Buscar

Seminário - Ergonomia de Software

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ERGONOMIA DE SOFTWARE
Miguel Progênio Lopes
Miguel Júnior Farias Lopes
Profª. Zeneida
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Processo de Software (FLX 0609) – Ergonomia de Software
20/06/2019
RESUMO
O principio da ergonomia é estudar o conforto e a adaptação aos objetos e interfaces visando aumentar a produtividade e a satisfação das pessoas, onde mais e mais pessoas usam e dependem da tecnologia informatizada e a cada dia vivem uma frustação e dificuldades ao tentar usar o sistema. Podemos dizer que o computador pode ser uma ferramenta utilizada para apoio à construção do conhecimento quando é utilizado de forma correta e com metodologias interdisciplinares. Nesse caso, desenvolver um aplicativo que de fato contribua ao processo de ensino e aprendizagem requer dedicação e atenção para as áreas envolvidas no processo de desenvolvimento do referido aplicativo, a disciplina Ergonomia de software ainda engatinha e que ainda busca bases confiáveis para desenvolver seus trabalhos, podemos dizer que a ergonomia, é sobretudo a aplicação do conhecimento sobre homem e seu trabalho. A utilização do computador como ferramenta de trabalho, meio de comunicação, entretenimento e educação e entre outros usos, está exigindo dos desenvolvedores desses produtos e sistemas informatizados uma preocupação com a qualidade da interface.
Palavras-Chave: Sistemas. Interação. Ergonomia.
1 INTRODUÇÃO
Podemos dizer que a Ergonomia é definida como a ciência que estuda a adequação do trabalho às características do homem, de modo a conferir efetividade nas atividades laborais e de lazer desenvolvidas pelo mesmo, preservando a sua saúde física e mental e dando-lhe satisfação ao executá-las.
O objetivo do presente trabalho é elucidar a importância de um software que dê suporte para profissionais que gostam de conhecer melhor sobre os aplicativos e software que os desenvolvedores trabalham. Além disso, a partir de uma avaliação do procedimento usado para obter as qualidades ergonômicas.
Um sistema interativo em um ambiente de trabalho modifica a realização das tarefas por ele suportadas e condiciona o desempenho de seu operador aos erros e acertos da equipe de desenvolvimento do sistema. Podemos dizer que hoje há um consenso entre os desenvolvedores de software de que a qualidade do desempenho do usuário está ligada à qualidade de sua interface com o sistema. Com isso, o desenvolvimento de sistemas interativos de qualidade exige a utilização conjunta e integrada de conceitos e técnicas específicas do domínio conhecido como Interação Humano-Computador (IHC) e de conceitos e métodos de desenvolvimento de sistemas considerados integrantes do domínio da Engenharia de Software.
Com relação ao desenvolvimento de técnicas e ferramentas de trabalho verificou-se que hoje, os engenheiros de software encontram apoio para construir sistemas mais eficientes, confiáveis e baratos, ou seja, isso não ocorre em relação aos projetistas da interface, que se baseiam suas atividades no emprego de ferramentas rudimentares, tendo como base os editores gráficos, desprovidos de uma lógica mais aprofundados e desconexos face o desenvolvimento da aplicação.
Portanto, grande parte dos sistemas produzidos atualmente tem um desenvolvimento dispendioso e não proporciona ao usuário uma operação satisfatória dos recursos que lhe são oferecidos.
2 ERGONOMIA DE SOFTWARE
A Ergonomia como ciência que estuda a relação entre o homem e o trabalho que executa está interessada em utilizar essas ciências para melhorar as condições de trabalho humano (Montmollin, 1986 apud Moraes e Mont’alvão, 2003). Sendo assim, entende-se por "trabalho" toda ação humana intermediada por uma interface física, eletrônica ou mecânica, como por exemplo, ao acionarmos um controle remoto, utilização de um software ou direção um automóvel.
Mas, efetivamente o que é Ergonomia?
Antes de qualquer coisa, a Ergonomia, é uma atitude profissional que se agrega à prática de uma profissão definida. Neste sentido é possível falar de um médico ergonomista, de um psicólogo ergonomista, de um designer ergonomista e assim por diante.
No Brasil o profissional de ergonomia ainda é na maioria das vezes, um consultor, um contratado externo que realiza um serviço de apreciação, mapeamento, avaliação. Mas, é uma realidade que a cada dia que passa se transforma de forma cada vez mais aguda, pois o número de profissionais contratados como ergonomista de empresa tem crescido muito nos últimos anos.
O profissional de Ergonomia tem sua importância mais ainda repercute de forma muito tímida na sociedade, já que o crescimento da Ergonomia como ocupação está restrito às grandes empresas. Ocorre que a necessidade de incremento de Ergonomia se refere a praticamente toda a população empregada talvez mesmo a toda população economicamente ativa.
Ao trabalhar com os critérios da ergonomia como conforto, segurança, eficiência, confiabilidade e usabilidade, é está trabalhando uma função progressiva, na medida em que todo processo inseguro, passa anteriormente por um estágio de ineficiência e a mesma é precedida de uma situação de desconforto. Sendo assim, a premissa da ergonomia está relacionada na ação que visa assegurar o mínimo de conforto nas operações e estará realizando prevenção primária tanto no nível de saúde ocupacional como de eficiência produtiva.
Quando projetamos um software segundo uma orientação mais funcional que operacional, a concepção de interface com o usuário privilegia em primeira mão os aspectos internos ligados ao funcionamento do sistema e depois adapta esta interface para o usuário. Muitas vezes a utilização desse software fica comprometida, por não atender os objetivos, as necessidades e expectativas básicas dos usuários.
Por outro lado se utilizado uma abordagem ergonômica, isto é, com a participação do usuário-final tanto na prospecção, concepção quanto na avaliação de todo e qualquer desenvolvimento e implementação do sistema informatizado, a interface se adapta à arquitetura cognitiva do usuário. Para tanto é necessário uma análise cognitiva para adequar ou projetar uma interface do software ao homem. (SANTOS LIMA, 2003). 
A ergonomia de software busca melhorar a capacidade de utilização, usabilidade do software por usuários de diferentes características é “a adaptação do sistema informatizado à inteligência humana” (WISNER, 1987 apud MORAES, 2011).
A ergonomia cognitiva tem sua fundamentação teórica na ciência cognitiva que é, segundo Peter (2001 apud NOGUEIRA, 2003, p. 10), “é o estudo de como o conhecimento é adquirido, representado na memória e utilizado na resolução de problemas”.
A ergonomia cognitiva aplicada ao desenvolvimento de software está focada em como os projetistas e analistas de sistemas tratam o conhecimento, a estrutura dos programas para a eficácia da percepção-aprendizagem e como o conhecimento é aplicado no desenvolvimento de software.
Podemos dizer que o software está presente em vários tipos de processos desde o mais simples ao mais complexo, como “os programas, documentos e dados que constituem o software e isso ajudam a gerar o bem mais importante que qualquer indivíduo, negócio ou governo pode adquirir a informação” (PRESSMAN, 2002, p. 828 apud COSER et al., 2006).
O Software, quando entendido como sistema informatizado, pode não ser apenas um conjunto de dados e regras traduzidos em códigos programáveis, unidades de armazenamento, protocolos de comunicação eletrônicos e manuais. “Trata-se de um mecanismo que habilita o usuário a executar uma atividade de trabalho, cujas finalidades são variáveis e, eventualmente, paradoxais”. (SILVA; LIMA, 2005, p. 32 apud COSER et al., 2006).
O que podemos observar é que a ergonomia e informática seriam complementares no planejamento e na realização da atividade humana. Complementares porque os ergonomistas lida m com a situação real de trabalho e a informática se inspira no trabalho prescrito. A informática trabalha com o conceito mais abrangente de fator humano,verificando as características integrais do elo entre homem e máquina.
Nesse contexto, a ergonomia vem trabalhando, de forma sistemática, na introdução destas novas tecnologias, demonstrando a transformação do conteúdo e da natureza do trabalho e das consequências destas mudanças na saúde e na produtividade (ABRAHÃO e PINHO, 2002).
Mas quem nunca se deparou em sua atividade de trabalho com software que apresenta dificuldades de utilização? Nos perguntamos por que os analistas de sistemas incorporam um grande número de telas para registrar uma atividade simples dificultando a realização do trabalho? Podemos dizer que;
Essas dificuldades estão ligadas, principalmente, à inadequação dos procedimentos ou resultados computacionais às necessidades reais das diversas pessoas que interagem com o software. Com isso, este cenário gera constrangimentos aos que usam a ferramenta e aos que se servem do trabalho dos usuários desses softwares. Pois qualquer um de nós já passou pela irritante experiência de se defrontar com um sistema que impede à solução de problemas às vezes simples, recebendo como "explicação" a frase: "o sistema não aceita", como se sua existência resultasse de um fato natural ou divino. (SILVA; LIMA, 2005, p. 31-32).
O estudo da ergonomia, da interação homem-máquina, muitas vezes é chamado na concepção das interfaces com as quais o usuário interage diretamente. Nesse momento o sistema já está praticamente pronto, com o projeto definido, e geralmente, sem a visão do usuário final.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos sabem da importância da informação na construção do conhecimento das organizações modernas e essas informações são manipuladas por seres humanos com o auxílio do computador e ferramentas de software. Portanto, esses mesmos usuários reagem de maneira diferente no uso de sistemas informatizados.
Perante essa situação, a engenharia de software se depara com a necessidade de métodos e procedimentos que melhorem a relação do usuário final do software com o desenvolvedor no sentido de construir aplicações que reflitam os processos cognitivos daquele cliente e a natureza da tarefa executada pelo mesmo em seu ambiente de trabalho.
Sendo assim, a criação da interface gráfica do sistema ainda é entendida por membros da comunidade da informática como uma das poucas etapas em que se insere o ergonomista e a ergonomia no desenvolvimento de sistemas. Dessa forma, baseado no que foi exposto neste trabalho, uma metodologia efetiva para construção de softwares eficazes será aquela que agregar uma adequada participação do usuário junto à equipe de projeto, apoiada nos princípios da ergonomia cognitiva e informática, para a cuidadosa especificação de requisitos do projeto de sistemas, além do acompanhamento, e validação da experiência com o usuário, para criação de interfaces homem-computador que atendam aos objetivos pretendidos pela ergonomia e as verdadeiras expectativas do usuário-final do software.
4- REFERÊNCIAS
ABRAHÃO, J. I., ASSUNÇÃO, A. A. A concepção de postos de trabalho informatizados visando à prevenção de problemas posturais. Revista de Saúde Coletiva da UEFS. Feira de Santana: v.1, n.1, 2002: 38 -45.
COSER, M.A.; CARVALHO, H.G. & XAVIER, A.A. A importância da ergonomia cognitiva na gestão de requisitos de Software. Anais do Simpósio de Engenharia de Produção, XIII SIMPEP, Bauru, SP, 2006.
Montmollin, M. (1986). L'intelligence de la tache. Toulouse: Octarés Éditions.
MORAES, A.; MONT'ALVÃO, C. Ergonomia: conceitos e aplicações. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2003. 
MORAES, A. Temas Atuais na Ergonomia. Disponível em: Acesso em: 12 jan. 2011.
NOGUEIRA, M. Engenharia de Requisitos e a Ergonomia Cognitiva como Fatores Críticos de Sucesso na Produção de software. Anais do Simpósio de Engenharia de Produção, X SIMPEP, São Paulo, SP, 2003.
SANTOS LIMA, S.L. Ergonomia Cognitiva e a Interação Pessoa-Computador: Análise Ergonômica da Urna Eletrônica 2002 e do Módulo Impressor Externo. 2003, 123f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, UFSC, 2003.
SILVA, A.L.; LIMA, F. P. A. Análise de Requisitos de Software e Análise da Atividade de Trabalho. In: Anais 1º Workshop – Um olhar sociotécnico sobre a engenharia de software, WOSES 2005, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 21 de Novembro 2005.

Continue navegando