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Ipatinga/MG 2016 ANDREIA LOURENÇO DE OLIVEIRA (1068516101) AVANTINO FRANCISCO FERREIRA NETO (1031609901) DAVI AZEVEDO CAMARGO (1059842101) ELAINE CRISTINA TEODORO RAMIRO (1012997301) ELIONICE VIGORITO FONTES TOSTES (1018336801) LUCINÉIA MARCELINA DE SOUZA (1071034801) SIMONE FERREIRA DE SOUSA (1038398401) SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA I A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO PARA A COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR Ipatinga/MG 2016 A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO PARA A COMPREENSÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Psicologia da Educação: desenvolvimento e aprendizagem; Educação, Sociedade e Práxis Educativa; Políticas Públicas na Educação Básica; Teorias e Práticas do Currículo; Prática Pedagógica Interdisciplinar: escola e sociedade; Seminário Interdisciplinar II. Orientador: Maria Claudia Wanderley da Costa Quintão ANDREIA LOURENÇO DE OLIVEIRA (1068516101) AVANTINO FRANCISCO FERREIRA NETO (1031609901) DAVI AZEVEDO CAMARGO (1059842101) ELAINE CRISTINA TEODORO RAMIRO (1012997301) ELIONICE VIGORITO FONTES TOSTES (1018336801) LUCINÉIA MARCELINA DE SOUZA (1071034801) SIMONE FERREIRA DE SOUSA (1038398401) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 5, 6, 7 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 8 4 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 9 4 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem por finalidade procurar compreender e identificar a relação da educação, escola e sociedade para conceituá-la com uma instituição social. Traz também informações históricas da escola pública no Brasil, em seu aspecto sociológico a desigualdade social. O presente trabalho analisa ainda não só a função da escola, mas sua finalidade social e política para a organização da sociedade brasileira. A educação brasileira foi marcada por um sistema maleável pedagógico em relação ao processo de avaliações institucionais, estabelecendo assim, órgãos normativos para interpretação e aplicação das leis 5 2 DESENVOLVIMENTO Ao analisar a Escola numa perspectiva sociológica devemos associar três fatores: Educação, Escola, sociedade. Assegura-se que o processo educativo é um processo de formação humana. Sabemos que ninguém nasce humano, torna-se humano, a partir de sua interatividade com as pessoas na Escola, no trabalho e na sociedade (HENRI WALLON). A partir do momento que o ser humano passou pelo processo de humanização, aí já entra a Educação como um instrumento de conscientização para conhecer e interpretar sua realidade social, atuando sobre ela e ao mesmo tempo construindo-a. Para Karl Marx, a Escola é a principal instituição para a formação e integração do indivíduo no meio social. Podemos perceber na relação entre a educação-sociedade quão grande foram as desigualdades sociais. Neste contexto vemos que: “Na idade média a escola era destinada há um pequeno numero de clérigos de diferentes idades. A abertura da Escola aos demais manteve a mistura de diferentes idades e a exclusão das mulheres. Mais tarde criou- se a separação dos estudantes por classes, mas o critério para a formação das classes foi o grau de capacidade, não a idade. A criação das classes por idade ocorreu somente no século XVIII (ARIÉS, 1987, P.177)” Isso significa que a Escola não é uma instituição educativa a serviço de todos, sem distinção de qualquer natureza. A LDB- Lei de Diretrizes e Bases (Lei 3.394/96) preconiza o seguinte: Artigo 3º (...) I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola. A educação transformadora consiste em construir uma Escola que não esteja à serviço apenas de uma classe dominante, mas no compromisso da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Émile Durkheim defendia que a Escola deveria ser pública e laica. Pierre Bourdieu diz que a sociedade é interpretada como um sistema de poder e privilégio, ou seja, uma forma desigual como são distribuídos os recursos e os poderes. No Brasil podemos considerar como marco histórico do surgimento da Escola pública o chamado manifesto dos 6 pioneiros pela educação, na defesa da Escola para todos. Florestan Fernandes foi à liderança mais combativa na campanha em defesa da Escola pública (1959), que discutia aprovação da LDB. Nesse período surgiu a primeira lei de diretrizes e bases da educação nacional em 1961. A referida lei (4.024/61) construiu o plano nacional de educação, aumentou o investimento na educação para 12%, propunha também a valorização dos professores, etc. Houve ainda outros reflexos na educação no período do regime militar com a aprovação da reforma universitária (Lei 5.540/69) e da organização do ensino básico em 1º e 2º graus. Durante o regime militar a Escola pública expandiu-se, razão pelo qual o modelo econômico em desenvolvimento que exigia a escolarização e o seu controle, em especial, ao ingresso no ensino superior. Com o advento da constituição de 1988 e o novo processo de redemocratização da sociedade, consolidou-se a promulgação da nova LDB – Lei 9.394/96. A organização popular, logo após a aprovação da LDB, sofreu um grande golpe no final de sua elaboração. Vale ressaltar que: Os avanços quantitativos necessários na inclusão da população em idade escolar na escola pública, não foram equivalentes à qualidade necessária. O sentido público da Escola pública é servir aos interesses públicos, aos interesses da maioria da população. Fernando de Azevedo também entendia que Escola pública deveria ser laica e obrigatória. Os indicadores referentes ao ingresso da população na Escola encobrem os índices de abandono e fracasso. Embora esses índices tenham melhorado nas últimas décadas, mas ainda têm sido manipulados politicamente pelo governo. Entendemos ainda que os “gestores” querem fugir de suas responsabilidades na educação e com isso o ensino fica comprometido. Vejamos o artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: “...a Educação, dever da Família e do Estado...” Ainda nesta mesma lei: Artigo 3º IX – Garantia de padrão de qualidade 7 Segundo Max Weber, a busca pela qualificação profissional e a consequente disputa por títulos acadêmicos serviria, entre outras, como passaporte para a entrada em círculos sociais mais respeitáveis. (MELO JUNIOR, 2010, P.158) Outro fator que podemos mencionar é a burocratização do exercício dos docentes, com isso a classe têm muito pouco à contribuir para a melhoria do ensino. A cada tempo que se passa por supressões em suas carreiras, trabalhando em condições precárias, direitos trabalhistas confiscados, a LDB traz em seu artigo 3º, inciso VII o dever do Estado na valorização do profissional da educação escolar. Anísio Teixeira defendia a democratização do Ensino. O educador afirmava que a escola oferecida á população brasileira era deficitária.Jamais podemos esquecer que é a Escola que prepara o sujeito para adaptar-se à sociedade e contribui para o seu aprimoramento no mercado de trabalho. Paulo Freire, Rubens Alves entre outros vem ao longo dos anos dando sua s contribuições neste sentido pela educação brasileira. Freire diz: Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (FREIRE,1987,P.68) 8 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve por objetivo a compreensão sociológica da educação dentro de uma estrutura social. Concluímos que o grande desafio do séc. XXI seja o de conduzir seus alunos por uma via de conhecimento que não se esgote em si mesmo, mas que possibilite compreender a realidade que se manifesta como a expressão de uma época e de uma cultura, um conhecimento que se adéque às condições deste tempo sem perder de vista o olhar que atravessa o tempo, fazendo com que as pessoas encontrem os valores e motivos inacabáveis através do amor, dando assim um sentido para essa transitória. 9 4 REFERÊNCIAS REIS, Marília Freitas de Campos Tozoni. Disponível em: http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/169/3/01d09t03.pdf DURKHEIM, E. P.59, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 MELO JUNIOR, João Alfredo Costa de Campos. Burocracia e Educação: uma análise a partir de Max Weber. Pensamento Plural, Pelotas, nº6, p.147-64, jan/jun 2010. SARUP, Madan. Marxismo e Educação. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,1986 BOURDIEU, P.63, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 ALVES, R. P.118, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 AZEVEDO, F. de. P.103,104, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 TEIXEIRA, A. P.107, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 FREIRE, P. P.110, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014 FERNANDES, F. P.115, Educação, sociedade e práxis educativa. Editora e distribuidora educacional S.A. Londrina/PR. 2014
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