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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura do Rio de Janeiro-RJ 
Técnico de Enfermagem 
 
1. Vigilância em Saúde ....................................................................................................................... 1 
2. Código de Ética e Lei do Exercício Profissional de Enfermagem .................................................. 16 
3. Segurança e Saúde no Trabalho .................................................................................................. 50 
4. Enfermagem na Saúde da Mulher: assistência de enfermagem à mulher na saúde reprodutiva, no 
ciclo gravídico-puerperal e climatério, nos distúrbios ginecológicos ...................................................... 80 
5. Enfermagem na Saúde da Criança e do Neonato: ações preventivas, de promoção de assistência à 
saúde .................................................................................................................................................. 123 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção à 
saúde da mulher .................................................................................................................................. 179 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção à 
saúde da criança ................................................................................................................................. 179 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção à 
saúde do adolescente ......................................................................................................................... 180 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção à 
saúde do homem e do idoso ............................................................................................................... 200 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção à 
saúde na prevenção, no controle e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis, das doenças 
transmissíveis, das doenças não transmissíveis ................................................................................. 239 
6. Programas Nacionais de Saúde: atuação do Técnico de Enfermagem nas práticas de atenção na 
prevenção, no controle e tratamento das doenças das doenças crônico-degenerativas ....................... 271 
Atuação do Técnico de Enfermagem na execução das ações relacionadas ao Programa Nacional de 
Imunização .......................................................................................................................................... 279 
7. Fundamentos da Enfermagem .................................................................................................... 324 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
Vigilância em Saúde1 
 
O conceito de Vigilância em Saúde tem como pressuposto não só a vigilância de doenças 
transmissíveis, mas também, a prevenção e o controle de fatores de risco de doenças não transmissíveis 
e riscos ambientais. Neste sentido, torna-se imperiosa a integração destas ações em todos os níveis do 
Sistema Único de Saúde. 
A Vigilância em Saúde busca contemplar os princípios da integralidade e da atenção, combinando 
diversas tecnologias para intervir sobre a realidade da saúde. 
Para tal, precisamos superar a visão isolada e fragmentada na formulação das políticas de saúde e na 
organização das ações e dos serviços. É fundamental proceder a análise dos problemas de saúde da 
população, incorporando o maior conhecimento possível e integrando a área da assistência ao modelo 
epidemiológico adotado. 
Durante a maior parte do século XX, o Estado brasileiro organizou as ações de vigilância, prevenção 
e controle das doenças transmissíveis como programas verticalizados, com a formulação, a coordenação 
e a execução das ações realizadas diretamente pelo Governo Federal. Esses programas, em 1941, 
organizaram-se como Serviços Nacionais encarregados de controlar as doenças mais prevalentes na 
época, como a malária, a febre amarela, a peste, a tuberculose e a lepra. Sua estrutura se dava sob a 
forma de campanhas, adaptando-se a uma época em que a população era majoritariamente rural, e com 
serviços de saúde escassos e concentrados, quase exclusivamente, nas áreas urbanas. 
Em 1968, foi criado o Centro de Investigações Epidemiológicas (CIE) na Fundação Serviços de Saúde 
Pública (FSESP) que aplica os conceitos e as práticas da moderna vigilância, nascida nos Estados 
Unidos, na década de 50, no programa de erradicação da varíola. O CIE instituiu, a partir de 1969, o 
primeiro sistema nacional de notificação regular para um conjunto de doenças com importância para 
monitoramento de sua situação epidemiológica, o qual se originava desde as unidades das Secretarias 
Estaduais de Saúde. 
Na definição original, proposta pelo pioneiro A. Langmuir (1963), a vigilância correspondia, 
essencialmente, à detecção, análise e disseminação de informação sobre doenças relevantes, que 
deveriam ser objeto de monitoramento contínuo. Esse novo termo, vigilância (surveillance), foi utilizado 
pela primeira vez, em abril de 1955, na denominação do Programa Nacional de Vigilância da Poliomielite, 
criado junto aos Centros de Controle de Doenças (CDC) para coletar, consolidar e disseminar informação 
epidemiológica sobre essa doença. 
A vigilância pode ser definida como sendo a observação contínua da distribuição e tendências da 
incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade 
e mortalidade, assim como de outros dados relevantes e a regular disseminação dessas informações a 
todos que necessitam conhecê-la (Langmuir, 1963). 
Mais recentemente, pode ser percebida a utilização de denominações que buscam sintetizar de 
maneira mais apropriada, essa necessidade de ampliação do objeto da vigilância. O CDC e a OMS 
passam a utilizar o conceito de vigilância em saúde pública, da qual a vigilância de doenças transmissíveis 
seria apenas um de seus componentes. Para o CDC, vigilância em saúde pública é a coleta continua e 
sistemática, análise, interpretação e disseminação de dados relativos a eventos da saúde para uso na 
ação da saúde pública com o objetivo de reduzir a morbidade e a mortalidade e melhorar a saúde (CDC, 
2004). 
No Brasil, algumas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a partir de meados dos anos 1990, 
passaram a utilizar a denominação vigilância à saúde ou vigilância da saúde, para designar as novas 
unidades de suas estruturas organizacionaisque promoveram a unificação administrativa entre a área de 
vigilância epidemiológica e as atividades a ela relacionadas, com a área de vigilância sanitária e de saúde 
do trabalhador (PAIM, 2003). 
 
1 Texto adaptado de BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em Saúde. Brasília: CONASS, 2007. 
1. Vigilância em Saúde 
 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 2 
Em 2003, o Ministério da Saúde reorganizou a área de epidemiologia e controle de doenças, com a 
extinção do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) e a criação da Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Esta passou a reunir todas as atribuições do Cenepi e dos programas que integraram a extinta Secretaria 
de Políticas de Saúde: tuberculose, hanseníase, hepatites virais e as doenças sexualmente transmissíveis 
e aids (BRASIL, 2003a). 
A alteração na denominação correspondeu a uma importante mudança institucional, de reunir todas 
as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças numa mesma estrutura, e consolidar o processo 
de ampliação do objeto da vigilância. O objetivo é buscar responder melhor aos desafios colocados pelo 
perfil epidemiológico complexo que se apresenta na atualidade. 
 
A adoção do conceito de vigilância em saúde procurou simbolizar essa nova abordagem, mais 
ampla do que a tradicional prática de vigilância epidemiológica, tal como foi efetivamente 
construída no país, desde a década de 1970, incluindo: 
a) a vigilância das doenças transmissíveis; 
b) a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis e seus fatores de risco; 
c) a vigilância ambiental em saúde; 
d) a vigilância da situação de saúde, correspondendo a uma das aplicações da área também 
denominada como análise de situação de saúde (SILVA JÚNIOR). 
 
A Portaria GM/MS n. 1.172, de 15 de junho de 2004 (BRASIL), que atualizou a Portaria GM/MS n. 
1.399/99, passou a utilizar a denominação de vigilância em saúde, em substituição a anterior 
epidemiologia e controle de doenças. 
Com essa mudança, ficou estabelecida uma maior coerência com a própria estrutura atual do 
Ministério da Saúde e com processos similares que estão ocorrendo também nas Secretarias Estaduais 
e Municipais. 
A prática da vigilância em saúde, também, tem sido aprimorada quando influenciada pelas evidências 
produzidas, em grande medida, por suas próprias ações, incluindo a observação e uso de informações 
sobre a magnitude dos problemas de saúde e seus determinantes, as disparidades de risco entre 
pessoas, entre momentos no tempo e entre regiões distintas, assim como a influência das desigualdades 
e do contexto social e econômico na saúde das populações brasileiras. 
Na Portaria GM/MS n. 1.172/04 estão definidas as responsabilidades de cada uma das esferas de 
governo, cabendo ao Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), a 
gestão do sistema nacional de vigilância em saúde, compreendendo, principalmente, a coordenação 
nacional das ações de Vigilância em Saúde, com ênfase naquelas que exigem simultaneidade nacional 
ou regional para alcançar êxito; a normatização técnica; a gestão dos sistemas de informação 
epidemiológica (Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, Sistema de Informações sobre 
Nascidos Vivos – Sisnac, Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, Sistema de 
Informações do Programa Nacional Sinan, Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização 
– SI-PNI, entre outros); a execução das ações de Vigilância em Saúde de forma complementar e/ou 
suplementar aos estados, em situações em que exista risco de disseminação nacional; e o fornecimento 
de insumos estratégicos para a realização das ações de prevenção e controle de doenças, como 
inseticidas e biolarvicidas, medicamentos, vacinas e imunobiológicos e kits para a realização de 
diagnóstico das doenças de notificação compulsória. 
Além disso, a Secretaria de Vigilância em Saúde estabelece anualmente as metas e ações a serem 
desenvolvidas por unidade federada, respeitadas as especificidades estaduais, tendo como base 
fundamental a análise da situação epidemiológica de cada agravo. 
Para o Ministério da Saúde, a programação anual do estado é representada pelas Ações Prioritárias 
de Vigilância em Saúde, que corresponde a um consolidado estadual, ou seja, uma sistematização do 
resultado de todo processo de elaboração de programação, envolvendo a composição orçamentária, o 
modelo de gestão, o modelo de atenção e os recursos estratégicos. No que tange especificamente ao 
modelo de atenção, contém o resultado da programação acordada entre municípios quanto à assistência, 
à vigilância sanitária, vigilância, prevenção e controle de doenças. 
 
As Ações Prioritárias de Vigilância em Saúde estabelecem um conjunto de atividades e metas, 
discutidas e acordadas entre a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Secretarias Estaduais de Saúde 
(SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS), relativo a área de vigilância, prevenção e controle de 
doenças e ações básicas de vigilância sanitária. 
 
 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 3 
Essas ações estão agrupadas nos seguintes módulos: 
- Notificação de doenças e agravos; 
- Investigação epidemiológica; 
- Diagnóstico laboratorial de agravos de saúde pública; 
- Vigilância ambiental; 
- Vigilância de doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses; 
- Controle de doenças; 
- Imunizações; 
- Monitorização de agravos de relevância epidemiológica; 
- Divulgação de informações epidemiológicas; 
- Elaboração de estudos e pesquisas em epidemiologia; 
- Alimentação e manutenção de sistemas de informação; 
- Acompanhamento das atividades programadas; 
- Ações básicas de vigilância sanitária. 
 
Atualmente, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) é responsável, 
em âmbito nacional, por todas as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, 
pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde 
ambiental e do trabalhador e também pela análise de situação de saúde da população brasileira. 
As funções da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) incluem a coordenação de programas de 
prevenção e controle de doenças transmissíveis de relevância nacional, como aids, dengue, malária, 
hepatites virais, doenças imunopreveníveis, leishmaniose, hanseníase e tuberculose e do Programa 
Nacional de Imunizações (PNI); investigação de surtos de doenças; coordenação da rede nacional de 
laboratórios de saúde pública; gestão de sistemas de informação de mortalidade, agravos de notificação 
obrigatória e nascidos vivos, realização de inquéritos de fatores de risco, coordenação de doenças e 
agravos não-transmissíveis e análise de situação de saúde, incluindo investigações e inquéritos sobre 
fatores de risco de doenças não transmissíveis, entre outras ações. 
 
Para saber mais sobre vigilância em Saúde, leia a Portaria nº 1.378, de 9 de julho de 2013. 
 
PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013 
 
Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações 
de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema 
Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária2. 
 
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do 
parágrafo único do art. 87 da Constituição, e 
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências; 
Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do SistemaÚnico de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais 
de recursos financeiros na área da saúde; 
Considerando a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 
Considerando a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o § 3º do art. 
198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os 
critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e 
controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; 
Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento 
da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências; e 
Considerando a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento 
e a transferência dos recursos federais para as ações e serviços de saúde, na forma de blocos de 
financiamento, com o respectivo monitoramento e controle, resolve: 
 
2 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html - Acesso em 25/01/2019 às 15h12min. 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 4 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
 
Art. 1º Esta Portaria regulamenta as responsabilidades e define as diretrizes para execução e 
financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. 
 
Art. 2º A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, 
análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a 
implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e 
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde. 
 
Art. 3º As ações de Vigilância em Saúde são coordenadas com as demais ações e serviços 
desenvolvidos e ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a integralidade da atenção à 
saúde da população. 
 
Art. 4º As ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem 
práticas e processos de trabalho voltados para: 
I - a vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o 
planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de 
saúde pública; 
II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde 
pública; 
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; 
IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; 
V - a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde; 
VI - a vigilância da saúde do trabalhador; 
VII - vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e 
tecnologias de interesse a saúde; e 
VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em 
serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes de estudo e 
trabalho e na própria comunidade. 
 
CAPÍTULO II 
DAS COMPETÊNCIAS 
Seção I 
Da União 
 
Art. 5º Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações de vigilância em saúde no âmbito da 
União, cabendo: 
I - à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) a coordenação do Sistema Nacional de Vigilância 
em Saúde; e 
II - à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a coordenação do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária. 
 
Art. 6º Compete à SVS/MS: 
I - ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis, a vigilância e prevenção das 
doenças e agravos não transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância de populações expostas a 
riscos ambientais em saúde, gestão de sistemas de informação de vigilância em saúde de âmbito nacional 
e que possibilitam análises de situação de saúde, as ações de vigilância da saúde do trabalhador e ações 
de promoção em saúde; 
II - participação na formulação de políticas, diretrizes e prioridades em Vigilância em Saúde no âmbito 
nacional; 
III - coordenação nacional das ações de Vigilância em Saúde, com ênfase naquelas que exigem 
simultaneidade nacional ou regional; 
IV - apoio e cooperação técnica junto aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios para o 
fortalecimento da gestão da Vigilância em Saúde; 
V - execução das ações de Vigilância em Saúde de forma complementar à atuação dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, nos casos previstos em lei; 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 5 
VI - participação no financiamento das ações de Vigilância em Saúde; 
VII - normalização técnica; 
VIII - coordenação dos sistemas nacionais de informação de interesse da Vigilância em Saúde, 
incluindo: 
a) estabelecimento de diretrizes, fluxos e prazos, a partir de negociação tripartite, para o envio dos 
dados para o nível nacional; 
b) estabelecimento e divulgação de normas técnicas, rotinas e procedimentos de gerenciamento dos 
sistemas nacionais; e 
c) retroalimentação dos dados para as Secretarias Estaduais de Saúde; 
IX - coordenação da preparação e resposta das ações de vigilância em saúde, nas emergências de 
saúde pública de importância nacional e internacional, bem como cooperação com Estados, Distrito 
Federal e Municípios em emergências de saúde pública, quando indicado; 
X - coordenação, monitoramento e avaliação da estratégia de Vigilância em Saúde sentinela em âmbito 
hospitalar, em articulação com os Estados e Distrito Federal; 
XI - monitoramento e avaliação das ações de Vigilância em Saúde; 
XII - desenvolvimento de estratégias e implementação de ações de educação, comunicação e 
mobilização social referentes à Vigilância em Saúde; 
XIII - realização de campanhas publicitárias em âmbito nacional e/ou regional na Vigilância em Saúde; 
XIV - participação ou execução da educação permanente em Vigilância em Saúde; 
XV - promoção e implementação do desenvolvimento de estudos, pesquisas e transferência de 
tecnologias que contribuam para o aperfeiçoamento das ações e incorporação de inovações na área de 
Vigilância em Saúde; 
XVI - promoção e fomento à participação social nas ações de Vigilância em Saúde; 
XVII - promoção da cooperação e do intercâmbio técnico-científico com organismos governamentais e 
não governamentais, de âmbito nacional e internacional, na área de Vigilância em Saúde; 
XVIII - gestão dos estoques nacionais de insumos estratégicos, de interesse da Vigilância em Saúde, 
inclusive o monitoramento dos estoques e a solicitação da distribuição aos Estados e Distrito Federal de 
acordo com as normas vigentes; 
XIX - provimento dos seguintes insumos estratégicos: 
a) imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações; 
b) seringas e agulhas para campanhas de vacinação que não fazem parte daquelas já estabelecidas 
ou quando solicitadas por um Estado; 
c) medicamentos específicos para agravos e doenças de interesse da Vigilância em Saúde, conforme 
termos pactuados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT); 
d) reagentes específicos e insumos estratégicos para as ações laboratoriais de Vigilância em Saúde, 
nos termos pactuados na CIT; 
e) insumos destinados ao controle de doenças transmitidas por vetores, compreendendo: praguicidas, 
inseticidas, larvicidas e moluscocidas - indicados pelos programas; 
f) equipamentosde proteção individual (EPI) para as ações de Vigilância em Saúde sob sua 
responsabilidade direta, que assim o exigirem; 
g) insumos de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, indicados 
pelos programas, nos termos pactuados na CIT; e 
h) formulários das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) e de óbitos (DO); 
XX - coordenação e normalização técnica das ações de laboratório necessárias para a Vigilância em 
Saúde, bem como estabelecimento de fluxos técnico operacionais, habilitação, supervisão e avaliação 
das unidades partícipes; 
XXI - coordenação do Programa Nacional de Imunizações, incluindo a definição das vacinas 
componentes do calendário nacional, as estratégias e normalizações técnicas sobre sua utilização, com 
destino adequado dos insumos vencidos ou obsoletos, de acordo com as normas técnicas vigentes; 
XXII - participação no processo de implementação do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, no 
âmbito da Vigilância em Saúde; e 
XXIII - estabelecimento de incentivos que contribuam para o aperfeiçoamento e melhoria da qualidade 
das ações de Vigilância em Saúde. 
 
Art. 7º Compete à ANVISA: 
I - participação na formulação de políticas e diretrizes em Vigilância Sanitária no âmbito nacional; 
II - regulação, controle e fiscalização de procedimentos, produtos, substâncias e serviços de saúde e 
de interesse para a saúde; 
1548178 E-book gerado especialmente para DAIANE
 
. 6 
III - execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser 
supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante pactuação na 
CIT; 
IV - proposição de critérios, parâmetros e métodos para a execução das ações estaduais, distritais e 
municipais de vigilância sanitária; 
V - monitoramento da execução das ações descentralizadas no âmbito do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária; 
VI- promoção da harmonização dos procedimentos sanitários no âmbito do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária; 
VII - apoio e cooperação técnica junto aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o 
fortalecimento da gestão da Vigilância Sanitária; 
VIII - participação no financiamento das ações de Vigilância Sanitária; 
IX - coordenação do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (LACEN), nos aspectos 
relativos à Vigilância Sanitária, com estabelecimentos de normas técnicas e gerenciais; 
X - assessoria, complementar ou suplementar, das ações de vigilância sanitária dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios para o exercício do controle sanitário; 
XI - adoção das medidas para assegurar o fluxo, o acesso e a disseminação das informações de 
vigilância sanitária para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; 
XII - coordenação das ações de monitoramento da qualidade e segurança dos bens, produtos e 
serviços sujeitos à Vigilância Sanitária; 
XIII - participação na formulação, implementação, acompanhamento e avaliação dos processos de 
gestão da educação e do conhecimento no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; 
XIV - promoção, implementação e apoio, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, de 
estudos, pesquisas e ferramentas que contribuam para o aperfeiçoamento das ações e incorporação de 
inovações na área de Vigilância Sanitária; 
XV - promoção da cooperação e do intercâmbio técnico-científico com organismos governamentais e 
não governamentais, de âmbito nacional e internacional, na área de Vigilância Sanitária; 
XVI - promoção e desenvolvimento de ações e estratégias que contribuam para a participação e o 
controle social em Vigilância Sanitária; e 
XVII - participação no processo de implementação do Decreto nº 7.508/2011, no âmbito da Vigilância 
Sanitária. 
 
Art. 8º As proposições de alteração de estratégias ou atribuições que gerem impacto financeiro 
adicional ou modificações na organização dos serviços serão pactuadas na CIT. 
Parágrafo único. Em situações especiais e de emergência em saúde pública, a União adotará as 
medidas de saúde pública necessárias para o seu enfrentamento, que serão posteriormente comunicadas 
à CIT. 
 
Seção II 
Dos Estados 
 
Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde a coordenação do componente estadual dos 
Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária, no âmbito de seus limites 
territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e prioridades estabelecidas, compreendendo: 
I - ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis, a vigilância e prevenção das 
doenças e agravos não transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância de populações expostas a 
riscos ambientais em saúde, gestão de sistemas de informação de vigilância de âmbito estadual que 
possibilitam análises de situação de saúde, as ações de vigilância da saúde do trabalhador, ações de 
promoção em saúde e o controle dos riscos inerentes aos produtos e serviços de interesse a saúde; 
II - implementação das políticas, diretrizes e prioridades na área de vigilância, no âmbito de seus limites 
territoriais; 
III - coordenação das ações com ênfase naquelas que exigem simultaneidade estadual, regional e 
municipal; 
IV - apoio e cooperação técnica junto aos Municípios no fortalecimento da gestão das ações de 
Vigilância; 
V - execução das ações de Vigilância de forma complementar à atuação dos Municípios; 
VI - participação no financiamento das ações de Vigilância; 
VII - normalização técnica complementar à disciplina nacional; 
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. 7 
VIII - coordenação e alimentação, quando couber, dos sistemas de informação de interesse da 
vigilância em seu âmbito territorial, incluindo: 
a) estabelecimento de diretrizes, fluxos e prazos para o envio dos dados pelos Municípios e/ou 
unidades regionais definidas pelo Estado, respeitando os prazos estabelecidos no âmbito nacional; 
b) estabelecimento e divulgação de normas técnicas, rotinas e procedimentos de gerenciamento dos 
sistemas, em caráter complementar à atuação da esfera federal; e 
c) retroalimentação dos dados às Secretarias Municipais de Saúde; 
IX - coordenação da preparação e resposta das ações de vigilância, nas emergências de saúde pública 
de importância estadual, bem como cooperação com Municípios em emergências de saúde pública de 
importância municipal, quando indicado; 
X - coordenação, monitoramento e avaliação da estratégia de Vigilância em Saúde sentinela em âmbito 
hospitalar, em articulação com os Municípios; 
XI - desenvolvimento de estratégias e implementação de ações de educação, comunicação e 
mobilização social; 
XII - monitoramento e avaliação das ações de Vigilância em seu âmbito territorial; 
XIII - realização de campanhas publicitárias de interesse da vigilância, em âmbito estadual; 
XIV - fomento e execução da educação permanente em seu âmbito de atuação; 
XV - promoção da cooperação e do intercâmbio técnico-científico com organismos governamentais e 
não governamentais, de âmbito estadual, nacional e internacional; 
XVI - promoção e fomento à participação social nas ações de vigilância; 
XVII - gestão dos estoques estaduais de insumos estratégicos de interesse da Vigilância em Saúde, 
inclusive o armazenamento e o abastecimento aos Municípios, de acordo com as normas vigentes; 
XVIII - provimento dos seguintes insumos estratégicos: 
a) seringas e agulhas, sendo facultada ao Estado a solicitação da aquisição pela União; 
b) medicamentos específicos, para agravos e doenças de interesse da Vigilância em Saúde, nos 
termos pactuados na CIT; 
c) meios de diagnóstico laboratorial para as ações de Vigilância em Saúde, nos termos pactuados na 
Comissão Intergestores Bipartite (CIB); 
d) insumos de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, indicadospelos programas, nos termos pactuados na CIB; 
e) equipamentos de aspersão de inseticidas; 
f) EPI para todas as atividades de Vigilância em Saúde que assim o exigirem, em seu âmbito de 
atuação, incluindo: 
1. máscaras faciais completas para nebulização de inseticidas a Ultra Baixo Volume para o combate a 
vetores; e 
2. máscaras semifaciais para a aplicação de inseticidas em superfícies com ação residual para o 
combate a vetores; 
g) óleo vegetal para diluição de praguicida; 
XIX - coordenação, acompanhamento e avaliação da rede estadual de laboratórios públicos e privados 
que realizam análises de interesse em saúde pública, nos aspectos relativos à vigilância, com 
estabelecimento de normas e fluxos técnico-operacionais, credenciamento e avaliação das unidades 
partícipes; 
XX - garantia da realização de análises laboratoriais de interesse da vigilância, conforme organização 
da rede estadual de laboratórios e pactuação na CIB; 
XXI - armazenamento e transporte adequado de amostras laboratoriais para os laboratórios de 
referência nacional; 
XXII - coordenação do componente estadual do Programa Nacional de Imunizações, com destino 
adequado dos insumos vencidos ou obsoletos, de acordo com as normas técnicas vigentes; 
XXIII - participação no processo de implementação do Decreto nº 7.508/2011, no âmbito da vigilância; 
XXIV - colaboração com a União na execução das ações sob Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos 
e Fronteiras, conforme pactuação tripartite; e 
XXV - estabelecimento de incentivos que contribuam para o aperfeiçoamento e melhoria da qualidade 
das ações de Vigilância. 
Parágrafo único. Os Estados poderão adquirir insumos estratégicos para uso em Vigilância em Saúde, 
em situações específicas, mediante pactuação na CIT entre as esferas governamentais, observada a 
normalização técnica e, em situações excepcionais, mediante a comunicação formal com a respectiva 
justificativa à SVS/MS. 
 
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. 8 
Art. 10. As proposições de alteração de estratégias ou atribuições que gerem impacto financeiro 
adicional ou modificações na organização dos serviços serão pactuadas na CIB. 
Parágrafo único. Em situações especiais e de emergência em saúde pública, o Estado adotará as 
medidas de saúde pública necessárias para o seu enfrentamento, que serão posteriormente comunicadas 
à CIB. 
 
Seção III 
Dos Municípios 
 
Art. 11. Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal 
dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária, no âmbito de seus limites 
territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, compreendendo: 
I - ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis, a vigilância e prevenção das 
doenças e agravos não transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância de populações expostas a 
riscos ambientais em saúde, gestão de sistemas de informação de vigilância em saúde em âmbito 
municipal que possibilitam análises de situação de saúde, as ações de vigilância da saúde do trabalhador, 
ações de promoção em saúde e o controle dos riscos inerentes aos produtos e serviços de interesse a 
saúde; 
II - coordenação municipal e execução das ações de vigilância; 
III - participação no financiamento das ações de vigilância; 
IV - normalização técnica complementar ao âmbito nacional e estadual; 
V - coordenação e alimentação, no âmbito municipal, dos sistemas de informação de interesse 
da vigilância, incluindo: 
a) coleta, processamento, consolidação e avaliação da qualidade dos dados provenientes das 
unidades notificantes dos sistemas de base nacional, de interesse da vigilância, de acordo com 
normalização técnica; 
b) estabelecimento e divulgação de diretrizes, normas técnicas, rotinas e procedimentos de 
gerenciamento dos sistemas, no âmbito do Município, em caráter complementar à atuação das esferas 
federal e estadual; e 
c) retroalimentação dos dados para as unidades notificadoras; 
VI - coordenação da preparação e resposta das ações de vigilância, nas emergências de saúde pública 
de importância municipal; 
VII - coordenação, monitoramento e avaliação da estratégia de Vigilância em Saúde sentinela em 
âmbito hospitalar; 
VIII - desenvolvimento de estratégias e implementação de ações de educação, comunicação e 
mobilização social; 
IX - monitoramento e avaliação das ações de vigilância em seu território; 
X - realização de campanhas publicitárias de interesse da vigilância, em âmbito municipal; 
XI - promoção e execução da educação permanente em seu âmbito de atuação; 
XII - promoção e fomento à participação social nas ações de vigilância; 
XIII - promoção da cooperação e do intercâmbio técnico-científico com organismos governamentais e 
não governamentais de âmbito municipal, intermunicipal, estadual, nacional e internacional; 
XIV - gestão do estoque municipal de insumos de interesse da Vigilância em Saúde, incluindo o 
armazenamento e o transporte desses insumos para seus locais de uso, de acordo com as normas 
vigentes; 
XV - provimento dos seguintes insumos estratégicos: 
a) medicamentos específicos, para agravos e doenças de interesse da Vigilância em Saúde, nos 
termos pactuados na CIT; 
b) meios de diagnóstico laboratorial para as ações de Vigilância em Saúde nos termos pactuados na 
CIB; 
c) insumos de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, indicados 
pelos programas, nos termos pactuados na CIB; e 
d) equipamentos de proteção individual - EPI - para todas as atividades de Vigilância em Saúde que 
assim o exigirem, em seu âmbito de atuação, incluindo vestuário, luvas e calçados; 
XVI - coordenação, acompanhamento e avaliação da rede de laboratórios públicos e privados que 
realizam análises essenciais às ações de vigilância, no âmbito municipal; 
XVII - realização de análises laboratoriais de interesse da vigilância, conforme organização da rede 
estadual de laboratórios pactuados na CIR/CIB; 
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. 9 
XVIII - coleta, armazenamento e transporte adequado de amostras laboratoriais para os laboratórios 
de referência; 
XIX - coordenação e execução das ações de vacinação integrantes do Programa Nacional de 
Imunizações, incluindo a vacinação de rotina com as vacinas obrigatórias, as estratégias especiais como 
campanhas e vacinações de bloqueio e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos 
temporalmente associados à vacinação; 
XX - descartes e destinação final dos frascos, seringas e agulhas utilizadas, conforme normas técnicas 
vigentes; 
XXI - participação no processo de implementação do Decreto nº 7.508/2011, no âmbito da vigilância; 
XXII - colaboração com a União na execução das ações sob Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos 
e Fronteiras, conforme pactuação tripartite; e 
XXIII - estabelecimento de incentivos que contribuam para o aperfeiçoamento e melhoria da qualidade 
das ações de Vigilância em Saúde. 
Parágrafo único. Os Municípios poderão adquirir insumos estratégicos para uso em Vigilância em 
Saúde, em situações específicas, mediante pactuação na CIT entre as esferas governamentais, 
observada a normalização técnica e, em situações excepcionais, mediante a comunicação formal com 
justificativa à SVS/MS ou à Secretaria Estadual de Saúde. 
 
Seção IV 
Do Distrito Federal 
 
Art. 12. A coordenação dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária pelo 
Distrito Federal compreenderá, simultaneamente, as competências relativas a Estados e Municípios. 
 
CAPÍTULO III 
DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES 
Seção I 
Do Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde e da Transferência de Recursos 
 
Art. 13. Os recursos federais transferidos para Estados, Distrito Federal e Municípios parafinanciamento das ações de Vigilância em Saúde estão organizados no Bloco Financeiro de 
Vigilância em Saúde e são constituídos por: 
I - Componente de Vigilância em Saúde; e 
II - Componente da Vigilância Sanitária. 
Parágrafo único. Os recursos de um componente podem ser utilizados em ações do outro componente 
do Bloco de Vigilância em Saúde, desde que cumpridas as finalidades previamente pactuadas no âmbito 
da CIT para execução das ações e observada a legislação pertinente em vigor. 
 
Art. 14. Os recursos do Bloco de Vigilância em Saúde serão repassados mensalmente de forma regular 
e automática do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios para uma conta única e específica. 
 
Seção II 
Do Componente da Vigilância em Saúde 
 
Art. 15. O Componente de Vigilância em Saúde refere-se aos recursos federais destinados às 
ações de: 
I - vigilância; 
II - prevenção e controle de doenças e agravos e dos seus fatores de risco; e 
III - promoção. 
§ 1º A aplicação dos recursos oriundos do Componente de Vigilância em Saúde guardará relação com 
as responsabilidades estabelecidas nesta Portaria, sendo constituído em: 
I - Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS); e 
II - Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS). 
III - Assistência Financeira aos Agentes de Combate às Endemias. (Redação dada pela PRT GM/MS 
n° 1.955 de 02.12.2015) 
§ 2º Os valores do PFVS serão ajustados anualmente com base na população estimada pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
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. 10 
Art. 16. O PFVS compõe-se de um valor "per capita" estabelecido com base na estratificação das 
unidades federadas em função da situação epidemiológica e grau de dificuldade operacional para a 
execução das ações de vigilância em saúde. 
Parágrafo único. Para efeito do PFVS, as unidades federativas são agrupadas nos seguintes termos: 
I - Estrato I: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Municípios pertencentes 
à Amazônia Legal dos Estados do Maranhão (1) e Mato Grosso (1); 
II - Estrato II: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão (2), Minas Gerais, Mato Grosso 
do Sul, Mato Grosso (2), Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe; e 
III - Estrato III: Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
Art. 17. A divisão dos recursos que compõem o PFVS entre a Secretaria de Estado da Saúde e as 
Secretarias Municipais de Saúde será aprovada no âmbito da CIB, observados os seguintes critérios: 
I - as Secretarias Estaduais de Saúde perceberão valores equivalentes a, no mínimo, 10% (dez por 
cento) do PFVS atribuído ao Estado correspondente; 
II - cada Município perceberá valores equivalentes a no mínimo 60% (sessenta por cento) do "per 
capita" do PFVS atribuído ao Estado correspondente; e 
III - cada capital e Município que compõe sua região metropolitana perceberá valores equivalentes a 
no mínimo 80% do "per capita" do PFVS atribuído ao Estado correspondente. 
Parágrafo único. A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal perceberá o montante total 
relativo ao PFVS atribuído a esta unidade federativa. 
 
Art. 18. O PVVS é constituído pelos seguintes incentivos financeiros específicos, recebidos 
mediante adesão pelos entes federativos, regulamentados conforme atos específicos do Ministro 
de Estado da Saúde: 
I - incentivo para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos de vigilância 
em saúde; 
II - incentivo às ações de vigilância, prevenção e controle das DST/AIDS e hepatites virais; e 
III - Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde. 
Parágrafo único. O conjunto das ações executadas poderá ser ajustado em função da situação 
epidemiológica, incorporação de novas tecnologias ou outro motivo que assim justifique, mediante registro 
no Relatório de Gestão. 
 
Art. 18-A. A Assistência Financeira aos Agentes de Combate às Endemias é constituída pelos 
seguintes incentivos específicos, recebidos mediante adesão pelos entes federativos, nos termos da Lei 
nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, alterada pela Lei nº 12.994, de 17 de junho de 2014, e do Decreto nº 
8.474, de 22 de junho de 2015: (Redação dada pela PRT GM/MS n° 1.955 de 02.12.2015) 
I - Assistência Financeira Complementar da União; e (Redação dada pela PRT GM/MS n° 1.955 de 
02.12.2015) 
II - Incentivo Financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação dos Agentes de Combate às 
Endemias (Redação dada pela PRT GM/MS n° 1.955 de 02.12.2015) 
 
Art. 19. O incentivo para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos 
de vigilância em saúde, do PVVS, será composto pela unificação dos seguintes incentivos: 
I - Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE); 
II - Serviço de Verificação de Óbito (SVO); 
III - Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP); 
IV - Apoio de laboratório para o monitoramento da resistência a inseticidas de populações de "Aedes 
aegypti" provenientes de diferentes Estados do País; 
V - Fator de Incentivo para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (FINLACEN); 
VI - Vigilância Epidemiológica da Influenza; 
VII - Ações do Projeto Vida no Trânsito; e 
VIII - Ações de Promoção da Saúde do Programa Academia da Saúde. 
Parágrafo único. As Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios que, na data da 
publicação desta Portaria, recebam os incentivos de que trata o "caput", garantirão a manutenção do 
conjunto de ações para os quais se destinam. 
 
Art. 20. O incentivo para as ações de Vigilância, Prevenção e Controle das DST/AIDS e Hepatites 
Virais será composto pela unificação dos seguintes incentivos: 
I - Qualificação das Ações de Vigilância e Promoção da Saúde as DST/AIDS e Hepatites Virais; 
II - Casas de Apoio para Pessoas Vivendo com HIV/AIDS; e 
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. 11 
III - Fórmula infantil às crianças verticalmente expostas ao HIV. 
Parágrafo único. As Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios que, na data da 
publicação desta Portaria, recebam os incentivos de que trata o "caput", garantirão a manutenção do 
conjunto das ações programadas na oportunidade de sua instituição, incluindo o apoio a organizações da 
sociedade civil para o desenvolvimento de ações de prevenção e/ou de apoio às pessoas vivendo com 
HIV/AIDS e hepatites virais. 
 
Art. 21. O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde tem como objetivo induzir o 
aperfeiçoamento das ações de vigilância em saúde no âmbito estadual, distrital e municipal e será 
regulamentado por ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 22. A SVS/MS disporá de uma reserva estratégica federal para emergências epidemiológicas, 
constituída de valor equivalente a 5% (cinco por cento) dos recursos anuais do Componente de Vigilância 
em Saúde. 
Parágrafo único. Os recursos não aplicados serão repassados para as Secretarias de Saúde dos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios propostos pelo Ministério da Saúde e aprovados 
na CIT. 
 
Art. 23. O detalhamento dos valores referentes ao repasse federal do Componente de Vigilância em 
Saúde será publicado por ato do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Seção III 
Do Componente da Vigilância Sanitária 
 
Art. 24. O Componente da Vigilância Sanitária refere-se aos recursos federais destinados às 
ações de vigilância sanitária, constituído de: 
I - Piso Fixo de Vigilância Sanitária - PFVisa: destinados a Estados, Distrito Federal e Municípios, 
visando o fortalecimento do processo de descentralização, a execução das ações de vigilância sanitária 
e para a qualificação das análises laboratoriais de interesse para a vigilância sanitária; e 
II - Piso Variávelde Vigilância Sanitária - PVVisa: destinados a Estados, Distrito Federal e Municípios, 
na forma de incentivos específicos para implementação de estratégias voltadas à Vigilância Sanitária. 
 
Art. 25. Os valores do PFVisa serão ajustados anualmente com base na população estimada pelo 
IBGE. 
Parágrafo único. Caso haja redução populacional e verificando-se a presença de necessidades de 
saúde da população, será dispensado, mediante prévia pactuação na CIT, o ajuste de que trata o caput. 
 
Art. 26. O PFVisa, para o Distrito Federal e os Estados, é composto por valor "per capita" estadual e 
por valores destinados ao FINLACEN-VISA. 
Parágrafo único. Fica estabelecido um Limite Mínimo de Repasse estadual (LMRe), no âmbito do 
PFVisa, que trata de recursos financeiros mínimos destinados aos Estados e ao Distrito Federal para 
estruturação dos serviços estaduais de vigilância sanitária, para o fortalecimento do processo de 
descentralização e para a execução das ações de vigilância sanitária. 
 
Art. 27. O PFVisa, para os Municípios, é composto por valor "per capita" municipal destinado às ações 
estruturantes e estratégicas de vigilância sanitária. 
Parágrafo único. Fica estabelecido um Limite Mínimo de Repasse municipal (LMRm), no âmbito do 
PFVisa, que trata de recursos financeiros mínimos destinados aos Municípios para estruturação dos 
serviços municipais de vigilância sanitária, para o fortalecimento do processo de descentralização e para 
a execução das ações de vigilância sanitária. 
 
Art. 28. O PVVisa é constituído por incentivos financeiros específicos para implementação de 
estratégias nacionais de interesse da vigilância sanitária, relativas à necessidade de saúde da população, 
definidas de forma tripartite. 
 
Art. 29. O detalhamento dos valores de que tratam os arts. 26, 27 e 28 serão definidos em ato 
específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
 
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. 12 
Seção IV 
Das diretrizes, monitoramento das ações, resultados e demonstrativo do uso dos recursos 
 
Art. 30. A integração com a Atenção à Saúde é uma das diretrizes a serem observadas, com 
desenvolvimento de um processo de trabalho condizente com a realidade local, que preserve as 
especificidades dos setores e compartilhe suas tecnologias, com vistas a racionalizar e melhorar a 
efetividade das ações de vigilância, proteção, prevenção e controle de doenças e promoção em saúde. 
 
Art. 31. As diretrizes, ações e metas serão inseridas no Plano de Saúde e nas Programações Anuais 
de Saúde (PAS) das três esferas de gestão. 
 
Art. 32. Os demonstrativos das ações, resultados alcançados e da aplicação dos recursos comporão 
o Relatório de Gestão (RG) em cada esfera de gestão, aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde. 
 
Art. 33. A manutenção do repasse dos recursos do PFVS e PVVS está condicionada à alimentação 
regular do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Informações de 
Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), conforme 
regulamentações específicas destes Sistemas. (Redação dada pela PRT GM/MS n° 1.955 de 02.12.2015) 
 
Art. 34. A manutenção do repasse dos recursos do Componente da Vigilância Sanitária está 
condicionada a: 
I - cadastramento dos serviços de vigilância sanitária no Sistema Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e 
II - preenchimento mensal dos procedimentos de VISA no Sistema de Informação Ambulatorial do SUS 
(SIA/SUS). 
 
Art. 35. É de responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde o monitoramento da regularidade 
da transferência dos dados dos Municípios situados no âmbito de seu Estado. 
 
Art. 36. O bloqueio do repasse do PFVS e PVVS para Estados, Distrito Federal e Municípios dar-se-á 
caso sejam constatados 2 (dois) meses consecutivos sem preenchimento de um dos sistemas de 
informações estabelecidos no art. 33, segundo parâmetros a serem publicados em ato específico da 
SVS/MS. (Redação dada pela PRT GM/MS n° 1.955 de 02.12.2015) 
 
Art. 37. O bloqueio do repasse do Componente da Vigilância Sanitária para Estados, Distrito Federal 
e Municípios será regulamentado em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 38. A relação de Secretarias Estaduais, Distrital e Municipais de Saúde que tiveram seus recursos 
bloqueados será publicada em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 39. O Fundo Nacional de Saúde efetuará o desbloqueio do repasse dos recursos no mês seguinte 
ao restabelecimento do preenchimento dos sistemas de informação referentes aos meses que geraram 
o bloqueio. 
§ 1º A regularização do repasse ocorrerá com a transferência retroativa dos recursos anteriormente 
bloqueados caso o preenchimento dos sistemas ocorra até 90 (noventa) dias da data de publicação do 
bloqueio. 
§ 2º A regularização do repasse ocorrerá sem a transferência dos recursos anteriormente bloqueados 
caso a alimentação dos sistemas ocorra após 90 (noventa) dias da data de publicação do bloqueio. 
§ 3º O Ministério da Saúde publicará em ato normativo específico a relação de Secretarias Estaduais, 
Distrital e Municipais de Saúde que tiveram seus recursos desbloqueados. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
 
Art. 40. Novas adesões aos incentivos financeiros para implantação e manutenção de ações e serviços 
públicos estratégicos de vigilância em saúde e para as ações de Vigilância, Prevenção e Controle das 
DST/AIDS e Hepatites Virais, ambos do PVVS, dispostos nos arts. 19 e 20, serão disciplinadas por meio 
de ato normativo específico do Ministro de Estado da Saúde, no prazo de 90 (noventa) dias após a 
publicação desta Portaria. 
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. 13 
Art. 41. A disciplina normativa do Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, 
disposto no art. 21, deverá ocorrer no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação desta Portaria por 
meio de ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 42. O Ministério da Saúde instituirá, no prazo de 30 (trinta) dias após a publicação desta Portaria, 
um Grupo de Trabalho Tripartite para discussão e elaboração da Política Nacional de Vigilância em 
Saúde. 
Art. 43. A CIB enviará, em até 45 (quarenta e cinco) dias a contar da data da publicação desta Portaria, 
os valores relativos do PFVS destinados à Secretaria Estadual de Saúde e a cada um dos Municípios da 
unidade federada. 
Art. 44. A periodicidade do repasse quadrimestral será mantida no ano de 2013 para efetivar a 
operacionalização de que trata o art. 14. 
 
Art. 45. A operacionalização de que tratam os arts. 19 e 20, para fins de repasse, se dará a partir de 
janeiro de 2014. 
 
CAPÍTULO V 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 46. A SVS/MS e a ANVISA editarão, quando necessário, diretrizes e orientações técnicas e 
operacionais complementares a esta Portaria, submetendo-as, quando couber, à apreciação da CIT. 
 
Art. 47. Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação. 
 
Art. 48. Fica revogada a Portaria nº 3.252/GM/MS, de 22 de dezembro de 2009, publicada no Diário 
Oficial da União nº 245, de 23 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 65. 
 
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA 
 
Questões 
 
01. (Pref. Bandeirantes/PR - Agente de Saúde Pública - FUNTEF/PR) O conceito de Vigilância em 
Saúde inclui os itens abaixo, EXCETO: 
(A) a vigilância e controle das doenças transmissíveis. 
(B) a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis. 
(C) a vigilância da situação de saúde e a vigilância ambiental em saúde. 
(D) a vigilância do idoso. 
(E) a vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária. 
 
02. As ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem práticas e 
processos de trabalho voltados para: 
I - a vigilânciada situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o 
planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de 
saúde pública; 
II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde 
pública; 
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; 
IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; 
Assinale a alternativa correta: 
(A) V, V, V, V. 
(B) V, V, V, F. 
(C) V, V, F, V. 
(D) F, F, V, V. 
(E) F, F, F, F. 
 
03. De acordo com a Portaria nº 1.378, de 9 de julho de 2013, compete à ANVISA: 
I - participação na formulação de políticas e diretrizes em Vigilância Sanitária no âmbito nacional; 
II - regulação, controle e fiscalização de procedimentos, produtos, substâncias e serviços de saúde e 
de interesse para a saúde; 
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. 14 
III - execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser 
supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante pactuação na 
CIT; 
IV - participação no financiamento das ações de Vigilância Sanitária; 
Assinale a alternativa correta: 
(A) V, F, V, F. 
(B) V, F, V, V. 
(C) V, V, V, V. 
(D) F, V, F, V. 
(E) F, V, F, F. 
 
04. O Componente de Vigilância em Saúde refere-se aos recursos federais destinados às ações de: 
I - vigilância; 
II - prevenção e controle de doenças e agravos e dos seus fatores de risco; 
III – promoção; 
IV – urgência e emergência. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta conforme a Portaria nº 1.378, de 9 de julho 
de 2013: 
(A) V, V, F, F. 
(B) V, V, V, F. 
(C) V, F, V, F. 
(D) F, V, F, V. 
(E) F, F, V, V. 
 
05. (Fundação do ABC - Técnico de Enfermagem – CAIPIMES) Assinale a alternativa onde todas 
as ações são verdadeiras sobre as ações de cada componente da vigilância em saúde. 
(A) Vigilância epidemiológica; vigilância da situação do paciente; vigilância em saúde ambiental; 
vigilância em saúde do trabalhador; vigilância sanitária. 
(B) Vigilância epidemiológica; vigilância da situação de saúde; vigilância em saúde mental; vigilância 
em saúde do trabalhador; vigilância sanitária. 
(C) Vigilância epidemiológica; vigilância da situação de saúde; vigilância em saúde ambiental; 
vigilância em saúde do trabalhador; vigilância sanitária. 
(D) Vigilância epidemiológica; vigilância da situação de saúde; vigilância em saúde ambiental; 
vigilância em saúde do idoso; vigilância sanitária. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.A / 03.C / 04.B / 05.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D. 
O conceito de Vigilância em Saúde tem como pressuposto não só a vigilância de doenças 
transmissíveis, mas também, a prevenção e o controle de fatores de risco de doenças não transmissíveis 
e riscos ambientais. 
As Ações Prioritárias de Vigilância em Saúde estabelecem um conjunto de atividades e metas, 
discutidas e acordadas entre a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Secretarias Estaduais de Saúde 
(SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS), relativo a área de vigilância, prevenção e controle de 
doenças e ações básicas de vigilância sanitária. 
 
Essas ações estão agrupadas nos seguintes módulos: 
- notificação de doenças e agravos; 
- investigação epidemiológica; 
- diagnóstico laboratorial de agravos de saúde pública; 
- vigilância ambiental; 
- vigilância de doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses; 
- controle de doenças; 
- imunizações; 
- monitorização de agravos de relevância epidemiológica; 
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. 15 
- divulgação de informações epidemiológicas; 
- elaboração de estudos e pesquisas em epidemiologia; 
- alimentação e manutenção de sistemas de informação; 
- acompanhamento das atividades programadas; e 
- ações básicas de vigilância sanitária. 
 
02. Resposta: A. 
Art. 4º As ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem 
práticas e processos de trabalho voltados para: 
I - a vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem 
o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das 
ações de saúde pública; 
II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de 
saúde pública; 
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; 
IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; 
V - a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde; 
VI - a vigilância da saúde do trabalhador; 
VII - vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e 
tecnologias de interesse a saúde; e 
VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em 
serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes de estudo e 
trabalho e na própria comunidade. 
 
03. Resposta: C. 
Art. 7º Compete à ANVISA: 
I - participação na formulação de políticas e diretrizes em Vigilância Sanitária no âmbito 
nacional; 
II - regulação, controle e fiscalização de procedimentos, produtos, substâncias e serviços de 
saúde e de interesse para a saúde; 
III - execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição 
ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante 
pactuação na CIT; 
IV - proposição de critérios, parâmetros e métodos para a execução das ações estaduais, distritais e 
municipais de vigilância sanitária; 
V - monitoramento da execução das ações descentralizadas no âmbito do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária; 
VI- promoção da harmonização dos procedimentos sanitários no âmbito do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária; 
VII - apoio e cooperação técnica junto aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o 
fortalecimento da gestão da Vigilância Sanitária; 
VIII - participação no financiamento das ações de Vigilância Sanitária; 
IX - coordenação do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (LACEN), nos aspectos 
relativos à Vigilância Sanitária, com estabelecimentos de normas técnicas e gerenciais; 
X - assessoria, complementar ou suplementar, das ações de vigilância sanitária dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios para o exercício do controle sanitário; 
XI - adoção das medidas para assegurar o fluxo, o acesso e a disseminação das informações de 
vigilância sanitária para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; 
XII - coordenação das ações de monitoramento da qualidade e segurança dos bens, produtos e 
serviços sujeitos à Vigilância Sanitária; 
XIII - participação na formulação, implementação, acompanhamento e avaliação dos processos de 
gestão da educação e do conhecimento no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; 
XIV - promoção, implementação e apoio, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, de 
estudos, pesquisas e ferramentas que contribuam para o aperfeiçoamento das ações e incorporação de 
inovações na área de Vigilância Sanitária; 
XV - promoção da cooperação e do intercâmbio técnicocientífico com organismos governamentais e 
não governamentais, de âmbito nacional e internacional, na área de Vigilância Sanitária; 
XVI - promoção e desenvolvimento de ações e estratégias que contribuam para a participação e o 
controle social em Vigilância Sanitária; e 
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XVII - participação no processo de implementação do Decreto nº 7.508/2011, no âmbito da Vigilância 
Sanitária. 
 
04. Resposta: B. 
Art. 15. O Componente de Vigilância em Saúde refere-se aos recursos federais destinadosàs 
ações de: 
I - vigilância; 
II - prevenção e controle de doenças e agravos e dos seus fatores de risco; e 
III - promoção. 
 
05. C. 
Vigilância em Território (ACS – Agente Comunitário de Saúde). 
 
 
 
Ética 
 
O profissional de enfermagem atua sob um conjunto de valores pessoais e profissionais quando se 
relaciona com um paciente. Cada paciente possui um sistema pessoal de valores. O profissional de 
enfermagem não deve permitir que os seus valores entrem em conflito com os do paciente. A objetividade 
enriquece a habilidade do profissional em atuar de modo inteligente e disciplinado quando assiste 
pacientes com problema de saúde. Ele deve se empenhar em desenvolver uma autoconsciência para 
entender atitudes e sentimentos e para controlar o comportamento nas relações profissionais com os 
pacientes. 
No ambiente de assistência de saúde, os valores do profissional de enfermagem, do paciente e da 
sociedade interagem. Inevitavelmente, conflitos de valores surgem, os quais podem causar dilemas 
éticos. A ética determina a conduta apropriada e é tão importante quanto os direitos legais. O profissional 
precisa constantemente lembrar-se da ética, quando lidar com pacientes e com outros profissionais de 
saúde. 
Uma vez que o profissional de enfermagem está ciente dos valores que motivam o comportamento 
pessoal e profissional, é mais fácil ajudar os pacientes a identificar os valores que influenciam seus 
próprios comportamentos e atitudes. A frequência e a intensidade com as quais a pessoa pratica 
comportamento de promoção de saúde dependem do valor dado na redução da ameaça da doença e na 
promoção da saúde. Os profissionais de enfermagem ajudam os pacientes a elucidarem seus valores 
pessoais, ordenam prioridades de valore, minimizam conflitos, conseguem uma estabilidade entre valores 
e comportamentos relacionados à prevenção de doenças e à promoção de saúde e recebem tratamento 
ético. A competência de um profissional está na habilidade em ajudar os pacientes a compreenderem a 
si próprios e ao impacto de alguns comportamentos no seu bem-estar. 
 
Valores e Ética 
A singularidade da profissão de enfermagem está na complexidade e diversidade de papéis e 
responsabilidades assumidas por seus membros. O profissional de enfermagem atua como uma conexão 
entre o paciente e outros profissionais de saúde, para assegurar que os direitos do paciente sejam 
respeitados. Atualmente, o profissional está apto a se empenhar visando o objetivo de proporcionar um 
atendimento completo e abrangente para uma gama maior de pacientes. 
A assistência de saúde é realizada numa sociedade pluralística onde existem muitos sistemas de 
crenças e fé. Com tanta diversidade moral e cultural, frequentemente é difícil definir valores comuns de 
assistência de saúde. O profissional de enfermagem tem conhecimento de valores e ética e os usa para 
proporcionar uma boa assistência para o paciente. Depende do próprio profissional a tentativa de resolver 
dilemas éticos que surgem durante sua interação com o paciente. Se ele sabe claramente o que eles 
valorizam e por que, estará apto a tomar, e ajudar os pacientes a tomarem, decisões éticas responsáveis. 
Uma pessoa que ingressa na profissão de enfermagem possui um conjunto de valores pessoais que 
guiarão suas ações. Esses valores são o resultado de uma escolha ou hábitos pessoais. Um jovem adulto 
que ingressa na carreira de enfermagem será incapaz, a princípio, de identificar todos os atributos de um 
enfermeiro profissional. Mas, após socializar-se com a profissão, ele logo verificará a interação de valores 
pessoais e profissionais. 
2. Código de Ética e Lei do Exercício Profissional de Enfermagem 
 
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. 17 
Dois valores primários identificados por Hall (1973) são o valor próprio e equivalência. O valor próprio 
é a crença de uma pessoa em se considerar valiosa para as pessoas importantes de sua vida. o valor 
próprio está relacionado à confiança, à expressão de emoções e à capacidade de se relacionar com as 
outras pessoas. O valor de equivalência é a crença de que outras pessoas têm valor equivalente a si 
mesmo. Hall sugere que estes dois valores primários devem existir conjuntamente. Ter um sentimento 
positivo pelos outros requer que uma pessoa primeiro avalie a si própria. Esses dois valores primários 
são “forças orientadoras” na vida pessoal e profissional do enfermeiro. 
Existem muitos outros valores, como a confiabilidade e a competência, que o enfermeiro adquire 
durante a socialização. Se os valores pessoais são similares aos ideais para o trabalho, os profissionais 
assumem seu papel com pouca dificuldade; se eles são incompatíveis, o profissional de enfermagem 
provavelmente se sentirá frustrado e insatisfeito. 
 
Definição de Valores e Ética 
Um valor é uma convicção pessoal sobre a importância sobre uma dada ideia ou comportamento. Dar 
valor a um certo comportamento ou ideia é achá-los preferíveis a outros. Os valores que um indivíduo 
retém reflete necessidades pessoais, culturais, influências sociais e relacionamento com pessoas de 
importância pessoal. Os valores variam ente as pessoas, desenvolvem-se e mudam com o tempo. Um 
sistema de valores bem desenvolvido faz com que a tomada de decisões seja uma tarefa relativamente 
sem conflitos. 
A ética consiste nos princípios ou padrões que determinam a conduta apropriada. O termo origina-se 
da palavra grega “ethos”, que significa costume. A ética refere-se ao que é certo e errado, o que é dever 
ou obrigação. Sendo uma característica de todas as profissões, a ética protege os direitos dos homens. 
Os valores influenciam como um indivíduo percebe os outros e como ele age. Quando os valores 
entram em conflito, a ética frequentemente entra em cena e o resultado é o dilema. Não há situação 
absolutamente certa ou errada, mas uma pessoa não deve comprometer os valores de outra quando 
tentar resolver um dilema ético. Por exemplo, um enfermeiro de uma comunidade, solicitado por um 
colega de trabalho para entrar em greve, precisa decidir-se entre a lealdade a seus colegas e aos 
pacientes. 
As pessoas apegam-se a valores em um contínuo de relativa importância. Valores relacionados 
formam sistemas de valores, como aqueles relacionados à religião, saúde, liberdade e auto respeito. Um 
sistema objetivo de valores permite a uma pessoa ser flexível ao tomar decisões e facilita uma ótima 
interação com terceiros. 
Valores éticos, morais e legais não estão necessariamente relacionados. Uma crença moral é uma 
forte convicção de que alguma coisa é absolutamente certa ou errada em todas as situações. Desta 
maneira, o que é uma questão moral para uns é dilema ético para outros (por exemplo, aborto). Um direito 
legal é uma reivindicação justa ou algo que é devido de acordo com as garantias legais e está 
frequentemente relacionado aos valores éticos (por exemplo, no caso da remoção de um sistema de 
suporte de vida de um paciente em coma), mas não está necessariamente relacionado a todas as 
situações (por exemplo, o direito ao tratamento de saúde é uma questão ética e não um direito legal). 
Dois tipos específicos de valores são os terminais e instrumentais. Um valor terminal envolve finalidade 
ou objetivos desejados, como a felicidade ou o sucesso na profissão. Um valor instrumental envolve 
modelos desejáveis de conduta, como honestidade ou manutenção da saúde de outrem. Valores 
instrumentais mudam com a experiência; valores terminais, os objetivos principais da pessoa, são 
alcançados através de comportamentos motivados por valores instrumentais. 
Valores e ética regem o modo de uma pessoa agir e dão sentido à vida. A prática da enfermagem 
exige que o profissional de enfermagem atue dentro das regras legais e éticas e que, ao mesmo tempo, 
se mantenha fiel a um sistema de valores pessoais. Surgem, é claro,conflito de valores e, 
consequentemente, o profissional precisa estar preparado para lidar com estes dilemas éticos e resolver 
os conflitos da melhor maneira possível, para assegurar a qualidade da assistência e uma solução 
satisfatória do ponto de vista profissional. 
 
Determinação de Valores dos Profissionais de Enfermagem 
O profissional de enfermagem que usa a determinação de valores apresenta um crescimento pessoal 
e adquire satisfação profissional. Durante os encontros com pacientes, colegas e profissionais de saúde, 
os seus valores são desafiados e testados. Como ele demonstra uma vontade de ser responsável por 
atuar profissionalmente? Como suas atitudes em relação a um paciente influenciam o cuidado 
providenciado? O enfermeiro tem dificuldade em assumir o papel de um profissional se seus valores 
pessoais são mal concebidos ou pouco claros. A determinação de valores ajuda-o a explorar estes valores 
e decidir se ele atua de acordo com suas convicções. Uma visão clara dos valores pessoais permite-lhe 
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. 18 
dar maior atenção às necessidades dos pacientes. A determinação de valores também facilita a tomada 
de decisão e resolução de problemas. 
O processo de determinação de valores pode ser usado numa base continua entre os profissionais de 
enfermagem e outros profissionais de saúde que enfrentam conflitos similares diariamente. Nas relações 
de trabalho, os profissionais de enfermagem desenvolvem uma confiança nos colegas, em cujas reações 
eles podem confiar. O profissional consciente de seus valores atua rápida e decididamente e pode ajudar 
seus colegas a determinar seus valores ao lidar e cuidar de pacientes. Compartilhar valores sobre 
pacientes, suas famílias, colegas de trabalho e companheiros ajudam os profissionais a reconhecer seus 
próprios valores. Esta partilha ajuda-os a compreender o comportamento dos colegas. As linhas de 
comunicação tornam-se mais abertas quando se deparam com um tema controverso. A qualidade das 
relações de trabalho é enriquecida à medida que os profissionais de enfermagem adquirem 
conhecimentos sobre si mesmos e seus colegas. 
 
Determinação de Valores de Pacientes 
A valorização também é um instrumento útil no auxílio aos pacientes e seus familiares para adaptarem-
se ao estresse da doença e outros problemas relacionados à saúde. O profissional de enfermagem ajuda 
o paciente a discriminar as emoções para determinar seus significados e sentidos. A determinação de 
valores é uma atividade para despertar a consciência, através da qual os pacientes adquirem consciência 
das prioridades pessoais, identificam ambiguidades nos valores e resolvem os conflitos iniciais entre os 
valores e o comportamento. O objetivo do profissional é comunicar-se com o paciente para ajudá-los a 
estabelecer comportamento de proteção e promoção de saúde. O paciente torna-se mais propenso a 
expressar problemas e sentimentos sinceros e, então, ele está apto a estabelecer um plano de assistência 
individualizado. O enfermeiro que quer saber e aprende quais são os valores do paciente, está apto a 
planejar um programa bem-sucedido de promoção de bem-estar. 
Um sistema de estratégias pode ser usado para tornar a avaliação mais criteriosa, prática e significativa 
para uma pessoa com valores não muito claros. Essas estratégias são, na verdade, exercícios para ajudar 
um indivíduo na determinação de valores, utilizando as três etapas de valorização. Os profissionais de 
enfermagem podem usá-las com os pacientes ou para determinar seus próprios valores. 
Algumas vezes é difícil para um profissional de enfermagem determinar quando o paciente pode se 
beneficiar com a determinação de valores. Nem todos os pacientes acreditam nos valores socialmente 
preferidos, tais como o desejo de manter sua saúde, uma vontade de trabalhar pesado ou a importância 
de ter uma carreira de sucesso. Em alguns casos, os comportamentos do paciente sugerem ao 
profissional de enfermagem que seus valores não são claros. Esses comportamentos podem interferir 
nos esforços do profissional de enfermagem para promoção de uma boa assistência. Quando os 
comportamentos dos pacientes refletem uma necessidade de determinação de valores, o papel do 
profissional de enfermagem será determinar se o paciente está infeliz, inseguro do seu sistema de valores, 
ou se está vivenciando um conflito de valores que pode ser prejudicial à sua saúde. Nesses casos, a 
determinação de valores pode ser útil. 
Simplesmente encorajar o paciente expressar seus sentimentos pode fornecer informações 
inadequadas, se o problema real for um conflito de valores. O profissional que está familiarizado com a 
determinação de valores pode ajudá-lo a definir valores, esclarecer objetivos e procurar soluções. 
Proporcionar meios de determinação de valores não é uma tentativa de psicanálise. O papel do 
profissional de enfermagem é fornecer respostas para as perguntas ou afirmações do paciente, de modo 
que estimule a introspecção. O estímulo verbal do profissional para a determinação é gerado por uma 
consciência de que o processo de valorização irá motivar o paciente a examinar seus pensamentos e 
ações. Esses estímulos podem ajudá-los a escolher um valor livremente, considerar alternativas, apreciar 
a escolha, afirmá-la a outros e incorporar comportamentos que reflitam o valor escolhido. 
Quando o profissional de enfermagem incita um estímulo para a determinação, ele deve ser: breve; 
sem julgamento; seletivo; que estimule pensamentos, e espontâneo. Isto assegura que o paciente está 
sendo tratado como um indivíduo com necessidades reais e não permite que o profissional seja severo 
ou moralizante. 
A determinação de valores pode ocorrer em qualquer contexto. A valorização tem sempre mais 
sucesso quando o profissional tem a oportunidade de um contato repetido com o paciente. É difícil para 
ele ajudar significativamente o paciente a superar cada etapa do processo de valorização, se o tempo 
dedicado a isto for curto. 
No final, o paciente adquire a noção de como a valorização proporciona satisfação pessoal. A 
determinação de valores promove a ponderação e tomada de decisões efetivas. O paciente torna-se 
consciente de como os valores influenciam suas ações, um componente essencial na resolução de 
problemas. 
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É necessário tempo para que o profissional possa desenvolver a determinação de valores, como um 
instrumento para a assistência de paciente. Os profissionais de enfermagem não podem tentar ajudar seu 
pacientes a examinarem seus valores, a não ser que eles mesmos tenham conhecimento de seus próprios 
valores. A determinação de valores pode ser um meio valioso dos pacientes identificarem seus 
sentimentos verdadeiros e convicções e ter um melhor conhecimento de seus objetivos na vida. 
 
Amparo do Paciente 
Os padrões éticos regem o comportamento de profissionais e instituições para com os pacientes. Em 
contraste, as leis determinam o licenciamento de profissionais e prescrevem os limites da prática legal. 
Geralmente é verdade que as práticas éticas são práticas legais. Entretanto, somente a lei é prontamente 
executável. 
Como Kohnke destacou, o conceito de amparo transpõe esta lacuna entra a ética e a lei. Em 
enfermagem, amparo consiste em informar o paciente e, então, apoiar qualquer que seja a decisão 
tomada. Informar apropriadamente um paciente adéqua-se às responsabilidades legais do profissional de 
enfermagem e apoiá-lo adéqua-se às necessidades éticas de respeitar o direito de uma pessoa à 
autodeterminação. 
Amparo é um processo complexo que, primeiro, requer do profissional de enfermagem a aquisição da 
compreensão de suas próprias atitudes, valores e crenças e, depois aprender a aproximar-se do paciente 
com a mente aberta, reconhecendo valores e crenças diferentes.

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