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COMPETÊNCIA 1 - REDAÇÃO

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211PROENEM
COMPETÊNCIA 106
DO QUE SE TRATA?
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
COMO A BANCA PONTUA?
200 pontos
Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e 
de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos 
somente como excepcionalidade e quando não caracterizarem reincidência
160 pontos Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
120 pontos Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.
80 pontos Demonstra domínio insufi ciente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
40 pontos
Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, de forma 
sistemática, com diversifi cados e frequentes desvios gramaticais, de escolha
de registro e de convenções da escrita.
0 ponto Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
ALGUMAS DÚVIDAS COMUNS
Letra cursiva ou de imprensa? 
Para o Enem, a letra só precisa ser legível. Há 
vestibulares que tiram ponto pelo uso da letra de forma. 
Não é o caso do ENEM. Caso opte pelo emprego da letra de 
forma, procure distinguir bem (pelo tamanho) maiúsculas 
e minúsculas. 
Rasura tira ponto? 
Não. Mas tome cuidado com a limpeza e apresentação 
do texto. 
Escrevi o nome do autor errado. 
E agora? 
Via de regra, não perde ponto. 
Como grafar palavras estrangeiras? 
A convenção gramatical sugere o emprego de aspas. 
Apesar de o ENEM não ter tirado ponto nas últimas edições 
por isso, convém acostumar-se com a forma correta e 
adequada. 
Qual a diferença entre erro e 
inadequação? 
Neste material, entenderemos como erros aquelas 
formas em desacordo com a norma escrita e que são 
desprestigiadas também na oralidade. 
Exemplo: 
“pobrema” no lugar de “problema” não é aceito na 
escrita tampouco na fala. Já a Inadequação se refere a 
formas típicas da oralidade que não devem ser usadas 
na redação escrita. Por exemplo, “pra” em vez de “para”, 
“aí” como conectivo. A palavra “você” como marca de 
impessoalidade.
06 COMPETÊNCIA 1
212
Pode usar “e” antes de “etc.”?
ETC. é a abreviatura (e não abreviação) da expressão 
latina et coetera, que significa e outras coisas. 
Isso induz a gramática às seguintes considerações 
para o seu texto:
1. É proibido o uso da conjunção aditiva “e” antes do 
ETC.
2. Etc. sempre vem seguido de ponto, ainda que esteja 
no meio da frase. 
3. Etc. representaria a enumeração de “coisas”; 
portanto muitos gramáticos julgam como erro ou 
inadequação seu uso para enumeração de pessoas. 
4. A vírgula antes de ETC. é facultativa. 
O que é translineação?
Translineação é a separação silábica empregada ao 
texto. 
Nem todas as separações possíveis no vocábulo 
isolado podem ocorrer nele quando aparece no texto. A 
tradição da língua escrita, por exemplo, condena que num 
texto haja vogal isolada no começo ou no final da palavra 
quando você muda de linha. 
Exemplo:
Vocábulo: área 
separação isolada possível: á-re-a 
separação no texto: á-rea (errado)
separação no texto: áre-a (errado)
Conclusão: a palavra “área” jamais pode ter suas 
sílabas separadas dentro de uma redação. 
O QUE DIZ A BANCA?
De acordo com o manual de redação do Inep para 
2018, também serão apenados possíveis problemas de 
construção sintática e a presença de desvios (gramaticais, 
de convenções da escrita, de escolha de registro e de 
escolha vocabular). Em relação a construção sintática, 
o candidato deve estruturar as orações e os períodos de 
seu texto sempre buscando garantir que eles estejam 
completos e contribuam para a fluidez da leitura. Ainda de 
acordo com o manual, quanto aos desvios, você deve estar 
atento aos seguintes aspectos: 
• Convenções da escrita: acentuação, ortografia, 
separação silábica, uso do hífen e uso de letras 
maiúsculas e minúsculas. 
• Gramaticais: concordância verbal e nominal, flexão 
de nomes e verbos, pontuação, regência verbal 
e nominal, colocação pronominal, pontuação e 
paralelismo. 
• Escolha de registro: adequação à modalidade 
escrita formal, isto é, ausência de uso de registro 
informal e/ou de marcas de oralidade. 
• Escolha vocabular: emprego de vocabulário preciso, 
o que significa que as palavras selecionadas são 
usadas em seu sentido correto e são apropriadas 
para o texto.
COMO VENCER A COMPETÊNCIA 1?
Como vimos, a competência 1 avalia o uso da escrita 
à luz da correção e adequação da língua em relação ao 
texto formal. Flexão verbal, ortografia, translineação e 
concordância representam algumas das preocupações 
dos candidatos nesse sentido. Apesar de você contar com 
esses conteúdos nas aulas de gramática, trouxemos para 
você as principais orientações relacionadas aos desvios 
gramaticais mais encontrados nas redações em relação à 
grafia, acentuação, gráfica, pontuação e crase:
Grafia
aja e haja
Exemplos: 
É preciso que não haja (verbo haver) descuido. Aja 
(verbo agir) com cuidado, Carlinhos.
Ouve e houve
• Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa 
do singular 
• Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª 
pessoa do singular
Mal e mau
• Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é 
oposto de bem: Dormi mal. (bem). Equivale a nocivo, 
prejudicial, enfermidade; pode vir antecedido de artigo, 
adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. 
Seu mal é crer em tudo. Conjunção subordinativa 
temporal, equivale a assim que, logo que: Mal chegou 
começou a chorar desesperadamente. 
• Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural 
= maus; feminino = má. Você é um mau exemplo 
(bom). Substantivo: Os maus nunca vencem.
Dica:
Cuidado com vocábulos homônimos, isto é, palavras 
que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a 
mesma grafia), mas têm significados diferentes. 
Mas e mais
• Mas: conjunção adversativa (ideia contrária), 
equivale a porém, contudo, entretanto: Telefonei-
lhe mas ela não atendeu. 
• Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-
se a menos: Há mais flores perfumadas no campo.
REDAÇÃO
213PROENEM
Onde e aonde
• Onde: indica o (lugar em que se está); refere-se a 
verbos que exprimem estado, permanência: Onde 
fi ca a farmácia mais próxima? 
• Aonde: indica (ideia de movimento); equivale (para 
onde) somente com verbo de movimento desde 
que indique deslocamento, ou seja, a+onde. Aonde 
vão com tanta pressa?
Os porquês
• Por que: escreve se separado; quando ocorre: 
preposição por+que - advérbio interrogativo (Por que 
você mentiu?); preposição por+que – pronome relativo 
pelo/a qual, pelos/as quais (A cidade por que passamos 
é simpática e acolhedora.) (=pela qual); preposição 
por+que – conjunção subordinativa integrante; inicia 
oração subordinada substantiva (Não sei por que 
tomaram esta decisão. (=por que motivo, razão) 
• Por quê: fi nal de frase, antes de um ponto fi nal, 
de interrogação, de exclamação, reticências; o 
monossílabo que passa a ser tô- nico (forte), 
devendo, pois, ser acentuado: __O show foi cancelado 
mas ninguém sabe por quê. (fi nal de frase); __Por 
quê? (isolado) 
• Porque: conjunção subordinativa causal: equivale 
a: pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de 
que: Não fui ao encontro porque estava acamado; 
conjunção subordinativa explicativa: equivale a: 
pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha 
tristeza é sossego porque é natural e justa.”; 
conjunção subordinativa fi nal (verbo no subjuntivo, 
equivalea para que): “Mas não julguemos, porque 
não venhamos a ser julgados.” 
• Porquê: funciona como substantivo; vem sempre 
acompanhado de um artigo ou determinante: Não 
foi fácil encontrar o porquê daquele corre-corre
Senão e se não
• “Senão”: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: 
Não fazia coisa nenhuma senão criticar. 
• “Se não”: equivale a “se por acaso não” em orações 
adverbiais condicionais: Se não houver homens 
honestos, o país não sairá desta situação crítica
Tampouco e tão pouco
• Tampouco: advérbio, equivale a (também não): 
Não compareceu, tampouco apresentou qualquer 
justifi cativa. 
• Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-
-nos tão pouco esta semana.
Traz e trás
• “O termo “trás” (com acento e grafado com “s”) tem 
o mesmo signifi cado de atrás, detrás. Tem função de 
advérbio de lugar, vem sempre acompanhado de uma 
preposição, formando com esta uma locução adverbial.
 Exemplos: 
 - Ela olhou para trás e se arrependeu do que fez.
 - O menino surgiu de trás da moita.
• O termo “traz” (sem acento e escrito com “z”) tem o 
mesmo signifi cado de conduzir, transportar, causar, 
ocasionar, oferecer. É a conjugação do verbo 
“trazer” na terceira pessoa do singular do indicativo 
ou na primeira pessoa do singular do imperativo.
 Exemplos: 
 - Ele traz notícias boas para nós!
 - A água contaminada da enchente traz doenças 
à população, como a leptospirose.”
ACENTUAÇÃO
• Influência, com acento, é substantivo; influencia, 
sem acento, é verbo na 3ª pessoa do singular. 
 Exemplos: Professores costumam ter influência 
(substantivo) sobre os alunos. / Esse professor 
sempre me influencia (verbo).
• Evidência, com acento, é substantivo; evidencia, 
sem acento, é verbo na 3ª pessoa do singular. 
 Exemplos: Há evidências (substantivo) que as 
coisas darão errado! A foto evidencia (verbo) a 
beleza da modelo.
• É, com acento, signifi ca o verbo “ser”; E, sem acento, 
signifi ca conjunção. Exemplos: Pedro é (verbo) 
inteligente. / Pedro e (conjunção) José são amigos.
• Está, com acento, é verbo na 3ª pessoa do singular; 
esta, sem acento, é um pronome. 
 Exemplos: O Brasil está (verbo) numa grande crise 
fi nanceira. / Esta (pronome) cidade é maravilhosa.
• País, com acento, indica uma região geográfi ca; pais, 
sem acento, indica uma relação de parentesco. 
 Exemplos: O nosso país está no continente 
americano. / Meus pais estão em casa.
Atenção à grafi a do verbo ter e seus derivados (manter, 
suster, entreter, reter, etc.). Lembre-se de que são 
grafados, na terceira pessoa do plural do presente do 
indicativo, com um acento circunflexo, para diferenciar 
da terceira pessoa do singular. Exemplos: ele tem x 
eles têm / ele mantém x eles mantêm / ele retém x eles 
retêm. As mesmas observações servem para o verbo 
vir e seus derivados em tais circunstâncias: ele vem x 
eles vêm / ele sobrevém x eles sobrevêm.
CRASE
“Não se usa crase antes de verbo no infi nitivo. Essa é 
uma regra clássica que facilmente pode ser decorada!
Exemplos: 
“Ele começou a soluçar de tanta felicidade. ”
“A menina estava a desistir da prova quando ouviu um 
barulho. ”
06 COMPETÊNCIA 1
214
Não se usa crase antes de algumas formas pronominais. 
A crase não pode ser utilizada com pronomes pessoais 
(eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas), demonstrativos (esse, 
essa, isto, esta), indefinidos (um, uma, uns), tratamento 
(Vossa Excelência, Vossa Alteza...). 
Exemplos:
“Pedi a ele vir até aqui. ”
“Falarei com a Vossa Excelência sobre sua sugestão. ” 
“Dei a essa menina meu telefone de contato. ”
Em expressões como: “dia a dia”, “cara a cara”, “frente a 
frente”, por exemplo, não se pode usar o acento indicativo 
de crase.
Dica:
Verifique se o nome próprio aceita ou não artigo 
feminino antes de colocar o acento indicativo de crase.
“Não ocorre acento indicativo de crase quando o “a” 
estiver no singular e a palavra feminina seguinte estiver no 
plural: o “a” é apenas preposição, exigida pelas palavras que 
vêm antes, conforme sinalização. USE:
Não assisto às cenas de terror OU Não assisto a cenas 
de terror.
Entregou-se às férteis cogitações OU Entregou-se a 
férteis cogitações.”
Deveria ter utilizado o acento indicativo de crase no 
termo selecionado. Lembre-se de que crase é a fusão 
de duas vogais idênticas. Utilizamos o acento grave (`) 
para indicar a contração da preposição com artigos ou 
pronomes. 
Exemplo: 
Edna precisa ir [a] (preposição) + a (artigo definido 
feminino singular) classe de português. Assim, o enunciado 
deve ser construído assim: “Edna precisa ir à classe de 
português”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “ir”, pois o 
verbo indica movimento em direção a algum lugar.
O acento indicativo de crase usado está equivocado. 
Não há crase porque o termo regente não é preposicionado, 
logo, não há preposição. Lembre-se de que a crase é a 
junção da preposição “a” + artigo “a”, o que gera a fusão “à”.
PONTUAÇÃO
Procure estudar a diferença entre o uso da vírgula e o 
do ponto final (alguns chamam de pontocontinuativo) e o 
ponto final (conhecido também como ponto parágrafo). 
Houve um término em seu período oracional, portanto, use 
um ponto continuativo; não uma vírgula.
Procure estudar a diferença entre o uso da vírgula e 
o do ponto continuativo. NÃO houve um término em seu 
período oracional, portanto, use uma vírgula; não um ponto 
continutivo.
Recomenda-se o emprego da vírgula antes da 
conjunção “e” quando há orações aditivas de sujeitos 
diferentes a fim de criar-se uma leitura mais clara. Exemplo: 
João pegou suas coisas, e Isabel se trancou no quarto. 
[“João” pratica a ação de pegar; Isabel, a de trancar-se no 
quarto.
A vírgula é opcional depois de adjunto adverbial 
deslocado que tenha até três palavras. Use a vírgula para 
destacar a informação do adjunto adverbial: Na terça-feira, 
a comissão temporária que examina a modernização 
do Código de Defesa do Consumidor (CDC) debateu 
a necessidade de regras para publicidade infantil. Use 
sempre a vírgula para separar o adjunto adverbial longo que 
estiver deslocado. “Na reunião de ontem, a CRE aprovou a 
indicação de Affonso Emílio de Alencastro Massot para o 
cargo de embaixador no Líbano.”
Não use vírgula após a conjunção integrante e a tese. 
Exemplo:
João disse que, sairá amanhã. (errado). 
João disse que sairá amanhã (certo).
“Não se usa a vírgula para separar termos que, do ponto 
de vista sintático, estabelecem diretamente uma ligação 
entre si. Eis as seguintes ocorrências:
a) Para separar sujeito do predicado.
Exemplo:
Os alunos | estão todos eufóricos à espera dos resultados.
 Sujeito Predicado
b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto 
e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao 
objeto direto.
Exemplo: 
Entreguei | aos clientes | os pedidos.
 O. Indireto O. Direto.
 
c) Entre o nome e o adjunto adnominal ou o 
complemento nominal.
Exemplos:
Seu relógio de pulso foi apreciado por todos. 
 Adjunto Adnominal
Você tem amor à profissão.
 Complemento Nominal”
O texto revela domínio PRECÁRIO da modalidade escrita 
formal da língua portuguesa. Os desvios de pontuação e 
os truncamentos prejudicam a estruturação sintática do 
texto, ou seja, mesmo as frases bem escritas, quando mal 
pontuadas (sobretudo em parágrafos longos), prejudicam 
a compreensão por parte da banca em relação ao sentido 
que você quer transmitir em sua redação. O uso da vírgula 
revelou-se uma preocupação em sua produção textual.
Cuidado com os erros de pontuação. Os desvios de 
pontuação e os truncamentos prejudicam a estruturação 
sintática do parágrafo, ou seja, mesmo as frases bem 
REDAÇÃO
215PROENEM
Use vírgula antes de locuções conjuntivas em casoscomo: “visto que”, “já que”, “dado que” etc. 
Exemplo:
A violência tem crescido em nossa cidade, já que o 
número de homicídios aumentou signifi cativamente.
NÃO use vírgula após locuções conjuntivas em casos 
como: “visto que”, “já que”, “dado que” etc. Usar vírgula 
apenas se houver um termo ou uma oração que a exija. 
Exemplo:
A violência tem crescido em nossa cidade, já que, nos 
últimos dois anos, o número de homicídios aumentou 
signifi cativamente.
Portanto, se você já sabe que acentuação, crase e 
pontuação é o que mais tira ponto dos candidatos no 
ENEM, é importante que você já se organize e aprenda 
(e não decore) essas regras de uso para garantir esses 
pontos na sua avaliação. 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Os textos abaixo são mostra de redações produzidas por 
alunos em suas primeiras semanas de preparação. Corrija-
os gramaticalmente e verifi que a separação silábica das 
palavras destacadas:
TEXTO 1
De acordo o advogado e político rebelde Nelson 
Mandela a educação é a arma mais poderosa que se pode 
usar para mudar o mundo. O Brasil, porém, está com uma 
grande fragilidade nesse campo. Isso se evidencia não só 
pela defi ciência do ensino em várias instituições como 
também pela má formação dos pro-fe-ssores.
Segundo o educador Paulo Freire, se a educação 
sozinha não transforma a sociedade, sem ela a 
sociedade tão pouco muda. Sendo assim, uma pátria 
com ensino insufi ciente induz o país a um refluxo social, 
e consequentemente, à desvalorização de professores 
alunos e etc...
Além disso, destaca-se a falha no ensino com o meio 
de levar o pais a um retrocesso. Conforme Durkheim, o fato 
social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado 
de exterioridade, generalidade e coercividade. Seguindo 
essa lógica, derivasse uma problemática em relação à 
construção dos docentes.
Portanto, é preciso que se tomem medidas para 
resolver a ad-ver-si-da-de. O governo federal em parceria 
com o MEC (ministério da educação) deve aumentar o grau 
do ensino nas universidades, para que assim graduandos 
saiam com uma boa carga de conhecimento. Se Descartes 
estiver certo, é preciso pensar, pensando construiremos 
um fato social e consequentemente uma sociedade
di-g-na de uma boa educação.
escritas, quando mal pontuadas (sobretudo em parágrafos 
longos), prejudicam a compreensão por parte da banca em 
relação ao sentido que você quer transmitir em sua redação.
“Antes de conjunções adversativas como mas, porém, 
contudo, entretanto. Use a vírgula mesmo em títulos.
 — Este não é o projeto ideal, mas é tudo aquilo que foi 
possível discutir — acrescentou.
— Numa situação extrema, portanto, o próprio Tesouro 
poderia ser valer daqueles recursos que os servidores 
estivessem acumulando em suas contas individuais — 
observou.
Título:
CPI do Cachoeira será prorrogada, mas ainda falta 
defi nir prazo.”
Procure estudar as regras de pontuação. Em especial o 
uso de dois pontos (:), e o uso de ponto e vírgula (;). De modo 
geral, esses pontos são mais estilísticos. Só faça o uso deles 
se você tiver certeza de que seu emprego esteja correto.
Procure estudar as regras de pontuação. Em especial 
o uso de dois pontos (:), e o uso de ponto e vírgula (;). De 
modo geral, esses pontos são mais estilísticos. Só faça o 
uso deles se você tiver certeza de que seu emprego esteja 
correto.
Use vírgula para isolar termos e orações explicativos. 
Exemplos: No programa Visite o Congresso, parceria entre 
o Senado e a Câmara, a visitação acontece todos os dias. 
/ Segundo Aguirre Estorillio, coordenador de Visitação 
Institucional da Secretaria de Relações Públicas do 
Senado, o material está disponível em inglês, espanhol e 
francês, o que facilita a compreensão e a interatividade nas 
visitas. / Os trabalhos do Parlatino ocorreram na cidade de 
Oranjestad, capital de Aruba, na América Central.
Use vírgula para isolar termos e orações deslocados. 
Exemplos: Ele se disse espantado, pois acreditava que, 
depois das eleições, os políticos estariam mais ativos 
no uso das mídias sociais. / Em cerimônia no Palácio 
do Planalto, a presidente sancionou a medida provisória. 
/ A presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, 
sancionou a medida provisória. / A presidente sancionou 
a medida provisória em cerimônia no Palácio do Planalto. 
(ordem direta)
Use vírgulas após expressões como: 
• Nesse sentido
• Dessa forma
• Sendo assim
• Dessa maneira
• Se por um lado, (...) ; por outro lado
• Diante disso
• Por conseguinte, etc.
06 COMPETÊNCIA 1
216
TEXTO 2
Podemos entender que o conceito de família no Brasil, 
em consonância com tendências internacionais, felizmente 
tem sofrido mudanças de forma ampla no século XXI. Isso 
se evidencia não só pelo cres-ci-men-to do número de pais 
e mães solteiros no país, como também pelo considerável 
percentual de adoções por casais homoafetivos.
Em 2013, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios), evidenciou uma redução de 720 
mil no número de casados. Isso ocorre pois a maioria das 
pessoas não estão mais dispostas a passar suas vidas ao 
lado de alguém que ela julgue ser insipiente, sub-es-ti-
man-do assim sua capacidade afetiva e familiar. Revela-
se, portanto, um perfil relativamente mais frio e objetivo 
como motivação de insucesso dessas relações. 
Além disso, casais do mesmo sexo procuram 
arduamente pelos seus direitos de serem inseridos no 
processo de adoção, tendo em vista que há mais de 60 mil 
parceiros homossexuais no país. Com isso, a esperança 
de fazer parte de um laço familiar aumenta por parte de 
crianças e a-do-les-cen-tes. Pouco a pouco este quadro 
de desigualdade entre heterossexuais e homossexuais 
vai perdendo vez, pois a recusa à adoção precisa ser 
fundamentada em fatos reais e não apenas com meras 
suposições. Negar essa possibilidade de adoção é 
mascarar o preconceito à condições sexuais diferentes 
das demais.
Segundo Gandhi, líder espiritual e pacifista indiano, 
tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos 
e para todas as raças. Portanto, em primeira análise, faz-
se necessário mudanças no ambiente escolar a respeito 
de tais mudanças que a sociedade está sendo submetida, 
palestras e acompanhamento de profissionais adequados 
tornam-se cruciais para que a criança em formação de 
hoje, seja o adulto mais tolerante do amanhã. Aliado à 
isso, campanhas e pesquisas com o apoio governamental 
nas famílias que se formaram recentemente e que 
possuam qualquer tipo de diversidade, também se tornam 
apropriadas na comprovação de sua validez e eficiência, 
vale também ressaltar que a reformulação no Estatuto da 
Família é indispensável. Por fim, a presente temática precisa 
também de proteção jurídica mais efetiva, tanto em texto 
Constitucional quanto em legislação in-fra-cons-ti-tu-cio-
nal para garantir de forma sólida a dig-ni-da-de humana.
TEXTO 3
No que se refere a precoce incremento da 
responsabilidade dos jovens no Brasil nos dias atuais, 
é possível identificar tanto aspectos positivos quanto 
negativos. Se por um lado, ad-qui-rem consciência 
cidadã desde cedo; por outro, pode proporcionar atitudes 
equívocadas mais facilmente.
É evidente que a possibilidade de reconhecer e ligar 
contra problemas sociais é extremamente benéfico 
à juventude. Segundo o economista inglês Thomas 
Hampfrey Marshall, a cidadania é o sentimento de 
pertencimento a um grupo de indivíduos que garante 
direitos e exige deveres pertinentes. Nesse sentido, quanto 
antes as crianças tenham a consciência cidadã, melhor 
será ao desenvolvimento da sociedade.
Não obstante, essa precocidade pode levar os futuros 
adultos a agir em des-a-cor-do com sua importância. 
Conforme o filósofo grego Aristóteles, o bem-estar social 
atinge-se por meio de atitudes equilibradas dos indivíduos, 
isto é, quando estão afastadas dos excessose das 
insuficiências. Logo, quando os jovens agem por impulso 
pra tentar resolver alguma dificuldade social, normalmente 
o fazem sem refletir nas consequências das suas ações,  
o que pode gerar mais problemas aos outros. Isso é 
totalmente prejudicial pra sua formação.
É preciso, portanto, que as famílias e as escolas 
promovam debates no ambiente domiciliar e escolar, 
respectivamente, visando à prática da reflexão quanto à 
diversas situações do cotidiano  a fim de que nossa futura 
geração forme uma sociedade mais justa e consciente.
REDAÇÃO
217PROENEM
GABARITO
TEXTO 1
De acordo o advogado e político rebelde Nelson 
Mandela, (INSERIR VÍRGULA) a educação é a arma mais 
poderosa que se pode usar para mudar o mundo. O Brasil, 
porém, está com uma grande fragilidade nesse campo. 
Isso se evidencia não só pela defi ciência do ensino em 
varias (VÁRIAS) instituições como também pela má 
formação dos pro-fe-ssores (PRO-FES-SO-RES).
Segundo o educador Paulo Freire, se a educação 
sozinha não transforma a sociedade, sem ela a sociedade 
tão pouco muda. Sendo assim, uma pátria com ensino 
insufi ciente induz o país a um refluxo social, (SEM 
VÍRGULA ANTES DO E) e (INSERIR VÍRGULA PARA ISOLAR 
O ADVÉRBIO) consequentemente, à desvalorização de 
professores alunos e etc... (ETC.)
Além disso, destaca-se a falha no ensino com o 
(COMO) meio de levar o pais (PAÍS) a um retrocesso. 
Conforme Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva 
de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e 
coercividade. Seguindo essa lógica, derivasse (DERIVA-SE) 
uma problemática em relação à construção dos docentes. 
Portanto, é preciso que se tomem medidas para 
resolver a ad-ver-si-da-de. O governo federal em parceria 
com o MEC (ministério da educação) deve aumentar o grau 
do ensino nas universidades, para que assim graduandos 
saiam com uma boa carga de conhecimento. Se Descartes 
estiver certo, é preciso pensar, (PONTO E MAÍUSCULA). 
Pensando (PENSANDO) construiremos um fato social e 
consequentemente uma sociedade di-g-na (DIG-NA) de 
uma boa educação.
TEXTO 2
Podemos entender que o conceito de família no 
Brasil, em consonância com tendências internacionais, 
felizmente tem sofrido mudanças de forma ampla no 
século XXI. Isso se evidencia não só pelo cres-ci-men-to 
(CORRETO) do número de pais e mães solteiros no país, 
como também pelo considerável percentual de adoções 
por casais homoafetivos.
Em 2013, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios), evidenciou (EVIDENCIARAM) uma 
redução de 720 mil no número de casados. Isso ocorre pois 
a maioria das pessoas não estão (PREFIRA ESTÁ, APESAR 
DE SER FACULTATIVO) mais dispostas (DISPOSTA) a 
passar suas vidas ao lado de alguém que ela julgue ser 
insipiente, sub-es-ti-man-do (SU-BES-TI-MAN-DO) assim 
sua capacidade afetiva e familiar. Revela-se, portanto, um 
perfi l relativamente mais frio e objetivo como motivação de 
insucesso dessas relações. 
Além disso, casais do mesmo sexo procuram 
arduamente pelos seus direitos de serem inseridos no 
processo de adoção, tendo em vista que há mais de 60 mil 
parceiros homossexuais no país. Com isso, a esperança 
de fazer parte de um laço familiar aumenta por parte de 
crianças e a-do-les-cen-tes (CORRETO). Pouco a pouco, 
(INSERIR VÍRGULA) este quadro de desigualdade entre 
heterossexuais e homossexuais vai perdendo vez, pois 
a recusa à adoção precisa ser fundamentada em fatos 
reais e não apenas com meras suposições. Negar essa 
possibilidade de adoção é mascarar o preconceito à (USE 
A OU ÀS) condições sexuais diferentes das demais.
Segundo Gandhi, líder espiritual e pacifi sta indiano, 
tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos 
e para todas as raças. Portanto, em primeira análise, faz-
se necessário (FAZEM-SE NECESSÁRIAS) mudanças 
no ambiente escolar a respeito de tais mudanças 
(MODIFICAÇÕES) (A) que a sociedade está sendo submetida, 
palestras e acompanhamento de profi ssionais adequados 
tornam-se cruciais para que a criança em formação de hoje, 
(SEM VÍRGULA) seja o adulto mais tolerante do amanhã. 
Aliado à (SEM CRASE) isso, campanhas e pesquisas com 
o apoio governamental nas famílias que se formaram 
recentemente e que possuam qualquer tipo de diversidade, 
(SEM VÍRGULA) também se tornam apropriadas na 
comprovação de sua validez e efi ciência,(PONTO E NÃO 
VÍRGULA) vale também ressaltar que a reformulação no 
Estatuto da Família é indispensável. Por fi m, a presente 
temática precisa também de proteção jurídica mais efetiva, 
tanto em texto Constitucional quanto em legislação in-fra-
cons-ti-tu-cio-nal (CORRETO) para garantir de forma sólida 
a dig-ni-da-de (CORRETO) humana.
TEXTO 3
No que se refere (À) a precoce incremento da 
responsabilidade dos jovens no Brasil nos dias atuais, 
é possível identifi car tanto aspectos positivos quanto 
negativos. Se por um lado, (ELES) ad-qui-rem (CORRETO) 
consciência cidadã desde cedo; por outro, (TAL MEDIDA) 
pode proporcionar atitudes equívocadas (EQUIVOCADAS) 
mais facilmente.
É evidente que a possibilidade de reconhecer e ligar 
(LUTAR) contra problemas sociais é extremamente 
benéfi co à juventude. Segundo o economista inglês 
Thomas Hampfrey Marshall, a cidadania é o sentimento 
de pertencimento a um grupo de indivíduos que garante 
direitos e exige deveres pertinentes. Nesse sentido, quanto 
antes as crianças tenham a consciência cidadã, melhor 
será ao (O) desenvolvimento da sociedade.
Não obstante, essa precocidade pode levar os 
futuros adultos a agir (AGIREM) em des-a-cor-do com 
sua importância. Conforme SEGUNDO o fi lósofo grego 
Aristóteles, o bem-estar social atinge-se por meio de 
atitudes equilibradas dos indivíduos, isto é, quando estão 
afastadas dos excessos e das insufi ciências. Logo, quando 
os jovens agem por impulso pra (PARA) tentar resolver 
alguma difi culdade social, normalmente o fazem sem 
refletir nas (SOBRE) consequências das suas ações, o que 
pode gerar mais problemas aos outros. Isso é totalmente 
prejudicial pra sua formação.
É preciso, portanto, que as famílias e as escolas 
promovam debates no ambiente domiciliar e escolar, 
respectivamente, visando à prática da reflexão quanto à 
(A OU ÀS) diversas situações do cotidiano  a fi m de que 
nossa futura geração forme uma sociedade mais justa e 
consciente. 
06 COMPETÊNCIA 1
218
Comentário sobre o gabarito: As redações 
corrigidas não devem servir de modelo, mas de 
instrumento para correção. O uso das citações, a 
proposta de intervenção, a marca de autoria, entre 
outros fatores, também merecem comentários 
para adequação, mas não é objetivo deste módulo. 
Nos próximos, você conhecerá outras formas 
de correção de acordo com a competência cada 
competência do ENEM.
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