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Aglomerantes - certo - relatorio

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
LABORATÓRIO DE MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUARDA OSCHOSKI 
GABRIELA SITTON 
LUIZA GRAZZIOTIN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGLOMERANTES PARA ARGAMASSAS E CONCRETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL 
2018 
 
 
 
 
EDUARDA OSCHOSKI 
GABRIELA SITTON 
LUIZA GRAZZIOTIN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGLOMERANTES PARA ARGAMASSAS E CONCRETOS 
 
 
 
Relatório referente aos ensaios das 
propriedades dos aglomerantes para 
argamassas e concretos. 
 
Orientador: Prof. Muriel Scopel Froener 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL 
2018 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura1 – Valores normativos para finura.........................................................10 
Figura 2 - Frasco de Le Chatelier ao final do ensaio........................................13 
Figura 3 - Moldagem dos corpos de prova Cimento Branco............................17 
Figura 4 - Máquina de resistência à compressão.............................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Resultados da finura................................................................................. 9 
Tabela 2 – Resultados obtidos para massa específica...............................................14 
Tabela 3 – Quantidades de massa..............................................................................16 
Tabela 4 – Tolerância de tempo para ruptura............................................................. 18 
Tabela 5 – Comparação das resistências à compressão........................................... 20 
Tabela 6 – Resistência média individual............................. ........................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 Introdução................................................................................................................5 
2 Objetivo....................................................................................................................7 
3 Finura........................................................................................................................8 
 3.1 Materiais Utilizados....................................................................................8 
3.2 Procedimento.............................................................................................8 
3.3 Resultado e análises..................................................................................9 
4 Massa específica....................................................................................................11 
 4.1 Materiais Utilizados..................................................................................11 
4.2 Procedimento...........................................................................................12 
4.3 Resultado e análises................................................................................13 
5 Ensaios de Resistência.........................................................................................15 
 5.1 Materiais Utilizados..................................................................................15 
5.2 Aparelhos..................................................................................................16 
5.3 Procedimento...........................................................................................16 
5.4 Resultado e análises................................................................................20 
6 Considerações finais.............................................................................................23 
 Referências bibliográficas......................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Para definição do que é o cimento Portland, Bauer (2008) e Mehta e Monteiro 
(2014) dizem que é um produto que pode ser obtido pela pulverização de clínquer. 
Petrucci (1998) define o cimento Portland de mesma maneira, apenas em outras 
palavras, definindo-o como sendo um produto obtido pela moagem do clínquer. No 
entanto, para Bauer (2008) neste produto ainda pode ser adicionado outras 
substancias que possam facilitar o seu uso bem como melhorar suas propriedades. 
Cimento Portland: aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland, 
ao qual se adiciona, durante essa operação, a quantidade necessária de uma ou mais 
formas de sulfato de cálcio. Durante a moagem é permitido adicionar a essa mistura 
materiais pozolânicos, escórias granuladas de alto-forno e/ou materiais carbonáticos, 
nos teores indicados nas normas específicas (NBR 12655, ABNT, 2015). O cimento, 
na acepção geral da palavra, pode ser considerado todo o material com propriedades 
adesivas e coesivas capaz de unir fragmentos e minerais entre si de modo a formar 
um todo compacto 
Na composição do cimento tem-se vazios de ar, que são responsáveis pelo 
volume aparente do material. Através de cálculo e experimentos que serão 
demonstrados a seguir, veremos que o volume real e o aparente influenciam 
demasiadamente na propriedade de massa específica do cimento. 
Devido à variação da massa específica, não existe norma que defina os valores 
da massa específica. Portanto, a análise é comparativa e a variação dos valores é de 
2,85 g/cm a 3,20 g/cm. Tal variação se deve aos componentes do clínquer obtido na 
região onde o cimento é fabricado. 
A dosagem de água no traço do cimento deve ser adequada e medida 
cuidadosamente, pois seu excesso pode causar alterações na resistência do concreto, 
pois: Quando o cimento Portland é misturado com água suficiente para formar uma 
pasta, os seus componentes reagem, formando produtos cristalinos e outros de 
aparência gelatinosa, que aderem aos grãos de areia, tornando-se muito duros. 
Quando a pasta é conservada úmida, as reações podem persistir por anos; assim, o 
produto continua cada vez mais resistente, durante um longo período de tempo 
6 
 
 
 
(TARTUCE, GIOVANNETTI, 1990, p. 28). Realizado esses procedimentos 
corretamente, o cimento Portland transforma-se em um componente resistente e 
durável. 
O cimento Portland possui quatro compostos e demonstram reações diferentes 
no seu processo de hidratação: o C3S refere-se ao Silicato tricálcico; o C2S ao Silicato 
dicálcico; o C3A ao Aluminato Dicálcico e o C4AF: “No C3S a hidratação começa 
dentro de poucas horas, desprende-se calor; o composto anidro vai passando para a 
solução, aparecendo cristais de Ca (OH)2, enquanto uma massa gelatinosa de silicato 
hidratado se Forma em torno dos grãos originais”. (PETRUCCI, 1998, p.13). Portanto, 
esse processo se diferencia dos outros por ser o responsável da resistência nas 
primeiras idades. “O C2S é atacado lentamente pela água; depois de semanas os 
cristais se cobrem de silicato hidratado. Formando também Ca (OH)2, porém em 
menor quantidade que na hidratação de C3S”.(PETRUCCI, 1998, p.13 “Já nesse 
processo o C2S é o responsável no processo de endurecimento em idades mais 
avançadas.“ O C3A reage rapidamente com a água e cristaliza em poucos minutos. 
Não se produz hidróxido, mas aluminato hidratado. O calor de hidratação é tanto que 
quase seca a massa”. (PETRUCCI, 1998, P.13). Dessa forma, o C3A contribui para a 
resistência especificamente no primeiro dia. “O C4AF reage menos rapidamente que 
o C3A. Não libera cal e forma também umaluminato hidratado”. (PETRUCCI, 1998, 
p.14). 
Conhecer as propriedades e adequá-las aos padrões e métodos especificados 
nas normas regentes, serve de propósito para oferecer qualidade aos traços de 
concreto, bem como em outras utilizações. Considera-se relevante o conhecimento 
dos aglomerantes em termos de suas propriedades físicas, químicas e tecnológicas, 
as quais determinam a utilização adequada destes, e o desempenho favorável dentro 
de suas aplicações. (Racena , Fernando Antonio Piazza). 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
Este relatório tem como objetivo realizar procedimentos em laboratório referentes 
à finura do cimento, resistência à compressão do cimento Portland e determinar as 
massas específicas dos diferentes cimentos encontrados no mercado. Todos os 
ensaios e procedimentos serão realizados de acordo com as normas técnicas, sendo, 
respectivamente: NBR 11579, NBR NM 23 e NBR 7215. 
8 
 
 
 
3 FINURA 
 
O ensaio da finura de um cimento, realizado em laboratório, foi baseado na 
NBR 11579. Segundo essa norma, a finura é a porcentagem de grãos que 
passam pela peneira de 75 µm (nº 200). Essa propriedade possui grande 
importância para a determinação do cimento mais adequado, visto que influencia 
diretamente na velocidade das reações de hidratação. Além disso, quanto maior 
a finura, melhor a resistência, especialmente em idades menores. Ainda, há o 
aumento da impermeabilidade e da trabalhabilidade; e a diminuição da 
exsudação do concreto. 
3.1 Materiais utilizados 
 
- Balança com precisão de 0,01g; 
- Conjunto de peneiramento: peneira de 75 µm (nº 200), fundo e tampa; 
- Recipiente de alumínio; 
- Pincel de tamanho médio; 
- Amostra de 50g de cimento branco. 
 
3.2 Procedimento 
 Inicialmente, pesou-se 50g de cimento branco na balança devidamente 
calibrada. Na sequência, colocamos a amostra sobre a tela da peneira e 
realizamos movimentos manuais suaves no sentido horizontal, a fim de evitar a 
perda de material. Seguimos com o movimento até os grãos mais finos 
começarem a passar pela peneira. A norma afirma que esse processo leva entre 
3 e 5 minutos; porém, o tempo do ensaio não foi cronometrado. 
 Com a tampa e o fundo acoplados à peneira, seguimos com os 
movimentos, de modo que o material fique uniformemente espalhado sobre toda 
a superfície da tela. Em intervalos regulares, com o auxílio do pincel para retirar 
9 
 
 
 
os resíduos da peneira, o material passante foi pesado: se sua massa fosse 
maior do que 0,05g (0,1% da massa inicial), era desprezado. Seguimos com o 
processo até obter a massa de material passante indicada. Por fim, pesamos o 
material retido na peneira. Para o cálculo do índice de finura, utilizamos a 
seguinte fórmula: 
(1) 
 Onde: 
F = índice de finura do cimento, em porcentagem; 
R = resíduo de cimento na peneira 75 μm, em gramas; 
M = massa inicial do cimento, em gramas; 
C = fator de correção da peneira utilizada no ensaio = 0,95. 
3.3 Resultados e análises 
a) Cimento branco 
A massa retida na peneira foi de 0,27g. Assim, aplicando na fórmula, temos: 
 
 
b) Análise dos resultados dos cimentos CPIV-32, CPII Z-32 e CPV 
Tabela 1 – Resultados Finura Continua 
RESULTADOS OBTIDOS EM LABORATÓRIO – ÍNDICE DE FINURA 
AMOSTRA MASSA RETIDA CÁLCULO FINURA 
CP II Z - 32 38g 72,2% 
CP IV - 32 16,28g 30,93% 
 
F =
0,27. 0,95
50
. 100 = 0,513% 
F =
38. 0,95
50
. 100 
F =
16,28. 0,95
50
. 100 
10 
 
 
 
Continuação 
AMOSTRA MASSA RETIDA CÁLCULO FINURA 
CP V 17,52g 33,25% 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
Com os resultados expostos, podemos perceber que os resultados obtidos 
possuem grande discrepância: enquanto o cimento branco apresentou um índice 
baixo de finura, os demais cimentos estudados apresentaram um valor alto. 
Abaixo estão apresentados os valores de referência para alguns cimentos: 
 
Imagem 1 – Valores normativos para finura 
 
Fonte: Vinício Cecconello (2018) 
 
 Os cimentos CP II, CP IV e CP V apresentaram valores muito maiores do 
que os de referência mostrados na tabela. Essa diferença se deve ao fato de 
que, provavelmente, os cimentos estavam aventados. Como a finura e a 
hidratação são diretamente relacionadas, se o cimento estiver aventado, 
prejudica a determinação da sua finura. 
 F =
17,52. 0,95
50,05
. 100 
11 
 
 
 
4 MASSA ESPECÍFICA 
 
Com o intuito de determinar a massa específica dos diversos tipos de cimento 
encontrados no mercado realizamos o ensaio segundo a norma NBR NM 
23:2001 utilizando os cimentos CPIV-32, CPII Z-32, Cimento Branco e CPV. Ao 
conhecer a massa específica do material, podemos determinar a dosagem 
correta do concreto e evitar erros de traços e posteriormente patologias na 
construção. A massa específica do cimento deve ser calculada pela fórmula 
seguinte: 
 
 𝜌 =
𝑚𝑓−𝑚𝑖
(𝑣2−𝑣1)
 (2) 
Onde: 
𝜌 = Massa especifica em g/cm³ 
mf = Massa final da amostra em g 
mi = Massa inicial da amostra em g 
V2 = volume final 
V1= volume inicial 
4.1 Materiais utilizados 
-Frasco volumétrico de Le Chatelier; 
-Balança com precisão de 0,01g; 
- Líquido (usou-se queroene); 
- Funis de haste longa e curta; 
- Haste metálica; 
- Papel absorvente; 
- Amostra de cimento (60 g). 
12 
 
 
 
4.2 Procedimento 
Inicialmente foi feita a pesagem da massa (60g) de amostra a ser 
ensaiada, no nosso caso, cimento branco; segundo a norma, essa massa deve 
ser suficiente para causar um deslocamento do líquido entre as marcas 18cm³ e 
24cm³.Deve-se observar que a amostra de cimento deve ser ensaiada como 
recebida, porém, caso existam corpos estranhos, deve-se peneirá-la através da 
peneira 150mm. 
Encheu-se o frasco de Le Chatelier cuidadosamente com Querosene, 
seguindo a norma, a qual aconselha a utilização de um líquido que não reaja 
quimicamente com o material e que tenha densidade igual ou superior a 0,731 
g/cm³ a 15°C, e inferior à dos materiais a serem ensaiados. Em seguida secamos 
o interior do frasco volumétrico na parte acima do nível do líquido com papel; 
pela norma, após esse passo dever-se-ia submeter o frasco de Le Chatelier ao 
banho termorregulador até que seja obtido o equilíbrio térmico (mín. 30 min), 
porém não realizamos por falta do equipamento. 
Após, pesou-se o frasco com o líquido. O valor obtido foi 356g.Enchemos 
o frasco cuidadosamente com o funil longo até o menisco do querosene atingir 
a marca 0 ml; efetuamos a leitura inicial V1, obtendo 0 cm³. 
 Com o auxílio de outro funil seco, colocamos a amostra de cimento 
branco dentro do frasco aos poucos com auxílio de uma haste metálica, cuidando 
para não ocorrer aderência do cimento às paredes do frasco e nem de 
entupimento no gargalo. Enchemos até marcar 19,1 cm³; pela norma, deve-se 
encher até um volume compreendido entre as marcas de 18 cm3 e 24 cm3. 
Submetemos o frasco a movimentos, girando-o em posição inclinada e 
em círculos horizontais; encerramos esse procedimento assim que não houve 
mais desprendimento de bolhas de ar do cimento no interior do frasco. Em 
seguida, efetuamos a leitura final V2, obtendo 19,1 cm³. Por fim, pesou-se a 
amostra total final. O peso da amostra final foi de 413,55g. 
 
 
13 
 
 
 
Imagem 2 – Frasco de Le Chatelier ao final do ensaio 
 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
Observações 
A NM 23 impõe que o resultado deve ser a média de pelo menos duas 
determinações que não difiram entre si mais que 0,01 g/cm³; caso a diferença 
entre dois resultados de uma mesma amostra ultrapassar 0,02g/cm³,o ensaio 
deve ser repetido. Se for encontrada uma diferença maior que 0,03 g/cm³ entre 
dois resultados individuais e independentes, obtidos por dois operadores, 
operando em laboratórios diferentes a partir de uma mesma amostra submetida 
ao ensaio, o ensaio todo deve ser reproduzido novamente. 
 
4.3 Resultados e análises 
 
a) Cimento branco 
Encontramos como massa do recipiente (inicial) somente com o líquido igual 
a 356 g (mi). A massa final (mf), com o cimento branco e o líquido foi de 413,55 
g. O volume inicial (v1) do líquido era de 0 cm³; o volume final (v2), após a 
deposição do cimento branco, foi de 19,1 cm³. O cimento branco, analisado por 
nós, possui massa específica dada pela fórmula (3) igual a 3,013g/cm³. 
𝜌 =
413,55−356
(19,1−0)
= 3,013 g/cm³ (3) 
14 
 
 
 
b) Análise dos resultados dos cimentos CPIV-32, CPII Z-32 e CPV 
Tabela 2 – Resultados obtidos nos experimentos para massa específica 
RESULTADOS OBTIDOS NOS EXPERIMENTOS FEITOS EM LABORATÓRIO 
TIPO DE 
AMOSTRA 
PESO DA 
AMOSTRA 
(g) 
LEITURA DE 
VOLUMES (cm³) 
CÁLCULO 
MASSA 
ESPECÍFICA 
(g/cm³) 
 Inicial Final 
CP II Z-32 61 0,3 20,2 𝜌 =
61
(20,2 − 0,3)
 3,06 
CP IV-32 52,97 0,4 27 𝜌 =
52,97
(27 − 0,4)
 1,99 
CPV 54,2 0 19,6 𝜌 =
54,2
(19,2 − 0)
 2,765 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
 
Devido à variação da massa específica, não existe norma que defina os 
valores da mesma. Portanto, a análise é comparativa e a variação dos valores é 
de 2,85 g/cm a 3,20 g/cm. Tal variação se deve aos componentes do clínquer 
obtido na região onde o cimento é fabricado. Logo, todos os cimentos estudados 
atingiram valores aceitáveis e dentro do intervalo definido pela norma. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
5 ENSAIOS DE RESISTÊNCIA 
 
Sendo o cimento um dos materiais mais utilizados da construção civil, ter 
o conhecimento de suas características físico-químicas é de fundamental 
importância, pois estas direcionam a qualidade que ele apresentará. A 
resistência à compressão é uma das propriedades mais essenciais, pois além 
de ser muito sensível por ser capaz de indicar eventuais mudanças na qualidade 
do concreto, ela também é adotada por ocasião do dimensionamento da 
estrutura em si, portanto está diretamente associada à estabilidade estrutural. 
O cimento branco se diferencia dos demais pela sua coloração. Ele pode 
ser classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. Para ser 
considerado um cimento branco estrutural, o índice de brancura deve ser maior 
que 78%, e superior ou igual a 82% caso seja não estrutural. A sua coloração 
se dá a partir de matérias-primas com baixo teor de óxido de ferro e manganês 
e a utilização do caulim no lugar da argila. 
 
Objetivo: Este ensaio tem por objetivo realizar, segundo a norma NBR 
7215 (ABNT, 1997) – Cimento Portland - Determinação da resistência à 
compressão, o método de determinação a resistência de compressão do 
Cimento Branco, relacionando com a classe deste aglomerante. 
 
5.1 Materiais utilizados 
 
- Óleo 
- Material para capeamento 
- Material para vedação 
- Componentes da argamassa (Tabela 3): 
 a) Areia normal; 
 b) Cimento; 
 c) Água; 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Tabela 3 – Quantidades de massa 
Fonte: Adaptado da NBR 7215 (ABNT, 1997) 
 
 
5.2 Aparelhos 
 
- Balança 
- Misturador mecânico 
- Molde cilíndrico 
 a) na aquisição: - diâmetro interno: (50 + 0,1) mm; - altura: (100 + 0,2) mm; 
 b) em uso: - diâmetro interno: (50 + 0,2) mm; - altura: (100 ± 0,5) mm. 
- Soquete 
- Máquina de ensaio de compressão 
- Acessórios diversos 
 
5.3 Procedimento do ensaio 
 
Primeiramente, começamos o ensaio pesando 624g do Cimento Branco, 
300g de água e 1872g de areia normal divida em 4 frações. As frações foram: 
fração grossa; fração média grossa; fração média fina e fração fina, com 468g 
cada, como estabelece a norma NBR 7215 (ABNT, 1997). 
Material Massa para a mistura (g) 
Cimento Portland 624 ± 0,4 
Água 300 ± 0,2 
Areia normal 
- fração grossa 468 ± 0,3 
- fração média grossa 468 ± 0,3 
- fração média fina 468 ± 0,3 
- fração fina 468 ± 0,3 
17 
 
 
 
Em seguida, com o auxílio do Carlos, iniciamos a mistura mecânica 
colocando na cuba toda quantidade de água e cimento. A mistura desses 
materiais foi realizada em velocidade baixa por aproximadamente 30s. Após 
esse tempo foi adicionado gradualmente durante 30s a areia normal (quatro 
frações de 468g cada, já misturadas entre si) e misturando todos esses materiais 
por 30 segundos em velocidade alta. Acabado esses 30s, o misturador foi 
desligado para que com a ajuda de uma espátula fosse possível retirar a 
argamassa que ficou aderida às paredes da cuba, inserindo-a no interior da cuba 
para que aderisse a mistura. Durante aproximadamente 1 minuto a argamassa 
ficou em repouso na cuba, porém ela não ficou coberta com um pano limpo e 
úmido como é especificado na NBR 7215:1997. Passado esse tempo, ligamos 
novamente o misturador na velocidade alta por mais 1 minuto. 
Depois de preparar a argamassa, partimos para a preparação dos moldes, 
onde para garantir a estanqueidade passamos uma leve camada do material 
para vedação. A realização da moldagem dos corpos de prova ocorreu o mais 
rápido possível após o amassamento. A colocação da argamassa nos corpos de 
prova se deu em 4 camadas, de alturas aproximadamente iguais, e a cada 
camada foi realizado 30 golpes homogeneamente distribuídos com o soquete 
normal. Finalizando esta etapa com a rasadura do topo dos corpos-de-prova, por 
meio da régua. 
 
Imagem 3– Moldagem dos corpos de prova Cimento Branco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
 
18 
 
 
 
Após a moldagem, a Norma determina que os corpos de prova ainda nos 
moldes, devem ser colocados em câmara úmida com sua face superior protegida 
por uma placa de vidro, permanecendo nesta câmara de 20h a 24h. Terminado 
esse processo de cura inicial, os corpos de prova são retirados das formas e 
identificados. Entretanto, caso haja algum corpo de prova que precisa ser 
rompido com 24h de idade, é necessário que o corpo de prova seja imerso, no 
tanque de água (não corrente) saturada de cal da câmara úmida, onde deve 
permanecer até o momento do ensaio. Aconselha-se renovar a água 
quinzenalmente. 
Depois de ter realizado o processo de cura inicial no ar e final na água 
ocorre o capeamento dos topos e bases dos corpos de prova. Para a realização 
deste procedimento o material deve ser preparado fundindo-se enxofre com 
caulim, pozolanas, quartzo em pó ou outras substâncias, como é indicado pela 
norma NBR 7215:1997 de modo que as proporções não interfiram no resultado. 
A temperatura de aplicação do material de capeamento fundido deve ser de (136 
± 7) ºC. De maneira que cada camada formada satisfaça às condições 
geométricas estabelecida pela Norma e que apresente espessura máxima de 2 
mm. 
Para a determinação da carga de ruptura os corpos de prova devem ser 
rompidos à compressão de acordo com as idades especificadas. Devendo 
obedecer às tolerâncias indicadas na tabela a seguir: 
 
Tabela 4 – Tolerância de tempo para a ruptura 
Idade da ruptura Tolerância 
24 h ± 30 min 
3 dias ± 1 h 
7 dias ± 2 h 
28 dias ± 4h 
91 dias ± 1 dia 
Fonte: Adaptado da NBR 7215 (ABNT, 1997) 
 
19 
 
 
 
 A idade de cada corpo de prova é contada somente a partir do instante 
em que o cimento é posto em contato com a água de mistura. É necessáriorealizar a preparação da máquina de ensaio para que ocorra a ruptura dos 
corpos. Para isso é designado a limpeza completa dos pratos da prensa e 
colocá-los em escala que satisfaça a seguinte condição: ser utilizada com escala 
dinamométrica, tal que a carga de ruptura prevista seja maior que 10% e menor 
que 90% da leitura máxima da escala. 
Devido ao tempo, realizamos o rompimento à compressão aos 21 dias, ao 
invés dos 28 dias como é descrito na norma NBR 7215:1997. Com a máquina 
devidamente limpa e ajustada, iniciamos o processo de determinação de 
resistência à compressão de 4 tipos de cimento. Colocamos os corpos de prova 
diretamente sobre o prato inferior da prensa. A máquina possui uma velocidade 
de acabamento equivalente a (0,25 ± 0,05) MPa/s. Após o rompimento dos 8 
corpos de prova (dois corpos de prova para cada tipo de cimento) obtivemos os 
valores de resistência à compressão aos 21 dias. 
 
Imagem 4 – Máquina de resistência à compressão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
 
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5.4 Resultados e Análises 
 
Realizamos o rompimento aos 21 dias, uma semana antes do que o 
estabelecido pela norma NBR 7215 (ABNT, 1997) – Cimento Portland - 
Determinação da resistência à compressão. Analisando os resultados dos 4 tipos 
de cimentos diferentes, foi possível comparar por meio da tabela a seguir os 
valores entre si, levando em consideração a resistência de compressão mais alta 
de cada cimento comparando com o que é especificado em cada norma. 
 
Tabela 5 – Comparação das resistências à compressão 
Resistência à compressão 
Cimento Corpo de prova 1 (MPa) Corpo de prova 2 (MPa) 
CP IV - 32 22,2 23,2 
CP II Z - 32 31,1 31,7 
Cimento Branco 31,2 32,6 
CPV 32,1 33,3 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
 
A resistência mais alta foi de 33,3 MPa do CPV, o que já era esperado por 
sabermos que este cimento possui uma alta resistência inicial. Isto se deve ao 
fato de possuir teores elevados de C3S que acaba desenvolvendo a resistência 
mais rapidamente, garantindo um crescimento acelerado da mesma nos 
primeiros dias. Entretanto a resistência obtida não foi satisfatória, pois se 
analisarmos a norma NBR 5733:1991 do CP V, ela estabelece que em 7 dias o 
limite inferior da resistência à compressão deveria ser 34 MPa. Ou seja, mesmo 
realizando o rompimento em 21 dias a resistência deste cimento não chegou ao 
esperado. 
Percebemos que tanto o CP IV - 32 quanto o CP II Z - 32 possuem a 
mesma classe, mas as suas resistências não foram tão próximas, possuindo 
uma diferença de aproximadamente 10MPa. O cimento pozolânico CP IV- 32 
21 
 
 
 
apresentou 23,2 MPa de resistência, mesmo sendo o resultado mais baixo este 
valor está nos parâmetros estabelecidos pela norma NBR 5736:1991. Isso se 
deve ao fato deste tipo de cimento possuir uma porcentagem considerável de 
pozolanas (15 a 50%), ocasionando em um menor calor de hidratação que por 
consequência causa um endurecimento mais lento. Outra explicação para os 
resultados obtidos é em relação ao misturador mecânico, pois ao ser utilizado 
algumas partículas de cimento (aglomerantes) saltaram para fora, resultando na 
perde de resistência. Já o cimento CP II Z – 32 apresentou 31,7 MPa, valor 
coerente ao que é estabelecido pela norma NBR 11578:1991 – Cimento Portland 
Composto. A explicação deste cimento apresentar quase 10MPa a mais do que 
o CP IV possuindo as mesmas classes está relacionado a composição. Neste 
caso o CP II Z apresenta menores porcentagens de material pozolânico ao 
comparado com o CP IV, e pode possuir até 10% de material carbonático. 
O cimento branco por sua vez, é considerado um produto versátil, por 
possibilitar a associação de pigmentos coloridos e por possuir uma alta 
resistência, deste modo acaba por garantir um melhor desempenho estrutural. 
Informação que pode ser comprovada pelo resultado do nosso ensaio à 
compressão, onde obtivemos o valor da resistência igual a 32,6 MPa. Sendo um 
valor satisfatório por estar dentro dos resultados indicados pela norma NBR 
12989:1993. Após estabelecer a resistência individual de cada concreto, a norma 
NBR 7215:1996 determina a realização da resistência média dos 4 corpos de 
prova por meio de operações matemáticas simples: 
 
Tabela 6 – Resistência média individual 
Cimento Resistência média individual (MPa) 
CP IV – 32 22, 7 
CP II Z – 32 31,4 
Cimento Branco 31,9 
CPV 32,7 
Resistência média total 29,675 
Fonte: Autoras do trabalho (2018) 
22 
 
 
 
 
É estabelecido também o desvio relativo máximo. Entretanto não temos 
amostra suficiente para conseguir determinar o desvio relativo máximo, neste 
caso usamos apenas o maior valor de resistência à compressão obtido de cada 
cimento. Mas caso tivéssemos como calcular o desvio relativo máximo pela 
Norma, iríamos dividir o valor absoluto da diferença entre a resistência média e 
a resistência individual que mais se afaste desta média, para mais ou para 
menos, pela resistência média e multiplicando este quociente por 100. 
Em relação à repetibilidade a diferença entre dois resultados finais 
referentes à mesma idade, obtidos pelo mesmo operador a partir de uma mesma 
amostra submetida ao ensaio, utilizando o mesmo equipamento em curto 
intervalo de tempo, não deve ultrapassar 10% da média entre eles. E em questão 
à reprodutibilidade, a diferença entre os dois resultados finais não devem 
ultrapassar 15% da média entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O controle da qualidade do concreto requer a realização de vários 
ensaios. Através das normas NBR 11579 (Cimento Portland - Determinação do 
índice de finura por meio da peneira 75 µm), NBR 7215 (Cimento Portland – 
Determinação da resistência à compressão) e NBR NM 23 (Cimento Portland e 
outros materiais em pó - Determinação da massa específica) realizamos os 
ensaios e conseguimos determinar algumas propriedades e características 
referentes ao cimento escolhido. 
Ao determinar a finura, podemos obter um indicativo da qualidade e 
validade do cimento. Essa é uma propriedade de grande importância, visto que 
atua diretamente nas reações de hidratação. Sabendo que pode influenciar até 
mesmo na resistência do concreto, o cuidado e análise com essa propriedade é 
indispensável e pode ser definitivo na escolha do concreto. 
A massa específica, por sua vez, é essencial para os cálculos de consumo 
nos traços do concreto, para a correta dosagem dos componentes do concreto 
e assim, evitar erros e patologias. O ensaio da resistência à compressão é 
indispensável, pois esta propriedade está diretamente ligada à segurança e à 
estabilidade estrutural. Através deste ensaio é possível indicar eventuais 
variações da qualidade do concreto, seja em relação à dosagem, seja quanto a 
seus insumos, garantindo a vida útil e a segurança da estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 11578:1991 – Cimento 
Portland Composto. 
_____. NBR 5733:1991– Cimento Portland com Alta Resistência Inicial. 
_____. NBR 5736:1991 – Cimento Portland Pozolânico. 
_____. NBR 7215: 1996 – Cimento Portland – Determinação da resistência à 
compressão. 
_____. NBR 12989:1993 – Cimento Portland Branco. 
_____. NBR 11579: 2012 - Determinação do índice de finura por meio da 
peneira 75 µm (nº200). 
_____. NBR 6474 : 2001 – NM 23 - Cimento portland e outros materiais em 
pó - Determinação de massa específica 
CECCONELLO,Vinício. Material de aula: Aglomerantes. 2018. 
PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento portland. 2. ed.. Porto Alegre, Ed. Globo, 
1973, 277 p. 
RECENA, Fernando Antonio Piazza. Conhecendo Argamassa. Porto Alegre: 
EDIPUCRS, 2008. 192 p. 
TARTUCE, R. GIOVANETTI, E. Princípios Básicos sobre Concreto de Cimento 
Portland. São Paulo. Pini/IBRACON, 1990 
VIEIRA, Fernanda P. et al. Durabilidade e resistência mecânica de concretos 
e argamassas com adição de sílica ativa. 2004.

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