Genfibrozila é absorvida de modo quantitativo pelo intestino e se liga 
fortemente a proteínas plasmáticas. Sofre circulação entero-hepática e atravessa facilmente a placenta 
(grávidas). Meia-vida de 1,5hs, eliminação renal de 70% na forma inalterada, que é modificada pelo 
fígado em derivados hidroximetila, carboxila ou quinol. 
Fenofibrato é um ester isopropil totalmente hidrolisado no intestino, com meia-vida plasmática de 
20hs, excreção urinária (forma de glicuronídeo) e 25% pelas fezes. 
 
Efeitos adversos: são raros os efeitos adversos – exantemas, sintomas GI, miopatia, arritmias, 
hipopotassemia, níveis sanguíneos aumentados de aminotransferases ou fosfatase alcalina 
 
Interações medicamentosas: 
Genfibrozila + Sinvastatina → ↑ risco de miopatia (esse fator não contraindica o uso clínico, 
necessitando apenas de monitorização da CK). Evitar a sinvastatina para associação e não utilizar 
genfibrozila em associação com estatinas pelo aumento do risco de rabdomiólise. 
Fibratos podem potencializar os efeitos de dicumarínicos, requerendo monitorização da 
anticoagulação após introdução deste fármaco. 
Uso de fibratos deve ser cuidadoso em pacientes renais crônicos 
 
INIBIDORES DA ABSORÇÃO DE ÁCIDOS BILIARES 
Colestiramina, Coleseverlam, Colestipol 
 
Os sequestradores de ácidos biliares são resinas 
poliméricas catiônicas que se ligam de modo não-covalente 
a ác biliares de carga negativa no intestino delgado. O 
complexo resina-ácido biliar não pode ser reabsorvido no 
íleo distal, sendo excretado nas fezes. 
A ↓ reabsorção de ác biliares pelo íleo interrompe parcialmente a circulação êntero-hepática de 
ácidos biliares, de modo que os hepatócitos passam a supra-regular a 7α-hidroxilase (enzima que limita 
a taxa de síntese dos ác biliares) → ↑ síntese de ác biliares a partir do colesterol → ↑ expressão recep 
de LDL e ↑ depuração de LDL da circulação. 
Essa eficiência é parcialmente anulada pela suprarregulação da síntese hepática de colesterol e 
triglicerídeos, estimulando a produção de VLDL e podendo elevar os níveis de triglicerídeos. 
 
Sua adm deve ser programada, de modo que esteja no intestino delgado depois de uma refeição 
(após esvaziamento da vesícula biliar). Não sofrem absorção sistêmica, podem ↓ absorção de vitaminas 
lipossolúveis e a biodisponibilidade de agentes adm junto. 
Efeito adverso: distensão significativa e dispepsia 
 
INIBIDORES DA ABSORÇÃO DE COLESTEROL 
Esteroides vegetais, Ezetimibe 
 
↓ Absorção pelo intestino delgado de colesterol dietético 
e biliar (maior parte do colesterol intestinal) → inibem a síntese 
hepática de VLDL → ↓ LDL 
 
Esteroides vegetais estão presentes em vegetais e frutas, 
mas utilizam suplementos para conseguir a dose adequada, e 
são pouco absorvidos no TGI. Assemelham-se ao colesterol na 
sua estrutura molecular, deslocando o colesterol das micelas e 
aumentando a excreção nas fezes. 
 
Ezetimibe diminui o transporte de colesterol das miscelas 
para os enterócitos através da inibição seletiva da captação de 
colesterol por uma proteína (NPC1L1) da borda em escova. 
Diminui cerca de 50% da absorção intestinal de colesterol, sem 
reduzir a absorção de triglicerídeos ou de vitaminas 
lipossolúveis. 
 
 
 
 
 
Bruna Sayuri Eguchi – Problema 6 
 
20 
 
↓ Absorção de colesterol → ↓ conteúdo dos quilomícrons 
No fígado, o colesterol derivado dos quilomícronsremanescentes contribuiria na composição do 
VLDL → ↓ VLDL / ↓ LDL 
O conteúdo hepático com ↓ colesterol → suprarregulação do recep de LDL, contribuindo para a 
redução do LDL por inibidores da absorção de colesterol. 
 
NIACINA 
Ácido nicotínico, Vitamina B3 hidrossolúvel 
 
Em concentrações fisiológicas, é substrato na síntese de NAD e NADP, que são co-fatores 
importantes no metabolismo. O uso farmacológico da niacina exige grandes doses (1500-3000mg/dia) e 
não depende da conversão do ác nicotínico em NAD ou NADP. 
 
Mecanismo de ação: niacina + recep ligado à proteína G → ↓ atividade da lípase sensível a 
hormônio dos adipócitos → ↓ catabolismo dos triglicerídeos dos tecidos periféricos → ↓ fluxo ác graxos 
livres para o fígado → ↓ síntese hepática de triglicerídeos e produção de VLDL. 
Niacina → ↑ meia-vida da apoAI → ↑ HDL →→ ↑ transporte inverso de colesterol 
Efeito: ↓ [LDL] e ↑ [HDL] plasmáticas 
 
 
 
Efeitos adversos: rubor cutâneo, prurido, hiperuricemia (gota), ↓ sensibilidade à insulina 
(diabetes) e miopatia. 
 
É o fármaco mais efetivo para elevar os níveis de HDL, podendo constituir o fármaco de escolha 
para pacientes com elevação modesta das LDL e níveis diminuídos de HDL. 
 
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3 
 
Óleo de peixe – ácidos graxos ômega-3, ác eicosapentaenoico (AEP), ác docosaexaenoico (ADH) 
– mostram-se efetivos na redução dos níveis plasmáticos de triglicerídeos, mas aumentam o colesterol. 
São acrescentados ao tratamento quando as concentrações plasmáticas de triglicerídeos 
ultrapassam 500mg/dL. 
 
Mecanismo de ação: diminuem a biossíntese de triglicerídeos e aumentam a oxidação de ácidos 
graxos no fígado. 
Omecor (forma concentrada de ác graxos ômega-3) é enriquecida com AEP e ADH, com 
recomendação de 4g 1x/dia

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