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RELATÓRIO DE ESTAGIO 2 ( PROJETO DE INTERVENÇÂO)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
THALIS DA SILVA PEGO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2
RESENDE
2019
THALIS DA SILVA PEGO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2
Relatório de estágio supervisionado na Proteção Social Especial de Média Complexidade, Centro de Referência Especializado da Assistência Social, CREAS de Vassouras-RJ, apresentado à Universidade Estácio de Sá, como exigência parcial para a conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado 2.
Orientadora: Maria Clara Arruda Barbosa
RESENDE
2019
Tema:
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A CRIANÇA NO AMBIENTE FAMILIAR PRIVADO
Nome do Projeto:
Proteger 
Órgão / Instituição Responsável:
Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS)
Equipe:
Supervisora de Campo: Daniela Guimarães Lima Guedes
Aluno: Thalis da Silva Pego 
Apresentação
Neste relatório de estágio, estão descritas as atividades que foram realizadas durante o estágio supervisionado 2 obrigatório, com carga horária de 154 horas, realizado no período de 14 de janeiro de 2019 a 25 de março de 2019, com atuação no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) que é uma unidade pública da Política de Assistência Social - SUAS, localizada no município de Vassouras - RJ, que promove a busca da qualidade nas ofertas dos serviços prestados de forma continuada, visando uma melhor eficiência juntos as famílias e usuários que se encontram em situação de direitos violados e risco social.
Introdução
O presente trabalho é sobre violência sexual contra crianças, o tema abordado é de suma importância para os pais e também a sociedade, os abusos sexuais acontecem diariamente e muitas vezes passam despercebidas, acarretando vários problemas para a criança, sejam eles físicos ou psicológicos. A ideia desse plano de intervenção surgiu após ser notada uma demanda muito grande de respostas e projetos que possam atender de forma efetiva crianças abusadas em nosso país e no também mundo. Esses abusos perpassam até lugares que jamais as pessoas pudessem desconfiar, como igrejas, escolas e seus lares. O plano de intervenção visa atender algumas dessas demandas e como pode se observar está separado em tópicos: apresentação, introdução, diagnóstico, justificativa, objetivo geral, objetivo especifico, referencial teórico, metodologia, recursos materiais, recursos humanos, cronograma físico, cronograma financeiro e referencias. 
Diagnóstico
Com o estágio no CREAS pude perceber que há muitos casos de abusos sexuais entre adultos e crianças com algum grau de parentesco, ou seja, intrafamiliar, então para atender as demandas desse espaço institucional, se notou a necessidade de criar um plano de intervenção que pudesse abordar sobre abusos cometidos contra crianças em ambientes familiares, esclarecendo as mães sobre como acontece os abusos, qual o dever delas diante da situação, mostrar a quem recorrer e os danos causados a essas crianças. 
O centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é um órgão público de política de assistência onde são atendidas famílias e outras pessoas em situação de vulnerabilidade, direitos violados e outros riscos sociais.
É uma unidade pública estatal, motivado pela parceria entre o Governo Municipal e Federal, ofertando atenção especializada de apoio, através de orientação – acompanhamento aos indivíduos e familiares que estejam em situação de ameaças ou violação de seus direitos. Nosso público alvo é idosos, adultos (homem e mulher), crianças e adolescentes. Destina-se às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares e comunitários não foram rompidos (chamamos de média complexidade). O CREAS trabalha com essas pessoas vivendo situações de seus direitos violados por ocorrência de abandono, violência física, violência psicológica, violência sexual, exploração sexual e comercial, situação de rua, trabalho infantil ou outras situações que provoquem danos e agravos as suas condições de vida que os impeçam de usufruir autonomia e bem-estar.
O CREAS funciona de segunda à sexta de 8h às 17h, com atendimentos psicossociais, deslocamento de equipe ao domicílio do atendido, articulando com o Poder Judiciário, o Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Tutelar, e outras Organizações de Defesa de Direitos e outros.
Justificativa 
O tema escolhido é um assunto de grande relevância levando em conta a percepção das mães para que as mesmas se atentem para possíveis abusos sexuais sobre as crianças. O projeto de intervenção foi voltado com a característica de esclarecer essas mães que por razões de negligência ou até mesmo por falta de informação colocam em situação de perigo seus filhos, muitas vezes os abusos ocorrem dentro de suas próprias casas. 
O principal fato dessa questão é que as casas onde as crianças habitam deveriam ser um local que elas pudessem estar sendo protegidas e não correndo a riscos. Então começamos a nos indagar, os índices estão de fato crescendo ou apenas estão sendo descobertos agora? Não sabemos, mas seja lá como for a grande importância sobre esse assunto abordado é que a sociedade e as famílias que constitui a mesma estejam bem informadas e engajadas para a diminuição e a transformação das estatísticas, ou seja, dessa realidade tão cruel de abusos que assombram essas crianças. 
O trabalho foi realizado no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), com famílias de baixo poder aquisitivo e classe média baixa, com pouca escolaridade. Mães que necessitam trabalhar fora de suas casas para garantir o sustento de suas famílias, a falta de informação é um dos fatores que contribui para que casos de abuso ocorram contra essas crianças, isso faz parte da realidade dessas mães. 
O objetivo é esclarecer e alertar essas mães, gestoras destas famílias com crianças de idades entre 4 a 10 anos que estão em fase de formação emocional e também física, que esses tipos de agressões podem acarretar sérias consequências que em muitos casos são irreversíveis.
Objetivo geral 
 O trabalho apresentado tem como objetivo analisar a violência sexual de maneira crítica que ocorre no ambiente privado das famílias, sendo mais especifica as violências e abusos que são geradas por padrastos ou pais contra a criança. O objetivo geral dessa intervenção tem como perspectiva a redução dos índices de violência sexual praticado contra essas crianças.
Objetivo específico 
Os objetivos específicos têm com como metas resolver ou amenizar as consequências psicológicas, físicas, culturais e educacionais etc.: 
Amenizar ou evitar traumas psicológicos que podem aparecer futuramente.
Amenizar a evasão escolar e melhorar o aproveitamento escolar.
Garantir que a criança tenha uma infância mais sadia.
Fortalecimento de valores familiares, morais e éticos. 
Esclarecimento dos pais quanto aos sinais de abuso.
Informar e esclarecer sobre a existência de órgãos que atuam no apoio de crianças violentadas.
Reforçar sobre o papel da família e da sociedade de garantir proteção as crianças. 
Referencial teórico 
A Prática do abuso sexual dentro de casa deve ser vista como uma expressão do ataque à proteção, enquanto necessidade da própria condição de dependência, principalmente, da criança. Seguindo o desenho da figura humana, a primeira representação gráfica que o ser humano realiza, a casa é o segundo desenho da criança, o círculo do "rosto-corpo" ganha linhas retas que guardam por algum tempo as mesmas características do rosto na "porta-boca" e nas "janelas-olhos". Simboliza, mais do que um rosto, o corpo da mãe, protetor e provedor de tudo para ela (GUERRA, 1985).
A casa que tem significado de segurança para a maioria das crianças se torna um lugar onde o abusador comete atrocidades e atende as suas necessidades doentias. São danos psicológicos imensos e com longasdurações: a criança perde seu sossego e liberdades e proteção. Assim, o par "abusador-omissa", constituído pelas duas pessoas mais importantes na vida dessas crianças, cometem o crime do abuso sexual, destruindo juntos a base formadora de caráter da criança. As vítimas abusadas sofrem muito, ficam confusas e com medo de contar sobre o abuso a terceiros. É muito comum às crianças vítimas permanecerem em silencio, e isso se dar por não desejarem lesar o abusador ou provocar uma separação familiar, ou também por medo de serem culpadas e castigadas.
Abuso sexual infantil é o envolvimento de uma criança em atividade sexual que ele ou ela não compreende completamente, é incapaz de consentir, ou para a qual, em função de seu desenvolvimento, a criança não está preparada e não pode consentir, ou que viole as leis ou tabus da sociedade. O abuso sexual infantil é evidenciado por estas atividades entre uma criança e um adulto ou outra criança, que, em razão da idade ou do desenvolvimento, está em uma relação de responsabilidade, confiança ou poder (World Health Organization - WHO -, 1999, p. 7).
A criança sofre um processo de formação ao qual precisar passar por várias etapas para que a mesma se torne uma cidadã plenamente consciente e tome decisões que não sejam prejudiciais sobre sua vida já na fase adulta. O abusador que se utiliza de uma criança para se satisfizer sexualmente está cometendo um crime grave, pois a criança não tem capacidade de entender a situação em que está sendo exposta e nem tem a capacidade de tomar decisões sobre uma coisa em que ela não está preparada. O adulto tem a responsabilidade de assegurar os direitos da criança, já que o mesmo tem pleno entendimento sobre o certo e errado. 
No entanto, é dentro do contexto familiar que ocorre a maioria dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, perpetrados por pessoas próximas, que desempenham papel de cuidador. Nestes casos o abuso sexual é denominado intrafamiliar ou incestuoso (COHEN; MANNARINO, 2000).
Em sua maioria os casos de abusos contra crianças ocorrem dentro de seus próprios lares, onde os pais deveriam garantir carinho, amor, atenção, cuidado, comida, segurança e o direito de brincar. Os pais que cometem crimes sexuais contra crianças estão cometendo o chamado ‘’incesto’’ que é a prática sexual cometida por pessoas da mesma família.
Para Louro (1997), entender o processo histórico é de suma importância para podermos entender o que levam a essas crianças a sofrer abusos sexuais e se manterem caladas, quais as relações de poder que esses adultos têm sobre as crianças, abusos cometidos através do uso de força, domínio psicológico, de compensações, como por exemplo, presentes. Sejam quais forem o adulto com pensamentos doentios se apropria e aproveita dessas condições para abusar e conseguir seus benefícios sexuais.
Para Seabra (1999) o abuso sexual é caracterizado com a prática de violência no meio familiar e também fora desse ambiente contra crianças e adolescentes. O abuso sexual entre familiares é por ele definido como qualquer forma de ação sexual entre uma criança e um membro da família (mãe, irmão, padrasto, pai, tio, avô, primo), ou parente que substitua (uma pessoa responsável que a criança considera como membro familiar). 
 Metodologia
Foram distribuídos com antecedência os convites para as famílias; eu, estudante de Serviço Social e minha supervisora de campo apresentamos o seguinte tema: Relação mãe e filho; E foi indagado se elas (mães) sabem o que está se passando com seus filhos? Os convites foram todos impressos com o horário e o local, que haveria lanches e também toda a programação. 
A forma que escolhemos para apresentar foi através de vídeo abordando o tal tema, foi apresentado temas como: A mulher na sociedade, seu papel e sua evolução, como é constituída a estrutura familiar contemporânea, Como se dá o vínculo afetivo de filhos e mães e logo depois um breve depoimento. 
A metodologia que utilizamos foi através de uma abordagem qualitativa, com informações colhidas através de perguntas e respostas sobre o vídeo mostrado, esclarecimentos de dúvidas, imagens, panfletos educativos, e também teve um Lanche. Com a escolha do público, entendemos que a melhor maneira para a abordagem do assunto seria através de um vídeo educativo como a temática “Abuso Sexual contra a criança no âmbito familiar privado” então foi explicado como acontece esses abusos, e qual é a importância desse tema debatido. 
Foi apresentado algumas imagens de famílias unidas, foi abordado sobre brigas familiares, mães que precisam trabalhar fora e acabam não se dando conta que seus filhos podem estar sendo abusados sexualmente, mudanças comportamentais da criança que muitas vezes passam despercebidas (agressividade / tristeza), o mal desempenho na escola da criança, foi mostrado também fotos de crianças com graves sequelas físicas, vídeos de adultos abalados psicologicamente porque sofreram abusos em suas infâncias. Foram explicados aonde e como os familiares podem denunciar o agressor. No final nossa equipe de intervenção agradeceu pelo comparecimento das mães e assim foi finalizada a intervenção. 
Recursos materiais
Convites para 10 famílias, 
Lista de presença das mães na intervenção,
Sala com capacidade para 15 pessoas,
Vídeo, notebook, projetor,
Lanche 
Panfletos
Recursos humanos 
Supervisora de Campo: Daniela Guimarães Lima Guedes
Estagiário: Thalis da Silva Pego
Cronograma físico 
	Atividade
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Estágio
	X
	X
	X
	Definição do assunto
	X
	
	
	Levantamento bibliográfico
	X
	X
	
	Elaboração do projeto
	X
	X
	
	Execução do plano de intervenção
	
	X
	X
	Entrega do trabalho final
	
	
	X
Cronograma financeiro 
	Item
	Quantidade
	Valor Unitário
	Panfletos
	10
	1,00
	Refrigerante
	5
	6,00
	Sanduiche
	20
	2,00
	suco
	5
	0,75
Referências 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social, Rio de Janeiro, 26 de jun. 2015. Disponível em: <http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/creas>. Acesso em: 28 de fev. 2019. 
COHEN, J. A.; MANNARINO, A. P. Predctors of treatment outcome in sexualy abused children .Child abuse e neglect, v.24, n.7, p.983 -994, 2000.
FURNISS, T. Abuso sexual da criança: Uma abordagem multidisciplinar. (M.A.V. Veronese, Trad.) Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
GUERRA, Viviane de Azevedo. Violência de pais contra filhos: procuram-se vítimas. São Paulo: Cortez, 1985.
LOURO, Guacira Lopes Louro. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
SEABRA, A. S. Abuso Sexual Infantil. Jornal Existencial. São Paulo: Edição Especial, 1999.
World Health Organization (WHO). (1999). WHO Consultation on Child Abuse Prevention. Geneva: WHO.