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1 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Regulação da pressão arterial e bases farmacológicas da terapêutica cardiovascular PA = é a força que o sangue exerce na parede dos vasos, nas artérias. Quando aumenta o DC se tem um aumento da PA. Quando ocorre vasodilatação teremos uma diminuição da PA, isso ocorre pois ocorreu uma expansão dos vasos assim se tendo um diminuição da pressão e vasoconstrição gera um amento da PA devido a diminuição do vaso. Quando ocorre aumento do volume de sangue, se tem maior quantidade de líquido, assim o coração necessita de uma maior força para ejetar o sangue. A PA é controlada pelo SNA e pelo controle humoral e renal. Controle humoral A.Catecolaminas (noradrenalina e adrenalina) B.Vasopressina C.Peptíeo Natriurético Atrial (PNA) D.Outros: tireoidianos, estógeno e corticoides Controle renal Sistema renina-angiotensina. Se tem o angiotensinogenio produzido pelo fígado, e este cai no sangue, a renina (produzida e sintetizada no rim) esta converte o angiotensinogenio em angiotensina1, esta reage com a ECA (enzima conversora de angiotensina0, a angiotensina1 vira angiotensina2 que irá atuar nos vasos, controle cardiovascular no bulbo, hipotálamo, córtex supra- renal. Essas ações tem intuito de aumentar a PA. A ECA será encontrada principalmente no pulmão. A longo prazo a angiotensina2 se tem um estimulo para hipertrofia cardíaca e nos vasos, essa hipertrofia pode levar a insuficiência cardíaca. Hipertensão arterial Quando se tem aumento da PA por um período constante para classificar um paciente como hipertenso. Hipertensão é dividida em I (fatores como aumento de peso, comer muito sal...) e II. Esta é a doença mais comum cardiovascular. São alterações patológicas nos vasos e no coração. Quem apresenta hipertensão apresenta riscos para desenvolver AVE, aneurismas, hipertrofias cardíacas, problemas renais. Doenças como a diabetes e dislipidemias podem contribuir para instalar a hipertensão arterial, pois levam a lesões em vasos e rins, podendo assim desequilibrar o sistema. 2 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Diagnóstico e acompanhamento É realizado pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é uma maquininha que o paciente irá utilizar por um dia, monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) é realizada pelo próprio paciente com uma equipamento em casa e hipertensão do jaleco branco (HAB) isto ocorre quando paciente vê alguém de jaleco branco e sua pressão já fica alterada. MAPA Terapia hipertensão arterial O objetivo principal do tratamento anti-hipertensivo é reduzir a morbidade e mortalidade cardiovascular associadas à HA. IECA = inibir da enzima conversora de angiotensina Diuréticos = aumento fluxo urinário Beta bloqueadores O medicamento a ser escolhido depende de mais fatores além da hipertensão. Geralmente se junta dois ou mais tipos de anti- hipertensivos de classes diferentes, para que esta possa ser tratada. 3 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Mas para tratar com mais de um anti-hipertensivo, é necessário que siga as normas de associação. Diuréticos São medicamentos que causam diurese, assim o paciente irá urinar mais. São medicamentos que atuam diretamnto no néfron, que são estruturas funcionais renais, e este é dividido no cortex e na medula. Asestruturas do nefron: glomerulo, túbulo próximal alça de henle descendente, ascendente, temos o túbulo distal e o ducto coletor. No nefron ocorre filtração, reabsorção, secreção e escreção. O processo de reabsorção ocorre de modo bem forte. Estes podem ser utilizados como primeira escolha para tratamento de hipertensão. São seguros e baratos e podem potencializar a eficácia de outros medicamentos além de ser uma boa opção para idosos. Sua ação farmacológica é o aumento de excreção de sódio, cloro e água (secundariamente) através de uma ação no néfron. A ação sobre as células do néfron ou modificação do filtrado. Diuréticos fazem com que se perca água e não peso, então estes medicamentos não servem para emagrecer. Como ele diminui a quantidade de líquido, em casos de edema são muito utilizados. Os mais utilizados dos grupos farmacológicos são o grupo 1,2 e 3 o grupo 4 e 5 praticamentenão são utilizados. Tiazídicos Ex: hidrocloritiazida e clortalidona. Estes medicamentos são amplamente utilizados na clínica, não devem ser utilizados em pacientes com função renal inadequada. Devem ser utilizados de 3 a 4 semanas para reduzir de modo estável a PA. Estes aumentam a excreção de sódio e água: -redução no volume extracelular -diminuição do débito cardíaco 4 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI O tiazídico bloqueia o cotransportador, assim não se tem reabsorção de sódio e cloro assim ocorre uma maior eliminação. A diminuição de potássio pode gerar problemas cardíacos. Hiperuricemia leva ao aumento de ácido úrico. Qual efeito adverso – paciente pode ter hipotensão. De alça Ex: furosemida. É um diurético de alta potencia, é o de primeira escolha para edema pulmonar agudo. Gerlaemnte não se utiliza em quaisquer casos. É usado de movo VO, IM e IV. Pode ser usado em paciente com função renal pobre ou para pacientes que não respondem aos ouros diuréticos. Poupadores de potássio e antagonitas dos receptores de aldosterona Ex: amilorida e espironolactona 5 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Inibidores da enzima conversora de angiotensina – IECA Diminuem a PA (pela RVP) sema aumentar o DC. Indicações: risco alto de doença coronária, diabetes, AVE, IC, IM, doença renal crônica. EX: Captopril, enalapril, lisinopril e ramipril Utilizados sozinhos ou associados (ex: diuréticos). Controlam a PA e gera regressão da hipertrofia cardíaca e retardam a progressão da nefropatia diabética (diminuem proteinúria). Primeira escolha para pacientes eu são poradores de: IC, hipertensos com problemas renais e pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. Bloqueadores de receptores e angiotensina II ou antagonistas dos receptores de angiotensina – ARA ou BRA Diminuem a PA (pela RVP). Suas ações farmacológicas: -Bloqueiam os receptores AT1 (agonista biológico: angiotensina II), neste caso quando age com o AT1 ocorre auemnto de vasocontrição, de vasopressina, assim ao bloquear corta o efeito do angiotensina II. -Diminuem pré e pós-carga cardíaca Os resultados do bloqueio dos receptores AT1 gera um efeito farmacológico próximo dos IECA. Porem não há aumento dos níveis de bradicinina. Se tem vias alternativas de produção de angiotensina II, mas ao bloquear a ECA, bloqueia qualquer caminho de formação de angiotensina II. Ex: Candesartana, losartana e valsartana Não pode associar um IECA com BRA. 6 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Inibidor direto da renina É representado exclusivamente pelo Alisquireno, é um medicamento relativamente novo. Inibem diretamente a renina atuam mais precocemente no sistema renina- angiotensina-aldosterona. Esses reduzem a PA com eficácia similar aos IECAs e BRAs. Mas seus efeitos adversos são: diarreia, tosse seca (menor que IECAs) hiperpotassemia e contra indicado para gestantes. Seu mecanismo de ação: tem a renina e o angiotensinogenio, de modo natural o angiotensinogenio reage com a renina produzindo angiotensina I, e o alisquireno atua bloqueando o angiotensinogenio assim bloqueia a renina e não tem a formação de angiotensina I. Medicamento muito usado em pacientes hipertensões com problemas renais, hepáticos, para idosos, boa opção terapêutica. Beta bloqueadores Bloqueiam os receptores beta. Temos receptoresbeta1 no coração que estimulado aumenta o DC e FC e PA e temos beta1 no rim que estimula a liberação de renina que também aumenta a PA. Ao bloquear esses receptores se bloqueia o aumento do DC/FC/PA e a renina. Esses apresentam o “apelido” de “LOL”. Esses apresentam como se tivessem duas classificações: não seletivos (bloqueiam beta 1 e 2) e os seletivos (cardio seletivos) bloqueiam beta 1. E são divididos em 1, 2 e 3 geração. Geralmente primeira geração são os não seletivos e os de segunda geração são os seletivos. O interesse de utilizar um seletivo mais do que um não seletivo, pois os não seletivos trazem mais efeitos adversos pois acabam bloqueando mais receptores que o necessário. Temos beta 2 no pulmão que quando ativado gera broncodilatação, beta 2 também estão no fígado que apresenta interferência direta e indireta na glicemia, e ao bloquear esses beta 2 algumas vias podem ser bloqueadas. Ex: propranolol (não seletivo, 1 geração), metoprolol e atenolol (2 geração, seletivos), bisoprolol, nebivolol e carvedilol (3 geração). O mecanismo para ambos é o mesmo, mas na terceira geração tem alguns medicamentos que apresentam ações específicas. Saber esta imagem 7 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Os de terceira geração aumentam a produção de ácido nítrico. Alfa 1 no vaso gera vasodilatação e bloqueados geram vasoconstrição. Os de terceira geração além do bloqueio beta 1, ainda apresentam efeitos extras, mas não são todos que os apresentam porem a grande maioria. Bloqueadores de canais de cálcio (BCC) Cálcio pode estar ligado no musculo liso vascular, ou seja, das artérias, quando este esta lá gera a vasoconstrição. Esse bloqueadores podem ser usados de tratamento inicial ou adicional, nos casos de hipertensão, angina e fibrilação atrial. Isso pois este apresenta ação no coração e ao bloquear se diminui a velocidade de contração assim podendo ajustar o coração. Podem ser utilizados em casos de angina, DM2 e asma (ao se comprar com beta bloqueadores, nos casos de pacientes com alergia aos beta bloque). Ex: verapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino, nicardipino. O verapamil e ditilazem apresentam maior ação nos canais do coração do que nas artérias diferente dos nifedipino, anlodipino, nicardipino pois apresentam uma ação mais vascular que no coração. Todos esses são bloqueadores cálcio dependente, assim ao bloquear os canais de cálcio, diminui-se o cálcio na céula o que gera uma vasodilatação, ou seja, relaxaa musculatura lisa, diminuem a entrada de cálcio na célula cardíaca e a velocidade de despolarização espontânea, lentificam a velocidade de condução no nódulo AV e reduz a massa hipertrófica (mecanismo ainda não conhecido e menos eficaz que IECAS). A subunidade alfa2, é chamado de gate, que se abre ao passar o potencial de ação, e a molécula laranja que é o cálcio entra e gera aumento de vasoconstrição e ao entrar o medicamento este bloqueia a entrada de cálcio. Mas ao boquear o cálcio este também pode ser bloqueado em outros sítios, como por exemplo no intestino gerando constipação. 8 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Considerações finais A partir do prognóstico, deve ser avaliado o risco cardiovascular do paciente. Ao combinar fármacos combinar os de classe diferentes em doses mais baixas, até chegar a uma associação boa para o paciente. Farmacologia da contratilidade cardíaca Terapia da insuficiência cardíaca. É um músculo cardíaco que é formado pelos miócitos cardíacos que apresentam a habilidade e função de contração. Este músculo NUNCA para. Este apresenta grande quantidade de mitocôndrias. O cálcio é um íon muito importante para a contração cardíaca. No coração em específicos temos os receptores beta 1, que eles ficam na membrana do cardio miócito, são receptores acomplaos a proteína G, transmembranais tendo sítio extracelular e intracelular (este é ligado a diversas subunidades que quando ativados aumentam o AMP cíclico dentro da célula, gerando aumento de cálcio assim se aumenta a contração cardíaca). Os agonistas são noradrenalina e adrenalina. A IC é uma alteração progressiva na qual o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo, basicamente o coração está mais fraco, é uma alteração progressiva. A redução da capacidade do coração de encher-se de sangue e/ou de 9 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI ejetá-lo de forma adequada. Esta gera dispneia, fadiga e retenção de líquido. A IC não é insolada ela é uma síndrome clínica. Suas causa sçao: hipertensão arterial que leva a hipertrofia cardíaca, hipertrofia cardíaca, doenças cardíacas aterosclerose, IAM, doenças cardíacas congênita e doenças valvares cardíacas. Imagem isa PA = DC x RVP se tem coração fraco o DC diminui, assim inicialmente a PA diminui naturalmente outros fatores relacionados a resitencia vascular periférica são ativados para compensar. Ou seja, PA e DC diminuem e a RVP aumenta. Pré-carga esta relacionada ao estiramento do coração e a pós-carga esta relacionada a resistência periférica. Edema ocorre mais nas pernas devido a gravidade e porque a circulação sanguínea no tórax é mais intensa. Se tem edema podemos utilizar diuréticos para o tratemento. As estratégias terapêuticas não medicamentosa são: redução da atividade física, dieta com baixa ingestão de sódio (<2g/dia) e limitação de líquidos (<1,5-2L/dia) em casos de grave edema. Terapêutica Os objetivos são: aliviar os sintomas, tornar lenta a progressão da doença e aumentar a a sobrevida. As estratégias: redução de carga de trabalho do miocárdio, diminuição do volume de líquido extracelular, melhora da contratilidade cardíaca e redução da velocidade de remodelamento cardíaco. Fármacos inotrópicos Estes aumentam a contratibilidade do músculo cardíaco, aumentando o débito cardíaco (DC) eaumentam o cálcio no citoplasma nos cardiomiócitos. Glicosídeos digitálicos: Ex: digoxina; é proveniente d planta digitalis está entrando em desuso, os pacientes não estão a usando muito e esta aparentemente diminuem casos de insuficiência cardíaca aguda, ou seja, que geram edema pulmonar agudo, porém não aumentam as chances de maior vida. Estes glicosídeos aumentam DC e força de contração cardíaca, além de dose eficaz é próxima da dose tóxica. Atuam diretamente no coração inibindo a bomba de sódio e potássio dos cardiomiócitos. Ao inibir não sai sódio e não entra potássio, assim elevando os níveis de sódio intracelular, este aumento irá interferir na bomba de trocador de sódio e cálcio, este trocador deveria sair cálcio e entrar sódio, porém se elevou os níveis de sódio não precisa entrar sódio assim consequentemente não saíra cálcio, assim com essa diminuição da saída de cálcio aumenta cálcio intracelular facilitando assim e otimizando o processo de contração do músculo cardíaco. Classes de medicamentos que podem ser usados nestas condições cardíacas. Fármacos inotrópicos estimulam que o coração bata. 10 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Esses dois medicamentos (dobutamina e dopamina)estimulam beta 1 e se da este processo e são utilizados exclusivamente no hospital. Inibidores da fofodiesterase (PDE) Estes reduzem o AMP cíclico celular. Melhoram o DC (ionotrópico) e aceleram relaxamento miocárdio e a redução de pré e pós-carga cardíaca. Os inibidores da fosfodiesterase (PDE) são usados de modo iv e vo, seus efeitos adversos são trombocitopenia (inanrionona) e o uso prolongado tem aumento do índice de morte. Diuréticos de alça Eduzem volume hídrico extracelular e a pressão de enchimento ventricular (pré-carga – retorno venoso ao coração) e alívio da congestão pulmonar e edema periférico.Ex: furosemida. Não estão associados à diminuição da mortalidade. Antagonistas da aldosterona Mesma classe dos poupadores de potássio, são de uso mais contínuo. Estes previnem a retenção de sódio, hipertrofia cardíaca e hipopotassemia. IECA e BRA (PROVINHA) IC com fração reduzida. Gera diminuição do tônus venoso (melhorando pré-carga) e RVP (melhorando a pós-carga). Esses diminuem o processo de hipertrofia cardíaca, ou seja, diminuem o progresso da doença. Inibidores da neprilisina É utilizado em associação com BRA Valsartana + sacubitril (pró-fármaco). IC tem fração reduzida. 11 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI A inibição da neprilisina (enzima responsável pela degradação de peptídeos envolvidos na redução da pressão arterial). Alguns exemplos destes peptídeos são ANP (liberado na parte do átrio, este ajuda na natriurese, diurese a vasodilatação) já o BNP (liberado pelos ventrículos, aumenta o volume ventricular, diminuindo sistema renina angiotensina) e o CNP (age nas células endoteliais vasculares e gera aumento tensão de cisalhamento). Beta-bloqueadores É utilizado a longo prazo, para IC crônico, estes fazem com que se diminua a demanda de oxigênio e do sistema renina angiotensina. Ex: bisoprolol, carvedilol e metoprolol. CASO CLÍNICO Paciente 41 anos, gestante à 28 semanas procurou atendimento médico para avaliação pré-natal. A PA da paciente prevalecia na média de 160/110 mmHg. Os exames bioquímicos das enzimas hepáticas e o exame de urina I (incluindo teste de proteica) não apresentaram alterações. Foi prescrito 250 mg de Tensioval, 2x ao dia (vo). Após um mês de tratamento paciente relatou aumento da sonolência. -mecanismo de ação fármaco PROVA Tensioval pode causar: náuseas, vômito, diarreia, leve secura da boca, sedação temporária, cefalia, edema, tontura, hipotensão. ---- teste de coombs + ---- febre de origem medicamentosa, congestão nasal, hipotencia, diminuição da libido ---- não deve ser usado sem orientação médica Mecanismo de ação: agente simpatolítico no SNC, diminui os impulsos do SNC, esses impulsos diminuídos fazem com que a PA aumente, de 4 à 6 horas. ---- não é teratogênico ---- metildopa é o principio ativo ---- risco de aborto ---- não tem pré-eclâmpsia: PA alta, preteinúria e problemas nas enzimas hepáticas Dislipidemia São distúrbios que se manifestam por alterações nas concentrações sanguíneas de lipídeos, e se apresentam como importante fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 12 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI As lipoproteínas são o HDL, LDL, VLDL e quilomicrons. Essas são classificadas de acordo com sua densidade, enquanto o HDL é o mais denso o quilomicron é o menos. O que interfere nas dislipidemias e em seus tratamentos são as proporções dos compostos em casa uma. Funções das lipoproteínas -No transporte lipídico (↑ solubilidade): *quilomicrons – transporte dos lipídeos da dieta (triglicerídeos e colesterol) *VLDL – colesterol e triglicerídeos endógenos *LDL – colesterol *HDL – transporte reverso de colestero -No metabolismo: *reconhecimento de receptores *ativação/inibição de enzimas específicas Componentes das lipoproteínas -Apoproteínas: atribuem polaridade às lipoproteínas, atuam como ativadoras de enzimas do metabolismo e constituem ligantes dos receptores das lipoproteínas. A apoC-2 ativa e a apoC-3 inibe. -Colesterol: as células necessitam de colesterol para a estrutura de sua membrana, o colesterol é precursor dos hormônios esteroides e é pecursos dos ácidos biliares -Triglicerídeos (triacilglisterois): são uma reserva energética para o metabolismo -Fosfolipidios polares: são lipídeos anfipáticos que conferem polaridade à membrana e são elementos estruturais importantes, esses são anfipáticos Quilomicrons Sua função principal é trazer lipídio da dieta. São os menos densos com maior diâmetro; VLDL É pouco menor que o quilomicron; LDL Apresenta maior quantidade de esteres de colesterol; HDL É o menor desses e é o mais denso, com menos componente lipídico por mais que seja responsável por trazer o colesterol para o fígado, e o que mais apresenta é proteína; Metabolismo das lipoproteínas Individuo ingere o lipídeos que tem que ser transportado, o triacilglicerol tem que sofrer ação de uma enzima, que é a lipase que pega o triacilglicerol, formado por 1 colesterol e 3 ácidos graxos e essa enzima quebra a ligação de colesterol com o ácido graxo, assim essas moléculas conseguem, assim se forma o quilomicron (formados pelo o que vem pela dieta) que consegue passar para a corrente sanguínea. Na corrente esses quilomicrons passam por tecido adiposo e muscular (principalmente), esses apresentam lipase lipoproteica, e esta pega o triacilglicerol que esta sendo transportado é quebrado e colocado dentro da célula. Os remanescentes do quilomicron vão para o fígado --- isto aqui é a via exógena. O fígado apresenta enzimas para a síntese de triacilglicerol e colesterol, e ao serem transformados chegam em todas as células. O VLDL pega os triacilglicerois e colesteróis e vão leva-los para as células, esse VLDL sai do fígado e vi para a corrente sanguínea, assim chega nos tecidos musculares e nas células adiposas, no tecido adiposo é guardado como reserva e no muscular como fonte de energia. O VLDL vai perdendo o triacilglicerol, ficando com seus remanescentes sendo o LDL que é o grande distribuidor de colesterol para as células, pois este apresenta receptores específicos para cada parte do corpo. A função do HDL é chamado de via do transporte reverso de colesterol. As alterações no metabolismo das lipoproteínas levam as dislipidemias! Classificações: 1.Hipercolesterolemia familiar É uma causa genética devido a defeito na captação e internalização da LDL em níveis celular. Ficando sem colesterol na célula e excesso de lipoproteína no sangue. Ocorre a redução ou ausência de receptores de LDL e se tem um aumento dos níveis de colesterol total e LDL. O aumento desse colesterol no sangue leva a depósitos tissulares, arco corneano e xantomas tendinosos e tuberosos. Esta apreenta um alto risco de cardiopatia coronariana. 2.Hipertrigliceridemia Existem varias situações que pode levar ao aumento desses lipídeos no snague como por exemplo causas genéticas (pessoals que apresentam deficiência familiar de lipase lipoproteína e deficiência da apoC-2, que é responsável pela ativação da lipase lipoproteica assim o triacilglicerol nã entra para a célula). Outras situações que são patologias secubdárias sçao indivíduos obesos, diabéticos e com insuficiência renal crônica. Também se tem as situações ambientais como o consumo excessivo de carboidratos 13 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI refinados e álcool. E a utilização de fármacos específicos como betabloqueadores, estrógenos e diuréticos. 3.Hipertrigliceridemia É uma dislipidemia mista geralmente. Esta corresponde a defeitos leves e moderados do metabolismo de VLDL. Os defeitos severos se exprsssam como dislipidemias mista, devid ao conteúdo significativo de colesterol das VLDL. 4.Dislipidemias mistas 5.Deficiência de HDL São distúrbios gen´ticos raros (doença de tangier e deficiência de LCAT) que levam a diminuição de HDL. Isso devido a defeitos na síntese de ApoA que faz com que diminua o HDL. Com hipertrigliceridemia, o HDL pode ser reduzido por aceleração do seu catabolismo, por um maior conteúdo de triglicerídeos (produto da transferência do VLDL) Aterogênese são as lesões que se formam como ateromas que são lesões na camada íntima das artérias essas realizam uma protusão para o interior do lúmen vascular. Gera resposta à agressão endotelial, evoluem durante décadas, apresentam um inicio sintomas em doenças de estágios avançadose a doenças inflamatórias crônicas multifarial (aterosclerose). Os principais fatores de risco para essas sçao: -não modificáveis: anormalidades genéticas/histórico familiar e aumento da idade -potencialmente controláveis: hipertensão, tabagismo, diabetes e dislipidemias Essas placas apresentam macrófagos, células endoteliais, plaquetas... um processo inflamatório instalado leva a uma resposta fibroproliferativa e ao final se tem uma capa fibrosa com lipídeo dentro. Essa placa pode se romper e formar a trombose. Em sua constituição: -uma grande presença de macrófagos, ou seja, mais lipídeo tem maior chance de ruptura -uma placa mais musculo liso e proteínas da matriz geral uma melhor estabilização As dislipidemias que podem levar a aterosclerose que leva a doença vascular encefálica insquêmica, coronariopatia e doença vascular periférica. ESTATINAS Apresentam boa efetividade e bem tolerado, esses diminuem a síntese de colesterol e aumentam a captação de LDL do plasma para o hepatócito. Mecanismo de ação é inibir competitivamente reversíveix e específico do HMG-CoA redutase Ao diminuir a síntese de colesterol, a célula apresenta um aumento de expressão génica para aumento síntese de receptores de LDL no fígado, aumentando esse diminui a concentração no sangue. estatina interfere a síntese de colesterol eu diminui a 14 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI síntese que diminui a concentração de colesterol intracelular e com o aumento de receptores capta mais colesterol. Outras ações cardioprotetoras potenciais da estatina: Esta melhora a função do endotélio diminuindo a inflamação vascular que faz com que que agregue menos plaquetas. Também pode gerar um aumento das células progenitoras endoteliais circulante. Aumento da neovascularização em tecidos isquêmicos. Uma estabilização da placa aterosclerótica dos efeitos antitrombóticos e aumento da fibrinólise. É PROIBIDO UTILIZAR NA GRAVIDEZ! Pois a estatina interfere em na enzima HMG-CoA redutase, que ao ser bloqueada na gestação, bloqueia a orientação das células germinativas primordiais em migração assim interfre na formação do embrião. Assim é uma CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA. Se a mulher engravidar e estiver tomando é necessário parar o quanto antes. Seu uso clínico pode ser para diversas causas: -Prevenção secundária de infarto do miocárdio e AVC em pacientes com doença aterosclerótica sintomática - Prevenção primária de doença arterial em pacientes de alto risco -Atorvastatina reduz colesterol sérico em pacientes com HF homozigota -Dislipidemias graves – estatinas + ezetimiba Seus efeitos adversos são: -Dor muscular -Desconforto gastroitestinal -Insônia -Rash cutâneo -Miosite grave (rabdomiólise) FIBRATOS Apresneta função para a diminuição do VLDL assim diminui os triglicerois. Gerando uma redução modesta de LDL e um aumento de HDL. Ocorre seu uso para trigliceridemias. Alguns exemplos são: fenofibrato, genfibrozila, benzafibrato, ciprofibrato e clofibrato. Seu mecanismo de ação atua ao nivel nuclear, agindo em receptores do nucelo que regulam a transcrção genica de algumas enzimas. Este aumenta a trasncrição genica da lipoproteínas lipase (LPL) estimulando a oxidação de ácidos graxos, assim o aumento de LPL leva a aumento da depuração de lipoproteínas ricas em TG. Pode interferir na expressao da ApoC-3 (inibidor do processamento lipofílico) assim aumentando a depuração (quebra) de VLDL. E outraação é no auemnto da expressão da ApoA-1 e ApoA-2 aumentando os niveis de HDL. A lipase mais expressa neste caso é do tecido muscular. Seus usos clínicos são: Em casos de dislipidemias mistas, hipertrigliceridemia, em casos de pacientes com baixos niveis de HDL e alto risco para doenças ateromatosas e combinados com outros redutores de lipídeos em pacientes com dislipidemias grave (resistente a tratmento). Seus efeitos adversos são: -miosite (mioglobinúria e insuficiência renal crônica) -efeitos no trato gastrointestinal -prurido e rash cutâneo -cálculos biliares (clofibrato) RESINAS DE LIGAÇÃO A SAIS BILIARES Os sais biliares são sintetizados pelos colesteróis. Na hora que os sais biliares são liberados no intestino, essa resina se liga a eles não permitindo que o transportado os reconhecem assim não os permitindo sua volta, assim são liberados juntamente as fezes. Gerando um aumento da utilização de colesterol diminuindo a sua concentração dentro da célula, assim aumenta a captação do colesterol sanguíneo diminui esta. Mas a célula pode acabar gerando uma maior síntese de colesterol pois a enzima (HMG-CoA redutase) de síntese não esta inibida assim acaba gerando uma perda do efeito do fármaco, por isso que essas resinas são muito usadas juntamente as estatinas. Efeitos adversos: -náuseas -distensão absodminal -constipação ou diarreia -interação medicamentosa -interferência na absorção de algumas vitaminas lipossolúveis e alguns fármacos (digoxina e varfarina) NIACINA (ÁCIDO NICOTÍNICO) É uma vitamina, mas em altas doses gera um efeito lipomiante, diminuindo a concentração de colesterol no sangue ↑ dose → Efeito hipolipidêmico → Inibe a secreção hepática de VLDL ( ↓ TG e LDL circulantes e ↑HDL circulante). A niacina diminui a ação de uma lipase que é sensível a hormônio isto no tecido adiposo. A niacina também interfere na degradação da ApoA-1, se esta interfere nesta ApoA1 se tem maior produção dela gerando um processo de limpeza lipídica no sangue. Seu uso clínico é associado à estatina e dieta, nas dislipidemias com HDL baixo e TG elevado. E em substituição à estatina quando esta é contraindicada. Efeitos adversos: -rubor (produção de prostaglandinas D2) -palpitação -disturbio TGI Em altas doses pode levar: -intefere com função hepática 15 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI -intolerancia a glicose -aumenta concentração circulante de uratos --- gota OBS: para diminuir esse rubor, que é algo que incomoda muito o pacinete pode ser adm um anti-inflamatório. EZETIMIBA É um fármaco que ira interferir na absorção do colesterol no intestino. Nos enterocitos tem transportadores, o colesterol após a degradação ou da dieta, este livre, pode ser transportado e no enterocito forma os quilomicrons, esse fármaco bloqueia o transportador especifico do colesterol diminuindo a absorção do colesterol da dieta. Este fármaco em uso sozinho terá uma ação não muito eficiente. Este é contraindicado para lactantes (passa para o leite materno). A criança necessita de colesterol, para crescer, e se a mãe utiliza isso a criança ira liberar seu colesterol diretamente pelas fezes assim terá um problema em seu crescimento. Efeitos adversos, em geral é bem tolerado mas pode gerar: -diarreia -dor abdominal -cefaleia (secundária) EVOLOCUMABE É um anticorpo monoclonal que se liga a uma protease muito específica que é a PCSK9, que desempenha um pape, central na regulação da atividade do receptor hepático do LDL, assim com sua inibição gera um aumento da entrada de colesterol no fígado e diminui o colesterol sanguíneo. Anti-inflamatórios não esteroidais – AINEs O anti-inflamatório ser não esteroidal significa não ter estrutura química formada por 4 anéis esteroidais. Fármacos análogos ao cortisol são potentes anti- inflamatórios. Esses fármacos são considerados ácidos fracos, se tendo atualmente mais de 50 tipos diferentes no mercado. O clássico AINEs é o AAS (ácido acetil salicílico). Todo bom AINEs tem que ser anti-inflamatório, analgésico e antipirético (para temperatura, controle de febre). AINEs são inibidores da enzima COX, mas ele inibe da inflamação e de outras células também. Sinais inflamatórios: dor, edema, rubor, calor e perda de função. Inflamação: consiste na convocação, agregação e ativação de células especializadas no manejo de lesõestissulares. Pode ser causada por microrganismos, agentes físicos, químicos, tóxicos, isquêmicos e por doenças autoimunes. Tem o objetivo de garantir o funcionamento integrado do sistema (homeostase), através de uma eficiente comunicação entre proteínas (citocinas, interleucinas, adesinas, proteases e interferons), lipídios (prostaglandinas) e aminas (histamina e serotonina). Trata- se de um processo útil e benéfico que visa acumular células sanguíneas e proteínas plasmáticas no sítio lesado comprometidas com defesa e reparação. Endotélio e leucócitos são elementos centrais. A expressão da inflamação se dá por tumor, calor, dor, rubor e eventualmente perda da função. Caso haja persistência do microrganismo ou da agressão autoimune, instala-se a inflamação crônica. Ainda que haja diferença entre AINEs individuais, sua ação farmacológica primária está relacionada com sua habilidade compartilhada de inibir a enzima COX de ácidos graxos, inibindo desse modo a produção de prostaglandinas e tromboxanos. Há basicamente duas isoformas dessa enzima: -COX-1: enzima constitutiva expressa na maioria dos tecidos, inclusiva nas plaquetas do sangue. Ela desempenha funções de “manutenção” no organismo, estando envolvida em especial na homeostase dos tecidos, e é responsável, por exemplo, pela produção de prostaglandinas com funções de citoproteção gástrica, agregação plaquetária, autorregulação do fluxo sanguíneo renal e no início do parto. -COX-2: é induzida principalmente nas células inflamatórias quando ativadas por citocinas inflamatórias (IL-1, TNF-α), sendo essa isoforma a principal responsável pela produção dos mediadores prostanoides da inflamação. Entretanto, há algumas exceções significativas. A COX-2 é expressa no rim, gerando prostaciclina, que tem um papel na homeostase renal (se inibe causa vasconstrição e aumenta PA) e no SNC. Produção de eicosanoides: O termo eicosanoide refere-se a um grupo de mediadores formados pela oxigenação de ácidos graxos poli- insaturados de cadeia longa. O principal precursor dos eicosanoides é o áciso araquidônico (AA- 5,8,11,14 eicosatetraenoico – omega 6). O ácido araquidônico é mobilizado de fosfolipídios de membrana pela fosfolipase A2. Segue 4 vias diferentes: COX, LOX, P5SO e não enzimática. Prostaglandina (PG), prostacilina (PGI2) e tromboxano (TxA2) e leucotrienos (LT) são produzidas a partir de PGH2 e são expressa de forma específica pelas células. Ações: Músculo liso (vascular,GI, Respiratório e Reprodutor); Plaquetas e Rins. 16 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI -Prostacicilina (PGI2): predominantemente no endotélio vascular, atua nos receptores IP produzindo vasodilatação e inibição da agregação plaquetária, além da hiperalgesia (dor inflamatória). *Liberação de renina e natruriese devido aos efeitos na reabsorção tubular de sódio. -Prostaglandina D (PGD2): deriva principalmente dos mastócitos e atua nos receptores DP, causando vasodilatação e inibição da agregação plaquetária. *edema inflamatório, Inflamação pulmonar alérgica (asma) Ativação de eosinófilos. -Prostaglandina E (PGE2): mediador da febre; Vasodilatação (Hiperemia) Hiperalgesia (dor inflamatória) Edema inflamatório. Receptor EP1: contração do músculo liso brônquico e do trato gastrointestinal. Receptor EP2: relaxamento do músculo liso brônquico, vascular e do trato gastrointestinal. Receptor EP3: inibição da secreção ácida gástrica, secreção gástrica de muco aumentada, contração do útero na gravidez, inibição da lipólise e da liberação autônoma de neurotransmissores. -Prostaglandina F (PGF2): atua nos receptores FP presente no músculo liso uterino produzindo contração do útero. *broncoconstrição. -Tromboxano A2 (TXA2): predominantemente nas plaquetas, atua nos receptores TP causando agregação plaquetária e vasoconstrição. *broncoconstrição. A resposta inflamatória é inevitavelmente acompanhada pela liberação de prostanoides com predomínio do PGE2, embora o PGI2 também seja importante. Em áreas de inflamação aguda, PGE2 e PGI2 são gerados pelos tecidos locais e vasos sanguíneos, enquanto os mastócitos liberam principalmente PGD2. Na inflamação crônica, as células da série monócito/macrófago também liberam PGE2 e TXA2. Juntos, os prostanoides estimulam algumas respostas inflamatórias e diminuem outras (efeito yin-yang). PGE2, PGI2 e PGD2 são vasodilatadores poderosos e potencializam a ação de outros vasodilatadores inflamatórios como a histamina e a bradicinina. Além disso, tornam as fibras tipo C aferentes mais sensíveis à bradicinina e a outros estímulos nocivos, resultando em dor. As prostaglandinas da série E também são pirogênicas (provocam febre). Os AINES exercem ação antipiréticas ao inibir a síntese de PGE2 no hipotálamo. Uso clínico dos Prostanoides: Abortamento terapêutico: induzir o parto e interromper a gravidez por estimulação das contrações uterinas PGEs, PGFs e seus análogos: Análogo de PGE2: dinoprostona. Indução de aborto no 2º trimestre, amadurecer o colo do útero antes de induzir o parto. Análogo da PGE1: misoprostol/ citotec + mefepristona ou metotrexato intravaginal. Interrupção da gravidez em estágios iniciais. Análogo da PGF2α: carboprosta trometamina. Induz aborto no 3º trimestre, controla hemorragia puerperal. Citoproteção gástrica: tratamento da úlcera péptica Análogos da PGE1: misoprostol/ Citotec. Úlcera gástrica induzida por AINES. Análogos da PGE2: emprostil. Prevenção da agregação plaquetária na circulação extracorpórea Análogo da PGI2: epoprostenol. Hipertensão pulmonar Análogo da PGI2: epoprostenol. A maioria dos AINEs “tradicionais” (não seletivos) inibe tanto a COX-1 como a COX-2, embora a sua potência relativa para cada isoforma seja diferente. Acredita-se que a ação anti-inflamatória (e provavelmente a maioria das ações analgésicas e antipiréticas) dos AINEs esteja relacionada à inibição de COX-2, enquanto seus efeitos indesejáveis, como os que afetam o trato gastrointestinal, resultem sobretudo da inibição da COX-1. Os Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) tem a capacidade de suprimir sinais e sintomas de inflamação e dor. São ácidos orgânicos fracos, altamente metabolizados. Possuem estruturas diferentes que compartilham efeitos (terapêuticos e adversos). São amplamente utilizados para condições agudas e crônicas que causam dor, lesão, inflamação ou febre, uma vez que inibem a síntese de prostaglandinas. *ácidos fracos com ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética. Anti-inflamatória: diminuição de prostaglandinas e resposta inflamatória. *apesar de eliminarem os sinais e 17 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI sintomas da inflamação, os AINEs apresentam pouca ou nenhuma atividade sobre a doença crônica de base propriamente dita, pois não apresentam efeitos diretos sobre a liberação de citocinas por ex. Analgésica: diminuição de prostaglandinas que sensibilizam nociceptores da dor. São eficazes contra a dor leve ou moderada, especialmente aquela originada de inflamação ou lesão tecidual. Antipirética: diminuição de PGE2 que tem ação no hipotálamo induzindo a febre. (na infecção, endotoxinas bacterianas liberam IL-1 dos macrófagos, que no hipotálamo esta citocina estimula a produção de PGE, que eleva o ponto de ajuste da temperatura). Além da inibição da COX, outras ações podem contribuir para os efeitos anti-inflamatórios de alguns AINEs. Os radicais reativos de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos estão implicados na lesão tecidual em algumas afecções, e alguns AINES (ex sulindaco) tem efeito removedor de radicais de oxigênio, diminuindo a lesão tecidual. A aspirina também inibe a expressão do fator de transcrição NFkB, que tem papel- chave na transcrição dos genes de mediadores inflamatórios. Dipirona: analgesia. Quase não tem efeito anti- inflamatório.Efeitos adversos: deprime a medula óssea, causa muita pirose e pode produzir agranulocitose (falta de produção de granulócitos). Paracetamol (ácido acetilsalicílico): quase não tem efeito anti-inflamatório, mas é antipirético (se liga irreversivelmente à enzima). Atua como anti-agregante plaquetário, sendo usado para evitar a formação de trombos. Coxibes: inibidor seletivo para COX-2. Para de produzir principalmente PGE e PGI. Aumenta a quantidade de tromboxano, pois não tem PGI para inibir. Os efeitos adversos incluem IAM, agregação plaquetária, trombose... ÁCIDO ACETILSALICÍLICO A,A,A E ANTIPLAQUETÁRIO: protótipo do grupo dos AINEs. Inibidor irreversível da COX- 1 e COX-2, raramente usado como anti-inflamatório. Não é indicada em pediatria. Atualmente seu uso clínico é sobretudo como um fármaco cardiovascular, dada sua capacidade de causar uma prolongada inibição da COX-1 plaquetária e, portanto, reduzir sua agregação. *antiplaquetário (81 a 325 mg/dia), inibição da COX plaquetária por 8 dias. Salicilato: AINEs efetivos. São inibidores menos efetivos que Aas; não são antiplquetários e são utilizados para pacientes com asma e tendências hemorrágicas. O uso de aspirina por crianças com infecções virais foi relacionado ao desenvolvimento da Síndrome de Reye, uma doença infantil devastadora que se caracteriza por evidências de disfunção cerebral e algumas disfunções hepáticas (danos às mitocôndrias). DIPIRONA OU METAMIZOL - PROPIFENAZONA E FENILBUTAZONA: Dipirona é um potente analgésico e antipirético com ação anti-inflamatória fraca. Foi retirada do mercado americano e de muitos países europeus em 1970 e reintroduzida há 10 anos (efeitos adversos similares ao paracetamol). É amplamente usada no Brasil sem mostrar risco de toxicidade. Tendo igual eficácia e menor segurança comparada ais AINES é aconselhado o não uso. Propifenazona e fenilbutazona: mais tolerada por ser menos tóxica. Muito usada em enxaqueca em associação com outros fármacos. A fenilbutazona tem efeitos anti- inflamatórios, mas é raramente usado por deprimir a medula óssea e causar efeitos gastrointestinais. INIBIDORES NÃO SELETIVOS: Ácido mefenâmico (Ponstam): AINEs efetivo e não seletivo que tem tendência a COX-2. Mais potente como AAA e pouco efeito colateral. Pode liberar enzimas hepáticas. É muito utilizado no tratamento de artrite reumatoide, osteoatrtrite, dismenorreia e dor. Nimesulida (Nisulid): atua com maior afinidade na inibição de COX-2. Embriotoxicidade em coelhos (não se deve administrar durante a gravidez). Casos de insuficiência hepática registrados. Foi retirada de alguns países. Segurança global questionada (em crianças). Piroxican (Feldene): pode inibir a ativação de neutrófilos, além da COX. Apresenta maior efeito colateral e tem ação lenta (não indicado para dor aguda). Tratamento de atrite reumatoide e osteoartrite. Indometacina (Indocid ®) AINEs efetivo e não seletivo. Potente anti- (cartilagem e fígado). V.O graves alterações TGI.Tratamento a curto prazo. Diclofenaco (Cataflam ® e Voltarem ®) AINEs efetivo e não Pode liberar enzimas hepáticas. Uso crônico pode estar associado a risco cardíaco. Diclofenaco Potássico liberação imediata (1h) alivio rápido. Sódico revestido e absorvido no osteoartrite, dismenorreia, dor, condições inflamatórias pós-traumáticas e operatórias. IBUPROFENO (Advil ®), NAPROXENO (Flanax ®) e CETOPROFENO (Profenid ®) AINE convencional mais Lox. Potente analgésico e anti- icado para Naproxeno: inibidor não seletivo da COX, potente inibidor na migração de gastrintestinais comparados aosAINEs tradicionais. INIBIDORES SELETIVOS PARA COX-2: CELECOXIBE: Inibição seletiva da COX2 em locais de inflamação (sem afetar GI e rins). Inibe PGI2 mediada pela COX2 no endotélio vascular que tem atividade vasodilatadora e antiagregante * No entanto não diminuem a formação de TXA2 (aumento da agregação plaquetária). Menos efeitos gastrintestinais comparados aos AINE. Incidência elevada de infarto miocárdico, AVC e trombose. Idosos apresentam redução da taxa de filtração glomerular. 18 Farmacologia Beatriz Pellizzon - TVI Uso desestimulado e criterioso. O risco cardiovascular deve ser avaliado antes. ROFECOXIBE E VALDECOXIBE: Foram retirados do mercado mundial. PARACETAMOL: Acetoaminofeno: inibidor fraco da COX. Tem ação essencialmente no SNC, no centro regulador da temperatura, situado no hipotálamo. Tem ação essencialmente no SNC, no centro regulador da temperatura, situado no hipotálamo resultando em uma ação analgésica e antipirética (um dos melhores). O paracetamol inibe as isoformas COX-1, COX-2 e COX-3 em algumas condições e não em outras. A COX-3 é uma variante da COX-1. Sua atividade anti-inflamatória e antirreumática é desprezível. O paracetamol é prontamente absorvido e em doses 325 mg a 1g/dia não tem efeitos colaterais. Em ambientes inflamatórios tem-se elevados níveis deste hidroperóxido, suprimindo os efeitos do paracetamol - ausência de atividade anti-inflamatória. Sob certo ponto de vista o fármaco constitui uma anomalia; ao lado de sua excelente atividade analgésica e antipirética, que pode ser atribuída à inibição da síntese de prostaglandinas no SNC, tem atividade inflamatória muito discreta e não compartilha os efeitos gástricos ou plaquetários adverso dos outros AINEs. NAPB é tóxico (ataca o fígado, pois é um radical livre). Em níveis baixos a glutationa dá conta, mas se falta glutationa o NAPB ataca o fígado. Doses tóxicas (10-15g) causam hepatotoxicidade potencialmente fatal. Isto ocorre quando as reações normais de conjugação ficam saturadas e o fármaco é metabolizado por oxidase de função mista. O metabólito tóxico resultante, N-acetil-p-benzoquinona imina, normalmente é inativado por conjugação com glutationa, mas quando está depletado o intermediário tóxico se acumula no fígado e nos túbulos renais causando necrose. Distúrbios gastrointestinais: são os efeitos indesejáveis mais comuns dos AINEs. Acredita-se que resultem principalmente da inibição da COX-1 gástrica, que sintetiza as prostaglnadinas que normalmente inibem a secreção de ácido e protegem a mucosa. *pode ocorrer reações cutâneas, incluindo a Síndrome de Stevens-Johnson e a necrolise epidérmica tóxica. 1 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI Farmacologia Pulmonar ASMA É um distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas que causam episódios recorrentes de falta de ar. Há uma broncocosntrição disseminada que limita o fluxo de ar. A inglamação gera broncoespasmos. ----Inflamação (eosinófilos, mastócitos...)leva a broncocontrição que leva a falta de ar Causas que desencadeiam a crise asmáticas: alérgenos (70% dos casos), infecções virais e bacterianas, exercício físico, ar frio, poluição ambiental, exposição a agentes químicos, estímulos endógenos – fatores emocionais. Tratamento asma Não medicamentoso: afastamento do alérgeno Medicamentoso: agentes aliviadores e controladores. 1.Aliviadores: são broncodilatadores. -beta adrenérgico: usa este pois o simpático no pulmão causava broncodilatação -anticolinérgico: pois o parassimpático causa brncoconstrição -metilaxantinas 2.Controladores: controla ou da suporte para não desenvolver crise asmática -agente beta adrenérgico de ação prolongada -antileucotrienos: anti-inflamatórios -corticoesteroides DPOC É uma inflamação (neutrófilos, macrofilos e linfócitors Tc) e se tem fibrose e destruição das paredes alveolares (enfisema), ocorre a troca do tecido alveolar normal por um tecido fibroso, ou seja, não funcionanete. O paciente terá fechamento das vias aéreas na expiração, falta de ar no esforço, obstrução é progressiva. As manifestações sistêmicas são a perda de peso e massa muscular, anemia e osteoporose. E os paciente com DPOC apresentam risto umentado para doenças cardiovasculares (hiprtensão, isquemia cardíaca,ICC) diabetes, infecções respiratórias e câncer pulmonar. A via mais utilizada para o tratamentos de ambas doenças é a via inalatória, os medicamentos mais utilizados são os de via inalatória, ao utilizar a bombinha, apena 10 a 20% chegam no pulmão, 80% são deglutidos, mas a dose já é ajustada. Ao ser deglutido pode cair na circulação sistêmica e até ir para o pulmão. Se o fármaco esta no pulmão ele pode cair na circulação sistêmica e gerar efeitos como taquicardia e afins. Via parenteral é utilizada principalmente em pronto-atendimento/ casos de emergência. AEROSOL: Inalado, é rico em partículas pequenas que atravessam as pequenas vias aéreas mais facilmente. BRONCODILATADORES ADRENÉRGICOS – aliviadores e controladores Ação curta: fenoterol, SALBUTAMOL, terbutalina e levossalabutamol Controlador (ação longa): formaterol, SALMETEROL e INDACATEROL Mecanismo de ação: Ao aumentar os receptores muscarinicos, do musculo liso ativam as proteínas Gs e se tem eventos fosforilativos gerando um relaxamento da musculatura lisa brônquica. Outros efeitos destes são: prevenção de liberação de mediadores por mastócitos, prevenção de vazemento de microvascular-edema da mucosa brônquica e redução na nerotransmição nas vias respiratórias em nervos colinérgicos. Efeitos adversos: estes podem atingir a circulação sistêmica atingindo os beta2 do coração gerando taquicardia e a tremedeira no músculo esquelético. **Geralmente β2 adrenérgicos são mais usados para asma, com exceção do indacaterol (longa duração), que é mais usado na DPOC. BRONCODILATADORES COLINÉRGICOS ou ANTIMUSCARÍNICOS – aliviadores Ipratrópio Mecanismo de ação: Temos o parassimpático no pulmão, receptores M3, que quando ativados geram broncoconstrição, ao utilizar os antagonistas destes receptores gera broncodilatação. Como os antagonistas bloqueiam os receptores muscarínicos, a proteína G não é ativada, portanto não aumenta o cálcio intracelular e consequente não causa a broncoconstrição. Efeitos adversos: visão borrada, confusão, midríase, constipação e retenção urinária. **asma: proteção menos eficaz; broncodilatadores adicionais **DPOC: superiores ou atividade farmacológica equivalente METILXANTINAS - aliviadores Mecanismo de ação: a)Inibição das fosfodiesterases (PDE) - relaxamento musculatura lisa b)Antagonismo do receptor de adenosina - broncodilatação c)Liberação de IL-10 d)Transcrição de genes- Diminui NF-k Beta e)Apoptose - neutrófilos, eosinófilos e linfócitos Efeitos adversos: náuseas e vômitos, cefaleia, desconforto gástrico, diurese, arritmias cardíacas e crises epiléticas. CORTICOESTEROIDES – controladores Budesonida, fluticasona (inalação), hidrocortisona (IV) e predinosolona (VO). Mecanismo de ação: eles diminuem a trasncricao genica. - COX2, ploliferacao de celula imunológica, ativação das citocina - corticoide tem atividade imunomoduladoras. Asma é um disturbio inflmatorio, entao se eu corto a inflamacao eu nao vou ter a broncocostricao Efeitos adversos: efeitos colaterais locais, tendo disfonia, predisposição para desenvolver candidíase orofaríngea e tosse, pois vai administrando corticoides no trato respiratório, pois os corticoides retiram as proteções. Já os colaterais sistemicos nunca ocorrem em uma única dose ou dose muito grande e sim em condições de uso crônicas; -retardo crescimento da criança, osteoporose, aumento do apetite, glaucoma, aumento do risco de infecções, distúrbios emocionais, distribuição centripeda de gordura corporal, aumento risco de DM, hipopotassemia, edema periférico e hipertensão. **Asma: primeira linha para asma persistente **DPOC: resposta ocasional Tratamento de controle Omalizumabe É utilizado para uma asma alérgica, grave e não controlada, na qual todas as opções de tratamento não foram eficaz para controlares. Mecanismo de ação: é um anticorpo IgE bloqueia o anticorpo IGE, o qual se liga nas celulas que se da o Start para a reação inflamatória. Não diminui os níveis de IgE e sim bloqueia s=seus efeitos. 2 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI *** Tenho o linfócito B, que produz IGE que se liga a mastócito, eusinofilo... enTAO o omalizumabe bloqueia e impede a ação do ige que nao se liga ao mastócito, macrofago, linfócito T. Via de administração: subcutânea – deve ser administrado 1 vez a cada 2 a 4 semanas. Efeitos adversos: choque anafilático, por isso geralmente é utilizado em ambiente hospitalar. Farmacologia do Sistema Digestório SECREÇÃO GÁSTRICA A secreção gástrica é proveniente da mucosa gástrica, essa mucosa vem do macro para o micro, vendo assim na imagem a seguir: Os principais componentes secretados são: 1. Pró-renina e pepsinogênio (pró-enzimas elaboradas pelas células principais) 2. Ácido clorídrico (secretado pelas células parietais)→ É importante para a promoção da digestão proteolítica dos alimentos, absorção de ferros e eliminação de patógenos fundamental para a primeira quebra; o ferro depende do ácido clorídrico para ter absorção; 3. Muco (secretado por células mucosas) 4. Íons bicarbonato → ficam presos no muco → barreira protetora que mantém a mucosa gástrica em pH 6-7 Antagonista do receptor H2 da histamina Cimetimida, ranitidina, famotidina e nizatidina. Mecanismo de ação: inibição competitivamente a ação de histamina nos receptores H2, pois esses fármacos irão competir com a histamina pelo local de ação no receptor. Esses inibem a secreção de ácido estimulado pela histamina. E suprimem a atividade basal de secreção ácida. consegue 70% supressão da secreção gástrica por 24 horas Uso clínico: ulcera péptica e esofagite de refluxo. Via de administração: oral, boa absorção. Efeitos adversos: diarreia, cefaleia, tontura, fadiga muscular e constipação. Efeito adverso SNC: confusão mental, delírios, alucinações (mais comum em idosos e depois da administração IV) Uso crônico e desenvolvimento de tolerância: 1.Uso crônico de cimetidina: acaba diminuindo a ligação de testosterona com seu receptor e assim inibem a enzima do citocromo P450 que hidrolisa estrógeno. Assim podendo levar a ginecomastia, redução da contagem de espermas e ipotência. 2.Administração contínua causa tolerância e diminui a efetividade terapêutica 3.Pode ocorrer efeito rebote com fim abrupto do tratamento: aumentando a secreção gástrica Inibidores da bomba de prótons Omeprazol, raberprazol, pantoprazol e lanzoprazol. Mecanismo de ação: esses acabam gerando uma inibição irreversível da H+/K+ ATPase – bomba de sódio e potássio. Esses inibem a secreção ácida tanto basal quanto estimulada. É irreversível pois ocorre a ligação covalente na ATPase, assim diminuindo a produção do ácido gástrico/clorídrico. são os mais potentes inibidores secreção gástrica – 80 a 95% produção basal e estimulada. Uso clínico: ulcera péptica, esofagite de refluxo, componente no tratamento de H. pylori, síndrome de Zollinger-Ellison. Via de administração: oral Efeitos adversos: são fármacos bem toleraos, mas podem gerar cefaleia, diarreia, rachaduras cutâneas, tontura, sonolência, confusão mental e podem interferir na musculatura. Farmacocinética: apresenta uma boa absorção, tendo administração por via oral. O omeprazol se degrada rapidamente devido ao pH baixo, sua administração é em cápsula com revestimento gastroresistente, assim este é absorvido na corrente sanguínea, que então da corrente ele vai para a célula parietal e então tem sua ação passando pelos canalículos. Relacionado com a distribuição é porque apresenta alta ligação com a proteína plasmática. Sua metabolização é hepática pela enzima do citocromo P450. E por fim inibem a etapa final da produção de ácido, que são os efetivos mesmo que haja outros fatores estimulantes. Antiácidos Sais de magnésia e de alumínio, a mistura magnésio/alumínio, bicarbonato e carbonato de sódio. ***mistura magnésio/alumínio evita alteraçõesna função intestinal Classe que não inibe e sim neutraliza, tendo ação mais direta. São para tratamentos mais simples, tratando sintomas secreção gástrica excessiva. Mecanismo de ação: neutralizam diretamente o ácido e aumentam o pH gástrico. Inibem a atividade das enzimas pépticas. Esses medicamentos consistem na neutralização pois junta básico com ácido. Uso clínico: dispepsia, alívio sintomático na ulcera péptica ou refluxo gástrico. Via de administração: oral. Efeitos adversos: caso dos sais de magnésia gera efeito laxativo e do sais de alumínio gera efeito constipatório assim usados geralmente em conjunto. Agentes citoprotetores Esses geram um aumento dos mecanismos endógenos de proteção da mucosa e/ou proporcionam barreira física sobre a superfície ulcerosa. Esses revestem a base da úlcera, adsorve a pepsina, potencializam a síntese local de prostaglandinas e estimulam a secreção de bicarbonato. 1.Quelatos de bismuto Mecanismo de ação: promovem ligação com toxinas bacteriansa assim são usados em combinação para tratamento de H. pylori, apresentam um efeito tóxico ao bacilo e impedem a aderência na mucosa. Efeitos adversos: náuseas, vômito e escurecimento das fezes. 2.Sucralfato Mecanismo de ação: complexo de hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada que liberam alumínio em presença de ácido, e formam um gel com o muco que limita a difusão de H+ e podem inibir a ação da pepsina, estimulando a liberação de muco, prostaglandinas e bicarbonato. Efeitos adversos: poucos, principal é constipação 3.Misoprostol Análogo estável da prostaglandina. Promove cicatrização de úlceras, esses previne lesão gástrica que pode ocorrer com uso crônico de AINEs Mecanismo de ação: inibe secreção basal de ácido gástrico e gera um aumenta secreção de muco e de bicarbonato Via de administração: via oral Efeitos adversos: diarreia, cólicas abdominais e contrações uterinas. Contra-indicação: gestantes (proibido a venda pois passou a ser usado como abortivo, proibido no BRASIL). Tratamento da infecção pensando na H. pylori como causadora: A prática de rotina é fazer testes para o microrganismo em pacientes com sintomas sugestivos, assim a erradicação do microrganismo com esquema de 1 ou 2 semanas de “terapia tríplice”: -Inibidor de bomba de prótons -Antibacterianos (amoxicilina associado ao metronidazol ou claritromicina) -Quelato de bismuto 3 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI TRATAMENTO DE VÔMITOS E NÁUSEAS Antagonistas de receptores H1 (anti-histamínicos) Dimenidrinato – Dramin, cinarizina – Sturgeron, dexclorfeniramina- Polaramine e prometazina- Fenergan. Mecanismo de ação: Apresentam ação antiemética, devido aos receptores H1, em pontos das vais de reflexo do vômito. Uso clínico: são de amplo uso, podem ser para tratamento de cinetose, êmese pós-operatória; além de serem usados como antialérgicos. Efeitos adversos: sonolência e sedação Antagonistas de receptores muscarínicos Escopalamina. Mecanismo de ação: fármacos parassimpatolíticos, com ação anticolinérgica no aparelho vestibular. Uso clínico: profilaxia e tratamento de cinetose. Sua eficácia também para náusesas, vômitos pós-operatórios e cólicas abdominais. Efeitos adversos: o efeito anycolinérgicos periféricos, como boca seca, vista turva, aumento de pressão intraocular, taquicardia, tontura e retenção urinária o devido à sua distribuição no SNC → sonolência, fraca sedação e fadiga Contraindicações: glaucoma de ângulo fechado, obstruções intestinais ou urinárias e taquiarritmias Antagonistas de receptores 5-HT3 Ondansterona – Vonau, granisetrona – Kytril, tropisetona – Navoban, dolasterona – Anzemet Mecanismo de ação: o sítio primário de ação é a Zona de Gatilho Quimioreceptora (ZGQ) → antagonizam os efeitos da serotonina (liberada em resposta à quimioterápicos, estimula as vias vagais aferentes para início do reflexo de vômito). Uso clínico: agentes mais usados para êmese induzida por quimioterapia ou por irradiação do trato abdominal superior. São menos efetivos para hiperemia da gestação e náuseas pós- operatórias, não são efeitos para cinetose. Efeitos adversos: cefaleia e constipação ou diarreia Farmacocinética: efeito antiemético continua por longo tempo após o desparecimento dos compostos da circulação (longa interação com receptor), sua administração uma vez ao dia, apresenta boa absorção no TGI e sua metabolização hepática se da pela enzima do citocromo p450. Estudos apontam que há um pequeno prolongamento do intervalo QT: cuidado na administração do fármaco em paciente com histórico de arritmias Antagonista de receptores dopaminérgicos Clorpromazina Mecanismo de ação: antipsicóticos fenotiazínicos (clorpromazina), antagonismo dos receptores D2 na Zona de Gatilho Quimioreceptora (principalmente) e esses atuam também nos receptores de histamina e muscarínicos. Uso clínico: para tratamento de manifestações mais intensas de náuseas e vômitos associados a câncer, radioterapia, citotóxicos, opióides, anestésicos e outros fármacos. Efeitos adversos: sedação, hipotensão, sintomas extrapiramidais (distonias e discinesia tardia). Metoclopramida Mecanismo de ação: Atua centralmente sobre a ZGQ e tem ação periférica sobre o TGI aumentando a motilidade do esôfago, estômago e intestino. Uso clínico: vômito causado por uremia, irradiação, distúrbios gastrintestinais e por citotóxicos. Efeitos adversos: devido ao bloqueio do receptor de dopamina em outras partes do SNC que levam a distúrbios do movimento, inquietação motora, torcicolo espasmódico, movimentos oculares para cima (involuntários). Domperidona (Matilium) Usado em vômitos causados por fármacos citotóxicos e também em distúrbios gastrintestinais. Tem menor propensão a efeitos colaterais pois não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. Antagonistas de receptores da neurocina 1 (NK1) Aprepitanto (Emend) Mecanismo de ação: Bloqueia os receptores da substância P na ZGQ e no centro do vômito, e a substância P causa êmese e é liberada pelos nervos aferentes vagais gastrintestinais. Uso clínico: controle de fase tardia da êmese causada por fármacos citotóxicos. Efeitos adversos: pouco efeito adverso significativo OBS: -Substância P: neuropeptídeo que atua como neuromodulador -facilita processos inflamatórios, vômito, ansiedade e nocicepção Outros fármacos antieméticos Canabióides: Nabilona Canabinol sintético oDiminui vômito causado por agentes estimulantes da ZGQ. Uso clínico: profilaxia de êmese em pacientes que recebem quimioterápicos e quando há falha de outros agentes. Esymulador de apeyte em pacientes com AIDS e anorexia Efeitos adversos: efeitos complexos no SNC atividade simpatomimética proeminente o Palpitações, taquicardia, vasodilatação, hipotensão e olhos avermelhados. Euforia, sonolência, tontura, ansiedade, pânico → supervisão do paciente. Retirada súbita: síndrome de abstinência (irritabilidade, insônia, falta de repouso). Uso com precaução em pacientes com histórico de uso abusivo de drogas ou álcool. Sistema endócrino -A glândula da tireoide produz e libera hormônios T3 (tri- iodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam crescimento e desenvolvimento cerebral em recém-nascidos, metabolismo e morfologia cardio-vasculares. -As células da tireóide formam, em conjunto, um folículo e um espaço, o lúmen folicular, onde são armazenados os hormônios T3 e T4. Hormônios da Tireoide -Tirosina é um aminoácido que forma uma glico-proteína. A tireoglobulina apresenta muitas tirosina em sua estrutura, para formar tiroxina. -T4 e T4 são formadas por duas tirosinas cada. Síntese dos Hormônios da Tireoide 1. Captação de iodeto (bomba de iodeto) – NIS Influenciada pelo TSH. 2. Secreção de tireoglobulina (possui a.a. tirosina). 3. Conversão do iodeto para uma forma oxidada de iodo, que se combina com a tirosina (reações realizadas pela peroxidasee H2O2). Ligação do iodo com a tirosina - organificação. 4. A tirosina é inicialmente iodada para monoiodotirosina, e então para diiodotirosina. Resíduos de iodotirosina se acoplam uns aos outros. 5. T3 e T4 estão ligados a Globulina Ligadora de Tiroxina/Albumina. Proteases clivam as moléculas de tireoglobulina e liberam tiroxina e triiodo-tironina em sua forma livre. 4 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI Transporte e Desiodação de T4 e T3 -A globulina ligadora de tiroxina (ou TBG, do inglês thyroxine- binding globulin) é uma das três proteínas ( juntament e com a albumina) responsáveis pelo transporte de T3 e T4. -Grandes quantidades de T4 é liberado pelo eixo para ser convertido perifericamente em T3, por ação de enzimas específicas, as desiodases (D1, D2, D3). Efeitos dos Hormônios da Tireoide -Aumento da Transcrição de Genes. -O receptor de T3 ocorre de duas formas: a e b e mutações em ambos foram associados a uma resistência generalizadas aos HT. -As diferentes concentrações das formas do receptor em diferentes tecidos podem explicar as variações nos efeitos de T3. Efeitos Cardiovasculares Aumento do Fluxo Sanguíneo e Débito Cardíaco -Aumento do metabolismo, utilização mais rápida de oxigênio, aumento de produtos metabólicos, provoca vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo. -Aumento da frequência cardíaca. -Aumento da força de contração do coração. -Aumenta numero de receptores b. HIPOTIREOIDISMO Sintomas: Fadiga, Sonolência extrema, Extrema lentidão muscular, Redução da frequência cardíaca, do débito cardíaco e do volume sanguíneo, ocasionalmente, Aumento de peso, Constipação, Lentidão mental. Mixedema: desenvolve-se no paciente com ausência quase total da função do hormônio tireoideano, demonstrando a flacidez sob os olhos e o inchaço da face. Terapia de reposição Levotiroxina sintética -Estabilidade e baixo custo, não alergênico (sem proteína na estrutura) -meia vida longa – 7 dias -produz ambos hormônios -administrado 1 vez ao dia, com efeito máximo em 6 a 8 semanas. ***Dose variável pela idade e peso (crianças e lactentes precisam de doses maiores). Absorção comprometida por alimentos e fármacos (60 min. antes da refeição). Manter TSH entre 0,5 a 2,5 mUI/L. Liotironina sintética -É 3 a 4 vezes mais potente que a levotiroxina -não alérgica (sem proteína estrutura) -meia vida curta (não é recomendado para terapia de reposição rotineira) -Evitar em pacientes cardíacos, administrar múltiplas doses diárias, reservado para a supressão de curto prazo de TSH. -Uso de tireoide dessecada não se justifica devido a desvantagens de antigenicidade protéica, instabilidade do produto. HIPERTIREOIDISMO Exposição dos tecidos a níveis elevados de HT -Estado de alta excitabilidade. -Intolerância ao calor. -Perda de peso ligeira a extrema (às vezes até 50 kg). -Graus variáveis de diarreia. -Fraqueza muscular. -Nervosismo ou outros transtornos psíquicos. -Fadiga extrema acompanhada de insônia. -Tremor nas mãos. Doença de Graves: Mais comum; distúrbio autoimune (defeitos dos linfócitos T supressores estimula linfócitos B a sintetizar anticorpos – TSH-R Ab) estimula a atividade da tireoide. Tireoidite Subaguda: Fase aguda de infecção viral da glândula; destruição do parênquima e liberação HT armazenados. Agentes antitireoidianos Tioamidas -São bem absorvidas no TGI porem apresentam meia vida curta. Principais fármacos usados para tratamento de tireotoxicose. -Metilmazol é 10x mais potente que PTU. -PTU é tarja preta (hepatite grave) **Atravessam a barreira placentária (risco de hipotireoidismo fetal). Mecanismo de ação: inibem os processos oxidativos exigidos para a iodinação dos grupos tirosila e a condensação (ou acoplamento) das iodotirosinas para formar T3 e T4. -Inibem reações catalisadas pela tireoide Peroxidase -TPO (bloqueiam organificação). -PTU inibe a desiodação periférica de T4 e T3. Efeitos adversos: raros, mas incluem agranulose, urticária e edema. Inibidores Aniônicos -Usados para tratamento de hipertireoidismo induzido por iodeto. O iodeto não deve ser utilizado isoladamente (a glândula irá escapar em 2 a 8 semanas). -Suspensão pode provocar exacerbação de tireotoxicose. Mecanismo de ação: Inibem a organificação e liberação dos Hormônios. Diminuem tamanho e vascularização da tireoide hiperplásica. Iodo Radiativo131 (RAI) -Tireotoxicose tratada com I131. -Seus efeitos terapêuticos depende de emissão de raios b. -Em poucas semanas ocorre destruição do parenquima da tireoide, além de entumecimento e necrose do epitélio, edema e infiltração de leucócitos. -Não há risco de lesão genética ou neoplasia com a terapia. -Não administrado em grávidas ou mães durante a lactação. Via de administração: administrado via oral, absorvido e concentrado na tireoide Agentes bloqueadores de receptores adrenérgicos -Os b-bloquadores (metoprolol, propranolol, atenolol) são coadjuvantes no tratamento de Tireotoxicose. -Produzem melhora clínica mas não reduzem a concentração hormonal. -Propranolol (dose acima de 160mg/dia) reduz cerca de 20% ao inibir a conversão periférica de T4 em T3. Antitireoidianos Hipertireoidismo – Doença de Graves -Níveis aumentados de T3, T4, FT4 e FT3 e diminuídos (ou suprimido) de TSH. -Verifica-se presença de anticorpos anti-TG, Anti TPO e TSH-R Ab. -Terapia com antitireoidianos: *Glândulas pequenas e doenças leves. *Tratamento longo (12 a 18 meses) com recidiva de 50 a 70%. *Metimazol é preferível à PTU (devido a menor lesão hepática – exceto gravidez). *Início: 20-40 mg pela manhã (4-8 semanas). Manutenção 5 a 15 mg. *Inibe organificação e PTU, também, inibe conversão de T4 em T3. Tireodectomia -Glândulas volumosas ou bócios multinodulares. -Pacientes ratados com antitireoidianos até alcançar o estado eutireoidiano (6 semanas). -Recebem solução saturada de iodo antes da cirurgia (diminui vascularização da glândula). 5 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI -90% necessitam de suplementação com hormônios após tireoctomia. Iodo Radiativo -Terapia RAI (131I); -dose terapêutica (80 a 120 mCi/g); -interrupção de 3 a 5 dias antes da administração de RAI. -Ocorre hipo em 80% dos pacientes. -Reposição de levotiroxina 50 a 150mcg/dia. DIABETES MELLITUS Caracterizada por alta concentração de glicose no sangue (jejum). Tipo I: deficiência absoluta de insulina. Destruição das células β pancreáticas. Tipo II: deficiência relativa de insulina. Produção de insulina anormal. Diminuição da secreção de insulina. Resistência à insulina a partir dos tecidos periféricos. Tipo 1 -Sintomas característicos: polidpsia, poliúria, perda de peso, astenia, polifagia, hálito cetônico, cetoacidose cetogênica. -Consequências macro e microvasculares: *Retinopatia: oclusão de vasos de retina; perda de visão. *Nefropatia: acúmulo de proteína e aumento da espessura dos capilares. Neuropatia: simetria alterada, sensação dolorosa alterada (dor e queimação). *Doença cardiovascular: hipertensão, angina e insuficiência cardíaca congestiva. Tipo 2 -Aumento das concentrações de insulina (hiper-insulinemia) pela diminuição de sensibilidade dos tecidos alvos. -Aumento compensatório: resistência à insulina. -Redução da sensibilidade à insulina prejudica utilização e armazenamento de carboidratos (aumento da glicemia e mais secreção de insulina) -Síndrome metabólica: Obesidade, Resistência à insulina, Hiperglicemia de jejum, Anormalidades lipídicas (aumento de triglicerídeos e redução de lipoproteína de alta densidade), Hipertensão. Fármacos utilizados para o tratamento de diabetes Insulina: Essencial para tipo I, coadjuvante para tipo II que não controlam a doença com as outras medidas. Hipoglicemiantes: Biguanidas (metformina), Sulfonilureias (clorpropamida, Glibenclamida), Tiazolidinadionas (TZDs),Inibidores de α- glicosidase, Fármacos que mimetizam as incretinas (agonistas ou inibidores), Inibidores de SGLT-2. Insulina Insulina Ultra rápida: para pós-prandial, ação rápida e curta: pico 1-2h/intravenosa. Asparte, Lispro e glulisina. Preferência para bomba de infusão. Rápida: pico de 2 a 4h - Regular Intermediária: pico 4 a 8h - NPH Ação prolongada: 16 a 24h (suspensão insulina zinco) - ultra lenta. As modificações da insulina humana nativa consiste em: NPH - tem a proteína protamina que “segura” a liberação da insulina, permitindo uma liberação mais lenta. Glargina - alterações de aminoácidos tornam a insulina mais neutra e menos solúvel. Detemir - tem um acido graxo ligado, que favorece a ligação com a proteínas do sangue. Retardo na absorção da insulina. Injetada → subcutânea: Caneta preenchidas com regular, NPH, lispro, glargina. Combinados protamina lispro-lispro ou arparte- asparte. Injetores a jato. Infusões intravenosas (caso de ceotoacidose, perioperatório). Infusão contínua → IISC: Insulina de ação curta constituem a única forma utilizada nas bombas de infusão subcutânea. Permitem infusão basal constante e fornecem opções de diferentes taxas durante o dia e a noite. Hipoglicemiantes Sulfoniluréias: clorpropamida, glibenclamida, glipizida, gliclazida e glimepirida. Mecanismo de ação: estimulam a secreção de insulina ligando-se a um receptor específico na célula beta o qual determina o fechamento dos canais de potássio dependentes de ATP resultando em despolarização da célula. *** Diferenças entre a 1ª e 2ª gerações com relação a dosagens e afinidade ao receptor das células b do pâncreas. Ganho de peso. FÁRMACOS QUE AGEM SOBRE O FÍGADO, MÚSCULO E ADIPOSO Biguanidas Mecanismo de ação: ativação da proteína-quinase ativada pelo AMP (AMPK) com consequente redução de gliconeogênese. Inibe Complexo 1 e aumenta AMP. Não é metabolizada e é excretada pelo rim na forma ativa. Compromete a produção de lactato (a depender da dose). Insuficiência renal potencializa as consequências deste fármaco. Fármaco de 1ª linha (diminui risco micro e macrovascular). Efeitos adversos: -Aumenta a captação e utilização de glicose no músculo (reduz a resistência de insulina). -Reduz a gliconeogênese hepática (ativação da proteína quinase ativada por AMPc). -Impede a hiperglicemia mas não causa hipoglicemia. -Reduz absorção de carboidratos no TGI. -Aumentam oxidação de ácidos graxos. -Reduzem VLDL e LDL circulantes. Tiazolidinedionas Superfamílias de receptores esteróides e tireoideanos. Encontra- se no músculo, fígado e adiposo. Modulam expressão de genes envolvidos com metabolismo de lipideos e glicose; na transdução de sinais de insulina e na diferenciação dos adipócitos e outros tecidos. Mecanismo de ação: diminui resistência à insulina com receptores PPAR-g (receptor gama nuclear ativado por proliferador peroxissomo). Agonistas seletivos do receptor nuclear PPAR-gama que regulam a transcrição de genes responsivos à insulina, envolvidos no controle da produção, transporte e uso da glicose. Aumentam a sensibilidade à insulina principalmente no tecido adiposo e músculo. Reduzem os níveis de insulina e glicemia. Pioglitazona Mecanismo de ação: aumento de Adiponectina. Diminui nivel de interleucina-6 e proteina C reativa. Aumento da expressão de GLUT1 GLUT4. Diminuição dos níveis de ácidos graxos livres. Redução na liberação de Resistina pelo adipócito. Diminuição do débito hepático de glicose. FÁRMACOS QUE MIMETIZAM AS INCRETINAS As principais incretinas do organismo são: -Glucagon-like peptide-1 (GLP-1): auxílio na secreção da insulina e supressão da secreção do glucagon durante as refeições. -Glucose-dependent insulinotropic polipeptide (GIP): estímulo à secreção de insulina durante as refeições. -Fármaco → Exenatida e Liraglutida Agonista de GLP-1: Aumenta a secreção de insulina. Diminui secreção de glucagon Retarda esvaziamento gástrico. Efeitos adversos: Pancreatite (rara); efeitos gastrintestinais. 6 Farmacologia RESUMÃO Beatriz Pellizzon TVI Sitagliptina e vildagliptina Mecanismo de Ação: Inibidores competitivos e covalentes da enzima DPP-4 (dispepitidil-peptidase-4).Redução da glicemia pelo incremento das incretinas endógenas (GLP-1 e GIP). FÁRMACOS QUE AGEM INIBIDORES DA a GLICOSIDASE Acarbose Mecanismo de ação: Inibe a enzima alfa-glicosidase intestinal retardando a absorção de carboidratos e reduzindo o aumento pós-prandial da glicemia Uso clínico: em DM tipo 2 + obesidade. Efeitos adversos: Flatulência, Diarreia, Distensão abdominal, ocorrem devido a ação das bactérias da microbiota normal. Tratamento das doenças degenerativas do SNC PARKINSON Ocorre devido a diminuição da liberação de dopamina (DA), o sistema dopaminérgico está deprimido. Sintomas: -Bradicinesia: lentidão e pobreza de movimentos musculares. -Rigidez muscular: a musculatura está muito ativada/o músculo está muito contraído e entra em uma rigidez muito grande. -Tremor em repouso: que diminui durante os movimentos voluntários, normalmente ocorre nas mãos (paciente ficam segurando uma mão na outra ou colocam para trás). -Desequilíbrio postural: distúrbio da marcha e quedas (a rigidez é tão grande que o paciente não consegue ter um andar normal). Esses sinais aumentam com a evolução da doença. Maior incidência em homens e em brancos do que afrodescendentes. A falta de dopamina faz com que se tenha tremores pois esta vai até o neoestriado e bloqueia neurônio de acetilcolina estimulante que é responsável por mandar estímulo movimento para o músculo. Deste modo sem a dopamina acaba que estes neurônios de acetilcolina são mais estimulados, ocorrendo sinal exacerbado para o músculo gerando os tremores. Levodopa (L-DOPA) Classe mais utilizada e mais eficaz para Parkinson. Levodopa é convertido em dopamina. Carbidopa + levodopa (este sempre tem que estar em associação) Mecanismo de ação: ao ser administrada a Levodopa cai na corrente sanguínea, assim esta a nível periférico, assim a carbidopa, que é um inibidor de ação periférica da descarboxilase dos aminoácidos L-aromáticos, entra em ação para que a levodopa não vire dopamina em nível periférico, a levodopa vai para o SNC onde então sofre descarboxilação nos neurotransmissores pré-sinapticos dopaminérgicos aumentando assim a dopamina no SNC. ***a carbidopa não inibe a levodopa no SNC pois não ultrapassa a barreira hematoencefálica Via de administração: oral Efeitos adversos: -- levodopa administrada isoladamente, faz com que se tenha produção de dopamina em nível periférico e esta tem ação vasodilatadora assim leva a diminuição da PA, diminuição da motilidade gastrointestinal que leva a constipação, diminuição da liberação de insulina e aumento da natriurese. -- Alucinação e confusão (ocorre pelo aumento da dopamina, é mais prevalente em idosos, deve-se utilizar antipsicótico); Hipotensão ortostática (dopamina nos vasos); Taquicardia; Anorexia. Farmacocinética: são rapidamente absorvidos por vo, deve-se evitar refeições hiperproteicas (pois pode aumentar aminoácidos precursores da dopamina, levando à um possível aumento da dopamina), t1/2 é de 3hrs. Inibidores de catecol-0-metil transferase (COMT) COMT é uma enzima que degrada dopamina. Associados a carbidopa + levodopa – intuito de aumentar eia vida levodopa. COMT consegue degradar a levodopa. Tolcapona Mecanismo de ação: ação longa com bloqueio da COMT central e periférica, aumentando a meia vida da dopamina no SNC e diminuindo processos de degradação da L-DOPA no SNP. Entacapona Mecanismo de ação: ação curta com bloqueio da COMT periférica. --2 anteriores Efeitos adversos: náuseas, hipotensão ortostática, sonhos vividos, confusão e alucinação. OBJETIVO: levodopa administrada com carbidopa, faz com que levodopa não se transforme em dopamina no SNP, assim indo para o SNC, então administra
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