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Monografia MATEMÁTICA IIEPF - A IMPORTÂNCIA ENSINO DA MATEMÁTICA NO COTIDIANO

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INSTITUTO EDUCACIONAL PAULO FREIRE - IEPF 
CURSO: MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
WENDERSON MATIAS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA ENSINO DA MATEMÁTICA NO COTIDIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Luzia 
2016 
 
 
 
WENDERSON MATIAS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO COTIDIANO 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto Educacional 
Paulo Freire – IEPF de Conclusão do Curso de 
Licenciatura em Matemática. 
Orientador (a):Prof.º Esp. Albert Wellison de Moraes 
Cordeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Luzia 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOMES, Wenderson Matias 
 
A importância do ensino da matemática no cotidiano. Santa Luzia: 
IEPF, 2016. 
 
F 39. 
 
Impresso por computador (fotocópia). 
 
Orientador: Prof.º Esp. Albert Wellison de Moraes Cordeiro 
 
Monografia (graduação) – Instituto Educacional Paulo Freire 
- IEPF, 2016. 
 
1. Introdução. 2. Um breve histórico sobre o ensino de 
matemática. 3. O ensino da Matemática. 4. A Matemática e seu 
compromisso social. 
 
 
 CDU: 
 
 
 
 WENDERSON MATIAS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO COTIDIANO 
 
 
Monografia submetida à aprovação do corpo 
Docente do Instituto Educacional Paulo Freire 
trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em 
Matemática. 
 
 
Aprovada em: ____/_____/_______ 
 
 
Banca Examinadora: 
 
 
_____________________________________________ 
Prof.ª Esp. Albert Wellison Cordeiro de Moraes (Orientador) 
 
____________________________________________ 
1º Examinador 
 
____________________________________________ 
2º Examinador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus e a minha família, pelo 
incentivo, amor, carinho e dedicação 
nas horas mais necessária de minha 
vida. Aos meus professores e 
colegas, por todo incentivo e apoio. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Em primeiro lugar, a Deus por ter permitido o término deste trabalho. Minha 
família em especial a minha esposa, que tanto me apoiou incansavelmente com 
suas palavras confortadoras. A todos os colegas de curso, que direto ou 
indiretamente colaboraram para que eu pudesse atingir meu objetivo. A todos os 
professores que colaboraram com a partilha dos seus conhecimentos para comigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O homem é feito visivelmente 
para pensar, é toda a sua dignidade e 
todo o seu mérito, e todo o seu dever é 
pensar bem. 
Blaise Pascal. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
O presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de analisar o ensino atual da 
Matemática e verificar qual a sua importância para o cotidiano do aluno, abordando 
teoricamente sobre o processo e métodos de ensino da matemática, relatando sobre 
como se encontra sua metodologia atual, o papel do professor, para que aprender 
matemática, quais os métodos de ensino e quais e as dificuldades no processo de 
ensino e aprendizagem, culminando com a abordagem sobre a Matemática do 
Cotidiano. Para que haja uma mudança na educação Matemática, os educadores 
precisam usar novos conhecimentos, de forma que conciliem conhecimentos 
anteriores com os que, dia após dia, chegam a nós. Neste estudo, explorou-se 
alguns pontos que levam a refletir também sobre as dificuldades do ensino de 
Matemática nas Séries Iniciais. Para tal, buscou-se pesquisar na Proposta Curricular 
de Santa Luzia e em outros autores que buscam a superação da prática tradicional 
do ensino da Matemática, que ainda é vista como um ato mecânico e é ensinada 
através de exercícios individuais e de informações dadas pelo professor. A Proposta 
Curricular de Santa Luzia entende a Matemática como um conhecimento produzido 
e sistematizado pela humanidade, portanto histórico, com o objetivo de conhecer, 
interpretar e transformar a realidade. Ao realizar o ensino da Matemática deve-se 
partir das situações reais, experimentadas pelos alunos, para que os mesmos 
possam relacionar os conhecimentos adquiridos na escola com as atividades 
realizadas diariamente. Aprender fazendo, agindo, experimentando, é o modo mais 
natural, intuitivo e fácil de aprender. Diante de tudo o que foi exposto evidencia-se 
que a Matemática é assunto de discussão entre alunos, professores e equipe 
pedagógica, ocasionando divergência entre as opiniões e assim, servindo como 
instrumento de busca para melhorias no ensino de tal disciplina. 
 
 
Palavras Chave: Professor, Matemática, Cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This work was developed in order to analyze the current teaching of mathematics 
and see what its importance to the daily lives of students, addressing theory about 
the process and mathematics teaching methods, reporting on how is your current 
methodology, the role teacher, to learn mathematics, which teaching methods and 
what and difficulties in the process of teaching and learning, culminating in the 
approach to the mathematics of Everyday Life. So there is a change in mathematics 
education, educators must use new knowledge, so that combine prior knowledge 
with those who day after day, come to us. In this study, we explored some points that 
lead to also reflect on the difficulties mathematics teaching in early grades. To this 
end, we tried to search the Curricular Proposal of Santa Luzia and other authors who 
seek to overcome the traditional practice of mathematics teaching, which is still seen 
as a mechanical act and is taught through individual exercises and information given 
by the teacher . The Curricular Proposal of Santa Luzia understand mathematics as 
a knowledge produced and systematized by mankind, so history in order to know, 
interpret and transform reality. Upon learning of mathematics should be based on the 
real situations experienced by students, so that they can relate the knowledge 
acquired in school with activities daily. Learning by doing, acting, experiencing, is the 
most natural way, intuitive and easy to learn. Given all the foregoing it is evident that 
mathematics is a subject of discussion among students, teachers and educational 
staff, causing divergence between the views and thus serving as a search tool for 
improvements in the teaching of this discipline. 
 
 
Keywords : Teacher , Math , Everyday . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO......................................................................................10 
2 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE ENSINO DA MATEMÁTICA..........11 
2.1 ENSINO DE MATEMÁTICA UMA VISÃO HISTÓRICA SOCIAL.......13 
2.2 A MATEMÁTICA NA VIDA ESCOLAR...............................................18 
 
3 O ENSINO DA MATEMÁTICA........................................................…..21 
3.1 O CONHECIMENTO LÓGICO MATEMÁTICO..................................24 
 
3.2 PARA QUE APRENDER MATEMÁTICA...........................................26 
 
4 A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E SEU COMPROMISSO SOCIAL.....29 
4.1 O EDUCANDO E O SABER MATEMÁTICO......................................31 
 
4.2 DIFICULDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DE 
MATEMÁTICA.........................................................................................33 
5 CONCLUSÃO.......................................................................................36 
6 REFERÊNCIAS.....................................................................................37 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Matemática ganha destaque, quando o assunto é a necessidade de 
mudança no modelo de ensino adotado atualmente, e é consenso entre os 
pesquisadores e interessados sobre o tema que ela é vilã nos casos de reprovas, 
como citado por D’Ambrósio(2010), Bessa (2007) e Ogliari (2008). Este trabalho foi 
desenvolvido com o intuito de demonstrar por meio de levantamento bibliográfico, 
como se dá o ensino da matemática no cotidiano. 
 Neste momento de transformações constantes, faz-se necessário ressaltar 
uma educação Matemática direcionada a mudanças de consciência, para melhor 
compreensão e reflexão dessa situação. Para isso, realizou-se uma pesquisa com 
o tema: “A importância do ensino da Matemática no cotidiano”. Sabe-se que o 
ensino da matemática é uma tarefa de muita responsabilidade para os professores, 
e que está presente na vida de todas as pessoas, deste modo, busca-se refletir 
sobre a matemática, promovendo o conhecimento enquanto desafio intelectual. A 
Matemática nem sempre é trabalhada de forma a levar o aluno a fazer associações 
com o cotidiano, desse modo, muitos alguns estudantes acham que a única 
finalidade do conhecimento matemático é para efetuar a realização de uma prova e 
consequentemente deixa de perceber as aplicações da matemática no seu dia a 
dia. 
Diante disso, a referida monografia foi estruturada da seguinte maneira, 
primeiramente com um breve histórico a respeito do ensino da matemática, uma 
visão social, a matemática na vida escolar e uma abordagem sobre o processo do 
ensino da matemática, enfatizando o ensino atual na vida escolar e para que 
aprender matemática. Em um segundo momento abordou-se teoricamente sobre o 
conhecimento lógico matemático quais os métodos de ensino e quais as 
dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. 
 
 
11 
 
2 BREVE HISTÓTICO SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA 
 
A origem dos primeiros pensamentos matemáticos é do tempo das 
cavernas, ou seja, do Período Paleolítico. Segundo Oliveira, Alves e Neves (2008). 
Neste período o homem tinha a necessidade de calcular quantidade 
de alimentos, animais e pessoas e esse fato contribuiu para o 
aparecimento do conceito de número, iniciando-se com a simples 
percepção de semelhanças e diferenças e foi aprimorado por meio 
de contagens primitivas com uso de ossos, pedras e dedos das 
mãos e foram registrados através de entalhes em ossos e pinturas 
nas cavernas, que posteriormente ficaram conhecidos como arte 
rupestre. 
Por meio do trabalho dos autores supracitados pode-se constatar que a 
Matemática se faz presente desde o período das cavernas e desse modo, é 
considerada responsável também pelo processo de evolução da humanidade. 
Oliveira, Alves e Neves (2008) ressaltam que o desenvolvimento e o 
consequente aprimoramento das noções matemáticas ocorreram de maneira 
gradual e perceptível, com a constante criação e recriação da matemática de 
acordo com as necessidades de cada período histórico. Ou seja, de acordo com a 
necessidade imposta pela evolução da sociedade a matemática ia sendo 
aprimorada pelos estudiosos de cada época. E os referidos autores ressaltam que 
alguns povos da antiguidade encontraram maneiras de representar e registrar o 
tempo por meio dos movimentos do Sol, e dos satélites naturais como a lua e dos 
astros como as estrelas. Por isso, a matemática é considerada uma das principais 
responsáveis pela importante contribuição que a matemática teve na formação dos 
conceitos astronômicos existentes. 
Esses primeiros conhecimentos matemáticos com o decorrer do tempo 
foram sendo desenvolvidos, progredindo especialmente quando pequenas 
civilizações formaram as primeiras cidades e a necessidade dos povos de 
melhorias nesses conceitos aumentava a cada instante e concomitante a isso, os 
cientistas e matemáticos elaboravam novos teoremas, de modo a suprir as 
carências matemáticas da época em vigor. 
12 
 
Toda essa intensificação e agilidade da aquisição e desenvolvimento 
matemático aconteceram no Egito devido à criação de técnicas de medição e 
demarcação de terras em relação às águas do rio Nilo e com os registros em 
papiros, os quais foram propagados e conhecidos ao longo do tempo. Outro fato 
que deve ser levado em consideração é que esses conceitos matemáticos foram 
utilizados pelos escribas, pois naquela época, a matemática não era utilizada como 
uma ciência sistematizada e sim para solucionarem situações práticas da vida 
diária. E a partir dessas informações trazidas pelos autores em questão, consta-se 
que a matemática inicialmente apareceu com aplicação apenas prática e só 
posteriormente foram surgindo os conceitos formais hoje existentes. 
A História da Matemática torna-se um importante instrumento para a 
melhoria do processo de ensino e aprendizagem da mesma, possibilitando assim 
entender conceitos a partir de sua criação, levando em consideração todas suas 
alterações no decorrer da história, facilitando desse modo a compreensão para os 
alunos, bem como despertando sua curiosidade e principalmente interesse para 
futuras pesquisas. 
É nítido que a partir de uma exposição inicial da aplicação ou história do 
respectivo conteúdo a ser trabalhado em sala o aluno passa a questionar e se 
interessar por aprender, pois passa a ver significado naquilo que está estudando. 
No final do século XX e início do século atual, o Brasil teve um avanço considerável 
em suas dimensões políticas, sociais e econômicas, ressalta Gomes (2012). Ainda 
de acordo com o autor em questão, a educação sempre está vinculada às 
necessidades e características da sociedade à qual pertence, e o ensino da 
matemática é parte integrante dessa educação. 
Como qualquer outra disciplina escolar, a matemática, em cada 
momento histórico, molda-se de acordo com os fatores externos, 
tais como as condições sociais, políticas, culturais e econômicas 
que envolvem a escola e o ensino, e pelos fatores internos, ou seja, 
aqueles referentes aos conhecimentos de uma área específica 
(GOMES, 2012). 
A partir do comentário de Gomes, verifica-se que a matemática é reflexo 
das transformações sociais, ou seja, ela se molda de maneira a satisfazer as 
13 
 
necessidades daquele momento, daquela situação, e assim, demonstra o quanto é 
importante adquirir um conhecimento significativo a respeito da mesma de modo 
que passe a utiliza-la em atividades cotidianas. Para Gomes (2012) assim como 
também ocorre em outras áreas, para a matemática, cada vez mais, os fatores 
internos tem se constituído, não somente em relação aos conteúdos específicos, 
bem como os conhecimentos sobre a origem dos processos de ensino e 
aprendizagem e a formação dos profissionais da área da Educação Matemática 
tem influenciado intensamente nas propostas e recursos curriculares e didáticos 
pedagógicos. 
A sociedade é a principal responsável por toda a evolução dos conceitos 
matemáticos, ao mesmo tempo em que a matemática também se fez importante 
para o processo de evolução da humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2.1 O ENSINO DE MATEMÁTICA UMA VISÃO HISTÓRICA SOCIAL 
 
A educação Matemática desenvolveu-se seguindo caminhos diferentes nas 
diversas culturas, no princípio da civilização abrigava sistemas informais, depois 
passou a ser vista como uma ciência exata, sendo que o ensino-aprendizagem se 
dava pela memorização. Subjacente a esta prática, percebeu-se uma concepção 
de ensino da Matemática que privilegiava o caráter técnico. Mas, com a nova 
concepção de ensino-aprendizagem, a Matemática apresentou proposições de que 
não é uma ciência pronta e acabada, mas (também) tem história, se desenvolveu e 
continua progredindo respondendo a desafios. 
Os estudos sobre as sociedades primitivas, mostram que as primeiras 
noções matemáticas e símbolos numéricos surgiram como alterações da operação 
de contar e progrediram, principalmente, em áreas de civilização urbana com 
condições evoluídas. Segundo Machado (1989), 
Na história da Matemática, dos primórdios até a atualidade, houve 
períodos que se destacaram. A Matemática babilônica e egípcia, de 
fórmula e receitas práticas, surgidas diretamente do empírico,a 
partir do século VI a.C. O período de sistematização que 
representou a Matemática grega atingiu seu cume no século III a.C. 
Depois do pujante período grego, onde a sistematização, as preocupações 
estéticas e a especulação desvairada caminharam juntas, apoiadas nos 
abundantes resultados empíricos, houve o desenvolvimento hindu, agora no que 
veio se chamar álgebra. Os hindus não tinham as preocupações lógicas ou 
estéticas dos gregos, nem o seu compromisso com o rigor formal. Libertos disso, 
levaram em consideração os números irracionais e desenvolveram uma álgebra 
mais pródiga. 
O sistema de numeração hindu foi transmitido à outra civilização mercantil, 
a dos árabes, e mais de meio milênio se passou até que ele fosse adotado no 
mundo ocidental. 
15 
 
Depois, somente a partir do século X, é que aparecem um novo período de 
desenvolvimento sistemático, onde a Matemática surge como um conjunto mais ou 
menos ordenado de conhecimentos. É uma nova fase de resultados espetaculares 
se seguiu com Descartes (1596-1650), Leibniz (1646-1716), Newton (1642-1727) e 
outros. São as descobertas e as construções matemáticas desta época que deram 
a Astronomia e a Física moderna. 
No século XVIII, houve uma fase de grande progresso científico realizado 
por intermédio de experimentados inventores e trabalhadores empíricos como 
James Watt. Porém, foi entre os anos de 1890 à 1940, que a Matemática encontrou 
efetivamente seu verdadeiro sentido. Seu ensino até então, foi marcado pela 
excessiva preocupação com o treino de habilidades e mecanização de processos 
sem compreensão. 
Segundo Fiorentini, no final do século XIX e no início do século XX, havia 
uma preocupação fundamentalista: tudo deveria ser justificado, argumentado e 
demonstrado logicamente. 
Atendendo a esses critérios, a Geometria, pela sua consistência lógica, 
tinha um lugar de destaque no currículo escolar. Fiorentini (1995, p. 8), diz que de 
acordo com a tendência formalista: 
Acreditava-se que a possibilidade da melhoria do ensino da 
matemática se devia, quase que exclusivamente, a um melhor 
estudo, por parte do professor ou por parte dos formuladores de 
currículos, do próprio conteúdo matemático visto em uma dimensão 
acentuadamente técnica e formal. 
Desse modo, a Matemática a ser ensinada era aquela concebida como 
lógica, compreendida a partir das estruturas. De acordo com Fiorentini (1995, p. 7) 
para a tendência Empírico-Ativista, o conhecimento matemático decorre do mundo 
físico, e é extraído pelo homem através dos sentidos. Os ativistas compreendem 
que ação, a manipulação ou os experimentos são essenciais e indispensáveis para 
a aprendizagem. Por isso, privilegiavam e desenvolviam brincadeiras, materiais 
manipulativos e outras atividades lúdicas e/ou experiências que permitiriam aos 
alunos, não só ter contato com noções de seu conhecimento, mas redescobri-las. 
16 
 
A concepção empírico-ativista do processo ensino aprendizagem surge no 
Brasil a partir da década de 20, no século XX. Emerge no seio do movimento 
escalonovista, estando também associado ao pragmatismo norte-americano 
deJohn Dewey. No âmbito do ensino da matemática, Euclides Roxo e Everaldo 
Backheuser, seriam os principais representantes dessa corrente ao pensamento. 
Nas décadas de 40 e 50, surgiram outros professores de Matemática 
seguidores dessa corrente. Esse é caso de Melo e Souza (Malba Tahan), Irene 
Albuquerque, Manoel Jairo Bezerra e Munhoz Maheder. De acordo com Fiorentini 
(1995, p. 10), ao longo dos anos essas tendências no Brasil, contribuíram para 
unificar a Matemática em uma única disciplina e para formular diretrizes 
metodológicas do ensino da Matemática da reforma Francisco Campos (1931). 
Essa tendência atribui como finalidade da educação, o desenvolvimento das 
potencialidades e das várias alternativas desenvolvidas pelo educando, na qual a 
educação investe para a constituição de uma sociedade cujos membros se aceitem 
mutuamente e se rejeitem na sua individualidade. 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 21), nas décadas 
de 60 e 70, o ensino da Matemática foi influenciado por um movimento de 
renovação que ficou conhecido como Matemática moderna e sua implementação 
no Brasil foi ao início da década de 60. A tendência formalista, assim como ocorreu 
com a clássica, errou ao reduzir o conhecimento simplesmente à forma de 
organização, sistematização dos conteúdos matemáticos. Enquanto, a tendência 
clássica procurava enfatizar e valorizar o encantamento lógico do raciocínio 
matemático e as formas perfeitas e absolutas das ideias Matemáticas. A tendência 
moderna procurava os desdobramentos lógico-estruturais das ideias Matemáticas, 
tomando por base não à construção histórica e cultural desse conteúdo, mas, sua 
unidade e estruturação algébrica. 
O movimento da Matemática Moderna teve seu reflexo a partir da 
constatação da inadequação de alguns de seus princípios e das distorções 
ocorridas na sua implantação. 
17 
 
A concepção formalista moderna manifesta-se na medida em que passam 
a enfatizar a matemática pela matemática, suas fórmulas, seus aspectos 
estruturais, suas definições, em detrimento de essência e dos significado 
epistemológico dos conceitos. Isto, porque se preocupa exageradamente com a 
linguagem, como uso correto dos símbolos, com a precisão, com o rigor, sem dar 
atenção aos processos que os produzem, porque enfatiza o lógico sobre o 
psicológico, o formal sobre o social, o sistemático-estruturado sobre o histórico, 
porque trata a matemática como se ela fosse ‘neutra’ e não tivesse relação com 
interesses sociais e políticos. 
Os educadores que convergiram ao formalismo, estrutural passaram no 
decorrer da década de 70, a imprimir ao ensino da Matemática em caráter mais 
mecanicista, com regras e fórmulas que primavam pelo “decorar”. 
O tecnicismo mecanicista procurou reduzir a Matemática ao pragmatismo, 
sem grandes preocupações com experimentos e fundamentações teóricas. A 
aprendizagem não consistia no diálogo e na construção de conceitos ou princípios. 
Não é preocupação desta tendência formar indivíduos que tenham ética, que sejam 
críticos e criativos, que se preocupem com o projeto de vida que estão construindo, 
e que saibam situar-se, historicamente, no mundo. 
Nas décadas de 60 e 70, também se começa a sentir no Brasil, a presença 
do construtivismo piagetiano. A tendência construtivista procura substituir a prática 
mecânica por uma prática pedagógica que visa à construção das estruturas do 
pensamento lógico matemático. Fiorentini (1995, p. 20), argumenta que: 
“O construtivismo vê a Matemática como uma construção humana, e 
que essa corrente prioriza o processo. O importante não é aprender 
isto ou aquilo, mas sim aprender a aprender e desenvolver o 
pensamento lógico-formal”. 
 
 
 
18 
 
2.2 A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DENTRO DA PROPOSTA 
CURRICULAR DE SANTA LUZIA 
 
A Proposta Curricular de Santa Luzia faz a opção pela concepção histórica 
de aprendizagem, também chamada sócio-histórica ou sócio-interacionista. Esta é 
uma concepção relativamente jovem, embora traga também uma carga conceitual 
que a liga a diferentes momentos, de tradição na sua origem, tem como 
preocupação à compreensão de como as interações sociais agem na formação das 
funções psicológicas superiores. Estas não são consideradas uma determinação 
biológica. São resultados de um processo histórico social. As interações sociais 
vividas por cada criança são dessa forma, determinantes no desenvolvimento 
dessas funções. 
Portanto, a partir deste ponto de vista, há diferenças na formação do que 
se chama normalmente de inteligência: entre uma criança que vive em um meio 
social intelectualmente rico e outro que vive em um meio social intelectualmente 
pobre. Ser, mais ou menos, capaz de acompanhar as atividades escolares deixa de 
ser visto como uma determinaçãoda natureza e passa a ser visto como uma 
determinação social. Nesta perspectiva, a criança (sujeito) e o conhecimento 
(objeto) se relacionam através da interação social. Não há, portanto, uma relação 
direta, do conhecimento (como algo abstrato) com a criança. 
Na educação escolar, o professor passa a ter a função de mediador entre o 
conhecimento historicamente acumulado e o aluno ser mediador, no entanto 
implica em também ter se apropriado desse conhecimento. 
A ação educativa que permite aos alunos dar saltos na aprendizagem e no 
desenvolvimento, é a ação sobre o que o aluno consegue fazer com a ajuda do 
outro, para que consiga fazê-lo sozinho. Utilizar o tempo que o aluno está na 
escola para exercitar com ele: aquilo que ele já sabe sem desafiá-lo a algo novo, 
equivale a fazê-lo perder tempo, uma vez que a repetição do mesmo nada 
acrescenta ao conhecimento já apropriado ou elaborado até aquele momento. 
19 
 
Tentar forçar o aluno a trabalhar questões com os quais não tenha nenhuma 
familiaridade, além de causar a rejeição por sua parte, traz a dificuldade inerente a 
trabalhar com algo estranho. 
No âmbito desta concepção de aprendizagem, o processo pedagógico 
passa a ter um sentido ético mais marcado do que em muitas outras concepções. 
Muitas dessas concepções classificavam as crianças e os jovens em capazes ou 
incapazes de aprender, muitas vezes levavam a escola a remeter a natureza à 
responsabilidade pelo fracasso escolar. A concepção histórico-cultural, ao 
contrário, à medida que considera todos capazes de aprender e compreender que 
as relações e interações sociais, estabelecidas pelas crianças e pelos jovens são 
fatores de apropriação de conhecimentos, traz consigo a consciência da 
responsabilidade ética da escola com a aprendizagem de todos, uma vez que ela é 
interlocutora privilegiada nas interações sociais dos alunos. 
Essa concepção entende a Matemática como um conhecimento produzido 
e sistematizado pela humanidade, portanto histórico, com o objetivo de conhecer, 
interpretar e transformar a realidade. 
Nesta concepção da história da Matemática, indissociável da história da 
humanidade, em processo de produção nas diferentes culturas, busca-se romper 
com algumas concepções fundamentadas na corrente de pensamento positivista e 
entender como caráter coletivo, dinâmico e processual da produção deste 
conhecimento, que ocorre com as necessidades e anseios dos sujeitos. Com este 
entendimento, é importante, também perceber-se a Matemática como uma forma 
de expressão, isto é, como uma linguagem que é produzida e utilizada socialmente 
como a representação do real e da multiplicidade de fenômenos propostos pela 
realidade. 
A Proposta Curricular pretende romper com esta concepção pedagógica 
tecnicista, que entende a Matemática apenas como ferramenta para a resolução de 
problemas ou como necessária para assegurar a continuidade linear da 
escolarização. Essa mudança pressupõe a compreensão da Matemática como um 
20 
 
conhecimento vivo, em transformação, que vem sendo historicamente produzido 
para atender às necessidades humanas. 
Diante disso, a apropriação desse conhecimento pelo aluno deve-se dar 
por um trabalho gradativo, interativo e reflexivo. É importante não perder de vista a 
necessidade de desenvolvimento da totalidade do pensamento lógico-matemático 
subjacente ao conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3 ENSINO ATUAL DA MATEMÁTICA 
 
O ensino atual da matemática, ou “Matemática da Escola”, trabalha o 
formalismo das regras, das fórmulas e dos algoritmos, bem como a complexidade 
dos cálculos com seu caráter rígido e disciplinador, levando a exatidão e precisão 
dos resultados (RODRIGUES, 2005). Todo esse rigor algébrico observado na fala 
do autor supra mencionado torna o ensino de matemática extremante cansativo e 
desestimulante para o aluno. 
O ensino de matemática infelizmente ainda baseia-se na tradicional aula 
expositiva, na qual o professor reproduz para a lousa um resumo daquilo que 
considera importante e suficiente para que ocorra o processo de ensino e 
aprendizagem. Nesse modelo de ensino, o aluno apenas faz cópias dos conteúdos 
do quadro e tenta resolver exercícios que não passam de uma cópia daquilo que o 
professor resolveu no quadro. 
Essa prática tradicional do ensino revela a concepção de que é possível 
aprender matemática por meio de um processo de transmissão de conhecimento. E 
mais ainda, de que a resolução de problemas reduz-se a procedimentos 
determinados pelo professor. Porém, deve-se ressaltar que para a existência de 
um processo de ensino e de aprendizagem com boa qualidade, deve-se adotar 
estratégias metodológicas diferenciadas e que sejam atrativas para possibilitar uma 
melhoria da aprendizagem dos educandos. 
Diante da situação supracitada, verifica-se que o ensino de matemática 
desenvolvido nos dias atuais, muitas vezes ainda baseia-se na memorização e 
repetição de exercícios colocados no quadro. Porém, para a ocorrência de uma 
aprendizagem rica e significativa para o aluno, necessita-se de que o aluno 
desenvolva seu raciocínio lógico e a partir de suas próprias conclusões consiga de 
fato solucionar uma problemática apresentada. 
Algumas consequências dessa prática educacional tem sido objeto de 
estudo de educadores matemáticos. Para D’Ambrosio (1989, p.16). 
22 
 
(...) primeiro, os alunos passam a acreditar que a aprendizagem da 
matemática se dá através de um acúmulo de fórmulas e algoritmos. 
Aliás, nossos alunos hoje acreditam que fazer matemática é seguir 
e aplicar regras. Regras essas que foram transmitidas pelo 
professor. Segundo, os alunos que a matemática é um corpo de 
conceitos verdadeiros e estáticos, dos quais não se dúvida ou 
questiona, e nem mesmo se preocupam em compreender porque 
funciona. Em geral, acreditam também, que esses conceitos foram 
descobertos ou criados por gênios”. 
Desse modo, o aluno supervalorizando o poder da matemática formal, ele 
perde a autoconfiança em sua intuição matemática, diminuindo a cada dia seu 
raciocínio matemático e assim, não conseguindo associar a solução do problema 
encontrada matematicamente com a solução do mesmo problema numa situação 
real. Muitas vezes, o aluno nem tenta resolver o exercício proposto por medo de 
cometer falhas, porém é por meio dos erros que o professor poderá rever seu 
método de ensino e assim buscar se aprimorar na busca pela oferta de um ensino 
de qualidade para os seus alunos, este também por meio das falhas cometidas 
poderá enxergar em quais conteúdos seu nível de dificuldade é maior ou menor. 
As Diretrizes Curriculares de Matemática, enfatizam que o ensino deve ser 
voltado para a formação crítica do educando, demonstrando assim, os saberes da 
referida disciplina. Orientações estas que estão muito longe da realidade do ensino 
tradicionalista atual. As recomendações acerca da necessidade de mudança no 
modelo de ensino adotado atualidade já fazem parte dos documentos oficiais, 
porém até sair alguma coisa da teoria para o papel pode levar anos, porque esse 
não é um processo fácil, vai muito além de exigências e cobranças aos 
professores, deve primeiramente ocorrer uma mudança nas situações em que esse 
ensino acontece, com salas de aulas superlotadas, conteúdos excessivos para 
serem trabalhados no número de aulas destinadas à disciplina de matemática. 
Com o estudo dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs para a área 
de Matemática no ensino fundamental, é perceptível a preocupação e 
consequentemente a relação em trabalhar a matemática e aplicá-la ao cotidiano, 
de maneira que o indivíduo possa fazer uso do conhecimento matemático em 
inúmeras atividades e fazer uso deste para a construção da cidadania. 
23 
 
Quando se observa uma sala de aula percebe-se que o texto dos PCNs 
não condiz com a realidade do ambiente escolar, onde a matemática e a vida doaluno não estão caminhando juntos. Porém, essa situação deve ser repensada, de 
modo a associar a teoria com a prática, pois isso possibilita ao aluno uma 
aprendizagem mais significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3.1CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO 
 
Segundo Fraga (1988, p. 67), o trabalho com a Matemática, nas escolas, 
tem sido baseado na concepção de que a criança aprende Matemática através de 
exercícios individuais e de informações dadas pelo professor. Essa prática tem 
levado a criança a repetir e memorizar uma série de operações sem compreendê-
las e sem conseguir relacioná-las com as situações vividas no seu cotidiano. 
Essa concepção é totalmente oposta a concepção adotada pela Proposta 
Curricular de Santa Luzia (2015, p. 114), a qual frisa que: “nas diferentes áreas do 
conhecimento, as crianças já trazem conceitos elaborados a partir das relações 
que estabelecem em seu meio extra escolar, que não podem ser ignorados pela 
escola”. Trata-se de lidar-se com esses saberes como ponto de partida e provocar 
o diálogo constante deles com o conhecimento das ciências, garantindo a 
apropriação desse conhecimento e da maneira científica de pensar. Essa função 
cabe ao professor, sendo um mediador entre o conhecimento historicamente 
produzido e sistematizado e aquele adquirido pelo aluno em situações que não 
envolvam as atividades na escola. Um outro fator importante, para que essa 
concepção de matemática seja viabilizada em sala de aula, é a necessidade de o 
professor se apropriar das teorias de aprendizagem, e fundamentalmente, aquela 
teoria que entende a aprendizagem como um processo de interação de sujeitos 
históricos. 
De acordo com Fiorentini (1989, p. 68): 
Procurará tomar como ponto de partida a prática dos alunos, suas 
experiências acumuladas, sua forma de racionar, conceber e 
resolver determinados problemas. A este saber popular e empírico 
trazido pelo aluno, o professor contrapõe outras formas de saber e 
de compreender os conhecimentos matemáticos produzidos 
historicamente. 
O conhecimento da história dos conceitos matemáticos precisa fazer parte 
da formação dos professores, para que tenham elementos que lhes permitam 
mostrar aos alunos a matemática como ciência que não trata de verdade eterna, 
25 
 
infalível e imutável, mas como ciência dinâmica, sempre aberta a incorporação de 
novos conhecimentos, além disso, conhecer os obstáculos envolvidos no processo 
de construção de conceitos é de grande utilidade para que o professor compreenda 
melhor alguns aspectos da aprendizagem dos alunos. Essa consideração implica 
rever a ideia que persiste na escola, ver nos objetos de ensino, cópias fiéis dos 
objetos da ciência. Esse processo de transformação do saber científico em saber 
escolar, não passa por mudanças de natureza epistemológica, mas é influenciado 
por condições de ordem social e cultural que resultam na elaboração de saberes 
intermediários como aproximações provisórias necessárias e intelectualmente 
formadoras. É que se pode chamar de contextualização do saber. 
Segundo D’Anbrósio (1993, p. 34), o professor não é o sol que ilumina 
tudo. Sobre muitas coisas ele sabe bem menos que seus alunos. É importante abrir 
espaço para que o conhecimento dos alunos se manifeste. Como uma vez, disse 
Guimarães Rosa: “mestre é aquele que às vezes para para aprender”. Daí a 
grande importância de se conhecer o aluno, exigindo do professor uma 
característica de pesquisador. Ninguém poderá ser um bom professor sem 
dedicação, preocupação com o próximo, sem amor num sentido amplo. 
O verdadeiro professor passa o que sabe, não em troca de um salário, 
mas, somente, porque quer ensinar, quer mostrar os truques e os macetes que 
conhece. A proposta de D’Ambrósio (1993, p. 35), sobre quais deverão ser as 
características desejadas em um professor de Matemática no século XXI parece a 
resposta a esse novo papel do professor de Matemática. Ela diz que o professor de 
Matemática deverá ter: uma visão do que vem ser a Matemática; uma visão do 
que constituía atividade Matemática e uma visão do que constitui um ambiente 
propício à aprendizagem da Matemática. 
 
 
 
 
26 
 
3.2 PARA QUE APRENDER MATEMÁTICA? 
 
As razões pelas quais se ensina matemática na escola e a consequente 
necessidade de sua aprendizagem deve-se ao fato de esta ser extremamente 
presente no dia a dia da sociedade. Necessita-se ressaltar que os conceitos 
matemáticos têm sido acumulados aproximadamente desde o ano 3000 a. C., pois 
um indivíduo que se considera escolarizado deve necessariamente conhecer 
alguns desses fatos de destaque. O outro fator que deve ser salientado, é que as 
profissões de maior destaque normalmente necessitam conhecimento matemático, 
ou seja, se o aluno almeja o status social proporcionado por essas profissões, é 
necessário ser bom em matemática. 
Com o progressivo avanço científico e tecnológico, o processo de 
aprendizagem exige cada vez mais novas formas de construir os conhecimentos e 
se transforma numa exigência da sociedade, sendo indispensável para o 
crescimento pessoal, profissional e, consequentemente o econômico das pessoas 
(HOFFMANN VELHO; MACHADO de LARA, 2011). Esse é um bom estímulo para 
que os alunos se interessem e se empenhem na aprendizagem da matemática, 
pois ao perceberem a necessidade e consequente utilidade da mesma para se 
conseguir uma profissão de sucesso, eles a veem com outros olhos, passando a 
considera-la como uma fonte de renda. 
Os conhecimentos matemáticos não ficam isentos dos efeitos de todo esse 
desenvolvimento. Atualmente, para Hoffmann Velho e Machado de Lara (2011) a 
matemática pode ser aceita tanto como ciência formal e extremamente rigorosa, 
bem como, um conjunto de habilidades práticas necessárias a sobrevivência. 
O pensamento do autor supra citado reflete que os alunos devem entender 
e acreditar, que a matemática é necessária para sua sobrevivência e que sem ela o 
seu convívio social pode ser dificultado e as suas possibilidades de ascensão 
social também. 
27 
 
Os PCNEM – Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, 
específicos para a Matemática fornecem os primeiros argumentos para a 
necessidade de se aprender matemática. De acordo com Schmidt (2007) a 
matemática é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas 
específicas em quase todas as atividades humanas. 
De acordo com o pensamento do autor supra citado, a matemática está 
presente em quase tudo, por exemplo, em uma ida ao supermercado, pode-se 
perceber a aplicabilidade dessa ciência. Segundo Schmidt (2007). 
De acordo com as recomendações dos PCNEM a matemática 
contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a 
aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance ultrapassam a 
própria matemática, podendo desencadear no aluno a capacidade 
de resolver problemas, criando hábitos de investigação, 
proporcionando confiança e desprendimento para analisar e 
enfrentar situações novas. 
Ainda de acordo com o referido autor propiciando a formação de uma visão 
ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o 
desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. 
Diante do exposto verifica-se que a responsabilidade do ensino da 
matemática é ainda maior, quando se analisa as recomendações contidas nos 
PCNEM, e também constata-se que cada vez mais existem recomendações, 
sugestões, metas a serem cumpridas, porém tudo permanece no papel e pouco 
acontece de fato realmente. 
Schmidt (2007) complementa que é preciso muito mais do que informar, 
repetir e aplicar os conceitos em atividades para dar vida e subjetividade à 
aprendizagem de matemática, de modo que o aluno efetue uma aprendizagem 
significativa, é necessário deixar de lado o formalismo, a linguagem rigorosa, as 
regras rígidas e permitir que as crianças se sintam desafiadasa terem as suas 
próprias criações. 
Uma maneira dos alunos se sentirem desafiados, é propor atividades 
extraclasse, uma visita ao bairro no qual a escola se localiza já é capaz de 
28 
 
oportunizar um importante aprendizado, e se torna uma sala de aula a céu aberto. 
Para que o processo de ensino e aprendizagem realmente ocorra há necessidade 
de mobilização intrínseca, ao invés da motivação extrínseca, que é aquela 
proveniente de alguém ou algo, ou seja, para uma aprendizagem significativa o 
aluno primeiramente, de maneira espontânea, precisa demonstrar-se motivado à 
aprender, em especial, a matemática que é considerada por muitos a grande vilã 
das reprovas escolares. 
Porém, quando a pessoa consegue perceber uma ligação entre o conteúdo 
trabalhado com sua vida cotidiana, a aprendizagem torna-se muito mais satisfatória 
e com real significado para o aluno e é nesse sentido que o professor pode 
trabalhar sua prática metodológica com o intuito de demonstrar aos alunos a 
utilidade e importância dos conteúdos matemáticos abordados em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4 A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E SEU COMPROMISSO SOCIAL 
 
Sabe-se que, hoje, a educação encontra inúmeros problemas que estão 
ligados direta ou indiretamente ao tipo de sociedade em que, se vive. Para 
D’Ambrosio (1996, p. 50), a educação Matemática da forma que vem sendo 
organizada na maioria das escolas está servindo como mantedora da sociedade 
vigente. 
Muitos professores não abrem caminhos para seus alunos questionarem a 
forma que vem sendo ensinada a Matemática, contribuindo assim, para a 
reprodução deste tipo de escola. Ao longo do caminho, muitas crianças entram na 
escola, mas uma boa parte delas não terminam sequer as Séries Iniciais. Em razão 
disto, precisa-se de uma educação Matemática que ajude o povo a se conscientizar 
de sua situação no mundo físico, social, nas necessidades que encontra em seu 
cotidiano e também nas possibilidades de transformação deste. 
O professor cumpre um papel fundamental, pois cabe ao mesmo colocar o 
aluno, como sujeito de sua aprendizagem, visando torná-lo um ser consciente, com 
capacidade de diálogo, espírito crítico e criatividade e com isso, interrogue a 
sociedade de hoje, sabendo para quê e a quem a mesma serve, dando instrumento 
para o aluno atuar no momento sócio cultural que está vivendo. 
Ensinar a Matemática de uma forma diferente, talvez incomode àqueles 
que defendam a conservação da divisão de classes sociais que existem em nosso 
país, como afirma D’Ambrosio (1996, p. 94): “a escola é o veículo da mudança e as 
crianças os agentes dessa mudança, não apenas no futuro, mas hoje”. Sendo a 
escola o veículo de mudanças, a construção do conhecimento implica numa ação 
compartilhada entre sujeito e objeto. Partindo das diversidades do nível de 
desenvolvimento real para atuar na zona de desenvolvimento pessoal, é que 
acontece a apropriação do novo conhecimento, daí a importância da escola em 
seguir o seu Plano Político Pedagógico, e isto implica na descentralização do 
30 
 
professor, onde ele terá que planejar sempre e intervir dentro do processo, uma 
vez que ele é o detentor do saber científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4.1 O EDUCANDO E O SABER MATEMÁTICO 
 
Quando uma criança entra para a escola traz consigo um grande número 
de experiências adquiridas no ambiente em que vive. Sem dúvida, muitas dessas 
experiências são ligadas a Matemática. Esses conhecimentos iniciam-se, muito 
cedo, para todas as crianças. Para algumas, quando têm que trabalhar para ajudar 
no sustento da família. Portanto, para estas, o contato com a Matemática surge de 
necessidades que precisam ser superadas. 
Para outras, os conhecimentos partem de casualidade onde os pais, 
amigos e irmãos são proporcionadores de tal situação. É isto que frisa Carraher et 
all (1985, p. 43), quando aponta que: “em quase todos os momentos que as tarefas 
informais que as crianças desenvolvem, fora da aula tem o mesmo princípio lógico 
matemático das tarefas que são desenvolvidas na escola”. Apesar desta ligação 
direta, ao chegar a escola, as crianças fracassam, pois esta ignora todos os seus 
conhecimentos concretos. 
Consideram-se como meras espectadoras de uma nova ‘fórmula’ de que 
nunca tiveram contato ou ouviram falar. Na verdade, o ensino da Matemática, hoje, 
é totalmente voltado para o ensino de regras, não levando em conta a realidade e 
as necessidades do aluno. Este ensino mecânico contribui muito para que o 
professor não consiga distinguir qual o aluno que compreendeu e aquele que 
somente memorizou. Desta forma, o ensino da Matemática está perdendo seu 
papel fundamental: a compreensão das estruturas lógico-matemáticas e o 
raciocínio. Deste modo, o ensino da Matemática perde o significado para as 
crianças, porque o objetivo formal da sala de aula, conforme a Proposta Curricular 
de Santa Luzia, não é o mesmo daquele informal, ou seja, aquele que traz 
significado para sua vida e realidade. O professor deve estabelecer relações entre 
o conhecimento formal que ensina e o conhecimento prático do qual a criança 
dispõe. Com isso, proporciona um verdadeiro ensino a aprendizagem 
desenvolvendo assim seu pensamento cognitivo, por meio de experiências 
concretas, para que futuramente chegue a abstração. Sobre isso, diz Schliemann 
32 
 
In Carraher et all (1988, p. 99), “quando a experiência diária é combinada com a 
experiência escolar é que os melhores resultados são obtidos”. A Matemática não é 
fruto da criação do homem, ela é ciência, produto do pensamento humano, 
gerando a partir da necessidade de superar as contingências impostas pela prática 
social através dos tempos. 
O trabalho com a Matemática, no processo ensino-aprendizagem, deve 
partir das situações reais, ligadas às experiências do aluno, para que o mesmo 
possa relacionar os conhecimentos adquiridos na escola com o fazer das 
atividades do cotidiano, ligando as situações novas às já estudadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
4.2 DIFICULDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE 
MATEMÁTICA 
 
Atualmente, pais, alunos e professores consideram o ensino da matemática 
como um problema a ser enfrentado na escola, afirma D’Ambrósio (2010) e isto 
deve se especialmente à falta de ligação entre a matemática da sala de aula com a 
matemática do dia a dia, o que ocasiona um crescente desinteresse de 
aprendizagem entre os alunos. 
No dia a dia escolar, observa-se professores que afirmam que a 
matemática precisa tornar-se fácil, dando a entender que ela é difícil, e muitos 
alunos sentem vergonha por não aprendê-la. Santos, França e Brum dos Santos 
(2007) ressaltam que o resultado de tantos sentimentos negativos que esta 
disciplina proporciona ao aluno, juntamente com a insatisfação por não dominar 
sua linguagem de maneira satisfatória vem acompanhado do sentimento de 
fracasso pela matemática. 
Diante dessa situação negativa à qual essa disciplina está envolvida, o 
professor deve procurar maneiras de tornar a referida aula satisfatória de modo a 
atrair a atenção e o consequente interesse dos alunos em aprender seus conceitos, 
considerados extremamente abstratos e sem utilidade pela maioria. Os problemas 
apontados e existentes no processo de ensino e aprendizagem da matemática não 
são novos, assim como não é novo o mal-estar que eles desencadeiam em alguns 
professores e alunos, e deve-se lembrar que os problemas são muitos, variados e 
de difícil solução, porém não impossíveis, pois com força de vontade e dedicação, 
o professor em parceria com a equipe pedagógica pode tentar ser o diferencial na 
vida do seu aluno, quando se tratar da tão temida matemática. 
Segundo Santos, França e Brum dos Santos (2007) 
A dificuldade em aprender tal disciplina ocasiona intensos 
sentimentos de aprovação ou de rejeição nos alunose ainda 
complementa que alguns alunos, devido a um passado de 
34 
 
resultados negativos e insucessos na mesma, não acreditam em 
sua capacidade, sendo portadores de uma autoestima baixíssima. 
Um aluno com baixa autoestima pode comprometer seu processo de 
ensino e aprendizagem também em outras disciplinas que necessitem da mesma, 
por exemplo, a Física, que são chamadas de ciências-irmãs, e a aprendizagem dos 
conceitos físicos está intimamente ligado ao domínio prévio da matemática, 
chamada de matemática básica. 
Um importantíssimo papel que o professor de tal disciplina deve 
desempenhar é o de contribuir para que os alunos aprendam a gostarem da 
mesma e aumente sua autoestima, e uma maneira disso acontecer é estudar e se 
aprimorar sobre algumas das principais causas das dificuldades na aprendizagem 
da matemática obtenham assim avanços e consequentemente melhores resultados 
no ensino desta disciplina. 
Quando o profissional da educação se preocupa em se capacitar para 
atender adequadamente às necessidades educativas de seus alunos, o processo 
de ensino e aprendizagem ocorre mais naturalmente, e obtendo melhores 
resultados tanto para os alunos portadores de necessidades educativas especiais, 
quanto para os demais. 
Não existe uma receita pronta e acabada que possa ser seguida para 
enfrentar os desafios de ensinar matemática. Porém, Santos, França e Brum dos 
Santos (2007) ressaltam a importância de se conhecer diversas possibilidades de 
trabalho em sala de aula para que o docente construa a sua prática. Dentre elas, 
os autores destacam a importância de se trabalhar com a história da matemática, 
as tecnologias da comunicação e os jogos como instrumentos metodológicos 
capazes de fornecer os contextos dos problemas e assim, construir estratégias 
para solução de tais problemas. 
Outros materiais que facilitam o trabalho do professor de matemática são 
os materiais concretos, como os sólidos geométricos e o quadro de frações, por 
meio do uso desse tipo de material o aluno consegue melhor visualizar a teoria e 
associá-la a situações reais vivenciadas no seu dia a dia. Em muitas realidades 
35 
 
escolares, algumas delas, mostradas pela televisão e jornais, e estas são 
lembradas por Eberhardt e Coutinho (2011) como as salas de aulas superlotadas, 
que atrapalham o trabalho do professor e especialmente com métodos de ensino 
ultrapassados e, distantes da realidade do aluno, dificultando assim, a sua 
compreensão. O referido autor é enfático ao afirmar que essa falta de acesso na 
escola a materiais concretos faz com que o jovem não entenda os processos, 
acarretando em dificuldades, como por exemplo: comprimento, largura, altura, 
área, e volume, os quais necessitam de uma demonstração real para que o aluno 
adquira uma aprendizagem significativa. 
Como supra citado a dificuldade na aprendizagem de determinados 
conceitos matemáticos pode acarretar algumas dificuldades em muitas situações 
existentes na vida desse aluno. Até mesmo quem não almeja fazer um curso 
superior e que pretendam fazer curso técnico, alguns deles irão abordar conceitos 
matemáticos durante suas aulas e será necessário que esse aluno consiga 
entendê-los de modo a obter uma aprendizagem satisfatória. 
É visível que as dificuldades de aprendizagem em matemática, segundo 
Bessa (2007) podem ser atribuídas aos mais variados fatores, como por exemplo: 
Ao professor por meio de suas metodologias e práticas 
pedagógicas, ao aluno devido ao seu desinteresse pela disciplina, à 
escola por não apresentar projetos que estimulem o aprendizado do 
aluno ou porque as condições físicas são precárias e insuficientes 
ou também à família, por não fornecer suporte e assim não possuir 
condições de ajudar o aluno. 
Tudo o que foi exposto demonstra o quão suscetível o processo e ensino e 
aprendizagem se torna à medida que os alunos perdem o interesse pela disciplina, 
desencadeado muitas vezes pelo excesso de tentativas frustradas de assimilar tais 
conceitos, dificultados quando o professor mesmo vivenciando tal situação não 
busca modelar sua forma de atuação pedagógica, numa tentativa de amenizar tais 
carências de seus alunos. 
 
 
36 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A Matemática vem sendo ensinada de forma que os alunos ao invés de 
raciocinarem, apenas memorizam regras, seguindo passos e modelos pré-fixados 
pelo professor. As atividades basicamente desenvolvidas são de decorar e de 
copiar, todas com respostas pré-estabelecidas. Diante do exposto constatou-se 
que a matemática estudada é descontextualizada da realidade do aluno, 
comprometendo assim, a realização de um processo de ensino e aprendizagem 
com qualidade. 
Sabe-se que o professor é um elemento básico no processo ensino 
aprendizagem. Sendo assim, o mesmo deve desenvolver em seus alunos a 
autonomia, pois assim, as crianças serão agentes transformadores. Ou seja, seres 
que pensam, agem e que conseguem refletir perante situações. Que é diferente de 
outra criança que não é autônoma, pois esta tentará agir mecanicamente tendo 
como resultado a frustração. 
Ensinar Matemática, é uma tarefa de muita responsabilidade e de 
importância, para isso, é necessário que o professor esteja preparado, para tal 
tenha conhecimentos a este respeito e conheça o nível afetivo das crianças, ou 
melhor, as suas descobertas, hipóteses, informações, crenças e opiniões, sendo 
que estes aspectos devem ser considerados como ‘ponto de partida’ para o 
processo ensino-aprendizagem. Para tanto, é preciso que no cotidiano, o professor 
estabeleça uma relação de diálogo com as crianças e que crie situações em que 
elas possam expressar aquilo que já sabem. Enfim, é necessário que o professor 
se disponha a ouvir e notar as manifestações apresentadas pelos seus alunos. 
 
 
 
37 
 
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