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Hidrologia - Modulo 4

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AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
HIDROLOGIA BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
HIDROLOGIA BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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MÓDULO IV 
 
 
15 PROPAGAÇÃO DE ONDAS 
 
 
15.1 PROPAGAÇÃO DE ONDAS NO CANAL 
 
 
A propagação no canal está dividida em dois componentes: 
 Propagação da vazão líquida; 
 Propagação da vazão sólida. 
 
 
15.1.1 Propagação da vazão líquida no canal 
 
 
A operação de propagação é realizada com um passo de tempo diário e não 
requer cálculos interativos, fazendo com que o modelo seja eficiente para simular 
tempos longos (50 - 100 anos) sobre médias/ grandes bacias (1.000 a 10.000 km2). 
(MORO, 2005). Os dados utilizados pelo modelo são: comprimento, declividade, 
profundidade, declividade lateral e “n” do canal, e declividade e “n” da margem de 
inundação. 
A taxa de escoamento e a velocidade média são calculadas usando a 
equação de Manning (CHOW, 1964). 
O tempo de propagação no canal é relacionado com o escoamento por uma 
reação não linear: 
 
 
Onde: 
TT = tempo de propagação (h); 
 
 
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χ1
 e χ2 = parâmetros determinados para cada trecho quando o escoamento é 
dentro do canal; 
qr = taxa de escoamento (m3/h). 
Segundo (ROSSETTI et al., 2008), esse cálculo é realizado para a 
profundidade máxima do canal e profundidade de 10% do tempo da profundidade 
máxima. O procedimento é repetido para uma profundidade de 150% do tempo de 
profundidade máxima. Assim, quando a taxa de escoamento excede a profundidade 
máxima do canal, a relação torna-se: 
 
 
 
 
Onde: 
χ3
 e χ4 = parâmetros determinados para cada trecho quando o escoamento 
excede o valor de cheia do canal. 
O coeficiente de armazenamento (SC) é estimado usando as seguintes 
equações: 
 
 
 
 
 
 
O escoamento de saída do trecho considerado é determinado por: 
 
 
 
Em que: 
O = escoamento de saída (m3); 
I = escoamento de entrada (m3); 
Si-1 = armazenamento no trecho do dia anterior (m
3). 
 
 
 
 
 
 
 
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15.1.2 Propagação da vazão sólida no canal 
 
 
A propagação do sedimento no canal consiste em dois componentes 
operados simultaneamente (deposição e degradação). 
A deposição no canal é baseada na velocidade de queda da partícula 
sedimentar (ARNOLD et al., 1990). Adotando-se uma temperatura de 22°C e 
densidade de 1,2 t/m3, a Lei de Stokes para a velocidade de queda da partícula 
torna-se: 
 
 
 
 
Onde: 
Vf = velocidade de queda (m/h); 
d = diâmetro da partícula de sedimento. 
A profundidade (Yf) que a partícula de sedimento cairia durante um tempo, 
TT, é: 
 
 
 
A taxa de transferência (Sediment delivery ratio-DR) por meio do trecho é 
estimada com as equações: 
 
 
 
 
 
 
 
 ( )
 
 
 
Em que 
dq = profundidade do escoamento. 
 
 
 
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Finalmente, a deposição é calculada com a equação: 
 
 
 
Conforme (ROSSETTI et al., 2008) a degradação do sedimento que é 
depositada no canal é estimada por meio da força do escoamento. Willians (1980) 
usou a definição de Bagnold (1977) da força do escoamento para desenvolver um 
método para determinar a degradação do canal. 
 
A equação para determinar o reentrained sediment (DEGR) é: 
 
 
 
 
 
Em que: 
asp = parâmetro que depende da força máxima do escoamento para o 
trecho; 
DU = duração do escoamento em h; 
w = perímetro molhado; 
Sw = declividade da superfície da água; 
Vc = velocidade no canal. 
A força do escoamento é usada para remover o sedimento que depositou no 
canal até todo o material ter sido removido. Quando isso ocorre, a degradação do 
material do leito (DEGB) tem início e é calculada por: 
 
 
 
Em que: 
K = fator de erodibilidade do canal; 
C = fator uso e manejo do canal. 
 
A degradação total (DEG) é dada por: 
 
 
 
 
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Na saída do trecho considerado tem-se: 
 
 
 
Em que: 
SEDin = representa o sedimento que entra no trecho considerado. 
 
 
15.2 PROPAGAÇÃO DE ONDAS NO RESERVATÓRIO 
 
 
A propagação no reservatório está dividida em dois componentes: 
 Propagação da vazão líquida; 
 Propagação da vazão sólida. 
 
 
15.2.1 Propagação da vazão líquida no reservatório 
 
 
ROSSETTI et al., (2008) descreve o procedimento e as equações para 
cálculo da propagação da vazão líquida no reservatório. Esse componente do SWAT 
foi designado para considerar o efeito da construção de reservatórios sobre a 
produção de água na bacia hidrográfica, por meio da equação do balanço hídrico. 
 
 
 
Em que: 
VM0 = volume de água armazenado no início do dia (m
3); 
VM = volume de água armazenado no fim do dia (m3); 
QI = escoamento de entrada (m3); 
QO = escoamento de saída (m3); 
EV = evaporação (m3); 
 
 
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SEP = infiltração (m3). 
O escoamento de entrada é composto do escoamento superficial na entrada 
do reservatório, somado a chuva sobre a superfície do lago. A evaporação é 
computada com a equação: 
 
 
 
Em que: 
η = coeficiente de evaporação; 
SA = área da superfície do lago; 
 
A infiltração é computada pela equação: 
 
 
 
Em que: 
SC = condutividade saturada do leito do reservatório (mm/h). 
Uma vez que a área de superfície do lago é requerida para computar a 
evaporação e a infiltração, uma relação entre a área de superfície e volume torna-se 
necessária. Dados de um grande número de reservatórios no Texas e Oklahoma 
(USDA-SCS, 1972) indicam que a área de superfície pode ser calculada pela 
equação: 
 
 
 
 
Em que: 
ω1 e ω2 = parâmetros estimados pelo modelo, a partir da área de superfície 
e volume do reservatório para o vertedor principal e o vertedor de emergência. 
Esses valores são usados para solução simultânea da equação anterior, 
resultando nas seguintes equações: 
 
 
 
 
 
 
 
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Os subscritos F e S referem-se à elevação do vertedor de emergência e 
principal, respectivamente. 
 
 
A função de saída do escoamento do reservatório é expressa na seguinte 
equação: 
 
 
 
 
 
 
Em que: 
QOR = escoamento diário de saída (m3); 
VR = volume de água no reservatório (m3); 
VRF = volume do reservatório para a cota do vertedor de emergência (m
3); 
RR = taxa média de passagem pelo vertedor principal (m3); 
VRS = volumedo reservatório para a cota do vertedor principal (m
3). 
 
 
15.2.2 Propagação da vazão sólida no reservatório 
 
 
ROSSETTI et al., (2008) descreve o procedimento e as equações para 
cálculo da propagação da vazão sólida no reservatório. A equação do balanço de 
sedimento no reservatório é: 
 
 
 
 
 
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Em que: 
SRi = sedimento total do reservatório; 
SRi-1 = sedimento total no reservatório no dia anterior; 
SRin = entrada de sedimento; 
SRout = saída de sedimento; 
SRDEP = sedimento depositado no reservatório. 
 
 
A saída de sedimento no reservatório é calculada pela seguinte equação: 
 
 
 
 
 
 
Em que co é a concentração de sedimento do escoamento de saída. A 
concentração de saída é uma função da concentração do reservatório para o início e 
fim do dia: 
 
 
 
 
 
 
Em que CS1 e CS2 são as concentrações de sedimento no reservatório para 
o início e o fim do dia, respectivamente. A concentração de entrada é calculada 
como função do escoamento líquido e sólido de entrada do reservatório, simulados 
pelo modelo por meio do SCS (USDA-SCS, 1972) e MUSLE (WILLIAMS & BERNDT, 
1977), respectivamente. 
A concentração final no reservatório é calculada usando a equação da 
continuidade: 
 
 
 
 
 
 
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Em que: 
V1 e V2 = volumes armazenados no início e fim do dia, respectivamente; 
ci = concentração de sedimento do escoamento de entrada. 
 
 
15.3 AMORTECIMENTO EM RESERVATÓRIOS 
 
 
Um estudo de amortecimento de cheias minimiza transtorno em dias 
chuvosos e proporciona soluções para possíveis enchentes que possam vir a 
ocorrer. A impermeabilização do solo e a retirada da cobertura vegetal favorecem 
um aumento do escoamento superficial, proporcionando um menor tempo de 
concentração e um maior volume no escoamento superficial (FERREIRA et al., 
2012). 
As medidas para o controle da inundação podem ser não estruturais (planos 
diretores e leis, educação à população no trato dos resíduos sólidos) e estruturais 
(intervenções físicas que modificam o sistema fluvial evitando prejuízos decorrentes 
de enchentes, como por exemplo, de reservatórios de amortecimento). 
 
 
15.4 OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS 
 
 
Existem diferentes regras para a operação de reservatórios, sendo que 
todas indicam o volume do reservatório ou a vazão efluente que se pretende atingir 
em determinados períodos de tempo como o diário, decenal, semanal ou mensal 
(LOUCKS; STEDINGER; HAITH, 1981). 
Quando um reservatório é operado para atender múltiplos usos da água, 
como a geração de energia e o controle de cheias, surgem conflitos como 
consequência das operações ótimas antagônicas que seriam realizadas no caso de 
existir só um desses usos (BRAVO et al., 2005). 
[VDS1] Comentário: VL07 – Texto 
para videoleitura. 
 
 
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 81 
Há várias metodologias para definir o volume de espera em reservatórios 
com múltiplos usos, visando minimizar os conflitos entre os diferentes usos da água. 
O Operador Nacional do Sistema (ONS) utiliza duas metodologias para definir os 
volumes de espera em reservatórios com operação isolada para controle de cheias: 
 
 Método da curva volume x duração (BEARD, 1963): apresenta 
dificuldades de ajuste dos dados decorrentes das variações amostrais e 
forma da curva. 
 Método das trajetórias críticas (KELMAN, 1987): não é apropriado quando 
o tamanho da amostra é pequeno, como ocorre com os registros de 
dados disponíveis. 
Para melhor entendimento será descrito a metodologia da curva volume 
duração. 
 
 
15.4.1 Método da Curva Volume X Duração 
 
 
Prety et al., 2007 descreve o método para curva volume duração como um 
método que se baseia no cálculo dos volumes afluentes acumulados em um período 
correspondente a duração da cheia, em que se relaciona cada intervalo de tempo 
com a duração “d” de dias consecutivos com o máximo volume afluente neste 
período, dado pela equação: 
 
 
 
 
 ∑[ ]
 
 
 
 
Em que: 
va(d) = máximo volume afluente para a duração de “d” dias (hm3); 
d = duração em dias; 
q(t + j) = vazão média diária no dia (t + j); 
∆t = intervalo de discretização do tempo (1 dia = 86.400s); 
h = número de dias da estação chuvosa; 
 
 
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t = dia. 
 
A partir da série histórica de vazões naturais médias diárias e admitindo uma 
vazão defluente máxima que não cause danos a jusante (descarga de restrição), 
pode-se definir, para o período chuvoso de cada ano hidrológico, o volume vazio 
necessário para absorver cheias com qualquer duração. 
 
Este volume, denominado volume de espera, pode ser representado pela 
seguinte expressão: 
 
 [ ] 
 
Onde: 
ve(i) = volume de espera para o período chuvoso do ano hidrológico (hm3); 
qr = descarga de restrição (hm3). 
Os passos anteriores são repetidos para cada ano, referente ao período 
chuvoso, da série histórica, sendo o volume de espera a ser adotado dado por: 
 
 [ ] 
 
Onde: 
m – número de séries do histórico; 
A duração associada a este volume é chamada duração crítica. A curva 
volume x duração baseada no histórico é apresentada na Figura 27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 27 - CURVA VOLUME X DURAÇÃO 
 
 
 
FONTE: PRETY et al, 2007. 
 
 
A partir da série histórica, amostras de eventos máximos de várias durações 
são ajustadas a uma distribuição de probabilidades, neste caso a distribuição GEV, 
para cada duração de “d” dias, construindo-se a curva volume x duração associada 
a uma probabilidade “p” fixa de emergência (Figura 28). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 28 - VOLUME X DURAÇÃO ASSOCIADA A UMA PROBABILIDADE “P”. 
 
 
 
FONTE: PRETY et al., 2007. 
 
 
16 ÁGUA SUBTERRÂNEA – PRINCÍPIOS E ENSAIOS PARA EXPLORAÇÃO 
 
 
Menos que 1% da água da hidrosfera permanece em subsuperfície como 
água subterrânea, que é definida, como toda a água que ocupa os espaços abertos 
em rochas, sedimentos e regolito (produto de rocha intemperizada), desde que, 
esses espaços estejam abaixo do lençol freático, ou seja, na zona saturada (LIMA, 
C., 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16.1 CONCEITOS BÁSICOS 
 
 
Segundo Tucci (2009), os sistemas hidrogeológicos podem ser classificados 
em: 
 Aquífero – é a formação geológica (ou um grupo de formações) que 
contém água e permite que a mesma se movimente em condições 
naturais e em quantidades significativas. 
 Aquiclude – é uma formação geológica que pode conter água, mas sem 
condição de movimentá-la de um lugar para outro, em condições naturais 
em quantidades significativas. 
 Aquitardo – é uma formação geológica de natureza semipermeável. 
Transmite água com uma taxa muito baixa, comparada com a do 
aquífero. 
 
 
16.2 CLASSIFICAÇÃO DOS AQUÍFEROS 
 
 
As águas subterrâneas são aquelas que preenchem os espaços vazios 
existentes entre os grãos do solo, rochas e fissuras. A Figura 29 mostra o caminho 
percorrido pelas águas, desde a superfície, passando pela: 
 Zona de aeração - onde os poros (espaços vazios do solo) contém água e 
o ar; 
 Zona saturada - onde os poros são preenchidos completamente por água.AN02FREV001/REV 4.0 
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FIGURA 29 - CARACTERIZAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS ZONAS SATURADAS E 
NÃO SATURADAS DO SUBSOLO 
 
FONTE: LIMA, 2008. 
 
 
No limite entre as duas zonas, ocorre o nível freático, que demarca o contato 
entre estas, conhecido popularmente como lençol freático (BRASIL, 2007). 
Os aquíferos podem ser classificados levando em consideração os tipos de 
espaços vazios ou segundo a sua posição e estrutura. 
 
 Quanto aos tipos de espaços vazios (BRASIL, 2007): 
- Poroso – com água armazenada nos espaços entre os grãos criados 
durante a formação da rocha; é o caso das rochas sedimentares, como os arenitos 
do Sistema Aquífero Guarani (Figura 30a). Os aquíferos porosos funcionam com 
esponjas onde os espaços vazios são ocupados por água. 
- Fissural (cristalino/embasamento cristalino) – a água circula pelas fissuras 
resultantes do fraturamento das rochas relativamente impermeáveis (ígneas ou 
metamórficas), como os basaltos, que estão sobre arenitos do Guarani (Figura 30b). 
- Cársticos – São os aquíferos formados em rochas carbonáticas 
(sedimentares, ígneas ou metamórficas). Constituem um tipo peculiar de aquífero 
fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem 
atingir aberturas muito grandes, criando, neste caso, verdadeiros rios subterrâneos 
 
 
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(Figura 30c). São exemplos destes, as regiões da Gruta de Maquiné, São Domingos, 
Vale do Ribeira e Bonito. 
 
 
FIGURA 30 - CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE AQUÍFEROS, QUANTO A 
POROSIDADE 
 
FONTE: BRASIL, 2007. 
 
 
 Quanto a sua posição e estrutura (TUCCI, 2009) (Figura 31): 
- Aquíferos livres – a superfície piezométrica serve como fronteira superior. 
- Aquíferos confinados – encontra-se em uma pressão maior que a pressão 
atmosférica. Está limitado superior e inferiormente por formações impermeáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 31 - CLASSIFICAÇÃO DOS AQUÍFEROS, COM RESPECTIVOS NÍVEIS 
DE PRESSÃO 
 
FONTE: BRASIL, 2007. 
 
 
16.3 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS AQUÍFEROS 
 
 
Com a crescente degradação da qualidade das águas superficiais, as águas 
subterrâneas tendem a assumir uma posição de maior importância. Devido às suas 
características e propriedades podem exercer diferentes funções (BRASIL, 2007): 
 Produção - Fornecem água em quantidade e qualidade adequadas para 
os usos múltiplos; 
 Estocagem e regularização - Armazenam água em períodos de chuva e 
cedem em épocas de estiagem para rios e lagos; 
 
 
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 Filtragem - Atuam como filtros naturais, minimizando os custos de 
tratamento para consumo; 
 Transporte - Conduz água de uma área de recarga (onde a água infiltra) 
para as áreas de bombeamento, onde estão situados os poços; 
 Estratégica - Protegem a água armazenada tanto da evaporação, como 
das consequências das guerras e sabotagens; 
 Energética - Permitem a utilização da água subterrânea aquecida pelo 
gradiente geotermal, como fonte de energia elétrica ou termal; 
 Ambiental - Fornece água para a manutenção dos ecossistemas e da 
biodiversidade. 
 
 
16.3.1 Impactos Ambientais sobre os Aquíferos 
 
 
O manancial subterrâneo acha-se relativamente melhor protegido dos 
agentes de contaminação que afetam rapidamente a qualidade das águas dos rios, 
na medida em que ocorre sob uma zona não saturada (aquífero livre), ou está 
protegido por uma camada relativamente pouco permeável (aquífero confinado) 
(REBOUÇAS, 1996). Mesmo assim, está sujeito a impactos ambientais (CPRM, 
2002), tais como: 
 
 Contaminação - a vulnerabilidade de um aquífero refere-se ao seu grau 
de proteção natural às possíveis ameaças de contaminação potencial, e depende 
das características litológicas e hidrogeológicas dos estratos que o separam da fonte 
de contaminação (geralmente superficial), e dos gradientes hidráulicos que 
determinam os fluxos e o transporte das substâncias contaminantes através dos 
sucessivos estratos e dentro do aquífero (CALCAGNO, 2001). 
 Superexploração de aquíferos - é a extração de água subterrânea que 
ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas do aquífero, 
iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico que irá provocar 
danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso. Além da exaustão do aquífero, a 
superexploração pode provocar: 
 
 
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- indução de água contaminada causada pelo deslocamento da pluma de 
poluição para locais do aquífero; 
- subsidência de solos, definida como "movimento para baixo ou 
afundamento do solo causado pela perda de suporte subjacente", provocando uma 
compactação diferenciada do terreno que leva ao colapso das construções civis; 
- avanço da cunha salina definida como o avanço da água do mar em 
subsuperfície sobre a água doce, devido à sobre-exploração dessa água, por meio 
de poços artesianos no continente. (CPRM, 2002). 
 
 
17 PARÂMETROS HIDROGEOLÓGICOS FUNDAMENTAIS 
 
 
Alguns parâmetros são essenciais para caracterizar os aquíferos. Dentre eles 
podemos citar a porosidade, permeabilidade, transmissividade (ou 
transmissibilidade) e o coeficiente de armazenamento que definem possibilidades de 
exploração dos aquíferos existentes. 
 
 
17.1 POROSIDADE 
 
 
A porosidade é a propriedade que os solos e as rochas têm de possuir poros 
ou cavidades, e pode ser descrita pela equação: 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
Vv = volume total de vazios; 
Vt = volume ocupado pelo solo ou rocha. 
 A porosidade total (m ou mt): razão entre o volume de poros do aquífero 
em referência ao volume total, expresso como uma percentagem (%). 
 
 
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 Porosidade eficaz (me): razão entre o volume de poros ou espaços vazios 
ligados ao aquífero onde as águas subterrâneas podem efetivamente 
circular a água com base no volume total. 
 
A Figura 32 ilustra a porosidade de alguns tipos de rochas. 
 
 
FIGURA 32 - POROSIDADE DE ALGUNS TIPOS DE ROCHAS 
 
 
FONTE: LIMA, 2008. 
 
 
O folhelho, apesar da alta porosidade, é considerado impermeável devido ao 
tamanho reduzido dos poros. 
 
 
 
 
 
 
 
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17.2 PERMEABILIDADE 
 
 
A permeabilidade é a facilidade que um corpo oferece a ser percorrido um 
fluido, neste caso, a água. Em hidrogeologia, permeabilidade (ou melhor: 
condutividade hidráulica, k) é um conceito mais preciso. É a constante de 
proporcionalidade entre o fluxo linear e gradiente hidráulico (ROMÁN, 2013). 
A permeabilidade (k) depende tanto do meio físico como da forma como o 
fluido passa por ele e é dada pela equação: 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
peso específico da água; 
μ = viscosidade cinemática da água; 
k0 = permeabilidade intrínseca (características da rocha): 
 
 
 
 
Onde: 
C = fator de forma (coeficiente que depende da rocha (laminação, a 
embalagem, a forma de clastos, textura, porosidade, estrutura e sedimentar) e é 
adimensional); 
d2 = média do diâmetro da curva de granulometria; 
A permeabilidade tem dimensões de velocidade (mas não é um parâmetro 
indicativo da velocidade do fluxo real de águas subterrâneas). A permeabilidade de 
um aquífero pode variar muito, dependendo da direção tomada pela água. Esta 
variação do valor da permeabilidade na direção que conduz a água é chamado 
anisotropia (VILLARROYA, 2009). 
 
 
 
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17.3 TRASMISSIBILIDADE 
 
 
A transmissibilidadeé a taxa volumétrica de fluxo através de uma secção de 
largura unitária e altura igual a espessura b do aquífero, quando o gradiente 
hidráulico é 1 (CLEARY, 2007). 
Observando a Figura 33 pode-se perceber que os dois estratos de aquíferos 
devem oferecer o mesmo fluxo: a condutividade hidráulica da direita é a metade da 
esquerda, mas sua espessura é o dobro. 
 
 
FIGURA 33 - DOIS ESTRATOS DE AQUÍFEROS COM DIFERENTES 
ESPESSURAS E MESMA TRANSMISSIBILIDADE 
 
FONTE: ROMÁN, 2013. 
 
 
A transmissibilidade é o produto de condutividade hidráulica e a espessura 
saturada do aquífero, dada por: 
 
 
 
 
 
 
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Onde: 
T = transmissibilidade (m2/dia); 
b = espessura saturada do aquífero (m); 
K = condutividade hidráulica (permeabilidade) (m/dia). 
 
 
17.4 COEFICIENTE DE ARMAZENAMENTO 
 
 
O coeficiente de armazenamento, S, é definido como sendo o volume de 
água que um aquífero libera ou armazena, por unidade de área superficial do 
aquífero, por unidade de variação no componente da carga normal àquela superfície 
(TODD, 1980): 
 
 
 
 
 
 
Esse coeficiente é uma quantidade adimensional relacionada ao coeficiente 
de armazenamento por meio da espessura saturada: 
 
 
 
O coeficiente de armazenamento é principalmente utilizado nas análises 
bidimensionais de aquíferos de fluxo horizontal, em que as variações verticais de 
carga são desprezíveis. 
A Figura 34a mostra uma coluna de 1m2, baseada em um aquífero confinado 
no qual a superfície piezométrica diminuiu 1m. O pequeno volume de água obtida é 
S. Na Figura 34b uma coluna de 1m2, baseada em um aquífero livre na qual a 
superfície freática tenha diminuído um metro, o volume de água é obtido à 
porosidade eficaz. 
 
[VDS2] Comentário: VL08 – Texto 
para videoleitura 
 
 
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FIGURA 34 - REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO COEFICIENTE DE 
ARMAZENAMENTO 
 
FONTE: ROMÁN, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O planeta Terra possui um grande volume de água que interage com a 
superfície do solo, fazendo seu ciclo constantemente. Como vimos nos módulos 
desse curso a água se renova constantemente, sendo transportada tanto pela 
superfície do solo, pelo subterrâneo e até mesmo pela atmosfera. 
A Hidrologia tem a função de estudar a ocorrência, distribuição e a 
movimentação da água nos compartimentos existentes no nosso planeta. É muito 
importante que se conheça a hidrologia regional, a fim de evitar problemas como 
escassez de água para a população, ocorrência de enchentes, entre outros 
fenômenos que podem ocorrer no meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GLOSSÁRIO 
 
 
ANISOTROPIA – Qualidade de certos materiais cujas propriedades são diferentes 
consoante as direções. 
 
ARENITO – Rocha detrítica formada por grãos de areia ligados por uma espécie de 
cimento. 
 
BASALTOS – Rocha de origem ígnea, dura e geralmente escura. 
 
BATIMETRIA – Medição da profundidade e do relevo do fundo de mares, rios ou 
lagos. 
 
COLOIDAL – Que tem a aparência e a transparência da cola. 
 
CURSO D’ÁGUA PERENE – Aquele em que há sempre água fluindo em seu leito. 
 
DEFLUENTE – Diz-se de ou rio ou canal que deriva de outro. 
 
EXUTÓRIO – Ponto de menor altitude de uma bacia hidrográfica, a foz do rio 
principal para onde converge todo escoamento superficial gerado no interior da 
bacia drenada por esse rio. 
 
FISIOGRÁFICO – Que faz referência a fisiografia; geografia física. 
 
FISSURAS – Uma cisão, uma divisão ou rachadura num corpo contínuo. 
 
GRANULOMETRIA – Medição do tamanho dos elementos que compõem o solo, 
uma rocha ou um sedimento detrítico. 
 
 
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INTERMITENTE – Que tem interrupções ou intervalos. 
 
ISOIETA – É a linha traçada em um mapa meteorológico que marca os pontos com 
igual precipitação pluvial. 
 
JUSANTE – É o lado para onde se dirige a corrente de água. 
 
HIDROGEOLÓGICO – Parte da geologia que trata da pesquisa e da captação das 
águas subterrâneas. 
 
HIDROGRAMA – Gráfico que indica as variações dos fluxos das águas fluviais. 
 
HIDRÓLOGO – Aquele que estuda e trabalha a hidrologia. 
 
LENÇOL FREÁTICO – superfície que delimita a zona de saturação da zona de 
aeração, abaixo da qual a água subterrânea preenche todos os espaços porosos e 
permeáveis das rochas ou dos solos ou ainda de ambos ao mesmo tempo. 
 
LINÍGRAFO – Aparelho que se destina a registrar a variação do nível de água dos 
lagos. 
 
LITOLÓGICA – Estudo especializado em rochas e suas camadas. Formação, idade, 
coberturas, e todas as suas alterações desde o seu surgimento. 
 
MONTANTE – É a parte onde nasce o rio. 
 
PLANIMETRAGEM – Aplicação da planimetria a um terreno. 
 
POPULAÇÃO (EM ESTATÍSTICA) - é o conjunto de todos os elementos ou 
resultados sob investigação.AN02FREV001/REV 4.0 
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VAZÃO DEFLUENTE – Vazão que sai de um aproveitamento hidrelétrico ou de uma 
estrutura hidráulica. Diz-se, também, defluência. 
VERTEDOR - é uma estrutura hidráulica que pode ser utilizada para diferentes 
finalidades, como medição de vazão e controle de vazão, sendo estes os principais 
usos. 
 
REAREAÇÃO – Renovação do ar, aerar determinado elemento. Consiste na troca 
de gases entre o elemento a ser aerado e a atmosfera. 
 
SATURADO – Quantidade máxima possível de uma substância em um determinado 
espaço. 
 
TRIBUTÁRIOS – Diz-se de, ou rio que deságua noutro ou no mar; afluente: os 
tributários do Atlântico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO CURSO

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