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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Curso: Licenciatura em Geografia
 Disciplina: Geografia e Ensino
 Docente: Ana Brasil
 Discente: Jean de Melo Ribeiro
Currículo e Família: Como representações Sociais interferem na elaboração e manutenção de práticas educativas; desafios do século XXI.
Duque de Caxias
2016
Este trabalho trará a princípio uma discussão que antecipadamente já se sabe não haver resposta exata ou um “modelo” único a se seguir. As subjetivades humanas associadas às representações sociais somam um campo complexo, ora contraditório ora conciliador na vivência/experiência praticada nas escolas. A partir de seus currículos de ensino e dos sujeitos sociais que compõem este panorama, os currículos são construções parametrizadas socio-temporalmente limitadas, num jogo de tensões e poderes expressos de e para a sociedade.
 No foco deste artigo, debetaremos sobre a familia enquanto recorte neste panorama de construção dos curriculos, representações sociais e suas subjetividades.Como a comunidade escolar, pais, alunos e professores particpam das politicas geradoras dos currículos? Como ficam organizadas as particularidades espaço-temporais nos curricúlos? As representações sociais e subjetividades humanas são influenciadores neste processo? Qual a melhor maneira de construirmos um currículo formador de uma sociedade mais preparada para lidar com a pluralidade dos indivíduos?
A família está presente desde o início da vida e é delimitada por diversos aspectos psicológicos, componentes emocionais que a estruturam concedendo forma e identidadea seus membros. Contudo, nosso recorte neste artigo será de colocar em evidência a dinâmica que circunscrita na estrutura familiar, influencia na elaboração dos currículos nos tempos atuais.
O conceito de “representação social” da sociologia, busca designar fenômenos múltiplos observados e estudados em termos de complexidades individuais,coletivas,psicologicas e sociais. Hoje em dia o termo representação social saiu do ramo da sociologia para o ramo da psicologia social.
As representações sociais se apresentam como uma forma de interpretar e pensar a relalidade cotidiana, uma forma de conhecimento da atividade mental desenvolvida pelos individuos e pelos grupos para fixar suas posiçoes em situações, eventos e realidades que os concernem.
Tais representaçõesexercem sobre os individuos diversas formas de apreender a realidade e se relacionar com seu meio (subjetividades), seja através da instituição família ou pela instituição escola(campos que farão parte deste artigo, embora saibamos que tais construções não se limitam a estas duas intituições).
A escola não é espaço somente de instrução e meio de ganho cultural (cultura enquanto conhecimento social) é mais,é espaço socializador de crianças que surge no século XV. Durante a consolidação dos Estados nacionais, a escola surge como substituidor da religião nos processos de socialização. O positivismo reforça o processo de secularização das sociedades e coloca neste contexto, a escola como principal aliada de seu legado.
A escola ganha um importante papel, talvez o mais pesado de todos, que é construir a identidade de um ser e prepará- lo para sua projeção social. Daí surgem as primeiras tensões políticas das quais podemos submter nossos filhos: qual educação daremos para essas crianças? E qual visão de mundo estas compartilharão enquanto seres socializados? Quais contribuições poderão dar na elaboração de uma sociedade mais justa?
Cada instituição partiha de uma visão de mundo particular, a escolha pela escola para qual matricularemos nossos filhos é um primeiro passo subjetivo de posicionamento diante do mundo que queremos compartilhar com eles.As práticas pedagógicas, as atividades lúdicas desenvolvidas, extracurriculares,entre outras, estarão na pauta dessa escolha por parte de pais.
 Partiremos um instante para uma análise no sentido contrário desta escolha: a omissão por parte de pais na elaboração dos pré-requisitos que atenderão sua decisão,também é uma forma de construir a visão de mundo do qual seu filho partilhará. A omissão também é um posicionamento político e ideológico. Passada esta questão concluímos que neste primeiro passo seja pela total idealização eduacacional, seja pela omissão, pais tomam suas decisões por critérios altamente subjetivos ao definirem estas escolhas e ora aliam-se às filosofias e posicionamentos na instituição escolar, ora rebelam- se e constroem novos paradigmas.
A rotina escolar traz para educadores e pais, uma série de questões que envolvem subjetividades humanas das quais estes pais e os alunos não conseguirão administrar se não houver interação, dialogo e entendimento de todas as partes. Um aluno que não está acompanhando o rítimo de sua turma na elaboração de determinado exercício ou aprendizado, terá que ter uma observação mais aprofundada por parte do corpo docente desta escola.
Neste ponto começam as reconstruções de representações e subjetividades a fim de incorporar neste sujeito o propósito pelo qual ele foi matriculado na escola: aprender ( e como aprendizado, entenderemos, todo o processo de “aculturamento” patrocinado como projeto institucional, neste aluno). As reconstruções só começam a partir deste ponto, pois se não houver uma situção-problema, não haverá impulso, a força inicial para transformar a experiência praticada em sala de aula. 
As situações-problema são no ambiente escolar, seja qual for sua dimensão, a peça chave para a participação mais efetiva de todos os envolvidos, em outras palavras, numa turma em que todos os alunos tiram dez,( não que deva ser, mas na prática o é) não haverá maiores contribuições de pais, alunos e professores, todos estarão engessados numa espécie de rotina programada.
Segundo Carvalho a política de participação dos pais na escola, se dá de maneira diferente de acordo com o contexto social que esta ocupa na sociedade. Escolas particulares, tendem a disfrutar de participação mais efetiva por parte de pais,pois alí se estabelece a relação entre pais-consumidores e diretores proprietários, entretanto nas escolas públicas essa realção muda a configuração, pais não se engajam nas questões escolares, pois o que acontece em algumas vezes é que a própria comunidade escolar (professores, diretores, conselheiros), culpabilizam a família pelas dificuldades de aprendizagem dos alunos o que gera um quadro de total desarticulação, e desenteresse de engajamento por parte de pais na vida escolar de seus filhos. Cabe aos profissionais de educação administrarem essa integração,neste longo processo (2004. p.42).
Uma boa comunicação entre pais e filhos exige em primeiro lugar, traduzir o amor, respeito, confiança, atenção e atender as suas necessidades básicas. Com essa participação dos pais no processo de ensino-aprendizagem, ela ganha mais confiança, vendo que todos se interessam por ela, e também porque você passa a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem.
Ocorre que a participação mais efetiva por parte de toda a comunidade (e família) estará presente dada uma situação- problema e então começam se os trabalhos de repensar currículos e práticas pedagógicas, através de reuniões e conselhos de classe.
A esta elaboração encontram se tensões ideológicas que pais e professores carregam, e na maioria dos casos, alunos não participarão deste processo de negociação. Estas tensões são basicamente, as formas como se representam, como idealizam seus projetos educacionais, o que acham socialmente aceito, e o que acham de relevante para o processo de aprendizagem dentro da escola.
Quando esta comunidade chega a um consenso através de avanços e regressos em diversos campos de representatividade dos individuos, alí participantes, tem-se uma premissa do que serão as mudanças na escola. Estas mudanças são o ensejo que transforma a escola,a recicla e portanto reciclapais, e de uma maneira bem simples de falar, a sociedade. 
Paralelamente a todo esse processo temos um embate de gerações que funciona como uma mola transformadora de valores já cristalizados na sociedade. Pais e professores carregam consigo, valores de outra época, por vezes reacionários por vezes revolucionários em relação às novas gerações.
[...] assim, a interioridade se instaura no cruzamento de múltiplos componentes relativamente autônomos uns em relação aos outros e, se for o caso, francamente discordantes. (GUATTARI; PAPIRUS, 1988,p.17)
Todo currículo é uma representação documental de um desejo eduacacional, compartilhado por uma sociedade na melhor das intensões em educar seu povo com a pretensão de lhes assegurar o que há de melhor em termos de cultura, representação, informação, valores. A família e o Estado (nos dias de hoje, neoliberal) são as grandes instituições, capazes de deliberar sobre tais questoões (não digo que deva ser, apenas é) e para tal ela e principalmente as famílias de classe média, as quais possuem maior representatividade política e peso de suas decisões, é quem decide junto com professores os paramentros curriculares nacionais. 
[...] os educadores vêm testemunhando um colossal esforço- que não se tem mostrado exatamente malsucedido- de exportação, para as escolas, da crise econômica e das relações de autoridade que afeta as práticas e políticas dos grupos dominantes.(APPLE, PRESENÇA,2002,p. 40)
Sociedades, recebem diversas influências nas formas de representação: A dimensão espaço é um determinante ou possibilitante de condutas; Religiosa, como formadora de visão de mundo; Econômica, que está diretamente ligada à materialidade do universo das pessoas (se possuem casa, roupa, condições materiais de sobrevivência) e tantas outras, que influenciam as construções dos currículos e agragam ou limitam setores sociais a engajarem- se ou colocarem se à margem deste embate.
As representações espaço-temporais, se manifestam no currículo à medida que elaboramos “manuais” cuja finalidade, seria a de auxiliar na formação de nossos filhos, seja através de curriculos que levem em conta a experiência dos alunos, seja através de currículos mais fechados em seus conteúdos, todos esses abarcam de maneira seletiva o objeto a se estudar
Caímos então em uma questão muito complexa. Quais valores devemos passar para nossos filhos, sem que estes estejam reproduzindo um modelo ultrapassado de sociedade? Como devemos conciliar a metodologia de ensino proposto às novas tecnologias desenvolvidas no século XXI ? Qual conhecimento devo julgar importante ou desnecessaário, em uma sociedade cada vez mais globalizada, onde o fluxo de informações é cada vez mais rápido?
Não temos resposta, apenas sabemos que estas questões permeiam a estrutura do currículo, e que estão escamoteadas por diversos motivos nesse projeto arriscado de elaboração dos mesmos. Para todos os efeitos, não existe uma fórmula a se aplicar ao se elaborar um currículo. O que não devemos perder de vista é que, este documento é fruto do conflito político entre intituições: Governo, família, alunos e que na tentativa de elaborarem o melhor para a sociedade futura, deixamos as marcas de nossos passados, subjacentes no projeto idealiazado.
Esse projeto de futuro com marcas do passado, é na medida do possível um breve ”olhar para frente” das representações das instituições (no caso falamos da família), com a falsa pretensão de acreditarmos que no futuro, se sguido tal projeto, encontraremos uma sociadade mais justa e eficiente.
[...]”Um tipo de mudança estrutural está transformando as sociedades. Isso está modificando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, que, no passadonos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós mesmos como sujeitos integrados.’’(HALL, 1987, p.9)
Nossa ânsia de um mundo melhor, nos cega a medida que não percebemos que somos produto de um conjunto de subjetivações, individualidades, instaurados através de cruzamentos multiplos que constituem nossas personalidades e que estas jamais serão captadas e reproduzidas igualmente foram, por nós, indivíduos de nossa época.
Devemos nos preocupar com o discurso que elaboramos ou reproduzimos socialmente, ter bem definida e nítida a base de nossa concatenação de pensamentos, para que nossos modelos de representação não sejam impostos às gerações futuras.
Em outras palvras: Hoje o que me constitui é resultante da acumulação de tempos e de cruzamentos que jamais acontecerão de novo. O futuro, não está dado na medida que elaboramos um currículo “bom”, integral e bem pensado, pois o currículo so é de fato o arcabouçode uma prática eduacativa possível.
Entendemos como possível, uma prática educacional que seja mediada pelo conjunto de vetores que a compõem ( alunos, condições físicas, econômicas, genero, entre outras). Sendo assim, evoluiremos enquanto sociedade, estaremos respeitando as diferenças de nossos passados, ao eleborarmos as políticas educacionais e respeitando as diferenças dos nossos sucessores.
A educação que queremos não tem um modelo, à medida que entende vários modelos. Ela partilha de uma visão de mundo que coexiste com outras visões. A aplicação desta base para nossos currículos está em atitudes muito simples que podemos tomar em nossas escolas: Abri-la para as famílias e perdemos por total, essa moral que não nos deixa largar valores centrais; abrirmos as portas de nossas escolas para os novos modelos de família do século XXI, não nucleares,sejam homoafetivas,monoparentais; Lançarmos campanha sobre a pluralidade do ser humano na tentativa de respeitá-lo.
Por fim, só através da reflexão buscaremos “modos” e não “modelos” de vida num projeto de sociedade, onde todos tenham voz e consciência de sua condição, e posição na sociedade, sim posição, e neste caso não me refiro ao viés economico, classista que esta frase nos remete, posição enquanto ser pertencente a uma trama de acontecimentos, que constrói e é construido pela sociadade que vive, se situa e se entende.

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