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64 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS MOTIVOS DA REJEIÇÃO1 COLETE, Selio Antonio 2 BERGAMIN, Marta 3 DAL MOLIN, Débora Cristina 4 "Sem sensibilidade e sem idealismo de poeta não vale a pena ser professor”. Jacinto Prado Coelho Resumo: Este artigo tem como objetivo pesquisar os possíveis motivos do atual grau de rejeição em relação à disciplina de Matemática em nossas escolas. É preciso saber as principais causas desse problema, para que se encontrem meios que possibilite a solução. É necessário que o tema seja estudado, analisando fatos históricos que possam ter marcado o percurso natural dessa disciplina apresentada, na maioria das vezes, como difícil, ruim, complicada. Palavras chave: Aluno, Aprendizado, Matemática, Professor. Para o avanço da Matemática, faz-se necessária mudança no campo educacional, onde ela é vista com certo preconceito. Só será possível mudar tal conceito, quando o quadro docente que atua nessa ciência conhecer os motivos e causas dessa rejeição, o porquê apenas alguns gostam e outros não. Afinal, quando a maioria afirma não gostar, teria um motivo específico? Teria recebido algum estímulo negativo nos primeiros anos escolares? Ou seria porque a matemática depende de raciocínio, e o ser humano busca sempre algo pronto? Gostar de Matemática é algo espontâneo, natural, individual ou 1 Trabalho apresentado no curso de Matemática com Ênfase em Computação da Faculdade de Ampere – FAMPER. 2 Acadêmico do curso Matemática com ênfase em computação da Faculdade de Ampere – FAMPER. 3 Mestre em Ciência da Linguagem – UNISUL. 4 Docente na faculdade de Ampére – FAMPER. Mestre em História – UFPR. 65 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. está relacionado com experiências que o indivíduo viveu em suas infâncias e desencadearam sentimentos de gosto ou repúdio pela disciplina? Quanto a parte histórica, a pesquisa demonstrou com fatos corridos no século VI a.C., que os candidatos antes de ingressarem na chamada escola pitagórica eram submetidos às provas cruéis e por isso, questiona-se se tal tratamento seria causa da rejeição na Matemática, ou possa ter provocado alguns estímulos negativos que até hoje atemoriza estudantes dessa disciplina. Para melhor abordar o tema, é preciso entender um fato histórico que ocorreu como por volta século VI A.C, o surgimento do Instituto Pitagórico. Foi através de Pitágoras e seus discípulos que a geometria e a aritmética surgiram como ciência e para ingressar no instituto de Pitágoras os chamados “filósofos pitagóricos” foram adotados critérios de inicialização severos. Os jovens com a intenção de se tornarem discípulos de Pitágoras eram submetidos a provas extremamente difíceis. Segundo Édouard Schouré (1889, p.239 – 240), os candidatos passavam a noite em uma caverna de Pitágoras requerente da ao redor da cidade, onde se acreditava haver monstros e aparições. Aqueles que não tinham a força para suportar as impressões fúnebres da solidão e noite, ou quem se recusasse a entrar ou fugissem antes do amanhecer, eram considerado muito fraco para o início e despedido. O teste moral era mais sério. De repente, sem preparação, numa manhã, o discípulo era trancado em uma célula triste e nua. Deixavam-lhe um quadro negro e ordenavam-lhe friamente a buscar o significado de um dos símbolos pitagóricos, por exemplo: "O que é o triângulo inscrito no círculo? ". Ou: "Por que o dodecaedro dentro da esfera é a figura do universo? ". Passava doze horas na célula com sua lousa e seu problema, nenhuma outra companhia a não ser um copo de água e pão seco. Então era levando a uma sala, ante os noviços reunidos. Nesta circunstância, tinham ordem de provocar sem misericórdia o infeliz, que mau humorado e com fome apareceu diante deles como um culpado.- "Diziam: eis aqui, o novofilósofo. O semblante mais inspirado!. Você vai dizer suas meditações. Não esconda- nos o que você descobriu.[...]. cheio de sarcasmo, humilhado por não ser capaz de resolver o problema, um incompreensível mistério para ele, tem que fazer um grande esforço para dominar-se. Alguns choram de raiva, outros respondiam com palavras cínicas; outros, fora de si com fúria quebram a ardósia, cheio de furor injuriavam o professor, e os discípulos. Pitágoras comparecia então, e dizia-lhes calmamente, que havendo suportado tão mal a prova do amor próprio, pedia-lhe que nunca mais voltasse a uma escola da qual tinha uma opinião tão ruim, e que as principais virtudes deviam ser de amizade e respeito pelos professores. Os fato citados, ocorreram no início, período em que as ciências estavam associadas, a Matemática, a Geometria, a Aritmética e a Filosofia estavam ligadas e exigiam muito esforço, concentração e raciocínio lógico, acompanhados de um 66 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. tratamento desumano e humilhante aplicado aos alunos que desejassem ingressar na escola de Pitágoras, como forma de seleção. Tal acontecimento pode ter originado um dos pontos responsáveis pelo grau de rejeição quanto à matemática como disciplina escolar. Questionam-se as atitudes tomadas no início da história da Matemática, quando a ciência estava sendo formulada. “Pode-se compreender Pitágoras como sendo ele um dos primeiros colaboradores para o mito da dificuldade da Matemática, já que sua doutrina foi reformulada, em outra posição pedagógica”. (SCAPIN,2004,p.04). Esse estímulo negativo pode ter permanecido gravado no subconsciente e ter sido transferido para gerações futuras, pois passado mais de dois milênios, encontra-se ainda professores que conservam a atitude rigorosa de Pitágoras, que “pode ser considerado um dos primeiros professores, iguais a muitos que ainda existem, os quais têm por objetivo, passar ao aluno a ideia de que a Matemática é só eles que sabem e que se o aluno quiser aprender também, terá que se esforçar muito e ser muito bom, desenvolvendo nele certa aversão à disciplina”. (SCAPIN, 2004,p.04). O contexto histórico no Brasil apresenta a história da Matemática a partir dos padres jesuítas, com o objetivo ensinar Religião, Língua e Artes, “[...] pois naquela época o país não dispunha de nenhuma estrutura e muito menos interesse por parte dos colonizadores em ensinar matemática”. (BRITO, 2007, p.01). Percebe-se que os poucos professores existentes na época, não tinham interesse em ensinar a disciplina, por isso, “a Matemática como cultura escolar não se desenvolveu ou não teve destaque, até mesmo por falta dos professores jesuítas que, na sua maioria, não consideravam a Matemática como ciência.” (FIGUEIREDO,2003, p.133) A implantação da Matemática como Disciplina Escolar deu-se pela necessidade, já que a mesma era para uso da defesa militar, para a qual, a ciência era indispensável. Segundo Figueiredo( 2003, p.133): Nessas aulas de Artilharia e Fortificações para militares, trabalhava-se basicamente a Matemática visando o uso prático, ou seja, a geometria era necessária aos carpinteiros, arquitetos e agrimensores, e a aritmética (as 4 operações) constituía a base para os cálculos necessários, às aulas de Artilharia e Fortificações. 67 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01,p. 64– 72, jul./dez. 2014. Com a aplicação da Matemática às aulas de Artilharia e Fortificações, percebe- se um dos fatores que pode ter contribuído para o grau de rejeição que a disciplina apresenta. Os métodos de seleção desses alunos não levava em consideração o gosto pela disciplina, e sim, atendia ao interesse militar. Seria difícil para um aluno, intuído à defesa militar, desenvolver gosto pela Matemática, que até então, era quase estranha. Outro fator é que apesar de ser uma das primeiras ciências na história da humanidade, a matemática no Brasil passou por fases de uma acentuada desvalorização, e por vários séculos ficou no esquecimento. Algumas “ordens religiosas abriram algumas instituições de ensino, como os franciscanos, que elaboraram um projeto de uma faculdade, na qual se estudaria retórica, hebraico, grego, filosofia e etc. O estudo das matemáticas ficou de fora”. (BRITO, 2007, p.03). Nos primeiros séculos do Brasil República, adotou-se uma cultura de aversão à matemática”, uma “experiência trágica” do ponto de vista cultural atual. Ignorou-se o avanço que outras ciências tiveram ao longo da história com a aplicação da matemática na realização de cálculos, ou na trigonometria. Mais intrigante ainda, foi o preconceito a que se submeteu disciplina, “pois o estudo da Matemática durante muitos anos deu-se apenas como disciplina obrigatória para outros cursos. Era vergonhoso, nos tempos passados, pois a matemática não era reconhecida como profissão e muito menos como ciência”. (BRITO, 2007, p.01). Neste caso, percebe-se que não havia “cultura Matemática”, existia uma resistência, impedindo seu avanço. O estudo dessa disciplina, não despertava interesse, pois para a época, não tinha importância nenhuma. Acredita-se que, um dos motivos que leva a escola a ser desvalorizada, pode ser atribuído ao fato de que o Brasil, por mais de 300 anos, permaneceu sem leis que garantissem o ensino gratuito, e somente “em 1827, pela lei de 15 de Novembro, a partir da carta outorgada por D. Pedro I, em 1824, foram criadas escolas primárias as quais eram ensino gratuito e visavam ler, escrever e contar.” (FIGUEIREDO, 2003, p.135). Neste período de “desleixo educacional brasileiro” do século XVIII, o ensino era para poucos, com um número reduzido de instituições, provocou no país uma “cultura” de analfabetismo e não se deu importância à educação de um modo geral. No Brasil atual, muitos alunos apresentam baixo nível de aprendizagem em relação à disciplina de Matemática, mas antes de buscas uma solução é importante entender o problema, ou seja, o que é ou quais as causas destas dificuldades: Uma delas é a maneira como é ensinada a Matemática. Segundo Cíntia Soares de Almeida (2006, 68 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. p.02), “as causas das dificuldades podem ser buscadas no aluno ou em fatores externos, em particular no modo de ensinar a matemática” . Quanto aos problemas no ensino da Matemática, pode-se numerar: o material utilizado não está adequado a realidade do aluno que não são desafiados, não há motivação, falta formação científica na área, não estão sendo bem trabalhados os primeiros anos escolares, falta interesse, curiosidade, raciocínio lógico. Um dos fatores que torna a Matemática uma disciplina temida, é a dificuldade que muitos professores têm em transferir conhecimentos, ou ainda, porque o aluno não está psicoemocionalmente, apto a receber o saber. Os primeiros anos escolares são considerados a base da formação, é quando se adquire o gosto por determinada disciplina, ou rejeição, quando esta estiver acompanhada de medo, incompreensão, ameaças e inseguranças. Desde cedo o aprendiz deve sentir-se como parte da formação, sujeito principal, capaz de receber, assimilar, dominar e usar tal aprendizagem sempre que necessário. Ter uma atitude positiva é o que possibilita um bom êxito, à transferência de aprendizado. Segundo Campos (1979, p.279): Parece que nenhum fato tende a provocar tanta transferência, quanto à atitude positiva do aprendiz diante da possibilidade de transferência, isto é, da possibilidade de aplicar sua aprendizagem anterior na solução de outro problema. A simples presença de componentes idênticos, ainda quando indicados, não resulta em transferência eficiente. Pode-se esperar transferência, apenas quando o aluno é estimulado a tornar-se consciente da transferência, a desejar aplicar o que sabe na nova situação. Cada ser humano é estimulado por algo que lhe dê prazer, o que não acontece com todos os indivíduos ao se tratar de conteúdo escolar, “essa aquisição de conhecimentos lhes permite transformar suas ações e, portanto, alterar suas interações com esse mesmo mundo em nível de qualidade”. (CARVALHO,1994, p.15). Muitas vezes o aluno perde o interesse pelo conteúdo apresentado pelo professor, por considera-lo inútil. Esse desinteresse inibe o aprendizado. É importante o professor propor aos seus alunos questionamentos, para que se possa avançar e criar situações que possibilitem conscientizar os alunos de uma futura aplicação. “A transferência é assegurada quando o aluno é auxiliado no desenvolvimento de processos eficientes para a aprendizagem de novas 69 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. situações”.(CAMPOS, 1979,p.280). É diante dos desafios que o aprendiz é estimulado, e o seu rendimento ocorre espontaneamente. O grau de inteligência interfere diretamente na transferência de aprendizado, “por estas razões, o professor, que trata com alunos menos inteligentes, precisa ter muito cuidado ao indicar as possibilidades de transferência do material”. (CAMPOS, 1979,p.282). Não é possível que uma turma seja formada apenas por alunos inteligentes, por isso cabe ao professor diferenciar a maneira de como trabalhar com os alunos que requerem mais atenção. É prudente que não haja uma “separação psicológica”, pois estes devem acompanhar os demais mesmo que, a transferência aconteça de maneira mais lenta, livre de sentimentos de inferioridade. Já nos primeiros anos escolares é necessário que haja um ambiente adequado, tranquilo, livre de qualquer preconceito. Desde cedo, o aprendiz deve sentir-se parte da formação, sujeito principal, capaz de receber, assimilar, dominar e usar tal aprendizagem sempre que necessário. Ter uma atitude positiva é o que possibilita um bom êxito, à transferência de aprendizado. Segundo Campos (1979, p.279): Parece que nenhum fato tende a provocar tanta transferência, quanto à atitude positiva do aprendiz diante da possibilidade de transferência, isto é, da possibilidade de aplicar sua aprendizagem anterior na solução de um outro problema. A simples presença de componentes idênticos, ainda quando indicados, não resulta em transferência eficiente. Pode-se esperar transferência, apenas quando o aluno é estimulado a tornar-se consciente da transferência, a desejar aplicar o que sabe na nova situação. Cada ser humano é estimulado por algo que lhe de prazer, o que não acontece com todos os indivíduos ao se tratar conteúdo escolar. Muitas vezes o aluno perde o interesse pelo conteúdo apresentado pelo professor, por considera-lo inútil. Esse desinteresse inibe o aprendizado. O analista, durante o tratamento de seus pacientes, deve estar sempre atento aos processos contratransferenciais que podem surgir, pois, na mesma medida em que a transferência pode servir como um impedimento à associação livre do analisante, do lado do analista a contratransferência podeservir como um obstáculo à compreensão do paciente. (SANTOS, 2009, p.23) 70 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. É importante o professor propor aos seus alunos questionamentos para poderem avançar, criar situações que possibilitem conscientizá-los de uma futura aplicação, pois “a transferência é assegurada quando o aluno é auxiliado no desenvolvimento de processos eficientes para a aprendizagem de novas situações”. (CAMPOS, 1979, p.280). É diante dos desafios que o aprendiz é estimulado e o seu rendimento ocorre espontaneamente. Regis Farr, fundamentando-se em pesquisas do GEPEM Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, que desenvolveu trabalho em três escolas particulares do Rio, cita que o grupo, ao observar, aulas de matemática concluiu: Notou-se que os professores confundiam conceitos, abusavam do uso de símbolos, apresentavam problemas inadequados às faixas etárias da turma e exageravam no uso de um vocabulário complexo e inútil para o nível de escolaridade dos alunos, chamado pelos pesquisadores de “modernismo vazio”. Ao opinar, os professores regentes – aqueles que dão aulas – dividiram-se em gostar e o não gostar da Matemática, atitude atribuída ao fato de terem dificuldade com a matéria ou não terem incentivo ou, ainda, por que a Matemática requer raciocínio.metade dos professores localizou no aluno as causas das maiores dificuldades no ensino da disciplina: segundo elas as crianças têm raciocínio lento, falta de base dispersão, preguiça mental e desinteresse. Já a quarta parte dessas professoras reconheceu estar nelas à origem das dificuldades no ensino: por falta de motivação, por incapacidade de mostrar a utilidade prática da Matemática, por falta de comunicação com os alunos, ou ainda por dificuldade com sua matéria. (FARR, 1984. p.11.) Percebe-se que essa deficiência no ensino da Matemática não está concentrada em um ponto, mas, é um conjunto de fatores que interferem na impopularidade que a disciplina apresenta. Professores devem agir com profissionalismo, buscando desempenhar seu trabalho com qualidade, sem qualquer tipo de omissão, deve usar a criatividade para que a transferência do aprendizado, possa fluir mesmo que o ambiente ou os alunos não ofereçam condições favoráveis. Com relação ao “perfil” dos professores pesquisados pelo GEPEM, Farr, cita: O nem se apoiar na vivência real de seus alunos. Mesmo na escola que possuía material DA falta de conhecimento e princípios básicos da psicologia da aprendizagem levava os professores a darem aulas expositivas ou a distribuírem folhas mimeografadas, com assistência passiva dos alunos e sem recorrer ao uso do material concretidático, os professores não sabiam como utiliza-lo. Por não dominarem conceitos elementares básicos de aritmética e por terem, alem do mais, dificuldades de expressão, as professoras as professoras consideravam “problema” uma espécie de tabu, um capítulo aparte;muitas 71 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. vezes os extraiam dos livros-textos sem uma seleção prévia e adequação à criança de sua turma e, de não estimularem, não aceitavam alternativa de soluções inventadas pelos alunos que estivessem fora de suas previsões. . (FARR,1984. p.12-13.) Muitas vezes a dificuldade na aprendizagem está na maneira como o professor “classifica” a individualidade do grupo. Percebe-se a presença em um mesmo ambiente de “alunos matemáticos” e alunos que não se identificam com a Matemática, mas que precisam aprendê-la para seu uso ou em outras profissões, como complementa Luiz A. Santaló: Aos professores da matemática compete selecionar entre toda a matemática existente, a clássica e a moderna, aquela que possa ser útil aos alunos em cada um dos diferentes níveis de educação. [...] Pensamos primeiro a matemática para todos, quer dizer na matemática da escola obrigatória, que devem estudar todos os cidadãos. (SANTALÓ,1996, p.15) Dessa forma, o conteúdo a ser aplicado deve apresentar exemplos de como o aluno poderá aplicar o conhecimento no seu dia-dia e para isso, é importante que ele conheça áreas onde as aplicações da disciplina foram úteis à sociedade, o que tende a provocar nele interesse, já que a Matemática e suas ocupações estão bem presente em qualquer situação. A maneira como é vista a Matemática atualmente, e os conceito a ela atribuídos, devem-se a um conjunto de fatores que associados atingem grande parte dos alunos. Cabe a quem trabalha os primeiros anos escolares, o cuidado e a competência, de modo que aconteça uma boa transferência de aprendizado, já que esse período é muito importante para o aprendiz. Por isso, não se pode de maneira alguma impor medo, pois pode bloquear o aprendizado futuro. O gostar da Matemática é próprio dos “matemáticos”: pessoas que gostam, estudam, e fazem dela uma profissão, por isso, cabe a estes, torná-la nobre. Os “não matemáticos”: pessoas que não almejam aprofundar esta ciência mas que devem ter dela um bom domínio, precisam ver a Matemática como algo agradável acessível, útil, e necessário. 72 Rev. Educação Matemática em Revista, Ampére – PR, v.1, n. 01, p. 64– 72, jul./dez. 2014. Referências bibliográficas: CAMPOS, Dinah Martins de Souza, Psicologia da Aprendizagem, 8ª ed. Petrópolis, Vozes, 1979. 288p. CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do ensino da matemática, 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1994, 119 p. FARR, Regis. O fracasso do ensino no Brasil, 2ª Ed, Rio de Janeiro: Codecri, 1984, 118 p. PARRA,Cecília, Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas, Cecília Parra, Irma Saiz...[et, al]; trad. Juan cuña Llorens, Porto Alegre:Artes Médicas, 1996, 258 p. Sites: ALMEIDA, Cíntia Soares. Dificuldades de aprendizagem em matemática e a percepção dos professores em relação aos fatores associados ao insucesso nessa área. Disponível em www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12006/CinthiaSoaresdeAlmeida.pdf> acesso em 04/06/2012. Buscando as origens da matemática ensinada atualmente no Brasil. Disponível em: SCHURE,_Edouard. Los Grandes Iniciados Disponível em:<escritorlaabakaakad.bligoo.com.ve/.>acesso em: 04/06/2012. A história da Matemática no Brasil. Disponível em:<http://www.sicoda.fw.uri.br/revistas/artigos/1_1_3.pdf BRITO> Acesso em04/06/2012.
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