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1 Francinelma Pinto Lopes; Jéssica dos Santos; Luan de Jesus da Silva Freitas; Selma da Conceição Meireles Nunes. 2 Neuzilene Neves Fernandes. Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi – Bacharelado em Serviço Social (SES 0476) Seminário Interdisciplinar IV – 26/11/2018 Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO Palavras-chave: 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho vem discutir a importância da visita domiciliar na prática profissional do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Nova Cametá que teve como escolha o tema por ser um instrumento de análise, que pouco se tem encontrado em termos de produções que problematizem o modo como é utilizado no cotidiano profissional do Serviço Social. Na pesquisa pudemos observar de perto este instrumento (visita domiciliar) de trabalho utilizado pelo assistente social para conhecer o cotidiano das pessoas, no seu ambiente de convivência familiar e comunitária. O objetivo é verificar a importância da visita domiciliar como instrumento transformador da prática profissional do assistente social na realidade do usuário do CRAS Nova Cametá. Acreditamos que este trabalho possa contribuir reconhecendo que a visita domiciliar não é um instrumento natural, mas uma produção das práticas profissionais, a fim de poder problematizá-la, com o intuito de modificá-la e, propor cotidianamente a qualificação da prática do Assistente Social. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a partir de observação in loco e revisão de literatura bibliográfica, pois foi à maneira que encontramos para buscar uma maior interação com o assistente social e sua prática profissional e assim esclarecer nossas dúvidas e obtermos mais informações sobre o tema. Para melhor argumentação da temática utilizamos como referencial teórico Sarita Amaro (2003), entre outros. A fonte de nossa coleta de dados foi o CRAS Nova Cametá do município de Cametá o qual tem como objeto de estudo, a visita domiciliar na prática profissional do assistente social. A visita domiciliar é um instrumento de trabalho do serviço social, que tem por objetivo conhecer a realidade da população usuária, logo garante uma aproximação da instituição (CRAS) com a realidade do usuário. Este instrumento é utilizado pelo assistente social como estratégia de intervenção, porém, não como forma de fiscalização e sim como maneira de mediação. Desta forma o presente trabalho tem como objetivo verificar a importância da visita domiciliar na prática profissional do assistente social do CRAS Nova Cametá. Usamos como metodologia a pesquisa qualitativa, bibliográfica e de campo através da observação Para fundamentar a pesquisa buscou se apoio de fundamentos teóricos como Sarita Amaro (2003), entre outros. A partir da pesquisa podemos constatar que a visita domiciliar é aplicada pela instituição (CRAS) como instrumento estratégico na abordagem com as famílias, pois possibilita que o profissional se aproxime da realidade vivenciada pelos grupos familiares da localidade, podendo com isso acompanhar e analisar o resultado de suas intervenções. Desta forma buscando produzir mudanças no cotidiano da vida social da população atendida. Visita Domiciliar. Serviço Social. Prática Profissional. A IMPORTÂNCIA DAVISITA DOMICILIAR NA PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL DO CRAS NOVA CAMETÁ 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A visita domiciliar não é um instrumento exclusivo do Serviço Social, pois a mesma é utilizada por outros profissionais. Segundo Samaro (2014, p.19) “é uma técnica social, de natureza qualitativa, por meio da qual o profissional se debruça sobre a realidade social com a intenção de conhecê-la, descrevê-la, compreendê-la ou explicá-la. O seu diferencial em relação a outras técnicas é que tem por lócus o meio social, especialmente o lugar social mais privativo e que diz respeito ao território social do sujeito: a sua casa ou local de domicílio” em que na intervenção in loco proporciona uma coleta de dados mais eficaz, através da observação e entrevista. A mesma não deve ser feita com o objetivo de vigiar ou fiscalizar o usuário, pois investigar a verdade e diferente de provar a verdade e, a realidade não é uma fórmula matemática, com uma única resposta para cada equação, é bem mais complexa do que o nosso olhar ou percepção pode captar. Isso explica porque é tão fácil distorcemos os fatos e construirmos interpretações muitas vezes equivocadas ao realizar uma visita domiciliar, por isso deve-se estar despojado de preconceitos e mitos, pois cada visita tem um universo diferente. Afinal não existe um manual de visitação, espera-se que o profissional tenha a capacidade de identificar cada situação apresentada e para isso precisa conhecer o local de moradia dos sujeitos, sua cultura, seus anseios, suas rotinas com o propósito de estabelecer laços entre ele e os usuários e, assim interferir na situação apresentada. Até porque nem sempre na prática é possível de se identificar, de forma imediata, a vida objetiva do sujeito e como de fato suas várias inter-relações são estabelecidas entre o sujeito e a sua realidade, mas que nem sempre são identificadas por verbalizações, por isso é preciso atenção ao que não é visível, o que não é dito, o que não está aparente, ou seja, que se encontra latente na vida do sujeito, assim “compreender o fenômeno é atingir a essência” (KOSIK, 1989, p.12). Por isso é importante que o processo de trabalho do assistente social seja desenvolvido de acordo com as relações e as mediações necessárias para tal em que precisam atentar para a sua instrumentalidade, compreendendo-a a partir de seus eixos teórico/metodológico, ético/político e técnico/operativo, construindo um processo de trabalho próprio de seu campo de trabalho. Além disso, a capacidade de atuação do profissional em seu campo de trabalho deve estar associada diretamente como ele compreende o seu processo de trabalho, como estabelece as relações com o seu meio e a maneira como realiza as mediações com vistas a transformar a realidade, pois “o resultado desse processo é sempre uma transformação na natureza e no próprio homem, uma vez que ao final ele já não é mais o mesmo homem” (GUERRA, 2000, p.8). Logo o profissional ao intervir na realidade do sujeito o deve fazer com cuidado para que suas interpretações não sejam de acordo com seus conceitos morais e culturais e sim de acordo com as especificidades e particularidades dos sujeitos. Dessa forma o assistente social ao atuar diretamente no cotidiano dos sujeitos tem a possibilidade de construir um conhecimento sobre essa realidade, e assim intervir e transformar essa realidade. Mas que segundo Amaro (2003, p. 17) “Nem sempre somos capazes de captar completamente as relações que rodeiam o “sujeito ou grupo”, o qual nos preparamos para observar. 3 O problema é que nem sempre nossa razão e visão estão aptas a captar todas as relações, ações e significados que compõem o real do sujeito ou grupo que estamos dispostos a observar através da visita. Amaro (2003, p.17) Para Amaro (2003, p. 17)apesar de essa dificuldade constituir-se num fator complicador, ao mesmo tempo é ela mesma um fantástico desafio. Ela desafia constantemente nossa consciência a despojar-se de preconceitos e mitos; ao passo que nos provoca a olhar a realidade com curiosidade e espirito investigativo. E o assistente social na visita domiciliar deve estar preparado para o inesperado, os fatores surpresas e a aparição de situações devem ser bem-vinda. A realidade por ser complexa não deve ser interpretada apressadamente pelo assistente social sobre o que vê, pois muitas vezes nossos olhos preconceituosos e sem experiência investigativa tende a se manifestar com desvio, quando na verdade não é nada disso. O assistente social não deve acreditar nos padrões de realidade que conhece para nele encaixar a vida real das pessoas na qual irá visitar. Amaro (2003). Segundo Amaro (2003) a realidade encontra-se pronta para ser interpretada dentro de sua verdade peculiar e, o assistente social deve estar apto para encontrar a verdade daquela realidade, não a verdade que acredita ou que quer ver, pois não existe um modelo de realidade, para se classificar a verdade de cada história falada ou observada. Cada visita é uma experiência única e particular e, se houver afinidade com outras histórias já experimentadas pelo assistente social este deve aprender com essas evidências, sem deixar-se escravizar por elas. Afinal cada visita tem uma realidade diferente, apesar de apresentar problemas semelhantes, mas que devem ser trabalhado de acordo com as angustias, as relações intrafamiliar, as dificuldades, a convivência comunitária e rotina do sujeito. Já que muitas situações são forjadas pelos sujeitos para conseguir um parecer favorável à solicitação do seu problema. Então é preciso que o assistente social esteja atento, para concentrar sua percepção no que “não é dito” ou no que “não está diretamente visível”. Ou seja, deve olhar o diferente, o inaudito, o invisível o que está fora da sala ou fora de visão, o que não aparece no relato ou na casa e buscar evidências também no que está oculto. A visita domiciliar deve ser desenvolvida em três etapas como: o planejamento, a execução e o registro de dados. Na primeira, o planejamento, o assistente social deve ter clareza e segurança sobre a finalidade da realização da visita, das informações que serão coletadas e das dimensões de realidade social que serão observadas, norteando a abordagem a ser realizada. A segunda etapa, a execução da visita, com concordância dos usuários, o assistente social deve identificar-se (Nome e Função) e expressar de maneira informal, mas com clareza, os objetivos da visita e, fazer a coleta de dados, a qual abarca a identificação de demandas e necessidades sociais da população e a sistematização de informações sobre as mesmas, o que pressupõe habilidade de escuta, de questionamento e de observação. (LEWGOY; SILVEIRA, 2007). Na terceira etapa, o registro dos dados, em que deve ser explicado o motivo da anotação das informações e destacar o caráter sigiloso do mesmo. Sabemos que, quando nos aproximamos, a partir da visita domiciliar, no espaço de convivências das famílias, a quem supostamente vamos atender, é recorrente o risco de impor um modelo de vida desconsiderando os arranjos familiares, as histórias, as concepções do viver que podem ultrapassar os sistemas semióticos impostos, pois oferecem, em suas narrativas, um outro olhar de existência que necessita ser considerado (GUATTARI, 1987). 4 Neste momento o profissional deve explorar a realidade para melhor questioná-la e aproximar-se da verdade para não impor um modelo diferente daquele vivido pelo usuário, e tendo sempre como princípio e condição fundamental a ética e o respeito à relação construída com o indivíduo ou grupo, mas sempre reservando se a uma relação profissional. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Insira neste campo o registro fotográfico obtido na elaboração do seu artigo. Os procedimentos metodológicos utilizados para realização da pesquisa foi qualitativo, bibliográfico e de campo para melhor compreensão do tema. Sendo a mesma de caráter exploratório, uma vez que é tida por aquilo que não se pode mensurar e estimula o sujeito a refletir e explicitar-se livremente sobre o assunto exposto. Assim sendo é fundamental que se leve em conta o sujeito em si e suas peculiaridades considerando a sua relação dinâmica com o mundo, tais pormenores inviabilizam uma qualificação da pesquisa, ou seja, os dados coletados não podem ser traduzidos em números quantificáveis. Além disso, foram realizadas visitas domiciliares junto com o assistente social do CRAS Nova Cametá situado na Rua Coronel Raimundo Leão, s/n na busca de melhor compreender o tema. Como ressalta Martinelli (2003, p. 13), a atuação profissional “transita pelos meandros do público, do privado e do íntimo. As questões que nos são trazidas para enfrentamento estão relacionadas ao campo da intimidade, dos desejos, dos sentimentos, dos valores, com profundas implicações macrossociais”. Neste horizonte, é preciso ter clareza que a visita domiciliar implica o contato direto com o espaço privado de vida dos sujeitos, e, portanto, tal contato necessita ser norteado por finalidades claras voltadas ao aprofundamento do conhecimento da realidade da população com vistas ao fortalecimento de ações que objetivem proteção social e afirmação de acesso a direito. A visita domiciliar é uma prerrogativa de necessidade e opção do profissional, a qual considera as particularidades do espaço sócio ocupacional em que o trabalho é desenvolvido e analisa a situação concreta que demanda a ação profissional. A mesma pode ser realizada por causa de uma demanda identificada no próprio desenvolvimento de um acompanhamento à família e/ou usuário, e que tenha como objetivo o conhecimento ampliado de aspectos da realidade e contexto de vida cuja apreensão não seria possível numa entrevista, como também por solicitação da equipe de trabalho, de serviços e órgãos da rede de atendimento, processo em que é analisada a pertinência desta solicitação e as estratégias adequadas a serem acionadas. 5 Fonte: acervo pessoal da vivência Registro fotográfico feito em uma visita domiciliar ocorrida na Rua Dom José Elias, n º 65 - bairro cinturão verde, onde a avó do menor em questão solicitou junto ao CRAS a inclusão do menor no seu cadastro da Bolsa Família, uma vez que o mesmo está sob sua responsabilidade, conforme encaminhamento ao conselho tutelar. Registro fotográfico feito no decorrer de nossa visita no Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS, município de Cametá. Onde em visita ao mesmo tivemos a oportunidade de conversamos com o assistente social a respeito da visita domiciliar, o qual nos transmitiu informações relevantes, que certamente irá contribuir em nossa pesquisa, formação e em nossa prática profissional quando formado. Fonte: acervo pessoal da vivência 6 Fonte: acervo pessoal da Vivência Registro fotográfico referente à visitação ocorrida na Rua 24 de Dezembro, s/n, bairro Nova Cametá, Onde o requerente pai dos menores em questão solicitou junto ao CRAS a Bolsa Família dos menores, porém o cadastro da Bolsa Família dos menores em questão está com uma tia (mãe é falecida) e esta detém a guardade dois deles. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A vivência no CRAS da Nova Cametá nos possibilitou uma vivência mais aproximada da realidade do profissional da Assistência social de um bairro periférico da cidade de Cametá que está localizado na BR 422, que nos serviu como uma espécie de laboratório para visualizarmos de forma prática como se dá a demanda pelo serviço de assistencialismo ofertado pelo CRAS, por isso que caracterizamos essa etapa de formação como uma pesquisa de campo, por que tivemos o privilégio de emergir em algumas das questões mais delicadas do ofício da pessoa do assistente social. Para (BRASIL, 2011, Art. II) as atribuições do serviço estão: I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais.” (NR) A lista do artigo acima citado é vasta, a grande questão que se torna um grande empecilho e que na verdade é uma realidade que o mesmo Estado que cria todo esse “maravilhoso elenco” de questões a qual o prisional da assistência social é de certa forma responsável por realizar, e o mesmo Estado que não disponibiliza nenhuma estrutura adequada para que os itens acima citados sejam garantidos. 7 Hoje as atividades da instituição a qual foi nosso lócus de atividade dar-se de forma fragilizada, primeiro por um fator que está no Art. 6º-C. da Lei Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011. § 3º que diz: “Os CRAS e os CREAS são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do SUAS, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social (BRASIL, 2011, p. s/n)”. Essa comunicação aqui no município é algo que quase não funciona devido à sucateação que ocorre na maioria de todas as instituições que poderiam oferecer as políticas públicas previstas no artigo citado anteriormente, como: o CREAS, o Conselho Tutelar, A casa lar1, o CMDCA2 e entre outros. Durante o período de vivencia podemos observar a rotina do assistente social responsável pela nossa supervisão, a qual nos levou para realizar em conjunto ao mesmo três visitas domiciliares com casos distintos entre si. O primeiro caso foi à visita na residência do senhor Guilherme3, o qual deu entrada no pedido de desvinculação do cadastro único da ex-esposa, para que o mesmo realizasse o cadastramento para o programa social do Minha Casa Minha Vida, logo o real motivo da visita era a comprovação de que o requerente estava mesmo vivendo com outra pessoa, em outro endereço. A segunda situação era para averiguação e comprovação de que a senhora Joana4, pessoa de idade avança é a pessoa que está cuidando do neto, fato este atestado e registrado de acordo com os procedimentos de rotina. A terceira ocorrência foi uma das situações mais delica, aonde um determinado pai requeria a tutela bem como o pátrio poder dos filhos que no momento encontram-se sobre a tutela de uma tia. Segundo o ECA5, no seu Art. 21. Que afirma o seguinte: “O pátrio poder será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência”. Apesar de o artigo acima citado afirmar que o pai teria o direito legal de receber a tutela e o pátrio poder dos filhos, segundo a avaliação da assistente social o mesmo não possui a mínima condição de assumir os filhos e que o requerente na verdade está com seus interesses não necessariamente no bem estar dos menores e sim dos benefícios sociais que as crianças recebem. Logo o CRAS apresenta o que PEREIRA, GUARESCHI (2016) denominam de “cultura assistencialista” a onde os profissionais vão captar em muitos dos casos os usuários destes programas. A parcela de pessoas que buscam de forma espontânea os serviços que são ou deveriam ser ofertados pelos CRAS ainda é mínima se comparada com a imensidão de pessoas que necessitam. 1 Local de acolhimento de crianças em situações de vulnerabilidades sociais, que ficam sobre a responsabilidade do poder público local. 2 Instituição local que coordena as instituições como os conselhos tutelares etc... 3 Pseud. Nome, assim feito para garantir o anonimato do indivíduo visitado. 4 Pseud. Nome também para garantir o anonimato. 5 ECA: Estatuto da Criança e Adolescente. 8 5. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. AMARO, Sarita. Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa. Porto Alegre: AGE, 2003. COSTA, Arlindo. Metodologia da pesquisa científica. Santa Catarina: Mafra, 2006. BARROCO, Maria Lúcia Silva. Ética e Serviço Social: fundamentos sócios históricos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010. IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2012. KOSÍK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz Terra, 1989. Neste estudo buscou se ressaltar a importância da visita domiciliar como instrumento transformador na prática profissional do assistente social, onde a mesma não deve ser feita simplesmente para fiscalizar o usuário, mas para encontrar soluções aos problemas, visando à construção de novos valores e relações sociais, em busca de melhoria e qualidade de vida para todos os sujeitos que fazem parte do sistema. O assistente social que a tua no (CRAS) através de sua prática promove relações entre teoria - prática aprimorando seus conhecimentos, a final não existe um manual de visitação espera-se que o mesmo tenha a capacidade de identificar cada situação apresentada, ou seja, deve se conhecer o local de cada indivíduo, sua cultura, seus anseios, suas rotinas e etc. Acredita-se que a atuação do assistente social, por meio da visita domiciliar, contribua para o fortalecimento da garantia de direitos da população atendida, pois ao relacionar a teoria à prática impõe ao profissional confrontar a realidade imaginada e a realidade de fato, onde é possível identificar o papel interventivo e propositivo do assistente social frente aos desafios impostos, tendo como finalidade acompanhar as famílias referenciadas a ele, realizar as articulações e encaminhamentosnecessários. Diante disso vale comprovar que o trabalho do assistente social no CRAS é árduo, desafiador, difícil, uma luta diária que precisa incontestavelmente da teoria/prática para enfrentar as expressões da questão social. Portanto, na medida em que a sociedade capitalista produz e reproduz situações e as coloca para o profissional, este é obrigado a atualizar-se, redefinir estratégias e procedimentos, por isso a importância do mesmo sempre estar se capacitando para uma melhor intervenção. Diante disso vale comprovar que o trabalho do assistente social na visita domiciliar é de suma importância para a obtenção dos direitos por parte dos sujeitos. 9 MARTINELLI,M.L.Serviço Social na área de saúde: uma relação histórica. Intervenção Social, Lisboa, n. 28, p. 8-18, 2003. Disponível em: <https://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/is/article/view/1060>. Acesso em 26/10/2018. MARTINELLI, Maria Lúcia (org.). Pesquisa Qualitativa- um desafio instigante desafio. São Paulo: Veras Editora, 1999. LEWGOY, A.M.B, SILVEIRA, E.M.C. A entrevista nos processos de trabalho do assistente social. Textos e Contextos, Porto Alegre, v.6, n.2, p. 233-251,2007. Disponível em: <https://revistaseletronicas/pucrs.br/fo/ojs/index.php/fass/article/view/2315>.Acesso em: 15/11/2018. GUATTARI, Félix. Revolução molecular: Pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987. BRASIL, LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011.Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12435.htm >. Acesso em: 17 de Nov.2018. BRASIL, LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: < http://www.febem.sp.gov.br/files/pdf/eca.pdf > Acesso em: 17 de Nov.2018. PEREIRA, Vinicius Tonollier; GUARESCHI, Pedrinho Arcides. O CRAS em relação: profissionais e usuários (as) em movimento. Fractal: Revista de Psicologia, v. 28, n. 1, p. 102- 110, jan.-abr. 2016. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/fractal/v28n1/1984-0292-fractal- 28-1-0102.pdf > Acesso em: 17 de Nov.2018. Acadêmicos¹ RESUMO 1. INTRODUÇÃO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3. MATERIAIS E MÉTODOS
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