Buscar

HENRIQUE MARQUES BIOETICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

1 INTRODUÇÃO
	Atualmente no Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno. A proposta de um Anteprojeto de Lei, que está tramitando no Congresso Nacional, alterando o Código Penal, inclui uma terceira possibilidade quando da constatação anomalias fetais.
	Esta situação já vem sendo considerada pela Justiça brasileira, apesar de não estar ainda legislada. Desde 1993, foram concedidos mais de 350 alvarás para realização de aborto em crianças mal formadas, especialmente anencéfalos . Os juízes inicialmente solicitavam que o médico fornecesse um atestado com o diagnóstico da mal formação, além de outros três laudos para confirmação, um outro laudo psiquiátrico sobre o risco potencial da continuidade da gestação e um para a cirurgia. Ao longo deste período estas exigências foram sendo abrandadas. Em algumas solicitações os juízes não aceitaram a justificativa, e não concederam o alvará tendo em vista a falta de amparo legal para a medida. Em 2000 um advogado entrou com uma solicitação de medida liminar para impedir uma autorização de aborto de bebe anencéfalo no Rio de Janeiro. A mesma foi concedida.
	Este tema tem sido discutido desde inúmeras perspectivas, variando desde a sua condenação até a sua liberação inclusive descaracterizando-o como aborto, mas denominando o procedimento de antecipação terapêutica de parto.
	A nova redação proposta para o Código Penal, altera todos os três itens, é a seguinte:
Exclusão de Ilicitude
Art. 128. Não constitui crime o aborto praticado por médico se:
I - não há outro meio de salvar a vida ou preservar a saúde da gestante; II - a gravidez resulta de violação da liberdade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida;
III - há fundada probabilidade, atestada por dois outros médicos, de o nascituro apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais.
Parágrafo 1o. Nos casos dos incisos II e III e da segunda parte do inciso I, o aborto deve ser precedido de consentimento da gestante, ou quando menor, incapaz ou impossibilitada de consentir, de seu representante legal, do cônjuge ou de seu companheiro;
Parágrafo 2o. No caso do inciso III, o aborto depende, também, da não oposição justificada do cônjuge ou companheiro.
	Os defensores do aborto procuraram encobrir sua natureza criminal mediante a terminologia confusa ou evasiva, ocultando o assassinato com jargão "interrupção voluntária da gravidez" ou sob conceitos como "direito de decidir" ou "direito à saúde reprodutiva". Nenhum destes artifícios da linguagem, entretanto, podem ocultar o fato de que o aborto é um infanticídio.
2 DEFINIÇÃO
	O aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5Kg ou 20 semanas de gestação é considerado abort
2.1 TIPOS DE ABORTOS
01- Abortos patológicos. Numerosos abortos e muitos partos prematuros acontecem, ou podem acontecer, em decorrência de patologias diversas: Da mãe: subnutrição, alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, medicação inconveniente à gestante e ao feto, doenças genéricas, rubéola, viroses e infecções bacterianas, defeitos dos órgãos genitais, anomalias congênitas, traumas físicos e emocionais. Do feto: espermatogênese defeituosa, gametogênese materna anormal, má formação fetal, deformação causada por ação medicamentosa.
02- Aborto habitual. Há mulheres que abortam habitualmente. Seus organismos, por questões, algumas ignoradas e outras conhecidas, rejeitam o feto. Com tratamento e bom acompanhamento ginecológico o útero aceita e retém o zigoto, possibilitando parto normal ou cirúrgico do feto maturo.
03- Aborto terapêutico. Acontece em situações gravíssimas, quando a vida da mãe está em risco e também nos casos de monstruosidade ou aberração fetal como, por exemplo, a acefalia; isto quando a inviabilidade de vida extra-uterina está indubitavelmente diagnosticada. Uma junta médica, com o apoio da família, decidirá sobre a urgência ou absoluta necessidade do aborto terapêutico em tais circunstâncias. Semelhante tipo de aborto não se realizará sob “autoridade” de prognóstico, mas orientado por diagnóstico cientificamente correto. É problema ginecológico e eticamente muito sério, envolvendo vidas humanas. E as coisas sérias devem ser tratadas com seriedade.
	O aborto criminoso é a eliminação do feto indesejado e repudiado, não importando o seu grau de desenvolvimento, sanidade e vitalidade. No Brasil praticam-se milhares de abortos criminosos anualmente. É uma terrível e cruel matança de crianças, mais de 1 milhão por ano e isto com a complacência e até conivência de uma sociedade feticida. Não se incluem nesta estatística estarrecedora os infanticídios.
	O aborto do concebido por estupro. Na mira dos defensores da legalização do aborto, está o do feto gerado por estupro, que já possui amparo legal por meio de várias jurisprudências. Classificamos os estupros em três tipos:
O inevitável. Muitos estupros são extremamente violentos, comprovados e inevitáveis, comono caso de arrombamento e invasão de domicílios, violação de privacidade, violentação da dona de casa e, em muitos casos, de suas filhas. Este é um estupro tremendamente doloroso e com imensuráveis efeitos psicológicos e morais sobre as vítimas. A gravidez resultante de semelhante estupro é traumatizante e quase insuportável.
O estupro por dominação psicológica ou física: abuso de autoridade. Há pais, tios e padrastos que, valendo-se da autoridade e da intimidade, estupram menores da família por dominação ou por sedução, levando-as à concepção. Nestes casos, o mal psicológico pode ser menor, mas o moral é muito maior.
O evitável ou induzido. Muitas vezes a mulher comete imprudência, andando sozinha em lugares ermos, escuros e em horas noturnas avançadas. A falta de cautela confere à estuprada uma parcela de culpa por não ter evitado o evitável.
Em conseqüência de sedução. O homem é visualmente seduzível; e a mulher sabe disso. Não podendo conquistar a “sedutora”, muitos se descontrolam e, à semelhança de “machos selvagens”, atacam-na. Eliminar ou diminuir os quesitos externos sedutores contribui para enfraquecer a “gula sexual” dos incontinentes e reduzir a possibilidade de violência contra a honra, agravando-se no estupro. 
2.2 INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ
 	O aborto voluntário ou forçado ocorre quando alguém provoca pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos a expulsão. A ética deste tipo de abortamento é fortemente discutida em todo o mundo. O grande ponto desta discussão passa por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo: se na concepção, no nascimento ou num ponto intermediário (SANTOS et al., 2006).
	Como a prática é ilegal em muitos países (podendo ser mesmo considerado crime), muitas mulheres, movidas por diversos motivos (económicos, vergonha, medo da reacção dos parentes mais próximos, ou por outras razões), procuram abortar clandestinamente usando métodos perigosos que põe em risco a sua própria vida. Entre os métodos mais comuns pode-se referir o uso de plantas abortivas como a arruda, erva-santa-maria, tanaceto, sabina ou o fungo cravagem de centeio. Outros expedientes usados que resultam frequentemente em tragédia, são a introdução de objectos no canal vaginal, como agulhas de tricô, tesouras ou antenas, que provoquem a morte do feto (SANTOS et al., 2006).
2.3 PROCEDIMENTOS EMPREGADOS PARA A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ
 	Os métodos mais comuns utilizados por profissionais para provocar o abortamento são a curetagem e a aspiração uterina.
	Para fazer a curetagem, o médico, após alargar a entrada do útero da paciente, introduz dentro dela a chamada cureta, que é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher. Servindo-se da cureta, um médico habilidoso pode ir cortando o feto em pedaços, e retirá-los um a um de dentro do útero. Além do feto, também aplacenta deve ser retirada e cortada. Após concluído o procedimento, o médico deve remontar os pedaços do corpo numa mesa a parte para certificar-se de que não restou pedaço algum no útero da gestante (SANTOS et al., 2006).
	O procedimento de aspiração uterina distingue-se da curetagem porque, em vez de o médico introduzir a cureta no útero da gestante e retalhar manualmente o feto, ele introduz uma cânula de vidro, cujas extremidades internas são cortantes. A cânula está acoplada a um aparelho de vácuo e, quando o vácuo é produzido, o feto é sugado pelo equipamento e vai sendo cortado em pedaços á medida em que os seus membros passem pela cânula. Como a cabeça do feto é muito grande para ser sugada pelo aparelho, o médico deve primeiro esmaga-la manualmente, antes do fim do procedimento, para que possa ser retirada pelo aparelho de sucção (SANTOS et al., 2006).
2.4 AS CONSEQUÊNCIAS DO ABORTO
	O aborto é condenado justamente porque, além de ser um crime, só gera complicações, independente do método utilizado. Muito mais do que conseqüências físicas, o aborto pode provocar danos psicológicos para a mãe, em especial, e para a família como um todo. Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando infertilidade (em 18 % das pacientes) estão entre as principais preocupações. O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta prévia), tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança. O aborto criou ainda novas enfermidades como a síndrome de Asherman e complicações tardias, que poderão provocar necessidade de cesariana ou de histerectomia (extração total do útero). Mas dentre todos os problemas, o mais grave é a hemorragia, que transforma a nova gravidez em gravidez de alto risco, podendo levar ao óbito (SAÚDE, 2009).
3 LEGISLAÇÃO
	Conforme Santos et al., (2006) o aborto é ou não permitido no mundo.
Brasil: O aborto voluntário no Brasil é considerado crime, salvo em caso de violação ou quando a mãe está comprovadamente ameaçada pela gestação.
Portugal: Em Portugal a interrupção voluntária da gravidez também é punida até três anos de prisão.
Alemanha: O aborto até ao terceiro mês de gravidez é permitido. É exigido apenas que a mulher tenha uma entrevista com um conselheiro especializado antes de tomar a decisão.
Áustria: Já desde 1975 que na Áustria (um país católico e conservador) que o aborto é permitido nos três primeiros meses de gravidez. Uma posterior interrupção da gravidez é permitida em caso de perigo de vida ou de dano de saúde, ou no caso de a mulher não ter atingido 14 anos no momento em que se tornou grávida., ou ainda no caso de se saber que a criança será deficiente.
França: O aborto foi legalizado em França em 1975. é legal até á decima à décima semana de gravidez. É exigido o aconselhamento da mulher e uma semana de espera. Após a décima semana torna-se necessária a certificação de dois médicos de que a saúde da mulher se encontre em perigo ou que a criança possa vir a ser deficiente.
Suíça: Na Suíça, o aborto até a décima-segunda semana de gravidez deixou de ser criminalizado. Mas são necessárias duas condições para isto: a mulher deve encontrar-se numa situação de emergência e deve ser informada exaustivamente entes de se submeter à intervenção.
Reino Unido: O aborto é legal na Inglaterra, Escócia e pais de gales desde 1967.
Suécia: A primeira legislação aceitando o aborto na Suécia foi emitida em 1938. Previa que o aborto seria legal caso existissem razões médicas, humanitárias. A legislação actual encontra-se em vigor já desde 1974 e afirma que a decisão até à décima-segunda semana de gravidez é inteiramente da responsabilidade da mulher, por qualquer que seja a razão.
4 CONCLUSÃO
	A diminuição do custo e a facilidade de acesso aos métodos anticoncepcionais femininos e masculinopoderiam ter reduzido o aborto , ele seria praticado apenas para salvar a vida da mãe ou na circunstância do feto ter sido gerado por estuproou ser invíavel por um grave defeito na formação. O aborto continua sendo um dilema e um risco para a saúde de quase um milhão de mulheres brasileiras todos os homens. Tem crescido o número de médicos que diante da irredutibilidade das pacientes em abortar , consideram seu dever profissional. Sem muita precisão , os especialistas acreditam que chegue a um milhão o número de abortos clandestinos realizados anualmente no Brasil. As complicações decorrentes de abortos mal- realizados, sem condições de higiene ou segurança, representa a 4°causa de morte matern. Na década de 80 , chegava a 4 milhões o número de mortes no Brasil por ano. Hoje 40% da população mundial vive em países onde o aborto é totalmente permitido , 0,5% vive em países onde é extremamente proíbido , 59,5% vive em países onde é permitido em casos excepcionais.
REFERÊNCIAS
GOLDIM, J. R. Aborto no Brasil. 2004. Disponível em: <http://www.bioetica.ufrgs.br/abortobr.htm> Acesso em: 16 jun. 2012.
SANTOS, P.; PEDRO, D.P.E.; MARTINS, P. O Aborto. 2006. Disponivel em: <http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/abortob.htm> Acesso em: 16 jun. 2012.
SAÚDE. As conseqüências do aborto. 2009. Disponível em: <http://noticias.r7.com/saude/noticias/as-consequencias-do-aborto-20091014.html> Acesso em: 16 jun. 2012.

Continue navegando