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SIMULAÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

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Aula 9 –Questões Práticas sobre Negociações Internacionais
Solução pacífica de controvérsias internacionais
Como não há o monopólio desse poder central superior aos Estados, há de se suprir tal lacuna para impedir que os Estados se agridam mutuamente. As controvérsias internacionais podem ter inúmeras causas: violação de tratados e convenções; da ofensa à princípios correntes de Direito internacional, na pessoa de um cidadão estrangeiro) e políticas (que envolvem apenas choques de interesses, políticos ou econômicos; 
Meios Diplomáticos
a) Negociações Diretas: varia segundo a gravidade do problema. Podem ser bilaterais (entre dois Estados), ou multilaterais (quando interessam a mais Estados). É a que geralmente apresenta os melhores resultados e caracteriza-se por grande informalidade.Tais negociações podem resultar: a desistência, quando um Estado renuncia à sua reivindicação; aquiescência, quando um Estado reconhece a reivindicação do outro; e transação, quando os Estados fazem concessões recíprocas.
b) Sistemas consultivos: Consiste numa troca de opiniões entre dois ou mais Estados interessados num litígio internacional para que possam alcançar uma solução que agrade a todos. 
c) Mediações: Um (mediação individual) ou mais Estados (mediação coletiva), para se solucionar pacificamente um litígio, podendo ser oferecida ou solicitada. Em regra geral, apresenta-se como facultativa. O mediador participa ativamente das negociações, mas não procura impor sua vontade, procedendo com intuitos desinteressados.
d) Bons ofícios: Os bons ofícios são a tentativa amistosa de um ou vários Estados de abrir via às negociações das partes interessadas ou de reatar as negociações que foram rompidas. Parecido com mediação. Diferença que neste caso, não necessariamente precisa ser um Estado que ofereça bons ofícios: o serviço pode ser oferecido por um alto funcionário de organização intergovernamental, como o Secretário Geral da ONU, por exemplo 
e) Congressos e conferências: Recorre-se quando a matéria ou assunto em litígio interessa a diversos Estados, ou quando se tem em vista a solução de um conjunto de questões sobre as quais existem divergências
Meios Jurídicos
a) Comissões de inquérito: As comissões internacionais de inquérito (ou de investigação) são comissões criadas para facilitar soluções de litígios internacionais, tendo como função investigar os fatos sobre os quais versa o litígio, mas sem se pronunciarem sobre as responsabilidades, o relatório não é obrigatório.
b) Conciliação: Órgão que tem confiança comum dos Estados conflitantes, apresenta suas conclusões sobre a questão litigiosa, na forma de relatório opinativo, no qual irá propor um acordo entre os litigantes e um prazo para que estes se pronunciem. Difere dos procedimentos de investigação, porque os conciliadores emitem opiniões valorativas e formulam sugestões aos Estados litigantes. Os Estados não são obrigados a aceitarem a solução proposta.
c) Soluções arbitrais: A arbitragem é o meio de solução pelo qual os litigantes elegem um árbitro ou um tribunal(*) para resolver o conflito. Estes são geralmente escolhidos através de um compromisso arbitral que estabelece as normas a serem seguidas, e que as partes contratantes aceitam previamente a decisão a ser tomada. Deve ser apresentada como sentença definitiva. Salvo se o contrário foi previsto no compromisso, ou se é descoberto um fato novo que poderia determinar a modificação da sentença.
O compromisso arbitral deve conter, no mínimo, o objeto do litígio, o compromisso de submeter a questão à arbitragem e o método de formar o Tribunal e o número de árbitros.
A sentença arbitral é passível de anulação quando houver corrupção, excesso de poder da parte dos árbitros, quando uma das partes não tiver sido ouvida, quando houver erro na motivação da sentença, quando tiver sido violado algum outro princípio fundamental do processo etc. A anulação é invocada pelas partes.
(*)Pode ser realizada por: Chefes de estado, quando todos possuem o mesmo status e poder. Comissões mistas, compostas por membros dos Estados litigantes e de um terceiro Estado. Tribunal, com juízes que não são nacionais dos países-parte.
O compromisso arbitral desaparece após a conclusão dos trabalhos.
d) Soluções judiciárias: submeter o litígio a um tribunal judiciário, composto de juízes independentes, com investidura pretérita ao litígio e subsiste à sua solução. Difere da solução arbitral também pelo fato de seus componentes não serem escolhidos pelas partes litigantes, e sua grande diferença em relação às outras formas de soluções de litígios internacionais, está na institucionalização de um organismo com funções claras e determinadas, fixadas em instrumentos internacionais solenes, com jurisdição e competência permanentes.
d*) A Corte Internacional de Justiça: Um Estado litigante tem o direito de indicar um juiz de sua nacionalidade para compor a CIJ em determinados casos, e a manifestação da vontade dos Estados é essencial para que seja invocada a jurisdição da CIJ.Em tese, a solução de litígio por intermédio da CIJ tem a vantagem sobre a simples arbitragem pois envolve o Conselho de Segurança na implementação da sentença. Devido ao veto concedido aos países de cúpula da ONU, vem se questionando a imparcialidade da CIJ.
Meios Políticos: As soluções dadas pelas Organizações Internacionais.
A Carta da ONU determina que nas controvérsias “de ameaça à manutenção de paz e da segurança internacional”, as partes litigantes deverão chegar à solução pacífica por qualquer um dos modos existentes no DI, ou por qualquer outro meio. Se não for resolvida, as partes deverão submetê-la ao Conselho de Segurança, que, nos casos de ameaça à paz, pode fazer recomendações e também decidir sobre as medidas a serem tomadas. A Assembléia Geral tem a competência de fazer recomendações, criar comissões de bons ofícios e indicar mediadores, geralmente o Secretário Geral da ONU.
Solução pacífica, resolve em geral?
Têm se mostrado relativamente ineficazes, pela má vontade das partes de se submeterem aos desígnios de um outro país, pois julgam que os interesse na região são político-econômicos, e reclamam da imparcialidade das organizações, que têm, sem dúvida, grande influência do ocidente, sobretudo dos Estados Unidos, o que dificulta as negociações. Os recursos pacíficos deveriam ser tentados exaustivamente para que não desfavoreça os países subdesenvolvidos, sujeitos à sanções econômicas ilegítimas, sendo obrigados a ceder aos seus interesses em favor de estabilidade, tanto no plano econômico quanto no político. Caso os meios pacíficos não satisfaça a pretensão das grandes potências, estas partem imediatamente para o confronto armado, renunciando aos princípios de DI e rejeitando a intervenção das organizações intergovernamentais.
Aula 10 –Aspectos Principais em Negociações Internacionais Comerciais
Princípios gerais das negociações: presentes em todos os acordos. Cada negociação internacional pode ter um conjunto de princípios diferente das outras. Por exemplo: para um país aceitar e se beneficiar de um acordo, possa
ser obrigado a aceitar todos os outros que foram preparados na mesma negociação. Assim, para que um acordo seja aceito, todos os outros também devem ser. Esse princípio é denominado single undertaking (“compromisso único”), aplicado às negociações da OMC e da Alca.
Um outro exemplo seria determinar que os países em desenvolvimento recebam mais benefícios ou menos obrigações que os outros, o que se denomina tratamento especial e diferenciado, também aplicado às negociações da OMC e Alca
Para êxito de acesso ao mercado: Determinar listas. Nessas listas estão as tarifas, prazos, limitações às legislações internas que,por exemplo, o Brasil oferece aos outros para conseguir abertura em setores que nos interessam. Tudo isso é feito por meio de listas positivas ou negativas. Para orientar esse trabalho, os países determinam antes como serão as modalidades.
Lista positiva: itens incluídos paraliberalização / Lista negativa: itens incluídos excluídos do processo
O que significa negociar acesso a mercados?
Negociar acesso a mercados significa debater como os mercados domésticos para bens industriais e agrícolas serão abertos. Em acesso a mercados também incluem-se temas regras de origem, barreiras técnicas ao comércio, procedimentos
aduaneiros, etc.
O que são métodos e modalidades?
São as regras que orientarão as ofertas. Eis alguns temas abordados em métodos e modalidades: determinar os produtos ou serviços em negociação; Tarifas-base para início do processo de desgravação; Ponto de partida das negociações -> nacional/internacional; Formas de aplicação das reduções tarifárias e exclusões; Tratamento de quotas, subsídios e barreiras; Forma das ofertas -> bilateral ou geral; Datas específicas para negociação
Como são elaboradas as listas de ofertas dos países?
Cada país consulta seus setores produtivos para saber quais produtos ou serviços são sensíveis, ou seja, cujas importações não podem ser liberalizadas, e quais são suficientemente competitivos para suportar a concorrência de produtos/serviços estrangeiros.
Liberalização comercial:Abertura de mercados ao comércio internacional; Redução de tarifas e barreiras; Processos de integração regional; Áreas de livre-comércio; Uniões aduaneiras; Mercados comuns.
Processo de liberalização: Através das organizações internacionais; OMC; Mercosul; União Europeia; Feita por representantes (diplomacia).
Itens presentes nas negociações comerciais internacionais: 
Regras de origem(I):São as normas aplicadas para verificar a verdadeira origem de um produto. São importantes porque os governos utilizam-se dessas regras para aplicar medidas compensatórias, direitos anti-dumping, salvaguardas, quotas de importação de têxteis e tarifas preferenciais concedidas a outros países por meio de acordos;
 Barreiras técnicas(II); Sanitária e fitossanitária(III); Procedimentos aduaneiros(IV); Tarifas(V); Valores cobrados no processo de importação e exportação(VI);
O que são medidas compensatórias e direitos anti-dumping?
São as medidas que os governos podem tomar quando, respectivamente, percebem que há a utilização injusta de subsídios ou a prática de dumping por outros países. Essas medidas podem levar, por exemplo, ao aumento das tarifas alfandegárias
do produto em questão.
Aula 11 –Negociações no Âmbito da OMC –Questões Gerais e Resolução de Controvérsias:
General Agreement of Trade and Tariffs – GATT - 1947 e suas funções: impossibilidade de criar a Organização Internacional do Comércio, dada a oposição do Senado norte-americano. Conjunto de regras sobre a conduta e o crescimento do comércio internacional, buscando a redução e eliminação de barreiras comerciais.; Buscava estabelecer o princípio da não-discriminação; Princípio da Nação mais favorecida -> benefícios tarifários devem ser oferecidos a todos.; Princípio do Tratamento Nacional -> equivalência de tratamento entre produtos/serviços nacionais e importados, uma vez ingresso no país.
Problemas do GATT: Falha do sistema de solução de controvérsias do GATT. De outro lado, havia ainda problemas de: A)linguagem vaga, com poucas definições sobre o procedimento; B)pouca transparência sobre o procedimento e os acordos eventualmente
adotados pelas partes contratantes envolvidas na controvérsia; C) existência de vários procedimentos, a depender da matéria em
discussão; D) pressão dos governos mais poderosos sobre os membros do painel
Rodada do Uruguai: A abordagem desse tema sempre foi dividida entre aqueles que queriam manter a lógica das negociações diretas X grupos que gostariam de uma estrutura mais formal/legal. Os argumentos dos primeiros eram centrados no fato de que a flexibilidade diplomática era mais compatível com a natureza política inerente dos acordos comerciais. No outro extremo, os defensores do legalismo argüiam que regras mais estritas, e mais fundamentadas em uma interpretação jurídica que obrigasse a todas as partes contratantes, traria maior previsibilidade ao sistema multilateral do comércio e melhor garantiria a defesa dos interesses de todos os Estados envolvidos.
Resultado da rodada: O resultado destas visões contrapostas foi o Entendimento Relativo às Normas e Procedimentos sobre Solução de Controvérsias (ESC), que passou a constituir um dos acordos obrigatórios para os Membros da então criada OMC. O ESC consolidou uma visão mais legalista (rule-oriented) das relações comerciais internacionais; ao mesmo tempo, manteve algumas importantes brechas para que as soluções negociadas fossem preferíveis ao litígio entre os Membros da OMC.
ESC na OMC:uma das inovações obtidas após a Rodada Uruguai. Entre os objetivos declarados da OMC, está o de administrar o sistema de solução de controvérsias, o que é realizado pelo Órgão de Solução de Controvérsias (OSC), que, por sua vez, é composto por
representantes de todos os Membros da OMC.As outras funções da OMC, segundo seu Acordo Constitutivo,são de implementar os acordos, servir como foro de negociações e monitorar as políticas comerciais dos Membros
OMC e como se estrutura
A OMC é uma instituição internacional fundada em 1995 e responsável tanto pelo monitoramento da implementação pelos Estados dos seus acordos constitutivos, quanto pelo julgamento de disputas entre países com relação a esses acordos. Além disso, a OMC também é responsável por organizar as rodadas de negociações entre os países-membros. A sua estrutura principal gira em torno da Conferência Ministerial, órgão que se reúne a cada dois anos e que é formado por ministros de cada país-membro, sendo responsável pela tomada de decisões dentro de qualquer dos temas dos acordos. ; Administrar o Sistema de Solução de Controvérsias a partir do Órgão de
Solução de Controvérsias (OSC), composto por todos os membros da organização.
Partes da OSC: Esta parte se dedica a esclarecer quais são as pessoas e entidades envolvidas no sistema de solução de controvérsias da OMC. Em regra, como as demais organizações internacionais de caráter intergovernamental, a OMC é composta por Estados soberanos, que têm poder de intervenção e representatividade em todos os atos decisórios da Organização.
Quem são as partes da OSC: Estados Soberanos, entre eles os em desenvolvimento e de menor desenvolvimento relativo, territórios aduaneiras e a União Europeia. Os Estados podem atuar como terceiras partes interessadas, caso haja “interesse substancial”; Entidades não-governamentais, não há previsão para sua participação, mas acabam participando de forma indireta, através de governos. Os governos, caso apresentem reclamações de seus nacionais, transformam a reclamação em questão de Estado (conveniência política); Os painéis podem aceitar relatórios ou opiniões de especialistas nas questões debatidas (amicus curiae).
Órgãos de Solução de Controvérsias da OMC:Todos os membros fazem parte; Criar painéis, receber seus relatórios, supervisionar a aplicação das recomendações e determinações e determinar a suspensão de concessões ou outras obrigações. Decisões por consenso -> consenso representa não haver voto em contrário. Consenso reverso -> necessidade de todos votos contras para que não haja aprovação.
Painéis primeira instância: Para desempenhar suas funções, o OSC utiliza painéis para solução de controvérsias na OMC. Caráter pessoal, não participação em interesses de seu país.; Perfil “técnico” dos participantes.; Análise jurídica do contencioso, elaboração de um relatório; Escolhidos pelos membros da controvérsia, caso não haja consenso, determinado pelo Diretor da OMC.Atuação estrita na questão apresentada.
Segunda Instância – Órgão de Apelação (OAp): Sete pessoas, aprovadas pela OSC.; Reconhecidos técnicos.; Capacidade de alterar relatórios, decisões.
Processo de solução de controvérsias: 
1º Consultas: (fase de análise da questão, discussão e apresentação de argumentos iniciais. Tem se tornado relevante para as demais fases doprocesso. Se em 60 dias não houver soluções, apresenta-se o caso ao painel.
2º Painel: (Notificação de terceiros membros interessados. Escopo do painel, necessidade de provas. Esboço do relatório – confidencial; Relatório do painel, que se apresenta para todos os membros.)
3º Órgão de Apelação: (Caso não haja concordância com o relatório; Necessidade de argumentar o que se apela.;Pode confirmar, modificar ou revogar o relatório do painel.)
4º Implementação: (Decisão final (relatório) gera responsabilidade ao membro, que deve acatar as recomendações e modificar sua atuação;Indicar se pretende cumprir ou não -> Período razoável de tempo)
Caso de não cumprimento da decisão:suspensão de concessões -> Arbitragem
Aula 13 – Negociações no Âmbito do MERCOSUL–Questões Gerais e Resolução de Controvérsias
Questões Básicas: 1991. Tratado de Assunção. Estados Membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. 
Membros Associados: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Membro suspenso: Venezuela
Objetivo: Integração Regional dos países do Cone Sul/América do Sul; Estabelecimento de um mercado comum, tarifa externa comum e política comercial comum​; Período de redemocratização e aproximação entre Brasil e Argentina.
É uma união aduaneira imperfeita.
Estrutura Institucional básica e personalidade jurídica com o Protocolo de Ouro Preto
Conselho do Mercado Comum – Órgão Superior – Político - Integração​
Grupo do Mercado Comum – Órgão Executivo​
Comissão de Comércio do Mercosul – Órgão Técnico sobre Política Comercial Comum
Principais Protocolos relacionados ao tema de Solução de Controvérsias:
 (I) Protocolo de Tratado de Assunção (Negociação Direta entre os Estados conflitantes​; se as negociações não terem êxito, o Grupo do Mercado Comum analisaria a questão e emitiria, por consenso, uma recomendação.; Ainda havendo falta de êxito, o Conselho do Mercado Comum analisaria e emitiria, por consenso, uma recomendação.
(II) Protocolo de Brasília, que substituiu de Assunção possui fases de solução: 1º: Política, obrigatória. Negociação Direta entre as partes; 2º Conciliação pelo Grupo do Mercado Comum, via recomendações​; 3º Tribunal Ad Hoc, via laudo arbitral definitivo​. (Cumprimento obrigatório do laudo​; Sem possibilidade de apelação, somente de esclarecimento ou interpretação)
(III) Protocolo de Ouro Preto – 1994: Possibilidade de reclamação junto à Comissão de Comércio do Mercosul, em casos de políticas comerciais​; Acesso para Estados-membros e particulares​; Solução consensual​; Uso de Comitês Técnicos;Caso não haja solução, o Grupo do Mercado Comum analisa o caso e emite solução, por consenso.
(IV) ​Protocolo de Olivos – 2002: Também considerado como provisório​; Sistema Permanente apenas a partir do estabelecimento da TEC​; Criação de um Tribunal Permanente de Revisão, órgão de apelação aos juízos arbitrais​; Seria incompatível com o sistema arbitral, que teria a rapidez como um de seus elementos.
Problema dos protocolos: O antigo sistema de controvérsias residia na possibilidade dos países submeterem seus litígios a dois sistemas diferentes, como, por exemplo, o do próprio MERCOSUL e o da Organização Mundial de Comércio (OMC), isso gerava uma duplicidade de foro e ainda ocorria a possibilidade do país demandante escolher onde seria mais conveniente submeter o litígio. Nesse caso, podemos citar o exemplo do litígio entre Brasil e Argentina onde a parte reclamante (Brasil), não conformado com a decisão do IV Tribunal Arbitral, levou o caso à OMC que decidiu a seu favor, ou seja, o mesmo litígio teve duas decisões de diferentes sistemas de litígios.
(IV) O Protocolo de Olivos trouxe muitos avanços para o sistema de solução de conflitos, entre eles: criação de um Tribunal Permanente de Revisão (TPR); implementação de mecanismos de regulamentação das medidas compensatórias; criação de normas procedimentais inspiradas no modelo da OMC, como as que determinam que o objeto de controvérsia seja limitado na reclamação e resposta apresentadas ao Tribunal Ad Hoc; intervenção opcional do Grupo Mercado Comum; possibilidade de eleição de foro; possibilidade reclamação dos particulares.
O Tribunal Permanente de Revisão possui três funções: instância recursal, instância única e a instância consultiva. A primeira apresenta a possibilidade de um país levar, a esse tribunal, um recurso de revisão do laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc; na segunda, se os países decidirem, poderão submeter a controvérsia, em única instância, ao Tribunal Permanente Recursal, porém nesse caso os seus laudos serão obrigatórios para os Estados-Partes na controvérsia, a partir da notificação, sem direito a recurso ou revisão, na terceira o tribunal poderá funcionar como uma jurisdição consultiva.

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