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5-INFLAMAÇÃO

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INFLAMAÇÃO
Visão Geral da Inflamação
A inflamação é uma resposta protetora, destinada a livrar os organismos tanto da causa inicial de uma injúria (p. ex., células e tecidos necróticos) quanto das consequências de tal. 
Sem a inflamação, as infecções poderiam passar despercebidas. No entanto, algumas vezes a inflamação pode levar a injúria tecidual em muitas desordens.
 A inflamação consiste nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos. As principais defesas do organismo contra invasores estranhos são as proteínas plasmáticas, leucócitos e fagócitos teciduais. A presença de proteínas e leucócitos no sangue dá a eles a habilidade de alcançarem qualquer local onde eles possam ser necessários. Devido aos invasores como micro-organismos e células necróticas estarem tipicamente presentes nos tecidos, fora da circulação, isto resulta no fato de que as células circulantes e as proteínas têm de ser rapidamente recrutadas para estes locais extravasculares.
As reações vasculares acontecem devido estímulos inflamatórios que levam a produção de fatores solúveis. Micro-organismos, células necróticas e hipóxia podem disparar a produção de mediadores inflamatórios e então provocar a inflamação. Tais mediadores iniciam e amplificam a resposta inflamatória e determinam seu padrão. 
A inflamação pode ser aguda ou crônica, dependendo da natureza do estímulo e da efetividade da reação inicial em eliminar o estímulo ou os tecidos danificados:
Inflamação aguda: 
Início rápido (tipicamente minutos) e de curta duração (dias)
Exsudação de fluido e proteínas do plasma (edema)
Migração de leucócitos (neutrófilos/polimorfonucleares)
Pode regredir ou evoluir para fase crônica 
Inflamação crônica:
Pode se seguir à inflamação aguda ou ser insidiosa no início.
Longa duração e está associada à presença dos linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos sanguíneos, fibrose e destruição tecidual. 
A inflamação é terminada quando o agente agressor é eliminado. A reação se resolve rapidamente, porque os mediadores são esgotados e dissipados e os leucócitos têm curtas meias-vidas nos tecidos. Em adição, os mecanismos anti-inflamatórios são ativados e servem para controlar a resposta e preveni-la de causar dano excessivo ao hospedeiro.
 A resposta inflamatória é intimamente entrelaçada com o processo de reparo. Ao mesmo tempo em que a inflamação destrói, dilui e retira os agentes injuriantes, ela põe em movimento uma série de eventos que tentam curar o tecido danificado. O reparo se inicia durante a inflamação, mas alcança a conclusão depois que a influência injuriante tenha sido neutralizada. No processo de reparo, o tecido injuriado é substituído através da regeneração das células parenquimatosas nativas, pelo preenchimento do defeito com tecido fibroso (cicatrização) ou pela combinação desses dois processos.
Em algumas situações, a inflamação pode ser prejudicial. Mecanismos designados para destruir os agentes invasores podem danificar os tecidos normais. Quando a inflamação é mal direcionada ou não é controlada, ela se torna a causa de injúria e doença. 
 PS: Fármacos anti-inflamatórios devem controlar as sequelas da inflamação sem interferir com seus efeitos benéficos. 
INFLAMAÇÃO AGUDAA inflamação aguda tem três principais componentes: 
Alterações no calibre vascular →↑ fluxo sanguíneo; 
Mudanças estruturais na microvasculatura que permitem que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação. 
Acúmulo de leucócitos no foco da injúria e sua ativação para eliminar o agente agressor.
ESTIMULOS PARA INFLAMAÇÃO AGUDA
INFECÇÕES: existem receptores que sentem a presença de microorganismos. O mais importante é o TRL (Tolls) que irá disparar vias de sinalização que estimulam a produção de vários mediadores.
NECROSE: várias moléculas liberadas na necrose tem ação inflamatória. A hipóxia também pode ter esse efeito. Essa resposta é grandemente mediada por uma proteína chamada HIF-1α (fator-1α induzido por hipoxia), que é produzida pelas células privadas de oxigênio, e ativa a transcrição de muitos genes envolvidos na inflamação, incluindo o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que aumenta a permeabilidade vascular.
CORPOS ESTRANHOS: tipicamente elicitam a infl amação porque causam injúria tecidual traumática ou transportam micróbios.
REAÇÕES IMUNES: respostas imunes injuriantes podem ser direcionadas contra antígenos próprios, causando as doenças autoimunes, ou podem ser reações excessivas contra substâncias ou micróbios do ambiente. Tendem a ser persistentes e dificultar a cura, são associadas com inflamação crônica e são causas importantes de morbidade e mortalidade. A inflamação é induzida por citocinas produzidas pelos linfócitos T e outras células do sistema imune.
Todas as reações infl amatórias compartilham as mesmas características básicas, embora diferentes estímulos possam induzir reações com algumas características distintas.
Mudanças no Fluxo e no Calibre VascularNa inflamação, os vasos sanguíneos passam mudanças destinadas a maximizar o movimento de proteínas plasmáticas e células para fora da circulação e para dentro do local da infecção. 
O escape de fluidos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para dentro do tecido intersticial é conhecido como exsudação. 
O exsudato é o fluido extravascular que tem uma alta concentração proteica e alta gravidade especifica. Sua presença indica um aumento na permeabilidade normal dos pequenos vasos sanguíneos em uma área de injúria e, portanto, uma reação inflamatória. 
Em contraste, um transudato é um fluido com baixo conteúdo proteico (a maior parte do qual é albumina), e baixa gravidade específica. Ele indica um aumento na permeabilidade vascular. 
O edema denota um excesso de fluido no tecido intersticial ou cavidades serosas; ele pode ser ou um exsudato ou um transudato. O pus é um exsudato inflamatório rico em leucócitos (principalmente neutrófilos).
As reações vasculares da inflamação aguda consistem em mudanças no fluxo de sangue e na permeabilidade dos vasos. A proliferação de vasos sanguíneos (angiogênese) é proeminente durante o reparo e na inflamação crônica
 As mudanças no fluxo e no calibre vascular se iniciam logo após a injúria e consistem no seguinte:
A vasodilatação é uma manifestação inicial da inflamação aguda;
Abre novos leitos capilares na área →↑ fluxo sanguíneo →calor e vermelhidão (eritema) no local da inflamação. 
A vasodilatação é induzida pela ação de vários mediadores, notavelmente a histamina e o óxido nítrico (NO), no músculo liso vascular.
Permeabilidade aumentada da microvasculatura, com extravasamento de exsudato
A vasodilatação e a permeabilidade aumentada levam a um fluxo sanguíneo mais lento, além do sangue mais viscoso. Esse cenário favorece a dilatação dos pequenos vasos, levando a estase, ou seja, uma congestão vascular.
Com a congestão neutrófilos são recrutados ao endotélio. Ao mesmo tempo mediadores ativam células endoteliais e aumentam a adesão.Permeabilidade Vascular Aumentada (Extravasamento Vascular)
Uma marca da inflamação aguda é o aumento da permeabilidade vascular, permitindo o extravasamento de exsudato, causando edema. O principais mecanismos são:
Contração da célula endotelial, resultando em espaço intercelular aumentado. Esse mecanismo ocorre por estimulo de mediadores químicos e pode ser transitório imediato ou atrasado prolongado.
Injuria endotelial, resultando em necrose. Ocorre em reações graves e pode ter participação dos neutrófilos. Geralmente é imediata e prolongada.
Transporte aumentado de fluídos e proteínas (transcitose). Envolve canais (organelas vesicovacuolares) próximos as junções intercelulares. Fatores podem aumentar o numero ou tamanho desses.
REAÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS
O sistema linfático é responsável por drenar o exsudato do circulatório. Na inflamação esse recurso é mais usado, levando a proliferação de linfonodos e podem levar a a inflamação dos linfonodos (linfadenite). Os linfonodos inflamados sofremcom hiperplasia dos folículos linfoides e números aumentados de linfócitos e macrófagos.
REAÇÕES DOS LEUCOCITOS NA INFLAMAÇÃO
Durante a inflamação leucócitos são recrutados do sangue para dentro dos tecidos extravasculares para reconhecer dos micróbios e tecidos necróticos, e remover o agente agressor. No entanto, a ação dos leucócitos pode danificar o tecido, prolongando a inflamação.
Recrutamento dos Leucócitos para os Locais de Infecção e Injúria
Lumen→ Intersticio (na inflamação o epitélio é ativado e pode se ligara leucócitos)
Adesão do Leucócito ao Endotélio
Devido ao fluxo sanguíneo mais lento os leucócitos sofrem com o processo de marginação. Logo depois, filas de leucócitos vão se ligando e desligando do endotélio (rolamento) até se aderirem a ele. Essa adesão ocorre graças as citocinas que sinalizam o lugar correto de adesão.
As reações iniciais de rolamento são mediadas pelas selectinas. As citocinas regulam a expressão dessas e seus ligantes.
Macrofagos encontram agentes injuriantes → liberam citocinas→ induzem adesão
→ Expressão de E-selectina→ Mediadores estimulam a distribuição de P- selectina para a superfície.→ Leucocitos expressam L- selectina, se liigando as demais selectinas, por ser uma reação de baixa afinidade, oleucocitos rolam.
O rolamento da a oportunidade do leucócito se ligar firmemente ao endotélio. A adesão ocorre por mediação das integrinas.
TNF e IL-1 induzem a expressão endotelial de ligantes para as integrinas. Normalmente, os leucócitos expressam integrinas em um estado de baixa afinidade. Enquanto isso, as quimiocinas que foram produzidas no local da injúria entram no vaso sanguíneo, ligam-se aos proteoglicanos das células endoteliais e são mostradas em altas concentrações na superfície endotelial. Essas quimiocinas se ligam e ativam os leucócitos em rolamento. Uma das consequências da ativação é a conversão das integrinas nos leucócitos em um estado de alta afinidade. A combinação da expressão de ligantes de integrinas induzida pelas citocinas no endotélio e a ativação das integrinas nos leucócitos resulta em firme ligação mediada pelas integrinas dos leucócitos ao endotélio no local da inflamação. Os leucócitos param de rolar, seus citoesqueletos são reorganizados e eles se espalham para fora da superfície endotelial.
Migração do Leucócito através do Endotélio (Diapedese)
Ocorre em vênulas pós capilares, onde as quimiocinas estimulam os leucócitos a migrarem em direção ao gradiente químico, ou seja, a injuria. Algumas moléculas de adesão presentes nas junções intercelulares estão presentes na migração dos leucócitos (PECAM-1 e CD31). Após atravessar o endotélio, os leucócitos penetram na membrana basal, provavelmente pela secreção de colagenases, e entram no tecido extravascular. No tecido conjuntivo, os leucócitos são capazes de aderir à matriz extracelular devido às integrinas e à ligação de CD44 às proteínas da matriz. Então, os leucócitos são retidos no local onde eles são necessários.
Deficiencia nas moléculas de adesão dos leucócitos levam a infecções bacterianas recorrentes.
deficiência na adesão de leucócitos tipo 1 → defeito na biossíntese da cadeia β2 compartilhada pelas integrinas LFA-1 e Mac-1. 
A deficiência na adesão de leucócitos tipo 2 é causada pela ausência do sialil-Lewis X, o ligante contendo fucose para as E- e P-selectinas, como resultado de um defeito na fucosil transferase, a enzima que liga a molécula de fucose ao esqueleto de proteína.
Quimiotaxia dos Leucócitos.
Após sair da circulação, os leucócitos emigram para os tecidos em direção ao local da injúria por um processo chamado quimiotaxia, que é definido como locomoção originada ao longo de um gradiente químico.
Essas substancias podem ser exógenas, como agente bacteriano ou endógena, como mediadores químicos.
Esses mediadores se ligam a proteína G transmembrana, onde serão acionados os segundo mensageiros→↑ Ca cistolico→↑ actina e miosina na borda da célula. 
Os leucócitos migram em direção a esses estímulos inflamatórios. 
Em geral os neutrófilos são recrurtados primeiro, por existirem em maior quantidade e responderem mais rápido. No entanto sua vida é curta, diferente dos macrófagos e linfócitos, que além de se manterem vivos conseguem se reproduzir.
Reconhecimento dos Micro-organismos e Tecidos Mortos 
Ao chegar ao tecido lesado os leucócitos devem reconhecer o agente agressor e fagocita-lo. Os leucócitos possuem receptores que liberam o estimulo ativador.
Remoção dos Agentes Agressores
 A ativação dos leucócitos: vias de sinalização → ↑Ca2+ citosólico e ativação de enzimas (proteína cinase C e fosfolipase A 2).
 As respostas funcionais que são mais importantes para a destruição dos micróbios e outros agentes lesivos são a fagocitose e a morte intracelular. 
Outras Respostas Funcionais dos Leucócitos Ativados
Produzem um número de fatores de crescimento que estimulam a proliferação das células endoteliais e fibroblastos e a síntese de colágeno, e enzimas 
Outras Respostas Funcionais dos Leucócitos Ativados
Produzem um número de fatores de crescimento que estimulam a proliferação das células endoteliais e fibroblastos e a síntese de colágeno, e enzimas 
FAGOCITOSE
 (1) reconhecimento e ligação da partícula a ser ingerida pelo leucócito; 
(2) sua ingestão, com subsequente formação do vacúolo fagocítico 
(3) morte ou degradação do material ingerido.
Os leucócitos possuem receptores de superfície específicos que reconhecem os componentes do micróbios e células mortas ou a s proteínas do hospedeiro (opsoninas), que revestem os micróbios e os torna alvos para a fagocitose (opsonização); 
Principais opsoninas: IgG (ligam-se ao r eceptor Fc , cha mado de Fc γRI); fragmentos 1 e 
Principais opsoninas: IgG (ligam-se ao receptor Fc , chamado de Fc γRI); fragmentos 1 e3 do complemento (ligam-se aos receptores CR1 e 3); colectinas (ligam-se a receptores C1q).
Receptores de manose: possuem afinidade por glicose. Ligam-se a micróbios e não as células hospedeiras pois os micróbios possuem açucares especificos.
Os receptores limpadores se ligam e medeiam a endocitose de LDL que perderam função 
As integrinas dos macrófagos, notavelmente a Mac-1 (CD11b/CD18), também podem se ligar aos micróbios para a fagocitose.
ENGLOBAMENTO
A ligação de partículas opsonizadas desencadeia a invaginação e induzem a ativação celular que aumenta a degradação dos micróbios ingeridos
Os pseudópodes estendem-se em torno do material, forma ndo um vacúolo 
Os pseudópodes estendem-se em torno do material, formando um vacúolo fagocítico;
De seguida, a membrana do vacúolo funde -se com a membrana de um grânulo lisossómico, formando um fagolisossoma.
MORTE E DEGRADAÇÃO
A morte microbiana é executada largamente por espécies reativas de oxigênio (ERO, também chamados de intermediários reativos de oxigênio) e espécies reativas de nitrogênio, derivadas principalmente do NO.
os ERO são produzidos dentro do lisossoma (devido oxidação da NADPH) onde as substâncias ingeridas são segregadas e as organelas da própria célula são protegidas dos efeitos danosos dos ERRO.
Os lisossomas do neutrófilos contém MPO, que na presença de um haloide como o Cl, converte H2O2 em HOCL, que é um potente oxidante e agente antimicrobiano que destrói bactérias por halogenação ou peroxidação de proteínas e lipídios.
O NO, produzido a partir da arginina pela ação da óxido nítrico sintase (NOS), também participa na morte microbiana.34 O NO reage com o superóxido (O2 •− ) para gerar o radical livre altamente reativo peroxinitrito (ONOO• ). Estes radicais livres derivados de oxigênio e nitrogênio atacam e danificam os lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos micróbios como eles o fazem com macromoléculas do hospedeiro.
Os microorganismos mortos são degradados pela ação de hidrolases lisossômicas (elastase)
Vário outros componentes do grânulos dosleucócitos são capazes de destruir patógenos infecciosos: proteína por aumento da permeabilidade bactericida, lisozima, proteína básica principal e defensinas.
Outras Respostas Funcionais dos Leucócitos Ativados
Produzem um número de fatores de crescimento que estimulam a proliferação das células endoteliais e fi broblastos e a síntese de colágeno, e enzimas que remodelam os tecidos conjuntivos.
Liberação de Produtos dos Leucócitos e Injúria Tecidual Mediada por Leucócitos
Os leucócitos são importantes causas de injúria as células e aos tecidos normais sob várias circunstâncias:
Dano colateral a uma reação de defesa normal contra micróbios infecciosos; ex: tuberculose
Doenças autoimunes.
Quando o hospedeiro reage excessivamente contra substâncias do ambiente usualmente inofensivas, como nas doenças alérgicas, incluindo a asma.
TÉRMINO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGUDA
A inflamação declina pois os mediadores da inflamação são produzidos em rápidas “explosões”, somente enquanto o estímulo persiste.
São disparados sinais de parada.
MEDIADORES DE INFLAMAÇÃO
Mediadores são gerados a partir de células ou de proteínas plasmáticas. Quando produzidos em células ficam em grânulos e são secretados mediantes estimulo. Já quando produzidos no plasma ficam circulantes de forma inativa.
Mediadores ativos são produzidos em resposta a estímulos injuriantes, o que garante que as reações inflamatórias ocorram só quando necessárias.
Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores, levando a formação de cascatas que podem amplificar ou inibir a ação inflamatória.
Os mediadores variam em seus alcances de alvos celulares.
Uma vez ativados e liberados da célula, a maioria desses mediadores tem curta meia-vida.
MEDIADORES DERIVADOS DAS CÉLULAS
AMINAS VASOATIVAS: HISTAMINA E SEROTONINA 
São armazenadas como moléculas pré-formadas nas células sendo um dos primeiros mediadores a serem liberados durante a inflamação.
A histamina é armazenada nos grânulos dos mastócitos sendo liberada mediante estimulo (injuria, fatores anafiláticos, ligação anticorpo/antígeno). Ela dilata as artérias, ↑ permeabilidade vascular. Seus efeitos vasoativos são mediados principalmente pela ligação a receptores H1 nas células endoteliais microvasculares.
A serotonina está armazenada nas plaquetas, é liberada quando essas se agregam, aumentando permeabilidade vascular, causando eritema.
METABOLITOS DO ACIDO ARAQUIDONICO (AA): PROSTAGLANDINAS, LEUCOTRIENOS E LIPOXINAS
Estimulo mecânico→ fosoflipase A2→ Libera AA
Os mediadores derivados do AA, também chamados de eicosanoides, são sintetizados por duas classes principais de enzimas: ciclo-oxigenases (que geram as prostaglandinas) e lipoxigenases (que produzem os leucotrienos e lipoxinas).
Se ligam a proteína G
Prostaglandinas: presentes em macrófagos e mastócitos, produzidas por duas enzimas: COX-1 e COX-2. São divididas em series, cada qual derivado pela ação de uma enzima específica em um intermediário da via. De forma geral causam dor, febre e vasodilatação.
Prostaciclina I2- vasodilatação, inibe ação plaquetária
Tromboxano A2- vasocinstrição, promove agregação plaquetária
Prostaciclinas D2 e E2- vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular.
As enzimas lipoxigenases são responsáveis pela produção dos leucotrienos, que são secretados principalmente pelos leucócitos, são quimioatraentes para os leucócitos e também têm efeitos vasculares.
O LTB4: causam agregação e adesão das células ao endotélio vascular, geração de ERO e liberação de enzimas lisossômicas. Os leucotrienos C4, D4 e E4 (LTC4, LTD4, LTE4) que contêm cisteinil, causam intensa vasoconstrição, broncoespasmo (importante na asma) e permeabilidade vascular aumentada. O extravasamento vascular, assim como com a histamina, é restrito às vênulas. Os leucotrienos são muito mais potentes do que a histamina em aumentar a permeabilidade vascular e causam broncoespasmo.
As lipoxinas inibem o recrutamento de leucócitos e consequentemente a inflamação.
 RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Resolução completa. Ocorre neutralização e eliminação do estímulo injuriante e restauração do local da inflamação. Ocorre quando a injúria é de curta duração ou quando houve pouca destruição tecidual e as células parenquimatosas danificadas podem se regenerar. A resolução envolve a remoção dos restos celulares e micróbios pelos macrófagos e a reabsorção do fluido de edema pelos linfáticos.
Cura pela substituição do tecido conjuntivo (fibrose). Isto ocorre após substancial destruição do tecido, quando a injúria inflamatória envolve tecidos que são incapazes de regeneração ou quando existe exsudação abundante de fibrina que não podem ser adequadamente limpas. Em todas essas situações, o tecido conjuntivo cresce para dentro de áreas de dano ou exsudato, convertendo-se em uma massa de tecido fribroso.
Progressão da resposta para inflamação crônica A transição aguda para crônica ocorre quando a resposta inflamatória aguda não pode ser resolvida, como resultado de persistência do agente injuriante ou de alguma interferência com o processo normal de cura. 
RESUMO INFLAMAÇÃO AGUDA
Quando um hospedeiro encontra um agente injuriante, os fagócitos que residem em todos os tecidos tentam eliminar estes agentes. Ao mesmo tempo, os fagócitos reagem à presença da substância estranha pela liberação de mediadores da inflamação. Alguns desses mediadores agem nos pequenos vasos sanguíneos na vizinhança e promovem o efluxo de plasma e o recrutamento de leucócitos circulantes ao local onde o agente agressor está localizado. Os leucócitos recrutados são ativados pelo agente injuriante e pelos mediadores produzidos localmente e os leucócitos ativados tentam remover o agente agressor pela fagocitose. À medida que o agente injuriante é eliminado e os mecanismos anti-inflamatórios se tornam ativos, o processo se reduz e o hospedeiro retorna ao estado normal de saúde. Se o agente injuriante não pode ser rapidamente eliminado, o resultado pode ser a inflamação crônica.
Os fenômenos vasculares da inflamação aguda são caracterizados pelo aumento no fluxo sanguíneo para a área injuriada, resultando principalmente de dilatação arteriolar e abertura dos leitos capilares induzidas por mediadores tais como a histamina. A permeabilidade vascular aumentada resulta em acúmulo de líquido extravascular rico em proteína, que forma o exsudato. As proteínas plasmáticas deixam os vasos, mais comumente através dos espaçamentos das junções das células interendoteliais das vênulas. A vermelhidão (rubor), calor (ardor) e inchaço (tumor) da inflamação aguda são causados pelo aumento no fluxo sanguíneo e edema. Os leucócitos circulantes, inicialmente predominantemente neutrófilos, aderem ao endotélio via moléculas de adesão, atravessam o endotélio e migram para o local da injúria sob a influência dos agentes quimiotáticos. Os leucócitos que são ativados pelo agente agressor e pelos mediadores endógenos podem liberar extracelularmente metabólitos tóxicos e proteases, causando dano tecidual. Durante o dano, e em parte como resultado da liberação de prostaglandinas, neuropeptídeos e citocinas, um dos sintomas locais é a dor (dolor).
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
É a inflamação de duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e reparo ocorrem de forma simultânea.
CARACTERISTICAS:
Infiltração de células mononucleares
Destruição tecidual induzidas por produtos de células inflamatórias
Reparo envolvendo angiogenese e fibrose
Pode ser uma progressão da aguda
CAUSAS:
Infecção persistente por micro-organismos 
Doenças imunomediadas
Exposição prolongada a agente injuriante
PARTICIPAÇÃO DOS MACROFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
São células dominante das inflamação crônica
Estão dispersas em tecidos conjuntivo e são encontradas em órgãos
Em conjunto, estas células constituem o sistema fagócitos mononucleares
Quando alcançam o tecido extravascular sofrem transformaçãoem macrófagos maiores, com meia vida mais longa e maior capacidade de fagocitose
Após ativação passam a secretar produtos que levam a lesão tecidual e fibrose, além De fatores de crescimento
Mesmo após resolução da inflamação os macrófagos persistem, podendo, inclusive, se proliferar
Sua fusão leva a formação de células gigantes, uma célula com vários núcleos.
INFECÇÃO GRANULOMATOSA
A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de inflamação crônica. É um esforço celular para conter um agente agressor que é difícil de erradicar. Nessa tentativa, frequentemente existe uma forte ativação dos linfócitos T levando à ativação dos macrófagos, que pode causar injúria aos tecidos normais.
Um granuloma é um foco de infl amação crônica consistindo em uma agregação microscópica de macrófagos que são transformados em células epitelioides, rodeadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos e ocasionalmente plasmócitos. Granulomas mais velhos desenvolvem um anel de envoltos com fibroblastos e tecido conjuntivo. Frequentemente há formação de células gigantes.
Existem 2 tipos de granuloma:
Granuloma de corpo estranho: são incitados por corpos estranhos relativamente inertes. As células epitelioides e as células gigantes são depositadas na superfície do corpo estranho. O material estranho usualmente pode ser identificado no centro do granuloma.
Granulomas imunes: são causados por uma variedade de agentes capazes de induzir a resposta imune mediada por célula. Ele frequentemente é caracterizado pela presença de uma necrose caseosa central.
EFEITO SISTÊMICO DA INFLAMAÇÃO
A febre é caracterizada pela elevação da temperatura corporal, principalmente quando a inflamação está associada à infecção. É produzida em resposta à substâncias chamadas pirogênios que agem estimulando síntese de prostaglandinas nas células vascular e perivascular do hipotálamo. Substâncias bacterianas, como LPS, estimulam leucócitos a liberar citocinas (como IL-1 e TNF) que aumentam as enzimas cicloxigenase, que convertem AA em prostaglandinas, que no cérebro estimulam a produção de neurotransmissores que levam ao aumento da temperatura. 
Leucocitose: ocorre devido liberação acelerada de células medulares, induzida por IL-1 e GNT; E proliferação do precursores de medula óssea por fatores estimulantes de colônia (FEC).
Elaboração de proteinas da fase aguda pelo fígado (proteína C reativa e amiloide A) induzida pela liberação de IL-1 e IL-6
Outras: sonolência, perda de apetite, hipotensão e lipólise.
CONSEQUENCIAS DA INFLAMAÇÃO DEFEITUOSA OU EXCESSIVA
Inflamação defeituosa→ ↑susceptibilidade a infecções e cura atrasada de ferimentos
Inflamação excessiva→ doença autoimune
IL2 ATIVA LINFOCITO
LINFOCITO ATIVA MACROFAGO
MACROFAGO ATIVA TNF

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