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Geologia Física x histórica Especialidades Estudo da composição, Data cronologicamente a -Astrogeologia -Hidrogeologia Estrutura e fenômenos evolução geral as modifi- -Geocronologia -Sismologia Que sobre a superfície cações estruturais, -Geologia econômica -Paleogeografia No dia a dia E no interior da terra geográficas e biológicas -Geologia ambiental -Fenômenos naturais ocorridas na história da -Economia e politica(recursos minerais Terra e energéticos) -Matéria para gerar eletricidade -Construção de edifícios e rodovias -Produção de carros Estrutura da terra -A 4,6 bilhões de ano foram reunidas as condições que deram origem ao nosso planeta, choque entre os sideritos(rochas do espaço); e formação da massa de metais fundidos (pastosa). -Com o início da rotação da terra e a perda de calor, a 4 bilhões de anos, começa a se moldar a forma do planeta e separar os metais fundidos em camadas de diferentes densidades. -A crosta terrestre tornou-se mais espessa, e o acúmulo de vapor, gerado com as erupções vulcânicas, originou a atmosfera terrestre, que possibilitou a existência das chuvas e os oceanos. O magma, liberado a partir de erupções vulcânicas, deu origem às rochas ígneas extrusivas. -a +/- 3,5 bilhões de anos, a maior parte da crosta terrestre já estava formada, mas a distribuição dos continentes era diferente da atual. Métodos de estudo Modelo Químico →representa a estrutura interna da terra com base na composição química de cada camada CROSTA: Camada mais exterior da Terra Crosta continental: dens. de 2,7 g/cm3 e uma esp. entre 30-40 km em regiões sismicamente estáveis(crátons) e até 70 km nas cadeias montanhosas. A descontinuidade de Conrad, a 15-20 km de profundidade, separa rochas de densidade menor da crosta superior, rochas de maior densidade na crosta inferior, pois mostra um ligeiro aumento das velocidades sísmicas. Crosta oceânica: esp. entre 5-10 km e apresentam platôs oceânicos com esp. 3x a 4x maior, dens. superior a dens. da crosta continental. Crosta oceânica superior: composta por sedimentos inconsolidados(menor dens.) e onde as velocidades sísmicas são baixas; Crosta oceânica intermédia: com rochas vulcânicas máficas e diques subvulcânicos Crosta oceânica inferior: com rochas plutônicas máficas. MANTO: 83-84% do volume da Terra. Descontinuidade de Mohorovicic/Moho está entre a crosta e o manto superior, onde as ondas sísmicas sofrem uma marcante alteração de velocidade Manto superior: dens. superior à crosta(entre 3,2 e 3,7 g/cm3) com um aumento contínuo da velocidade das ondas sísmicas, esta a partir da descontinuidade de Moho até 400 km de profundidade. Contém a zona de baixa velocidade. Manto transicional: está entre os 400 e 650 km de profundidade e dens. entre 3,7 e 4 g/cm3. Observa-se um aumento nítido e gradativo das velocidades sísmicas, pois, ou ocorre uma mudança na composição química do manto para uma composição em que um ou outro elemento de maior peso atômico (ferro) começar a dominar sobre outros elementos, ou a composição química é mantida e os minerais mudam para estruturas cristalinas mais densas devido às maiores pressões. Manto inferior entre os 650 e 2900 km de profundidade, uma dens. varia entre 4 e 5,7 g/cm3. Descontinuidade de Repetti está aos 650 km. Nessa camada, entre 2600 e 2900 km de profundidade, encontra-se a Zona D uma zona de propriedades sísmicas variáveis e anômalas (compreensão do dinamismo interno da Terra). Há a probabilidade da camada D ser a fonte das plumas térmicas, uma matéria menos densa e menos viscosa que alimenta os pontos quentes, localizando os bolsões de magma que encontram seu caminho até a superfície sendo expelido por vulcões. NÚCLEO separado do manto pela Descontinuidade de Gutenberg, a 2883 km de profundidade. Núcleo externo: entre a descontinuidade de Gutenberg e os 5150 km de profundidade, com dens. de 10,0 g/cm3. É líquido, uma vez que apresenta total ausência de onda S, incorpora elementos de menor peso atômico. Vem crescendo lentamente. Núcleo interno: Descontinuidade de Lehmann separa o núcleo externo do interno, está a 5150 km. Estende-se entre a descontinuidade de Lehmann e os 6371 km(fim do raio da Terra) com dens. de 11,5 g/cm3. É sólido e pensa-se ser uma gigante estrutura cristalina em expansão. O núcleo externo líquido proporciona um isolamento mecânico, justificando o fato do núcleo girar a velocidade superior. Modelo Físico →representa a estrutura interna da terra com base nas propriedades físicas dos materiais de cada camada(estado físico, densidade, temperatura) LITOSFERA: Estende-se até 100 km de profundidade. Zona rígida mais externa composta pelo manto e uma parte do manto superior. Encontra-se dividida em placas (12 placas tectônicas principais e várias sub-placas de menores dimensões). ASTENOSFERA: Estende-se entre 100 e 350 km de profundidade. Trata-se de uma zona plástica a zona de baixa velocidade, onde as ondas sísmicas apresentam menor velocidade. MESOSFERA: Estende-se entre os 350 e 2900 km de profundidade. Sólida e rígida. ENDOSFERA: As endosferas externa (líquida) e interna (sólida) correspondem ao núcleo externo e interno. sISMOLOGIA As superfícies de descontinuidade separam materiais com diferentes composições químicas e propriedades. Pelo fato das ondas sísmicas sofrerem refração a trajetória das ondas não segue uma reta, ocorrendo frequentemente mudanças de direção devido à entrada em um meio diferente. Vibrações sísmicas: ondas de corpo/volume: são mais utilizadas nos estudos relativos aos impactos dos sismos sobre os objetos da superfície → zona de baixa velocidade: aproximadamente ao 100 km de profundidade, não está bem definida em todos os locais e por isso não é considerada uma superfície de descontinuidade. A diminuição da velocidade das ondas sísmicas permite admitir que o material apresenta menor rigides, menor elasticidade, e mais plasticidade do que nas regiões acima e abaixo dela (mas mesma composição) pode admitir-se que o material nesta zona encontra-se num estado semi- fundido uma vez que as ondas s não deixam de se propagar. Segundo a teoria da tectônica de placas, a litosfera (rígida) assenta numa zona semi-fundida(astenosfera) onde ocorrem correntes de convecção, responsáveis pelos movimentos das placas. Na descontinuidade de Moho a mudança de velocidade é abrupta indicando mudança de composição química do meio, na zona de baixa velocidade, que demarca a separação entre a litosfera e astenosfera, a Transição é mais suave e gradual, indicando mudanças Nas propriedades físicas do meio(aumento da Temperatura, Fusão parcial e menor viscosidade do material) . A velocidade das ondas P e S depende, essencialmente, do meio por → onde elas passam, fato que permite utilizá-las para obter informações sobre a estrutura e composição do interior da Terra. Quanto maior a densidade e rigidez dos materiais, maior a velocidade das ondas sísmicas, assim, a partir das VELOCIDADES SÍSMICAS, calculam-se as DENSIDADES das camadas, sendo estas causadas por variações na COMPOSIÇÃO, TEMPERATURA e PRESSÃO, Permitindo identificar as rochas presentes nessas camadas ZONA DE SOMBRA SÌSMICA – Zona onde os sismógrafos não recebem as ondas de um sismo que ocorreu em um determinado epicentro. É uma faixa da superfície terrestre onde não se propagam ondas sísmicas internas diretas. Gutenberg determinou que a distância angular dessa zona em relação ao epicentro é constante, situando-se entre os 103° e os 142 ° para as ondas P, porque as ondas ao atingirem a superfície do núcleo externo vão sofrer uma trajetória tangencial ao núcleo e emergem em locais da superfície cuja distância ao epicentro corresponde a um ângulo de 103°, e sofrem refração emergindo a uma distância de 142° em relação ao epicentro,assim criando uma zona de sombra, uma sombra onde não são detectadas ondas P na superfície. Em relação às ondas S, essa zona de sombra será maior, entre 103° e 103° em relação ao epicentro, porque as ondas S não serão refratadas pelo núcleo líquido, uma vez que não atravessam materiais líquidos. Logo no caso das ondas S, apenas se verifica uma trajetória tangencial ao núcleo, mudando de direção e emergindo a uma distância ao epicentro correspondente ao ângulo de 103°. Deriva continental Ideias INICIAIS A teoria da tectônica de placas fez os cientistas A ideia de deriva continental nasceu com os primeiros mapas do olharem a Terra como um sistema, cujos fenôme- Atlântico Sul a mostrar os contornos da América do Sul e da África em nos geológicos são interconectados. 1620, Francis Bacon, apontava o perfeito encaixe entre as duas costas e levantava a hipótese de união entre os continentes no passado Edward Suess e a Flora Glossopteris: percebeu semelhanças entre os fósseis de Glossopteris do Paleozoico localizados na parte superior da Índia, Austrália, África do Sul e América do Sul, logo propôs o nome Gondwana para um supercontinente no sul do planeta que unia todas esses continente. Alfred Wegener e a hipótese da deriva continental: Desenvolvimento da hipótese da deriva continental com o livro The origin of ̈ continents and oceans” (1915), propondo que todas as massas de terra estavam originalmente unidas em um único supercontinente: “Pangeia”, a partir de evidências geológicas, paleontológicas e climatológicas, porém não recebeu apoio da comunidade científica. Mais tarde Alexander du Toit desenvolveu argumentos adicionais aos de Wagener, confrontando os depósitos glaciais do Gondwana com os depósitos de carvão da mesma idade encontrados nos continentes do hemisfério norte e resolveu esse paradoxo construindo um mapa onde os continentes do Gondwana estavam no Pólo Sul e os continentes do norte unidos próximo ao equador formando o supercontinente Laurásia EVIDÊNCIAS→ -Semelhanças das sequências das rochas e cadeias de montanhas Se os continentes estiveram reunidos uma vez, então as rochas e as cadeias de montanhas da mesma idade em localizações adjacentes em continentes opostos deveriam ter um ajuste próximo, além das direções das várias cadeias de montanhas também deveriam ser complementares. -Evidência glacial Durante a Era Paleozóica Superior, as geleiras cobriam grandes áreas continentais do hemisfério sul, que formaram camadas de depósitos de sedimentos que hoje são chamados de tilitos, são evidente nos continentes do Gondwana, localizando-se acima das estrias(marcas dos arranhões no leito das rochas) Os fósseis e rochas sedimentares da mesma época encontrados nos continentes do hemisfério norte, não indicam glaciação, pois ao analisar fósseis de plantas encontrados nas camadas de carvão dessa época nesses continentes, podemos concluir um clima tropical para os continentes da Laurásia A hipótese de ter existido os 2 supercontinentes explica a evidência de geleiras nos países do hemisfério sul, uma vez que todos os continentes do Gondwana, exceto Antártida, estão atualmente localizados próximos do equador sob climas tropicais e subtropicais, levando a hipótese de que estes continentes compartilharam da mesma faixa climática latitudinal. Além de explicar o fato, do mapeamento das estrias indicar que as geleiras se moveram das atuais margens oceânicas para o interior dos continentes, e o fato dos fósseis de plantas tropicais serem encontrados em continentes atualmente localizados em zonas temperadas - Paleomagnetismo e deslocamento polar Estudos paleomagnéticos fizeram renascer a hipótese da deriva continental na década de 50. A lava siluriana na América do Norte demonstra que nessa época o polo norte magnético localizava-se no oceano Pacífico ocidental, já a lava permiana superior aponta o polo norte magnético para o norte da Ásia, na Europa, os minerais magnéticos dos fluxos de lava siluriana e do permiano superior apontam para diferentes localizações do polo norte magnético em comparação aqueles da mesma idade da América do Norte esses fatos podem ser interpretadas de 3 maneiras: 1) o continente permaneceu fixo e o polo magnético norte se moveu 2) o polo norte magnético permaneceu parado e o continente se moveu 3) o continente e o polo norte magnético se moveram Sendo a melhor explicação de que os polos magnéticos permaneceram próximos aos polos geográficos norte e sul da Terra e os continentes se moveram! Dessa forma explicando o fato de que as sequências de rochas marinhas e não-marinhas e glaciais do Pensilvaniano até o Jurássico são quase idênticas em todos os 5 continentes do Gondwana, o fato das Montanhas Apalaches da América do Norte, que estendem-se ao norte através do leste dos Estados Unidos e Canadá e, terminarem abruptamente no litoral de Newfoundland, e serem encontradas cadeias montanhosas da mesma idade e configuração deformacional no leste da Groenlândia, Irlanda, Orogenia Caledoniana, Grã-Bretanha, Noruega e Noroeste africano. Ainda explica o Cinturão do Cabo: Serra do Cabo (costa sul africana) que seria o prolongamento da Sierra de La Ventana (Argentina). -Evidência dos fósseis Flora Glossopteris: A teoria da deriva continental explica o fato desta ser encontrada em depósitos de carvão do Pensilvaniano ao Permiano em todos os continentes do Gondwana, uma vez que produzem sementes pesadas para serem dispersas pelo vento, além do fato de que os climas atuais dos continentes do Gondwana são diversos e não suportariam a flora Glossopteris Mesossaurus: Explica também o fato de fósseis de um réptil de água doce, serem encontrados somente em rochas do Permiano em certas regiões do Brasil e África do Sul, sabendo que a fisiologia de um animal de água doce não suportaria nadar longas distância pelo Oceano Atlântico até achar um ambiente de água doce semelhante no território africano. Lystrosaurus e Cynognathus: Ainda explica a presença de fosséis de répteis de terra firme do Período Triássico em todos os continentes do Gondwana, sabendo que estes não poderiam nadar através dos oceanos Teorias e evidências apresentadas por Wegener e apoiadas por du Toit não foram aceitas, pois as Evidências não foram convincentes segundo os criticos, e eles Não apresentaram um mecanismo que explicasse a movimentação dos continentes Paleomagnetismo: magnetismo rochoso remanescente que registra a direção dos pólos magnéticos da Terra, no momento da formação da rocha. Quando o magma resfria na crosta, os minerais ferríferos e magnéticos alinham-se com o campo magnético da Terra, naquele momento, registrando tanto a sua direção quanto a sua força, dessa forma um fluxo de lava antigo fornece um registro da orientação e força do campo magnético terrestre no momento que esse fluxo resfriou, logo magnetismo de rochas recentes é consistente com o atual campo magnético REVERSÕES MAGNÉTICAS RELACIONADAS À EXPANSÃO DO ASSOALHO OCEÂNICO Os geólogos se referem ao campo magnético atual da Terra como normal com polos magnéticos norte e sul localizados aproximadamente nos polos geográficos norte e sul. Em 1906, descobre-se que algumas rochas apresentam magnetismo reverso e atualmente estudos paleomagnéticos mostram que o campo magnético se reverteu completamente numerosas vezes, estas reversões foram observadas nos fluxos de lava continentais e em rochas ígneas da crosta oceânica. O mapeamento das bacias oceânicas revelou um sistema de cadeias montanhosas de 65.000 km de comprimento;(cadeia mesoatlântica que divide a bacia do oceano Atlântico). Estes dois faros(rerversão magnetica dos polos, e sistemas de cadeias montanhosas em bacias oceânicas) levam a Hess propor a teoria da expansão do assoalho oceânico em 1962. Teoria da expansão do assoalho oceânico: Os continentese a crosta oceânica se movem em conjunto, não separadamente, pois o assoalho oceânico se separa na cadeia oceânica, onde uma nova crosta é formada pelo magma ascendente, quando o magma resfria, a nova crosta oceânica se afasta lateralmente da cadeia, sendo o mecanismo condutor do magma as correntes de convecção termais do manto. o magma quente se eleva do manto, invade subitamente ao longo das fraturas, edificando as cadeias mesoceânicas e, assim, forma uma nova crosta. A crosta fria é subductada de volta ao manto em fossas oceânicas, onde ela é aquecida e reciclada Podendo ser confirmada pelo fato de que as rochas da crosta oceânica possuem uma sucessão de faixas de anomalias magnéticas, paralelas e simétricas com as cadeias oceânicas e essas faixas magnéticas representam tempos de polaridade normal ou reversa.
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