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INTRODUÇÃO As propriedades físicas são características dos materiais, uma propriedade individual que não está ligada a nenhuma substância, não envolvem qualquer mudança na composição ou identidade da substância, são propriedades que podem se observadas e medidas sem modificação de sua composição e podem ser classificadas como extensivas ou intensivas. Propriedades extensivas são diretamente proporcionais á quantidade de matéria da substância presente da amostra (massa e volume) enquanto que as intensivas independem da quantidade de matéria e sim da natureza da substância como exemplo a temperatura, pressão, ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade. A determinação da densidade é utilizada em diversas áreas para caracterizar propriedades de um produto ou material, é uma propriedade física e pode ser classificada em absoluta ou relativa. A densidade absoluta também chamada de massa específica pode ser definida como a razão entre massa de um objeto e o volume que ele ocupa. Logo a densidade relativa é a razão entre duas massas específicas em que o denominador é a massa específica de uma substância eleita como padrão ou referência. Neste relatório utilizaremos o método do deslocamento do líquido na proveta para determinar densidade de sólidos e o método de volume do picnômetro para determinar densidade de líquidos. O ponto de fusão designa a temperatura a qual uma substância passa do estado sólido ao estado líquido. Esta temperatura é a mesma quando a substância se solidifica, ou seja, passa do estado líquido para o estado sólido. É a temperatura na qual a substância sólida está em equilíbrio com a substância que dela se obtêm por fusão. No caso de “substâncias puras”, o intervalo de temperatura desde o momento inicial de fusão até as duas completas fusão é pequeno não devendo exceder 0,5ºC, por outro lado as substâncias que contém impurezas, não há um ponto de fusão definido, apresentando então um intervalo de vários graus de temperatura. O ponto de ebulição é também característico em cada substância e corresponde à temperatura em que esta vai do estado líquido para o gasoso à pressão de 1 atm. Quando uma substância se encontra no estado gasoso há alta energia cinética e uma baixa energia de atração entre as moléculas. Nos dois processos ocorre um afastamento de moléculas que só será possível com o rompimento das ligações intermoleculares. Há fatores que influenciam a mudança de estado, como o tamanho da cadeia ou peso molecular, a presença de ramificações e polaridade. A finalidade deste experimento é determinar as densidades específicas das substâncias sólidas e líquidas, identificar, medir e interpretar propriedades físicas das substâncias. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Vidrarias: Béquer (50 mL); Picnômetro (50 mL); Proveta graduada (50 mL); Vidro de relógio; Tubo Capilar; Termômetro; Tubo de ensaio. Reagentes: Liquídos: água(H2O), etanol(C2H5OH), acetona(C3H6O); Sólidos: alumínio(Al), cobre(Cu), ferro(Fe), naftaleno(C10H8), P-diclorobenzeno (C6H4Cl2). Equipamentos: Balança analítica ou semi-analítica; Pisseta; Chapa aquecedora; Pinça; Suporte; Garras; Elástico; Espátula. Métodos Determinação da Densidade de Sólidos (Método da medida de deslocamento do líquido na proveta) Densidade de Cobre (Cu) Inicialmente pesou a massa do béquer vazio (50,052g), em seguida pesou a massa do béquer com a amostra de cobre (63,150g). Posteriormente, a subtração dessa massa com a do béquer vazio (50,052g) obteve-se a massa da amostra de cobre (13,098g). Depois, foi colocado essa amostra em uma proveta contendo 10 mL de água e obteve o volume de água deslocado de 1,5 mL. Com esses dados (massa e volume) calculou a densidade do cobre. M(Cu) = M(béquer+Cu) – M(béquer) Densidade de Alumínio (Al) Com a pesagem da massa de alumínio no béquer (54,167g), e a subtração dessa massa com a do béquer vazio (50,052g) obteve-se a massa do alumínio (4,115g). Em uma proveta com 10 mL de água, onde foi depositada a amostra, descobriu-se o volume do alumínio (1,5 mL), uma vez que esse equivale-se ao volume deslocado. M(Al) = M(béquer+Al) – M(béquer) Densidade de Ferro (Fe) Com a pesagem da massa do ferro no béquer (68,049g), e a subtração dessa massa com a do béquer vazio (50,052g) obteve-se a massa do ferro (17,997g). E em uma proveta com 10 mL de água, onde foi depositada a amostra, descobriu-se o volume do ferro (2,5 mL), uma vez que esse equivale-se ao volume deslocado. M(Fe) = M(béquer+Fe) – M(béquer) Determinação da Densidade de Líquidos (Método da medida de volume do picnômetro) Densidade da água (H2O) Inicialmente pesou a massa do picnômetro vazio (33,743g), em seguida pesou o mesmo com água (94,874g). Subtraindo os valores das massas do picnômetro vazio e do picnômetro com água, obteve a massa de água (61,131g) com a qual calculou-se a massa específica da água (densidade). M(H2O) = M(picnômetro+H2O) – M(picnômetro) Densidade do etanol (C2H5OH) Utilizando o mesmo picnômetro do item anterior, pesou o mesmo com etanol (81,949g). Posteriormente, com a subtração dos valores das massas do picnômetro vazio e picnômetro com etanol obteve-se a massa do etanol (48,206g), com a qual calculou a massa específica, a densidade e o erro encontrado. M(C2H5OH) = M(picnômetro+ C2H5OH) – M(picnômetro) Densidade da Acetona (C3H6O) Utilizando o mesmo picnômetro do item anterior, pesou o mesmo com acetona (81,889g). Posteriormente, com a subtração dos valores das massas do picnômetro vazio e picnômetro com acetona obteve-se a massa da acetona (48,146g), com a qual calculou a massa específica, a densidade e o erro encontrado. M(C3H6O) = M(picnômetro+ C3H6O) – M(picnômetro) Determinação do Ponto de Fusão (Método da medida do sólido a ser fundida no tubo capilar) Ponto de Fusão do P-Diclorobenzeno (C6H8Cl2) Foi colocada uma determinada quantidade de P-Diclorobenzeno, provavelmente ¼ , em um tubo capilar que foi preso por elástico junto ao termômetro fixado em um suporte universal, o termômetro foi mergulhado em um béquer grande contendo água, que foi lentamente aquecida por uma chapa aquecedora. A temperatura foi anotada assim que o P-Diclorobenzeno começou a fundir. Ponto de Fusão do Naftaleno (C10H8) Foi colocada uma determinada quantidade de Naftaleno, mais ou menos 1/4, em tubo capilar. O tubo foi preso por elástico junto a um termômetro fixado em um suporte universal, o termômetro foi mergulhado em um béquer grande contendo água que foi aquecida lentamente por chapa aquecedora. A temperatura foi anotada assim que o Naftaleno começou a fundir. Determinação do Ponto de Ebulição (Método da medida da temperatura do líquido no tubo de ensaio) Ponto de Ebulição da Acetona (C3H6O) Foi adicionado 4 mL de acetona em um tubo de ensaio, em seguida foi colocado um termômetro e mergulhado na substância. Com auxílio do suporte universal colocou-se o tubo de ensaio sobre o béquer contendo água, que foi aquecida por uma chapa aquecedora. No momento em que a acetona mudou de estado físico, foi anotada a temperatura. Ponto de Ebulição do Etanol (C2H5OH) Foi adicionado 4 mL de etanol em um tubo de ensaio, em seguida foi colocado um termômetro e mergulhado na substância. Com auxílio do suporte universal colocou-se o tubo de ensaio sobre o béquer contendo água, que foi aquecida por uma chapa aquecedora. No momento em que o etanol mudou de estado físico, foi anotada a temperatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos em laboratório sobre medidas de densidades de sólidos e líquidos e de pontos de fusão e de ebulição foram aqui comparados com os dados de mesmo assunto encontrados na literatura. Esses dados obtidos aqui foram comparados com os literários, resultando em pontos de erros e desvios. Os mesmos estão listados nas tabelas 1 a 4. Tabela 1: Dados das densidades dos sólidos encontrados em laboratório, calculados os erros e os desvios das medidas. Amostra Densidade g/cm³ (Literatura) Densidade g/cm³ (Laboratório)Erro (%) Desvio (S) Dado Encontrado ± (S) Fe 7,87 7,1988 8,52 0,6712 7,1988 – 8,5412 Al 2,70 2,743 1,59 0,043 2,657 – 2,743 Cu 8,93 8,732 2,21 0,198 8,732 – 9,128 Observando os dados obtidos em laboratório por meio de medições de massas e cálculos a partir dessas medidas encontradas, é possível concluir que os dados obtidos em laboratório do Cu, do Al e do Fe são próximos aos encontrados na literatura, com pequenos desvios que resultaram em uma taxa de erro menor que de 9%. Erros estes que podem ter decorrido de condições não ideais do laboratório, erros das calibragens dos materiais ou impurezas das substâncias. Tabela 2: Dados das densidades dos líquidos encontrados em laboratório, calculados os erros e os desvios das medidas. Amostra Densidade g/cm³ (Literatura) Densidade g/cm³ (Laboratório) Erro (%) Desvio (S) Dado Encontrado ± (S) Água (H20) 1,00 0,998 0,20 0,002 0,998 – 1,002 Etanol (C2H5OH) 0,79 0,787 0,37 0,003 0,787 – 0,793 Acetona(C₃H6O) 0,79 0,786 0,50 0,004 0,786 – 0,794 Dados: Picnômetro vazio possuía massa de 33,743g. O volume do mesmo picnômetro era de 61,203 mL. Massas: Água(H20) = 61,131g; Etanol(C2H5OH) = 48,206g; Acetona(C3H6O) = 48,146g; Observando os dados obtidos em laboratório por meio de medições de massas e cálculos a partir dessas medidas encontradas, é possível concluir que os dados obtidos em laboratório da acetona, do éter e da água são próximos aos encontrados na literatura, com pequenos desvios que resultaram em uma taxa de erro menor que de 2%. Erros estes que podem ter decorrido de condições não ideais do laboratório, erros das calibragens dos materiais ou impurezas das substâncias. Tabela 3: Dados dos pontos de fusão dos sólidos encontrados em laboratório, calculados os erros e os desvios das medidas. Amostra Ponto de Fusão ºC (Literatura) Ponto de Fusão ºC (Laboratório) Erro (%) Desvio (S) Dado Encontrado ± (S) Naftaleno (C10H8) 80,26 81,00 0,92 0,74 79,52 – 81,00 P-Diclorobenzeno (C6H8Cl2) 53,00 52,8 0,37 0,20 52,80 – 53,20 Analisando os dados obtidos em laboratório por meio de observações do estado da matéria e cálculos a partir dessas observações, é possível concluir que os dados obtidos em laboratório do Naftaleno e do P-Diclorobenzeno são próximos aos encontrados na literatura, com pequenos desvios que resultaram em uma taxa de erro menor que de 1%. Erros estes que podem ter decorrido de condições não ideais do laboratório, observações equivocadas ou impurezas das substâncias. Tabela 4: Dados dos pontos de ebulição dos líquidos encontrados em laboratório, calculados os erros e os desvios das medidas. Amostra Ponto de Ebulição ºC (Literatura) Ponto de Ebulição ºC (Laboratório) Erro (%) Desvio (S) Dado Encontrado ± (S) Acetona (C₃H6O) 56,00 55,00 1,78 1,00 55,00 – 57,00 Etanol (C2H5OH) 78,37 78,00 0,47 0,37 78,00 – 78,74 Analisando os dados obtidos em laboratório por meio de observações do estado da matéria e cálculos a partir dessas observações, é possível concluir que os dados obtidos em laboratório do etanol e da acetona são próximos aos encontrados na literatura, com pequenos desvios que resultaram em uma taxa de erro menor que de 2%. Erros estes que podem ter decorrido de condições não ideais do laboratório, observações equivocadas ou impurezas das substâncias. Observação: Método para calcular o: 1- Erro Percentual: [ | DadoLiterário – DadoLaboratorial | ÷ DadoLiterário ] x 100 2- Desvio (S): | DadoLiterário – DadoLaboratorial | 3- Dado Encontrado ± (S): DadoLiterário ± Desvio (S) CONCLUSÃO A experiência realizada teve intuito de determinar a massa específica e a densidade de determinadas substâncias sólidas e líquidas. Para determinar a densidade dos sólidos utilizamos o método do deslocamento de líquido na proveta, já para determinação de densidade de líquidos foi utilizado o método do volume do picnômetro, sendo este um método bastante preciso e exato. Com base na análise dos números obtidos conclui-se que os valores dos dados e dos erros atingidos para a densidade dos sólidos e líquidos se assemelham com os dados encontrados na literatura, obtendo apenas uma pequena margem de erro. A determinação do ponto de fusão de uma substância pode fazer-se recorrendo a técnicas como o aquecimento do sólido num banho, ou utilizando aparelhos automáticos. O banho a usar para o aquecimento da substância é escolhido em função da temperatura previsível de fusão da substância. Se esta for inferior a 100ºC (ponto de ebulição da água), é usual o banho-maria. Cada substância possui um valor para o calor latente e, em uma mesma substância, esse valor é diferente, dependendo da transição em que ocorre, é necessária quantidade de calor para que uma substância mude de estado. Observamos também que alguns líquidos apresentam maior ebulição que o outro, isso ocorre porque existem dois fatores básicos que justificam as diferenças dos pontos de ebulição das substâncias, que são: interações intermoleculares e massas molares. Quanto mais forte for a interação intermolecular, maior será o ponto de ebulição e quanto maior a massa molar maior será o ponto de ebulição. A partir dos experimentos realizados foi possível observar que erros advindos de condições não ideais do laboratório, do operador ou impurezas das substâncias influenciam bastante nos resultados obtidos, explicando assim a diferença dos resultados obtidos com os resultados encontrados na literatura. BIBLIOGRAFIA Material e Apostila fornecidos pelo Prof. Dr. Edésio F. C. Alcântara.
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