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Vigilância em saúde e sistemas de informação

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
Introdução 
• É feita o tempo todo pelo profissional, ao coletar 
dados do paciente. 
• O SUS é o olho, a vigilância e o sistema de 
informação são a visão. É o meio pelo qual se 
percebe o sus, um sistema complexo e bem 
subdividido. 
• A vigilância em saúde se divide em: Vigilância 
sanitária; Vigilância ambiental; Vigilância 
epidemiológica e Saúde do trabalhador. Relacionada 
às práticas de atenção, promoção de saúde e 
prevenção de doenças. Encontra-se presente nas 
políticas e planejamentos de saúde, serve como base 
para esses. Feita por meio da territorialização – 
como visita domiciliar, da epidemiologia, no 
entendimento do processo saúde-doença, das 
condições de vida e situação de saúde, a relação 
ambiente-saúde e o processo de trabalho. 
Aspectos históricos 
• A saúde considerada um direito é muito recente na 
história do país. A conquista dos direitos é 
teoricamente nova. Tem os direitos de primeira 
geração (séc. XVIII e XIX): direitos civis, como 
religião, opinião, pensamento, imprensa, ir e vir; e os 
direitos políticos, reunião, organização sindical, 
manifestação, voto. Os direitos sociais chegam com 
a segunda geração (séc. XX): trabalho, educação, 
saúde, seguridade etc. 
• Os direitos não chegavam iguais para todas as 
pessoas, além das conquistas se desenvolverem de 
formas diferentes nos países. 
• Tem os direitos de 3ra e 4ta geração também: 
referente aos direitos das gerações futuras 
(conscientização ecológica) e qualidade de vida e 
biodiversidade. 
- 
• O conselho de vigilância em saúde se origina na 
idade média, onde surge a quarentema como meio de 
controlar a disseminação da praga (peste). Tal 
prática avançou, com mudanças e respaldos 
científicos. 
• Na era pré-industrial é introduzida a legislação 
sobre a vigilância em saúde pública, adotando o 
conceito de notificação compulsória de doenças 
infecciosas – o foco mais voltado para ocorrências 
em ambientes de trabalho e o foco curativo, como 
estratégias necessárias para a política de 
desenvolvimento das nações. 
• Com a Revolução Francesa, a saúde da população 
passou a ser responsabilidade do Estado, iniciando-
se o conceito de bem-estar social (nos países 
europeus). São criadas as práticas de coleta e análise 
de estatísticas vitais. Tais inovações promovem 
mudanças sociais nas sociedades industriais 
modernas e melhoria da qualidade de vida. 
• O médico John Snow descobre a epidemia local de 
cólera, por meio da análise espacial e distribuição 
das mortes. Pai da epidemiologia. Ele correlaciona a 
epidemia à contaminação dos poços, mesmo sem 
conhecimentos avançados de microbiologia. 
Vigilância em saúde no Brasil 
• No Brasil, as primeiras medidas de vigilância 
remontam ao período colonial. No império há ações 
isoladas: cuidado nos portos, por exemplo. 
• Foram organizadas apenas no século XX, por meio 
de programas verticalizados, com a formulação, a 
coordenação e a execução de ações realizadas 
diretamente pelo Governo Federal (sanitarismo 
campanhista, Oswaldo Cruz...). Sua estrutura dava-
se sob a forma de campanhas. 
• País predominantemente rural até meados de década 
de 60 do século passado, o Brasil viveu intensa 
urbanização, sobretudo a partir do novo ciclo de 
industrialização dos anos 70, fazendo emergir as 
transições epidemiológica e demográfica. Esse 
Vigilância em saúde e Sistema de 
informação em saúde 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
cenário elevou e fez do país um dos mais perversos 
no que se refere à saúde de trabalhadores urbanos 
e rurais, batendo recordes de acidentes de trabalho, 
baixos níveis de proteção social, e aumento 
significativo do trabalho informal. 
• Lembrar das delegacias de higiene e saúde, formadas 
por Oswaldo Cruz, o Bota Baixo, revolta da vacina... 
Processos de higienização das cidades. 
• Antes havia um modelo de atenção de saúde médico 
assistencial privatista e do modelo preventivista, 
incapazes de questionar e atuar sobre a origem das 
condições geradoras da precária condição de saúde 
do povo brasileiro. 
• Surge, nesse contexto histórico, o pensamento da 
saúde coletiva, o qual resultou de um processo de 
lutas sociais e dos profissionais de saúde pela 
democracia e melhores condições de vida. 
Marco Legislativo 
• O planejamento econômico da vigilância sanitária 
apenas surge legalmente em 2009, quando o 
Ministério da Saúde publicou a Portaria GM n.3252, 
na qual são aprovadas as diretrizes para execução e 
financiamento das ações de vigilância em saúde, 
além de definir seus componentes: 
I. Vigilância epidemiológica; 
II. Promoção da saúde; 
III. Vigilância da situação de saúde; 
IV. Vigilância em saúde ambiental; 
V. Vigilância da saúde do trabalhador; 
VI. Vigilância sanitária. 
As ações já aconteciam, mas não estavam claras as 
atribuições exatas nem o financiamento. 
• Depois, essa portaria é revogada e surge outra que 
amplia e melhora as delimitações. Abre espaços para 
que os municípios realizem outros tipos de 
vigilância. 
• Portaria N 1378/2013: Regulamenta e define 
diretrizes para execução e financiamento das ações 
de vigilância em saúde pela União, Estados, DF e 
municípios, relativos ao Sistema Nacional de 
Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária. Art. 4o As ações de Vigilância 
em Saúde abrangem toda a população brasileira e 
envolvem práticas e processos de trabalho voltados 
para: 
I - a vigilância da situação de saúde da população, com a 
produção de análises que subsidiem o planejamento, 
estabelecimento de prioridades e estratégias, 
monitoramento e avaliação das ações de saúde pública; 
II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas 
para a resposta às emergências de saúde pública; 
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças 
transmissíveis; 
IV - a vigilância das doenças crônicas não 
transmissíveis, dos acidentes e violências; reflete na 
saúde, no que reflete a agravos gerados por essa 
violência. Atualmente as causas externas tem peso na 
morbimortalidade. 
V - a vigilância de populações expostas a riscos 
ambientais em saúde; 
VI - a vigilância da saúde do trabalhador; 
VII - vigilância sanitária dos riscos decorrentes da 
produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de 
interesse a saúde; e 
VIII - outras ações de vigilância que, de maneira 
rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em 
serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis 
de atenção, laboratórios, ambientes de estudo e trabalho 
e na própria comunidade. 
Características 
• O dia a dia do profissional de saúde e todos os 
fatores envolvidos à saúde são incluídos na 
vigilância em saúde: imunização – efeitos adversos, 
endemias; promoção da saúde/ educação em saúde; 
Vigilância epidemiológica 
• Conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes 
da saúde individual e coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças e agravos. Há fatores como 
moradia, origem dos alimentos consumidos e outros 
hábitos que podem influenciar na saúde do 
indivíduo. 
- Ações: conhecer, detectar e prevenir; 
- Fatores individuais e coletivos; 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
- Finalidade: recomendar, adotar. 
• Tem os fatores determinantes sociais de saúde os 
quais a vigilância monitora. 
• Exemplo: Notificação compulsória de doenças. Há 
doenças que aumentam sua incidência segundo 
época do ano, clima e que precisam ser notificadas. 
Registra-se os contatos que a pessoa teve, locais, 
sintomas apresentados – importantes para planejar a 
intervenção e planejamento de saúde pública. Podehaver punição aos funcionários e serviços de saúde 
que não notificarem. 
• Há as fichas a ser preenchidas para notificar as 
doenças. 
Vigilância sanitária 
• Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou 
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas 
sanitários decorrentes da produção e circulação de 
bens e da prestação de serviços de interesse da 
saúde. 
• É uma força-tarefa da saúde que atua fiscalizando e 
com poder punitivo. 
• Todos os estabelecimentos alimentícios têm um 
alvará da vigilância sanitária aprovando o 
funcionamento. 
• As ações envolvem muitas vezes mais de um setor 
de saúde ou ministério – intersetorialidade. 
• Deve haver periodicidade na vigilância. 
• A população pode contatar os servidores de 
vigilância. 
Vigilância em saúde do trabalhador 
• Visa a promoção da saúde e redução da 
morbimortalidade da população trabalhadora, por 
meio da integração de ações que intervenham nos 
agravos e seus determinantes decorrentes dos 
modelos de desenvolvimento e processos 
produtivos; 
• O trabalho previne algumas doenças, mas também 
provoca o desenvolvimento delas. Relacionadas às 
condições laborais e os riscos aos que os indivíduos 
se expõem, assim como a ocorrência de acidentes 
laborais. 
• Deve haver um ambiente de trabalho saudável. 
• SINAN de acidentes de trabalho: sistema de 
informação de agravos de notificação – Ficha de 
investigação. 
• CAT – Comunicação de acidentes de trabalho: 
relacionado à demanda de direitos trabalhistas. 
Vigilância em saúde ambiental 
• Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e 
a detecção de mudanças nos fatores determinantes 
e condicionantes do meio ambiente que interferem 
na saúde humana, com finalidade de identificar as 
medidas de prevenção e controle dos fatores de risco 
ambientais relacionados às doenças ou a outros 
agravos. 
• O meio ambiente interfere na saúde humana. A partir 
disso, é necessário intervir e monitorar os fatores de 
risco. Exemplo: poluição do ar, intoxicação por 
agrotóxicos, água contaminada. 
• Nos últimos anos as leis ambientais têm sido 
alteradas, o que gera desastres naturais e grandes 
impactos à natureza. 
• Há várias ações de vigilância ambiental - Ações do 
Vigiar; Programa Vigiagua – vigilância da qualidade 
de água para consumo humano, pertence ao 
SISAGUA. 
Laboratórios de saúde pública 
• Laboratórios para analisar amostras coletadas pela 
vigilância. 
Vigilância & informação 
• A vigilância em saúde é responsável pela informação 
para a ação e a intervenção que reduzam riscos e 
promovam a saúde nos territórios, integradas às 
redes de atenção à saúde. 
• Essa função essencial do SUS tem orientado o 
sistema considerando os fenômenos econômicos, 
ambientais, sociais e biológicos que determinam o 
nível e a qualidade da saúde dos brasileiros. 
• É responsabilidade do estado realizar a regulação e 
fiscalização sanitária. Para tal, deve ser considerada 
a intersetorialidade, o território, a participação da 
sociedade e o direito a informações. 
• Encontram-se falhas nessas funções que deveriam 
ser exercidas pelo Estado, que acabam sendo feitas 
por outras instituições. 
• A informação da vigilância em saúde é um bem 
público, o qual deve ser livremente disponibilizado e 
de fácil acesso a toda a sociedade. A informação 
deve ser acessível a nível local e nacional. 
• O registo de dados de interesse sanitário e de casos 
de morbimortalidade, pertencentes à base de dados 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
da vigilância em saúde, apresentam variados graus 
de utilidade, qualidade e cobertura e representam um 
patrimônio social e técnico do SUS. 
• A vigilância e a informação estão interligadas e 
formam um ciclo. A vigilância gera informação, a 
qual vai aprimorando essa vigilância. 
Ações em vigilância epidemiológica 
Área na qual o enfermeiro atua constantemente. 
• Coletar dados; processar os dados coletados; analisar 
e interpretar esses dados; recomendar medidas de 
controle apropriadas segundo os dados coletados; 
promover as ações de controle indicadas – colocar 
flúor na água para diminuir doenças dentais; avaliar 
a eficácia e efetividade das medidas adotadas – ver o 
custo/benefício e se realmente tem resultados; 
divulgar informações pertinentes. 
• As competências de cada nível do sistema de saúde 
(municipal, estadual e federal) abarcam todo o 
espectro das funções de vigilância epidemiológica, 
porém com graus de especificidade variáveis. 
• As ações executivas são inerentes ao nível municipal 
– é obrigação do município executá-las, e seu 
exercício exige conhecimento analítico da situação 
de saúde local, mas cabe aos níveis nacional e 
estadual conduzir as ações de caráter estratégico e 
longo alcance. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
• Complementa-se com a vigilância em saúde. 
• A OMS define o SIS (sistema de informação em 
saúde) como um mecanismo de coleta, 
processamento, análise e transmissão da informação 
necessária para se planejar, organizar, operar e 
avaliar os serviços de saúde. Exemplo: divulgação 
do aumento do número de casos de dengue, para que 
os municípios tomem as medidas necessárias de 
prevenção etc. 
• A transformação de um dado em informação exige, 
além da análise, a divulgação e recomendações para 
a ação. 
• O SIS é fundamental, pois a informação é crucial 
para a tomada de decisão em questões de saúde, 
assim como no dia a dia. 
• A informação deve ser entendida como um redutor 
de incertezas – não tem todas as respostas, um 
instrumento para detectar focos prioritários, 
auxiliando à formação de um planejamento 
responsável e a execução de ações que condicionem 
a realidade às transformações necessárias. 
• É um instrumento de apoio decisivo para conhecer a 
realidade socioeconômica, demográfica e 
epidemiológica, assim como para o planejamento, 
gestão, organização e avaliação dos vários níveis que 
conformam o SUS. 
• A informação em saúde envolve planejar, executar e 
avaliar, em um ciclo. O planejamento é um processo 
de tomada de decisão, que com base na situação 
atual, visa determinar providências a serem tomadas, 
com o objetivo de um futuro desejado. Logo, 
segundo a situação atual são tomadas medidas, para 
transformar o cenário e chegar à realidade 
esperada/ideal. 
• Dado é um valor quantitativo relativo a um fato, que 
não sofreu nenhum tratamento estatístico. Seria a 
matéria prima da produção de informação. Já a 
informação é o conhecimento obtido a partir desses 
dados, resultado da análise, combinação e 
interpretação desses. 
• Uma situação de saúde X precisa ser avaliada. Para 
isso, deve-se coletar os dados, transformar em 
informação, interpretar essa informação, interligar a 
outras informações e gerar conhecimento. A partir 
dele, toma-se uma decisão que norteará a ação 
tomada referente à situação de saúde. Essas ações 
serão avaliadas para ver se atingiram o objetivo. 
Há várias regiões nas quais o SUS ainda não chegou. 
Localidades afastadas ou marginalizadas recebem ações 
esporádicas e específicas, mas carecem de um 
monitoramento contínuo e adequado. Exemplo: 
populações ribeirinhas, garimpeiros, comunidades de 
baixa renda... 
Coleta de dados 
• A qualidade da informação está diretamente ligada à 
adequada cólera de dados do local onde ocorreu o 
evento sanitário. Os responsáveis pela coleta devem 
ser preparados para medir a qualidade do dado 
obtido. 
• Há muitas notificações que não são preenchidas 
completamente – raça, idade, sexo e fatores 
importantes são desconhecidos. 
• Exemplo: nos casos de notificação de doenças 
transmissíveis é necessário capacitar os profissionais 
para o diagnóstico de casos e a realização de 
investigações epidemiológicas correspondentes. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
AngieMartinez 
Tipos de dados 
• Os dados e informações que alimentam o sistema 
nacional de vigilância epidemiológica são: 
- Dados demográficos e ambientais; 
- Dados de morbidade; 
- Dados de mortalidade; 
- Notificação de surtos e epidemias; 
Sistema de informação em saúde 
• Deve ofertar o suporte necessário para planejamento, 
decisões e ações dos gestores, em todos os níveis 
decisórios (municipal, estadual e federal). 
• Constituído por vários subsistemas (SIM, SINASC, 
SIH...). Todos eles são encontrados/acessados por 
meio do DATASUS. 
• Há dados que não são coletados especificamente por 
esses sistemas, mas que também são de interesse: 
censo demográfico pelo IBGE, por exemplo; 
• Tem como objetivo facilitar a formulação e 
avaliação de políticas, planos e programas de saúde, 
subsidiando o processo de tomada de decisões. 
• Principais subsistemas: 
- Sistema de Informação de Mortalidade (SIM): 
investiga os óbitos. O instrumento é a declaração de 
óbito. O fluxo de informação vem: dos locais onde 
acontece o óbito (hospitais) a cartórios; à secretaria 
municipal de saúde, à secretaria estadual e ao ministério 
que organiza e expõe no datasus. Serve para estudo de 
mortalidade e a situação epidemiológica local. 
- Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 
(SINASC): o instrumento é a declaração de nascido 
vivo, que dá origem à certidão de nascimento. Fluxo 
igual ao SIM. Visa monitorar a saúde das crianças. 
- Sistema de Informações Hospitalares (SIH): 
informação sobre as internações no âmbito do sus. O 
instrumento é a IH. Seu uso verifica a morbidade 
hospitalar. 
- Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA): o 
instrumento é o boletim de procedimentos. Utilizado 
para verificar os procedimentos, produção, gestão e 
custeio... 
- Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN): vê doenças ou acidentes; o instrumento é a 
ficha de notificação – é importante saber que se 
notifica a suspeita da doença (mesmo sem 
confirmação), a qual deve ser sigilosa – deve ser 
informado ao paciente; fluxo parecido. Acompanha a 
frequência de agravos e o número de epidemias. Há 
notificação negativa necessária – notificar mesmo que 
não haja casos. Serve para avaliar a morbimortalidade 
também. 
- Sistema de Informações do Programa Nacional de 
Imunizações (SI-PNI) 
- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
(Cnes) 
- Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em 
Saúde (Siops) 
Todos eles são acessíveis no DATASUS! 
SINAN 
• É o mais importante sistema para a vigilância 
epidemiológica. Alimentado principalmente pela 
notificação e investigação de casos de doenças e 
agravos constantes da lista nacional de doenças de 
notificação compulsória. 
• Notificar a simples suspeita da doença, mesmo sem a 
confirmação. 
• Notificação de ser sigilosa – apenas discutido com o 
paciente. Não pode ser divulgada fora do sigilo 
médico sanitário, a não ser em casos de risco para a 
comunidade. Deve-se respeitar o anonimato dos 
cidadãos. 
• Notificação negativa necessária – funciona como um 
indicador de eficiência do sistema de informações. 
• Útil para calcular a incidência, prevalência, 
letalidade e mortalidade. Serve para analisar de 
acordo com as características de pessoa, tempo e 
lugar, particularmente no que tange às doenças 
transmissíveis de notificação obrigatória. 
• A portaria de 2017. Atualiza a lista nacional de 
doenças e agravos de notificação compulsória. 
• Há doenças de notificação imediata (máximo em até 
24 horas). Ligado ao perfil individual da doença, 
como patogenicidade e a importância 
epidemiológica. Podem necessitar ações imediatas 
para evitar maiores contágios. 
• Há doenças de notificação semanal. O fluxo não 
precisa ser imediato. Perfil de proliferação mais 
lento. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• A notificação compulsória é obrigatória a todos os 
profissionais de saúde, bem como os responsáveis 
por organizações e estabelecimentos públicos e 
particulares de saúde e de ensino. 
• Fluxo de informação: 
 
Do nível local aos mais amplos. 
• O ideal seria que todos os níveis possuíssem acesso 
a rede de internet. Contudo, muitos locais ainda 
preenchem fichas (físicas) que depois são 
digitalizadas. 
• A transferência do município para a secretaria de 
saúde estadual é forma de feita semanal. Da estadual 
para um nível central é feita de forma quinzenal. 
SIM 
• Coleta de dados por meio da declaração de óbito, a 
qual deve ser preenchida pelo médico. 
• As informações obtidas possibilitam delinear o perfil 
de morbidade de um local, no que diz respeito às 
doenças mais letais e às doenças crônicas não 
sujeitas à notificação compulsória, representando a 
única fonte regular de dados. 
• Fluxo: 
 
 
 
• Critérios para emissão de declaração de óbito de 
bebês: 
 
A declaração é preenchida em 3 vias. 
SINASC 
• O número de nascidos vivos é uma informação 
relevante para o campo de saúde pública, já que 
possibilita a constituição de indicadores voltados 
para a avaliação de riscos à saúde materno-infantil. 
• Instrumento: Declaração de Nascido Vivo. 
• Benefícios: subsidiar as intervenções relacionadas à 
saúde da mulher e da criança para todos os níveis de 
complexidade do sus; ações de atenção à gestante e 
ao recém-nascido; acompanhar as séries permite 
identificar prioridades de intervenção, melhorando o 
sistema. 
• Fluxo: 
 
SIH/SUS 
• Reúne informações de cerca de 70% das 
internações realizadas no país (no SUS); 
• O instrumento de coleta de dados é a autorização 
de internação hospitalar (AIH). Contém dados 
de atendimento, com os diagnósticos de 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
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Enfermagem 
Angie Martinez 
internamento e alta, idade e sexo, procedência 
do paciente, procedimentos realizados. 
• É importante para o conhecimento do perfil dos 
atendimentos na rede hospitalar. 
• Atendimentos privados não participam da coleta. 
Eles não liberam nem são obrigados a divulgar 
tais informações. Apenas os conveniados. 
SIA 
• Gera informações referentes ao atendimento 
ambulatorial para subsidiar os gestores estaduais 
e municipais no monitoramento dos processos de 
planejamento, programação, regulação, 
avaliação e controle dos serviços de saúde, na 
área ambulatorial. 
• Unidade de registro de informações é o 
procedimento ambulatorial realizado. 
• Informações que possibilitem o 
acompanhamento e a análise da evolução dos 
gastos referentes à assistência ambulatorial.

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