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ESTÁGIO SUPERVISIONADO CiênciasContábeis Aula 01 a 10 - 2019

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO Aula 1 – A profissão de contador: ética e técnica profissional
Introdução
A profissão contábil apresente duas categorias de profissionais: Técnicos em Contabilidade (Formação em ensino médio); e Contadores (Bacharel em Ciências Contábeis, com formação em Nível Superior). No entanto, ambos são chamados de contabilistas. Esta profissão vem se transformando ao longo do tempo, e essas mudanças acompanham basicamente a economia global.
Alguns estudiosos definem a função do contador como um profissional capaz de produzir e/ou gerenciar informações úteis aos usuários da Contabilidade, para tomada de decisão, traçando um perfil mais gestor. Observa-se que o profissional contábil precisa deter conhecimento técnico e geral diversificado dentro de sua formação, para ser bem aceito no mercado de trabalho. Na sua área de atuação, nos dias atuais, espera-se um profissional capaz de solucionar os problemas da organização, que vão desde o controle da produção até a venda ao consumo final. Contudo, não basta saber fazer seu trabalho, esperam-se do profissional contábil atitudes éticas, no exercício de sua profissão.
Assim, esta aula apresentará um breve histórico da profissão contábil e da ciência da Contabilidade e o mercado de trabalho e de ocupações em que o exercício profissional pode se realizar, assim como a relação ética de conduta e o ambiente empresarial, proposta pelas legislações do Conselho de representação da categoria contábil e pelo novo Código Civil Brasileiro.
Material Didático
FORTES, José Carlos. Manual do contabilista. São Paulo: Saraiva, 2005. As Atribuições dos Contabilistas e o Exercício da Atividade Contábil.
OBJETO DA AULA
Nesta aula, você irá:
Conhecer o histórico da profissão contábil e da contabilidade.
Identificar o mercado de atuação do profissional contábil.
Verificar e conhecer as legislações proposta pelo Conselho Federal de Contabilidade, órgãos representativos da categoria, sobre as exigências técnicas, éticas e responsáveis, para o exercício da profissão.
Apresentar a nova visão legal da contabilidade e o novo Código Civil Brasileiro.
APRENDA MAIS
http://www.portaldecontabilidade.com.br/legislacao/resolucaocfc560.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/resolucoes.htm
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EdgarMorin.pdf
http://www1.cfc.org.br/uparq/lei12249.pdf
https://www.thomsonreuters.com.br/pt/juridico/legal-one.html/doutrina/1459/A_CONTABILIDADE_E_O_NOVO_CODIGO_CIVIL
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res803.htm
Introdução
A profissão contábil apresenta duas categorias de profissionais: Técnicos em Contabilidade (Formação em ensino médio); e Contadores (Bacharel em Ciências Contábeis, com formação em Nível Superior). No entanto, ambos são chamados de contabilistas. Esta profissão vem se transformando ao longo do tempo, e essas mudanças acompanham basicamente a economia global. 
Alguns estudiosos definem a função do contador como um profissional capaz de produzir e/ou gerenciar informações úteis aos usuários da Contabilidade, para tomada de decisão, traçando um perfil mais gestor.
Observa-se que o profissional contábil precisa deter conhecimento técnico e geral diversificado dentro de sua formação, para ser bem aceito no mercado de trabalho. Na sua área de atuação, nos dias atuais, espera-se um profissional capaz de solucionar os problemas da organização, que vão desde o controle da produção até a venda ao consumidor final. Contudo, não basta saber fazer seu trabalho, esperam-se do profissional contábil.
Assim, esta aula apresentará um breve histórico da profissão contábil e da ciência da Contabilidade e o mercado de trabalho e de ocupações em que o exercício profissional pode se realizar, assim como a relação ética de conduta e o ambiente empresarial, proposta pelas legislações do Conselho de representação da categoria contábil e pelo novo Código Civil Brasileiro.
A história da Contabilidade é quase tão antiga, quanto o homem. Suas bases já eram utilizadas, quando o homem primitivo contava seu rebanho. Essa contagem servia também para avaliar o crescimento ou a redução dos animais, isto é, a variação do patrimônio. Na Bíblia, há relatos já no Velho Testamento que dão sinal da utilização da uma contabilidade primitiva no dia-a-dia da civilização judaica. 
1202
Na Itália, as técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio já eram estudadas, tornando-se mais evoluídos os conhecimentos comerciais e financeiros, surgindo, nesse período, noções elementares de débito e crédito, em virtude do desenvolvimento do comércio exterior. Este foi um período importante na história da Contabilidade, tendo em vista as necessidades crescentes, demandadas pelo surgimento do capitalismo.
1494
Nesse cenário de crescente complexidade dos negócios, surgiu na Itália,a importante publicação denominada Summa de Aritmética, geometria, proporções e proporcionalidades, escrita pelo Frei, mestre e escritor Luca Pacioili, que se celebrizou, por meio dessa publicação, como grande disseminador dos critérios de escrituração mercantil, divulgando largamente o processo das partidas dobradas. O advento da indústria da impressão gráfica, pelo processo de Gutemberg, foi responsável pela difusão dos conceitos contábeis, pesquisados por Pacioili.
Com o aumento do volume de negócios, em decorrência da Revolução Industrial e com a maior complexidade das transações comerciais, a contabilidade tornou-se ferramenta necessária, principalmente para as organizações mercantis.
Por isso, a contabilidade, ao longo desse tempo, vem, dinamicamente, acompanhando a evolução social, financeira, econômica e cultural da sociedade, transformando-se em importante instrumento de tomada de decisões nas organizações, por meio de demonstrativos. Outro grande papel dessa Ciência dos Negócios é o de informar aos investidores, acerca da situação econômico-financeira de uma entidade.
Contabilidade na TV - Programa 1
Assista ao vídeo "Um professor, um aluno e a Contabilidade".
O Profissional da Contabilidade: o seu perfil atual e suas áreas de atuação
Com as transformações pelas quais passou a humanidade, do ponto de vista tecnológico, econômico e cultural, a Contabilidade veio, ao longo do tempo, se ajustando às realidades que se apresentavam no contexto de suas competências. No eixo central desta adequação, está a figura do técnico contábil.
No início de século XXI, o mundo passou por uma grande revolução, advinda do grande avanço tecnológico. Por isso, cada vez mais, a sociedade viveu uma grande revolução por conta do advento da “Era da Informação”, exigindo dos profissionais maior conhecimento e maior qualificação. Com um mundo cada vez mais globalizado, a demanda tornou-se muito menor que a oferta, e o mercado, por sua vez, mais seletivo, exigindo do profissional as habilidades que extrapolam as anteriormente requeridas nesta profissão.
Neste contexto, as empresas perceberam que não se podia administrar, sem fazer um controle efetivo do patrimônio. Para isso, houve a necessidade do profissional contábil. O contador, atualmente, tem condições de orientar, conduzir e, até mesmo, tomar as decisões dentro de um ambiente empresarial. Isso deixa claro que ele não estuda somente números, como ao leigo deva parecer. O trabalho começa com a interpretação dos números, ou seja, o contador contemporâneo precisa atuar como um assessor empresarial, ajudando a melhorar sempre o ambiente em que atua. Por isso, afirma-se que a contabilidade é, também, pensamento crítico sobre a situação existente dentro da entidade e em todo o seu ambiente externo.
Há um campo muito amplo de atuação de um profissional formado em Contabilidade em nível superior. Conforme explicita Iudícibus e Marion (2002).
Assista ao vídeo "Entrevista José Antonio Felgueiras" https://www.youtube.com/watch?v=nspg2VvoP8g 
Os campos de atuação do contabilista
EMPRESAS
- O Planejamento Tributário: orientador dos processos tributários/ICMS/IR e outros, bem como o especialista nas fusões, incorporaçõese cisões.
- O analista financeiro: analista de: crédito, desempenho, mercado de capitais, investimentos, custos.
- O contador geral: poderá especializar em contabilidade: rural, hospitalar, fiscal, imobiliária, hoteleira, industrial, securitária, de condomínio, comercial, de empresas transportadoras, bancárias, pública, de empresas sem fins lucrativos, de empresas de turismo, de mineradoras, cooperativas. 
- Os cargos administrativos: Área Financeira, Comércio Exterior, CIO (Chief Information Officer), Executivo e Logística.
- O auditor interno: auditoria de sistema, auditoria de gestão, controle interno.
- O contador de custo: custos de empresas prestadoras de serviços, custos industriais, análise de custos, orçamentos, custos dos serviços públicos.
- O contador gerencial: controladoria, contabilidade: internacional, ambiental, contabilidade e controladoria estratégica, Balanço Social.
- O Atuário: contador que se especializa em previdências privada, pública e seguros.
AUTÔNOMO
- O auditor independente: especialização em Sistemas, Tributos, Custos.
- O consultor: expert em Avaliação de Empresas, Tributos, Comércio Exterior, Informática, Sistemas de Custos, Qualidade Total, Planejamento Estratégico, Orçamento.
- O empresário contábil: escritório de contabilidade, “despachante” (serviço fiscal, departamento Pessoal...), Centro de Treinamento.
- O perito contábil: perícia contábil, judicial, fiscal, extrajudicial.
- O investigador de fraude: detecta o lado “podre” da empresa. Empresas nos Estados Unidos contratam, às vezes, semestralmente estes serviços. : contador que se especializa em previdências privada, pública e seguros.
ENSINO
- O professor: cursos técnicos, cursos especiais (“In Company”, concursos públicos...), carreira acadêmica (mestre, doutor...)
- O pesquisador: pesquisas autônomas (recursos FAPES, CNPq, empresas...), fundação de pesquisas (Fipecafi, FIA, FIPE...), pesquisas para sindicatos, instituição de ensino, órgãos de classe.
- O escritor: de revistas/boletins que remuneram os escassos escritores contábeis. Livros didáticos e técnicos, articulista contábil/financeiro/tributário para jornais, revisão de livros.
- O parecerista: docente e pesquisador com currículo notável. Parecer sobre: laudo pericial, causa judicial, envolvendo empresas, avaliação de empresas, questões contábeis.
- O conferencista: palestra em universidades, empresas, convenções, congressos.
ORGÃOS/PÚBLICOS
- O contador público: gerenciar as finanças dos órgãos públicos.
- O agente fiscal de renda: agente fiscal de Municípios, Estados e União.
- Os diversos concursos públicos: controlador de arrecadação, contador do Ministério Público da União, fiscal do Ministério do Trabalho, Banco Central, analista de finanças e controle...
- O Tribunal de Contas: controladoria, fiscalização, parecerista, analista contábil, auditoria pública, contabilidade orçamentária.
- O oficial contador: policia militar, exército, contador e auditor com a patente de general. 
O contabilista – um mediador
Na profissão contábil, pode-se identificar a existência de dois sujeitos: o tomador e o prestador. O primeiro é aquele que se vale dos conhecimentos e dos serviços disponibilizados que atendam às suas necessidades; o segundo é o que oferta e detém determinada técnica ou conhecimento – o prestador. Nesses conceitos, identificam-se diversas necessidades e, para cada uma destas, uma forma disponível de solução.
Nesta mesma linha de reflexão, enquadra-se outra necessidade – o cumprimento das obrigações acessórias de natureza fiscal-tributária; trabalhista e previdenciária; contábil e de tributação federal. Nesta lógica, o contabilista é duplamente responsável, pois se está referindo a uma nova modalidade de responsabilidade, vinculando o contabilista, também, ao credor de seu tomador. Trata-se de mais um aspecto importante a destacar do contador, profissional nobre, sob todos os pontos de vista, de importância social, pois ele é o elo entre o fisco e o contribuinte.
O contador, enquanto profissional, não pode mais ser visto como o profissional dos números, e sim um profissional que agrega valor, de espírito investigativo, e alta consciência crítica e sensibilidade ética. Se a atual conjuntura exige maior qualificação profissional, o conhecimento contábil deve transcender o processo técnico e visualizar questões globais pertinentes ao novo mundo do trabalho, exigindo a criatividade e, por isso, um perfil de empreender e de desenvolver habilidade do aprender a aprender sempre, principalmente, no meio social e com as interações que estabelece com pessoas e organizações.
Dessa forma, o profissional contábil media a sociedade, a empresa e o Estado, como verdadeiro elo entre fisco e contribuinte. É importante que este profissional aprimore seu entendimento tributário, percebendo a necessidade do mesmo. Reiterando, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender as demandas sociais, e gerar maior controle sobre aquilo que é de público.
O contabilista – um mediador 
IV Encontro das Empresas de Serviços Contábeis Fonte
Mais de 350 pessoas prestigiaram no dia 17 de junho o IV Encontro das Empresas de Serviços Contábeis das regiões de Bauru, Piracicaba e Ribeirão Preto.
Leitura Complementar: Similares. http://rep.educacaofiscal.com.br/material/fisco_contador.pdf 
A formação profissional nas escolas da contabilidade
Na atualidade, em face do mercado de trabalho tão dinâmico e competitivo, o profissional de contabilidade se vê obrigado a dividir seu espaço com profissionais do Direito, Economia e Engenharia, que disputam vagas no campo da gestão. Cabe, por isso, ao contabilista ter uma ótima formação técnica e científica, para desenvolver atividades específicas da prática profissional. Assim, deve buscar uma boa base educacional, por meio de constante atualização do conhecimento, desenvolver pesquisas, realizar estágios, participar de eventos que lhe sirvam de aprimoramento profissional e pessoal.
Em suma: ser proativo e usufruir intensamente da academia e do espaço profissional, desenvolvendo competências, habilidades e atitudes que serão requeridas no mercado de trabalho e de ocupações na área contábil.
Por esse motivo, os cursos de formação superior devem oferecer formação polivalente, para que o profissional esteja preparado para enfrentar esta nova demanda latente. Como exemplo, no Curso de graduação em Ciências Contábeis, há várias áreas do conhecimento que interagem na formação do contador. São elas:
Administração		Economia		Direito			Filosofia
Psicologia		Sociologia		Matemática		História		Língua Estrangeira e outras
Assim, devem se desenvolver competências que congreguem esses vários saberes, de forma interdisciplinar. Contudo, não basta apenas saber fazer e atuar tecnicamente; é preciso postura comportamental e ética que conduza para o saber ser e para o saber conviver.
A formação profissional nas escolas da contabilidade 
Textos a serem agregados para esse tema:
EDUCAÇÃO CONTÁBIL 
Autores: Almir Rodrigues Durigon, Rubens dos Santos, Juliana Vitória V. Mattiello da Silva (2008) 
Em um mercado tão competitivo, o sucesso de qualquer profissional depende de qualidade de serviço que ele coloca no mercado. No entanto, essas qualidades só serão ofertadas por profissionais que tenham uma boa base educacional. “Para que se possa ser um grande profissional é necessário que a universidade tenha a função de ajudar a crescer na responsabilidade no humanismo, no raciocínio e no conhecimento cientifico” (SCHWEZ, 2000. p. 32). 
No Brasil, as universidades passam por dificuldades para formar cidadãos capacitados. Soluções a esse respeito já vêm sendo buscadas. Quero lembrar aos futuros profissionais que a qualidade de ensino está em cada um. Quem deseja ser um bom profissional buscará conhecimento, procurando sempre estar atualizado e se tornando agente ativo, ou seja, desenvolverá pesquisas, realizaráestágios, participará de eventos etc. 
Não culpem a universidade pela falta de sucesso. Cada um é dono de seu próprio destino. Se durante a graduação não participou das atividades de ensino, pesquisa e extensão e não viveu intensamente a vida acadêmica, não tem o como reclamar. As universidades brasileiras precisam oferecer ensino de qualidade, e os alunos devem se tornar agentes ativos, não podendo esperar que o conhecimento “caia do céu”. 
Hoje, a sociedade exige mais conhecimento, e a expectativa do mercado contábil não mais se restringe a um guarda-livros ou a um simples escriturário, efetuando lançamentos, atrás de uma mesa cheia de papéis. O Contador do Século XXI tem que promover mudanças nas tendências educacionais, pois é necessário falar mais de um idioma, conhecer informática e, principalmente, estar apto às mudanças repentinas e ter conhecimento de Direito, Administração e Economia etc. Em face de um mercado tão competitivo, várias profissões estão nesta disputa. Temos que dividir nosso espaço com os engenheiros, economistas, advogados etc., que também comprovaram competências no campo administrativo. 
“Conscientizar cada vez mais as entidades da classe contábil de que a educação continuada é objetivo primordial a ser perseguido, de forma constante e obrigatória” (ABRANTES, 2002. p. 5). 
Concordando com Abrantes, essa é uma das linhas de ação para que conquistemos o devido espaço e tenhamos reconhecimento e valorização de nossa profissão.
De acordo com Abrantes (2002), hoje existe a obrigação por contínuo aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos e culturais. Entre os valores profissionais do contabilista destaca-se a evolução pessoal e profissional, superação das próprias expectativas, acompanhando as mudanças que ocorrem, às vezes, lentamente; outras vezes, do dia para a noite. É preciso estar atento para as oportunidades que surgem no meio profissional, para não serem desperdiçadas, em decorrência de não acompanhar a evolução do mercado e da falta de ampliação dos conhecimentos. Temos que conquistar o devido espaço e ter reconhecimento da relevância da nossa profissão no país. Sendo a contabilidade de suma importância para as empresa, o Contador do Século XXI é obrigado a manter-se atualizado.
Diante do exposto, fica claro que o mercado consumidor da contabilidade é muito exigente. E, para atender a essa nova demanda, o Contador do Século XXI tem que promover mudanças na sua forma de pensar e agir; caso contrário, corre o risco de ficar completamente fora do mercado de trabalho.
RESENHA SOBRE O RELATÓRIO QUE DEU ORIGEM AOS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI, UNECO, 2005)
Para Jacques Delors, político francês responsável pelo Relatório para a UNESCO1 da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, “a educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social.” (DELORS, 1998, p. 11). Assim, todos devem pensar na educação ao longo da vida como modo de lidar com um mundo que está se transformando rapidamente, além de ajudar a discernir quais informações são relevantes entre tantas ondas de que surgem de todos os cantos do planeta. A fim de estar à altura dessa missão, a educação deve apoiar-se em quatro princípios que funcionarão de base para a construção do conhecimento ao longo da vida: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Esses quatro aspectos devem receber igual atenção para a educação global – cognitiva e prática – do indivíduo.
APRENDER A CONHECER 
Para Jacques Delors (1998, p. 92), “aprender a conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento.” O domínio dos instrumentos de conhecimento é considerado um meio de compreender o mundo, desenvolver capacidades e se comunicar, e tem por finalidade o prazer de conhecer e descobrir. As crianças e os adultos devem ser apresentados ao método científico, estimulando sua capacidade de observação e atenção, exercitando a memória associativa e firmando os alicerces para a aprendizagem bem-sucedida ao longo da vida. Este pilar terá suas bases fortalecidas quando uma criança é estimulada a observar seu entorno e a estabelecer relações entre os seres que a rodeiam; quando é estimulada a memorizar fatos relevantes (seu endereço, a sequência dos dias da semana etc.); quando é estimulada a questionar sobre o que não conhece, a buscar novas informações e aprender a selecionar o que é relevante e o que não ajuda a responder seus questionamentos. Diante da avalanche de informações que chegam aos indivíduos por diversos meios midiáticos, aprender a conhecer é imprescindível para não se perder diante de informações inúteis, tendenciosas ou mesmo equivocadas. Para Costa (2000), “mais do que acumular uma carga cada vez mais pesada de conhecimentos, o importante agora é estar apto para aproveitar, do começo ao fim da vida, as oportunidades de aprofundar e enriquecer esses primeiros conhecimentos num mundo em permanente e acelerada mudança.”
APRENDER A FAZER
Esse pilar tenta responder à questão proposta por Delors (1998, p. 93) “como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será sua evolução?” Um caminho será transformar o conhecimento em inovações que possam fazer surgir novos empreendimentos e novos empregos. Para Silva e Cunha (2002), “aprender a fazer significa que a educação não pode aceitar a imposição de opção entre a teoria e a técnica, o saber e o fazer.” A educação tem obrigação de educar pra a prática e a competência produtiva. A noção de qualificação está sendo substituída pela noção de competência pessoal, que inclui formação profissional, comportamento social, capacidade de trabalhar em equipe e iniciativa. É preciso aprender a se comunicar, a trabalhar com os outros e resolver conflitos. O conceito de emprego está sendo substituído pelo de trabalho, e o trabalhador deverá ser um sujeito criativo, crítico e pensante, preparado para agir e se adaptar rapidamente às mudanças (SILVA e CUNHA, 2002)
APRENDER A CONVIVER 
Esse pilar envolve duas vias complementares: descobrir o outro e participar de projetos comuns. A primeira via envolve educar para a diversidade da espécie humana, bem como de suas semelhanças. Passa pela descoberta de si, pois só conhecendo a si próprio pode um ser humano colocar-se no lugar do outro, buscar compreender suas atitudes (DELORS, 1998). O respeito aos diversos pontos de vista pode evitar desentendimentos que geram tantos conflitos gerados pela intolerância. Aprender a conviver também é aprender a fomentar a paz. “É aí que a paz começa, na disponibilidade para sentir, para escutar e para aprender com modos de ser e de viver diferentes”, relata Baptista (2002). No mundo moderno, deve-se ressaltar a interdependência e a importância das relações: na teia da vida o que afeta a um afetará a todos. A segunda via é por meio de “projetos que fazem com que se ultrapassem as rotinas individuais, que valorizam aquilo que é comum, e não as diferenças” (DELORS, 1998, p. 98). Projetos cooperativos, atividades esportivas e culturais: “olimpíadas” escolares, saraus, exposições; e atividades sociais, como ações humanitárias e serviços de solidariedade são exemplos de ocasiões cooperativas. O professor também deve empenhar-se em seu papel de convivência e respeito. O envolvimento entre educadores e educandos em projetos comuns enriquece sua relação e ajuda a aprender como resolver conflitos (DELORS, 1998). Para Costa (2000), “os valores devem ser, mais do que transmitidos, vividos, através de práticas educativas [...]. Como educadores, precisamos nos fazer presentes na vida dos educandos, de forma construtiva, emancipadora e solidária.”
APRENDER A SER 
Para aprender a ser, de acordo com o Relatório Delors (1998, p. 102), é preciso “não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.” De acordo com essa visão,a pessoa pode desenvolver-se totalmente por meio da educação, aprendendo a pensar autônoma e criticamente, elaborando juízos de valor para decidir como agir diante dos fatos da vida. É fornecer referenciais para compreender o mundo e se comportar de modo responsável e justo (DELORS, 1998).
A inovação social e econômica deste mundo constantemente cambiante necessita de imaginação e criatividade, descoberta e experimentação. A arte e a poesia, a revalorização da cultura oral e dos saberes prévios do aprendiz estimulam a diversidade de talentos e personalidades, que são manifestações da liberdade humana (DELORS, 1998). IMBERT apud MATOS (2008) lembra que "efeitos devastadores, na escola, de situações repetidas de insucesso acabam por gerar uma renúncia ao ser e consequentemente ao conhecer". O educador deve buscar seu bem-estar pessoal, equilíbrio emocional e confiança profissional, a fim de estabelecer uma relação de mediador da construção do conhecimento pelo educando (MATOS, 2008). A formação continuada e as boas condições de trabalho são indispensáveis para que professores e alunos possam criar espaços para construírem seu ser, para realizarem suas potencialidades pessoais e sociais (COSTA, 2000).
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Por meio dessa breve análise, percebe-se que a UNESCO preocupou-se em analisar as perspectivas da educação segundo o paradigma social apresentado nesse milênio que se inicia. Os quatro pilares são as aprendizagens básicas para possibilitar ao ser humano total desenvolvimento de suas faculdades mentais, físicas e espirituais. Tais objetivos mostram inspiração humanista e não são novos, visto que o relatório Aprender a ser, de 1972, também um estudo anterior sobre a educação para a UNESCO, já levantava as mesma bases que aprecem no quarto pilar. Os quatro pilares lançam a base para a educação ao longo de toda a vida, abrindo o espírito para uma vida melhor e, segundo Suhr (1998, p. 252), “vivermos juntos em harmonia deve ser o fim último da educação no século XXI”. Conhecer o mundo e o processo de aquisição do conhecimento, ter oportunidade de aprender e testar diversos ofícios, conviver e aprender a administrar conflitos e sucessos e se realizar como pessoa são objetivos que a sociedade do terceiro milênio almeja e que a educação pode ajudar a concretizar. Para tanto, é preciso preparar os professores e apoiá-los em sua prática, valorizando sua busca pelas competências que terá que gerir para auxiliar os aprendizes a se realizarem como pessoas por meio da aprendizagem.
REFERÊNCIAS 
BAPTISTA, I. Aprender a conviver ou: a paz como competência ética. Jornal A Página, Porto, jun. 2003. n.12, p.6 . Disponível em: https://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2496. Acesso em: 03 fev. 2009.
COSTA, A. C. G. Educação: Tendências e Desafios no Século XXI. In: Protagonismo Juvenil: Adolescência, Educação e Participação Democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000. P.46-57. Disponível em: http://4pilares.net/text-cont/costaeducacao.htm . Acesso em: 03 fev. 2009.
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Tradução de José Carlos Eufrázio. São Paulo: Cortez; Brasília. DF: MEC: UNESCO, 1998.
MATOS, M. Aprender a ser. Jornal A Página, Porto, dez. 2008. n. 184, p. 8. Disponível em: 
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=6479. Acesso em: 03 fev. 2009.
SILVA, Edna Lúcia da; CUNHA, Miriam Vieira da. A formação profissional no século XXI: desafios e dilemas. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3, set. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 19652002000300008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 fev. 2009.
Legislação do CFC 
As alterações que foram promovidas são decorrentes da mudança da Lei de Regência da classe (DL 9295/46), conforme a Lei 12.249 de 6 de 2010. Essas alterações são de diversos pontos, dos quais destaco a denominação, que passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador. O Código de Ética se destina a todos os Profissionais da Contabilidade, assim entendidos os Contadores e os Técnicos em Contabilidade.
Entre as mudanças, passaram a ser considerados infração ética o não cumprimento dos programas de educação continuada estabelecidos pelo CFC, a falta de comunicação de mudança no domicílio ou da organização contábil, a falta de comunicação de fatos necessários ao controle e fiscalização profissional e a falta de auxílio à fiscalização do exercício profissional.
Também foram incluídas novas condutas contrárias à ética profissional no Código, tais como apropriar-se indevidamente de valores confiados à sua guarda, exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica e deixar de apresentar documentos e informações quando solicitados pela fiscalização dos Conselhos Regionais.
Código de Ética Profissional do Contador 
O Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) alterou no início de dezembro dispositivos do Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) – Resolução CFC n.° 803/96, por meio da Resolução CFC n.° 1.307/10.
A partir de agora, conforme previsto no novo texto, o CEPC passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador (CEPC). Além da mudança do nome, foram estipuladas novas condutas aos profissionais e também comportamentos que podem ser considerados como infração ética, entre eles o não cumprimento dos programas de educação continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade.
Deveres do contabilista
Existem deveres obrigatórios que o contabilista deva cumprir. São eles que delineiam a conduta básica profissional daqueles que atuam no mercado de trabalho e de ocupações da área contábil.
art. 2º do Código de Ética Profissional do Contador:
a) Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
b) Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade.
c) Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo.
d) Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
e) Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso.
f) Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses daquelas pessoas não sejam prejudicados e evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia.
g) Se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento deste, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas.
h) Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão.
i) Ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico.
A profissão contábil e a visão legal da Contabilidade no Novo Código Civil
A responsabilidade técnica dos contadores aumentou com o novo Código Civil. Existem 18 artigos do novo código civil, definindo as responsabilidades do contabilista. Os artigos 1.177 e 1.178 que tratam da responsabilidade do profissional em Contabilidade apontam para isso:
Artigo 1.177 – Os assentos lançados nos livros ou fichas dos proponentes, por quaisquer dos prepostos encarregados de sua escrituração produzem, salvo se houver procedido de má fé, os mesmos efeitos como se fossem por aquele.
Parágrafo único – No exercício de suas funções,por prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Artigo 1.178 – Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único – Quando os atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor”.
Com isso, o Conselho de representação da categoria, CFC, necessitou adequar a sua legislação ao que propôs o Código Civil Brasileiro e realizando algumas adequações e criando resoluções necessárias. 
Resoluções do CFC http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/resolucoes.htm
A real mudança ocorre quanto à responsabilidade do profissional da Contabilidade, pois ele passa a ser tão responsável quanto o responsável legal pela empresa e, num processo judicial, é solidário à empresa e tem o seu patrimônio disponível para quitar dívidas. 
Antes, os contadores apenas escrituravam os documentos que lhes eram entregues, e agora os credores e o fisco podem questioná-los se os números não forem corretos.
A Lei não ampara alegação de desconhecimento da norma, ficando responsável pelo seu ato ilegal qualquer pessoa que infrinja a norma. Os contadores devem investigar as informações, a fim de garantir um padrão técnico confiável.
A atividade contábil não pode ser exercida por quem não é habilitado junto ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado onde o serviço é prestado. Esta é uma exigência prevista em várias leis e normativas, a exemplo do Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade.
Quando determina que o exercício de qualquer atividade que exija a aplicação de conhecimentos de natureza contábil constitui prerrogativa dos Contadores e dos Técnicos em Contabilidade em situação regular perante o CRC. 
RESOLUÇÃO CFC Nº 960.
http://www.crcrs.org.br/resnormas/rescfc960.PDF 
O contabilista deve subscrever sua assinatura e o número de registro no CRC, em todo e qualquer trabalho realizado. Assim, os documentos contábeis só terão valor jurídico, quando assinados e indicados o número de registro e da categoria.
Cabe ressaltar que o exercício da profissão contábil também está sujeita às normas do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078 de 11 de setembro de 1990) que, entre outras regras, estabelece em seu artigo 14, parágrafo quarto que "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.”
http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/13/1990/8078.htm
Em decorrência das mudanças e das novas prerrogativas do Código Civil, o CFC e os CRC passaram a adequar suas normativas ao que foi proposto pela lei. Assim, houve algumas adequações do Código de Ética Profissional do Contador, que aumentam as responsabilidades do contabilista e cria punições mais severas, bem como indica a educação continuada como necessária e se cria a prova de suficiência profissional para o contador, conforme se pode ver: A Contabilidade e o Novo Código Civil.
https://www.thomsonreuters.com.br/pt/juridico/legal-one.html/doutrina/1459/A_CONTABILIDADE_E_O_NOVO_CODIGO_CIVIL
SAIBA MAIS
MATOS, Francisco Gomes de Matos. Ética na gestão empresarial. São Paulo: Saraiva, 2008. Capítulos 1 e 2.
Revista Nova Escola online - Fala, mestre! - Philippe Perrenoud
Regulamentação da Profissão
Resoluções do CFC
Conselho Federal de Contabilidade
Lei do exame de Suficiência do CFC
A Contabilidade e o Novo Código Civil
Código de ética profissional do contador – CEPC
Resolução CFC nº 949/02
Depoimento de um profissional de Ciências Contábeis
Alteração do Código de Ética Profissional
Estilo e Profissão: EAD
ESTÁGIO SUPERVISIONADO AULA 02. A Ética e o ambiente profissional do Contador
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Conhecer a postura ética do contador no ambiente profissional.
2- Identificar as recomendações do código de ética do contador para o exercício da profissão.
3- Conhecer a Lei de Responsabilidade Fiscal e suas proposições.
4- Reconhecer as Competências, Habilidades e Atitudes dos Contabilistas exigidas pelo mercado de trabalho.
Introdução
O Código de ética Profissional do Contador Código dispõe sobre os padrões éticos de conduta para o exercício da profissão da área contábil. Define a postura da forma de atuar no mercado, estabelecendo direitos e deveres do profissional que atua nas atividades e ocupações no âmbito da contabilidade.
Por sua vez, serão vistos deveres e direitos do contabilista, baseados nas novas proposições do Código Civil Brasileiro e as responsabilidades assumidas pelo Contador em função desta normativa. A Lei de Responsabilidade Fiscal, decorrente da nova legislação,  vem a corroborar com  as responsabilidades do Contador na esfera pública.
 Serão vistas, também, os Conhecimentos, as Competências, as Habilidades e as Atitudes necessárias àqueles que atuam no mercado de trabalho e de ocupações contábeis. Nesta aula, serão visto, também, casos experienciais profissionais que o Código de Ética e o exercício da profissão demandam.
Independente de qual sejam as classes profissionais, elas são caracterizadas pela ligação do trabalho exercido, pelo conhecimento exigido e pela habilitação para o exercício da profissão. As relações existentes entre a moral traçada e os vários campos de atuação da conduta humana buscam seguir objetivos, com a intenção de estabelecer linhas ideais e valorativas da ética. 
O Código de Ética visa o bem-estar da sociedade, de forma a garantir a franqueza dos procedimentos de seus membros dentro ou fora de uma instituição. O Código de Ética também pode ser entendido como uma relação das práticas de comportamento que são esperadas no exercício da profissão.
Código de Ética do Consumidor
Conforme a CFC n° 803, de 10 de outubro de 1996 "em 1970, o Conselho Federal de Contabilidade, atendendo determinação expressa no art. 10 do Decreto-Lei nº 1.040-69 aprovou perante a Resolução de nº 290 o Código de Ética Profissional do Contabilista, que no decorrer de vinte e seis anos orientou como deveria ser a conduta ética do Contador no exercício de sua profissão, alterados no início de dezembro de 2010, os  dispositivos do Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) - Resolução CFC n.° 803/96, por meio da Resolução CFC n.° 1.307/10.
As alterações que foram realizadas são decorrentes da mudança da Lei de Regência da classe (DL 9295/46). Estas alterações são de diversos pontos, das quais a denominação, que passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador. O Código de Ética se destina a todos os Profissionais da Contabilidade, assim entendidos os Contadores e os Técnicos em Contabilidade.  Entrevista de emprego, Justus, postura ética. https://youtu.be/EBX7z5hINN4 
O Código determina deveres do contabilista, com algumas alterações em relação ao Código anterior:
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-sea obrigação a sócios e executores;
V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso.
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas;
VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;
IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico.
X – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (Criado pelo Art. 5º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XI – comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional. (Criado pelo Art. 6º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XII – auxiliar a fiscalização do exercício profissional. (Criado pelo Art. 7º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
Destaque-se a exigência do cumprimento de Programas Obrigatórios de Educação Continuada, que antes não era exigência do Código anterior. 
A Ética e o ambiente profissional do Contador
Outra importante mudança, foi-se criar um artigo sobre  O Profissional da Contabilidade, em relação aos seus colegas contabilistas, observando as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010) abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;
- abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;
- jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios;
- evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.
O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10,  de 09/12/2010 em seu artigo 11)
- prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua recusa;
I- zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa;
- acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais; zelar pelo cumprimento deste Código;
- não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil;
- representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe contábil;
- jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio ou para proveito pessoal.
Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes: 
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
I – ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional; 
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
II – ausência de punição ética anterior; 
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade. 
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
§ 2º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes: 
(Criado pelo Art. 25, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
I – Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade; 
(Criado pelo Art. 25, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
II – punição ética anterior transitada em julgado.
(Criado pelo Art. 25, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
A transgressão de preceito do Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:
– advertência reservada;		– censura reservada;			– censura pública
Entre as mudanças, passaram a ser considerados a infração ética o não cumprimento dos programas de educação continuada estabelecidos pelo CFC, a falta de comunicação de mudança no domicílio ou da organização contábil, a falta de comunicação de fatos necessários ao controle e fiscalização profissional e a falta de auxílio à fiscalização do exercício profissional.
Também foram incluídas novas condutas contrárias à ética profissional no Código, tais como apropriar-se indevidamente de valores confiados à sua guarda, exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica e deixar de apresentar documentos e informações, quando solicitados pela fiscalização dos Conselhos Regionais.
Com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, as informações a respeito da situação financeira se tornam de fundamental importância, por meio da utilização de dados da contabilidade e do orçamento, de forma a elaborar um relatório gerencial que possibilite ao administrador, em qualquer época, ter conhecimento da situação financeira no final do exercício e tomar decisões administrativas, quanto à consecução de gastos.
Com isso, a contabilidade pública e seu exercício se tornam importantes, criando um grande mercado de atuação para o contador, mas, ao mesmo tempo, colocando-o em constante controle profissional e necessidade de atualização.
http://www.stn.fazenda.gov.br/hp/downloads/entendendolrf.pdf 
Um caso experiencial da atividade profissional contábil e o Código de Ética
EXEMPLO
Como parte de seus serviços de contabilidade, você fornece serviços de planejamento financeiro para seus clientes.  Um de seus novos clientes (um casal de meia idade) pede-lhe para rever seu portfólio e fazer recomendações para investir mais R$ 100 mil que atualmente têm em dinheiro.  Ao rever sua carteira você nota que o cliente diversificou o investimento entre renda fixa e renda variável. 
A parcela de capital da sua carteira é fortemente ponderada (cerca de 35%), em um investimento com um gerente de dinheiro particular chamado Bernardo Vadof.  Esses valores superaram todos os outros investimentos de 3 a 4% ao ano.  Quando você pergunta ao cliente sobre o investimento, o casal diz que se sente com sorte, pois eles foram capazes de obter do Sr. Vadof a aceitação de sua conta.  Eles também lhe disseram que o Sr. Vadof foi presidente da NASDQ e tem um histórico de mais de 25 anos de experiência.  Você ao fazer a sua diligência, confirma as declarações de seu cliente sobre o Sr. Vadof.  Ele de fato tem um histórico de longo tempo na área e foi um dos fundadores da NASDQ.  Ele é considerado uma espécie de guru, mas com uma ênfase diferente.
Contudo, percebe que a rentabilidade é alta devido à sonegação ao fisco. Por sua vez, ao assumir o planejamento, passará a ser responsável pelo não recolhimento dos valores devidos. Ao refletirmos sobre o Código de Ética Profissional do Contador, em relação aos clientes, deve haver de sua parte um tipo de conduta ética. Quanto ao Sr. Bernardo Vadof, seu colega, também. Em relação à categoria determinada postura.
Para nos posicionar sobre o caso apresentado, precisaremos recorrer aos deveres do Contador:
CLIENTE
Art. 2º
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardadosos interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
COLEGA DE PROFISSÃO
Art. 10º 
II – abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;
Art.9º Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão.
CATEGORIA DE CONTABILISTAS
Art. 2º
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
IV – Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
Conhecimentos, Competências, habilidades e Atitudes do Contabilista
O novo milênio requisita profissionais cada vez mais capacitados para competir no meio profissional. O Atual mercado de trabalho está cada vez mais exigente e requer de qualquer que seja o profissional qualificação. No caso particular do profissional contábil, o perfil atual é de um profissional autêntico, criativo, prudente, atualizado, correto, e possuidor de conhecimentos em várias áreas, procurando sempre estar em contanto as diversas áreas da empresa e, sobretudo, ser um profissional ético. Esse profissional deve mostrar clareza nos serviços prestados aos usuários da contabilidade, demonstrando o seu diferenciado potencial às entidades e, que os serviços por ele prestados, atingem as expectativas de seus clientes na área pública ou privada.
Para que se crie esse perfil, é preciso estudar, se aperfeiçoar cada vez mais, para se adquirir conhecimentos. Contudo, saber e deter a técnica não basta. É necessário desenvolver competências e um conjunto de habilidades, que promovam um perfil de profissional empreendedor, criativo e preparado às mudanças que ocorrem no dia a dia da profissão. Competência, Habilidades e Atitudes - https://youtu.be/mEQA0lODEy0 
Educação continuada na formação do contador
O ato de educar traz de “dentro para fora” as potencialidades do indivíduo. Essa tarefa é iniciada quase sempre no centro da família, com os exemplos dos pais, com os ensinamentos religiosos, sendo aperfeiçoada na escola, onde o indivíduo apreenderá conhecimentos e habilidades científicos, técnicos ou humanos. Desse ponto de vista, não há dúvidas de que o processo de ensino aprendizagem é contínuo, em virtude, principalmente, dos avanços tecnológicos e científicos no atual modelo de sociedade do conhecimento, em um mundo globalizado e intermediado pela tecnologia. É imprescindível que o profissional da Contabilidade, mesmo tendo concluído sua graduação, atualize constantemente seus conhecimentos por meio da educação continuada, para que não perca sua competitividade e capacidade de acompanhar a evolução da técnica e dos conhecimentos que influenciam a profissão contábil.
No caminho da valorização do profissional contábil, faz-se necessário que ele desenvolva estudos para conhecer as necessidades dos usuários da informação contábil e que as assimile, pois só assim poderá alcançar qualidade em seus serviços. Portanto, durante a graduação, os futuros egressos dos cursos de Ciências Contábeis devem adquirir o espírito do aprender a aprender, percebendo que o saber não se esgota nem se invalida, mas necessita de constante e rápida de atualização.
No caminho da valorização do profissional contábil, faz-se necessário que ele desenvolva estudos para conhecer as necessidades dos usuários da informação contábil e que as assimile, pois só assim poderá alcançar qualidade em seus serviços. Portanto, durante a graduação, os futuros egressos dos cursos de Ciências Contábeis devem adquirir o espírito do aprender a aprender, percebendo que o saber não se esgota nem se invalida, mas necessita de constante e rápida de atualização.
Assim, já foi o tempo em que terminar o curso de graduação na área contábil bastava para se tornar apto ao mercado. Hoje é preciso uma capacitação contínua e diversificada, pois a nova realidade de trabalho implica formação polivalente e empreendedora. Nessa linha, o Conselho Federal de Contabilidade determina em suas Resoluções a obrigatoriedade continuada de um conjunto de atividades de educação.
Competências a desenvolver na formação do Contabilista
A noção de competência remete a situações para as quais é necessário tomar decisões e resolver problemas. Assim, cada competência reunirá um conjunto de habilidades que, articuladas e em ação, se reverterão em atitudes para buscar resultados.
Perrenoud afirma que possuir conhecimentos ou capacidades não significa ser competente. Diariamente, pessoas que possuem conhecimentos ou capacidades não sabem utilizá-los convenientemente em uma situação de trabalho. 
Na atualidade, sabe-se que não há transferência automática de conhecimentos, mas que o conhecimento é adequado pela realização de exercício e pela prática reflexiva. Só a experimentação é capaz da mobilização de saberes, combinados para criar uma estratégia pessoal.
O papel da escola é fornecer os saberes e as habilidades básicas; contudo, cabe ao exercício da vida profissional a tarefa de desenvolver competências. Muitos conhecimentos adquiridos na vida escolar permanecem inúteis no dia-a-dia, pois os alunos não foram preparados para utilizá-los em situações concretas. 
A formação da competência é conseguida por meio da escolaridade básica e a outra parte é conseguida por outros meios. A questão, conforme ensina Perrenoud (2002): é saber quais são as competências mais importantes a serem desenvolvidas. Assim, cada área de formação encaminha ao desenvolvimento de um conjunto de habilidades, de forma a alcançar as competências requeridas, mas também demanda um conjunto básico de habilidades necessárias à vida, à cidadania e ao bem viver.
Sabe-se que uma parcela dos saberes disciplinares será útil ao aprofundamento de certas formações profissionais. O acúmulo de saberes somente será útil se estes estiverem em consonância com a formação profissional, contextualizando-os e exercitando-os, com vistas à solução de problemas e na tomada de decisões nas organizações e na própria vida.
As habilidades de ler, escrever e contar, trilogia que fundou a escolaridade obrigatória no século XIX, não está mais à altura das exigências destes tempos modernos. A abordagem por competências busca demonstrar como a escola deve mudar para aqueles que saem, ainda hoje, desprovidos das numero­sas competências indispensáveis para viver melhor no século XXI. 
As Atitudes são ações resultantes das habilidades. Pressupõem agir sobre a realidade, por isso, devem ser muito bem pensadas e planejadas. Para que seus resultados sejam satisfatórios para a o próprio que promove a ação, bem como ao grupo em que está inserido.
Competências de técnica
Domínio conceitual, funcional e operacional dos sistemas contábeis, aplicando consistente, integrada e adequadamente princípios, normas e políticas referentes às atividades desenvolvidas por entidades públicas e privadas; Compreender  as questões técnicas da atividade contábil, suas relações e repercussões socioeconômicas e financeiras, no âmbito nacional e internacional, nos diferentes modelos de organização; Capacidade de planejar, implementare manter sistemas contábeis de informações; Visão estratégica, crítica, reflexiva e holística da atividade contábil e suas interrelações; Percepção da necessidade de se manter informado e atualizado em virtude das constantes mudanças na sociedade e na tecnologia; Desenvolver atributos motivadores de liderança e de negociação, nas relações interpessoais e nas equipes multidisciplinares de trabalho;
Competências Comunicativas
Realizar comunicação, e produzir opiniões, pareceres e arbitragens de forma lógica, fidedigna, clara e objetiva;
Coletar, registrar, controlar e analisar dados contábeis e de produzir relatórios, agregando valor ao processo decisório; dominar os códigos de várias linguagens: línguas, informática, gestos, trânsito, entre outras.
Competências Sociais e Éticas
Agregar valor à sociedade, guardando sintonia com a realidade política, econômica e social; ser solidário e responsável com assuntos da comunidade e do grupo. Atuar, profissionalmente, na preservação da moral e dos bons costumes em sociedade. Realizar as atividades profissionais com respeito e postura ética. Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhes são inerentes.
Competências Quantitativas
- Utilizar com desembaraço o raciocínio lógico-matemático, ferramental quantitativo e a tecnologia da informação;
- Compreender o significado dos números em relação à realidade social e profissional.
Competências Comportamentais 
Ser criativo, proativo, empreendedor e comprometido. 
Saber se relacionar com pessoas, tanto no nível pessoal como profissional.
Compreender e ouvir as pessoas.
Saber trabalhar em Equipe.
Buscar ser feliz na profissão exercida.
saber se relacionar e possuir uma rede de contatos – network.
- Depoimento sobre formação e mercado de trabalho https://youtu.be/YlEBbJaOWPw 
-  A força do trabalho em equipe e em Grupo https://youtu.be/PnYUbaWe0hY
Caso experiencial de um profissional da Contabilidade que atua em uma empresa particular multinacional
Ferdinand é funcionário da Empresa Larius do Brasil. Como contador sênior, ele é responsável pela documentação contábil da empresa, desde o balanço até o pagamento de impostos em geral. Ele precisa contratar um Contador Júnior, por meio de uma empresa de Recursos Humanos, mas necessita apresentar o perfil do candidato. A empresa de RH solicita informações sobre as habilidades necessárias que o novo profissional deva possuir.
Para auxiliar Ferdinand, devemos apresentar algumas habilidades que o novo contador necessita ter:
• Dominar de forma conceitual, funcional e operacional os sistemas contábeis. (Competência Técnica)
• Compreender as questões técnicas da atividade contábil (Competência técnica)
• Exercer com ética e proficiência as atribuições profissionais. (Competência Social ou Ética)
• Utilizar com desembaraço o raciocínio lógico-matemático. (Competência quantitativa)
• Ser criativo, proativo, empreendedor e comprometido (Competência Comportamental)
• Coletar, registrar, controlar e analisar dados contábeis e de produzir relatórios, (Competência Comunicativa)
• Dominar os códigos de várias linguagens: línguas e informática. (Competência Comunicativa)
• Saber se relacionar com pessoas, tanto no nível pessoal como profissional. (Competência Comportamental e Comunicativa)
SAIBA MAIS
O papel da ética na valorização do profissional contábil
Regulamentação da Profissão
Conselho Federal de Contabilidade
A Contabilidade e o Novo Código Civil
Código de Ética do Contador
Lei de Responsabilidade Fiscal
Código de Ética Profissional do Contador – CEPC
Consequência das atitudes
Competências, Habilidades e Atitudes
Dez dicas para fazer sucesso com Marketing Pessoal
ESTÁGIO SUPERVISIONADO Aula 3 –O Estágio como atividade de formação profissional 
Neste século, a maior contribuição das instituições de ensino superior, realmente, é a formação para o mercado de trabalho. A visão do passado que antes atribuía as instituições de ensino superior a formação de elites não existe mais, a massificação na Educação Superior é fato, levando a maior número de egressos e menos emprego neste nível de ensino, o que acarreta maiores exigências as vagas de estágio e de emprego.
O estágio, como o fundamental exercício de formação profissional, vem para diminuir o distanciamento entre a teoria aprendida na universidade e as práticas realizadas no mercado de trabalho e de ocupações na área contábil. Contudo, existem estágios obrigatórios, geralmente, chamados de Estágios Supervisionados ou Curriculares, e aqueles que se realizam sem a vinculação acadêmica, tanto em nível superior, quanto em nível médio.
Assim, serão vistos os tipos de estágio e suas definições, assim como a Lei de Estágio que traz algumas novas determinações para a atividade e como se pode realizar essa atividade, tanto nas empresas, quanto nas escolas superiores de ensino.
MATERIAL DIDATIVO
FRANÇA, Ana Shirley. Estágio curricular e trabalho de conclusão de curso na área de gestão e negócios – união teoria e prátiva pela pesquisa. Rio de Janeiro: Freiras Bastos, 2011. Capítulo 1 e 2. Da página 1 a 30. Anexos: página 146 a 166.
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Conhecer as diferentes formas do estágio e sua relação com a formação profissional.
2- Identificar as novas regras da Lei de Estágio (Lei Nº 11.788/2008).
3- Compreender as prerrogativas da lei para a prática da atividade de estágio supervisionado.
4- Verificar as formas de realização do Estágio Curricular em cursos de gestão e negócios.
Neste século, a maior atribuição das instituições de ensino superior, realmente, é a formação para o mercado de trabalho. A visão do passado que antes atribuía às instituições de ensino superior a formação de elites não mais existe. A massificação na Educação Superior é fato, levando a maior número de egressos e menos emprego neste nível de ensino, o que acarreta maiores exigências às vagas de estágio e de emprego.
O estágio, como o fundamental exercício de formação profissional, vem para diminuir o distanciamento entre a teoria aprendida na universidade e as práticas realizadas no mercado de trabalho e de ocupações na área contábil. Contudo, existem estágios obrigatórios, geralmente, chamados de Estágios Supervisionados ou Curriculares, e aqueles que se realizam sem a vinculação acadêmica, tanto em nível superior, quanto em nível médio.
Serão vistos os tipos de estágio e suas definições, assim como a Lei de Estágio que traz algumas novas determinações para a atividade e como se pode realizar essa atividade, tanto nas empresas, quanto nas escolas superiores de ensino.
Entenda o que é Estágio Supervisionado
Inicialmente, cabe aqui distinguir termos que facilmente se substituem sem o valor de sentido que realmente possuem. Estágio é diferente de Estágio Supervisionado ou Estágio Curricular. Distinguem-se um do outro termo por um fácil referencial: a obrigatoriedade. O estágio, como atividade remunerada, sem vinculação acadêmica em cursos de graduação, não é o termo que se trata aqui especificamente, apesar de seu envolvimento legal. O foco aqui considerado é do Estágio Curricular (Atividade obrigatória ao cumprimento das horas de estudo na matriz curricular de cursos de bacharelado na área de Ciências Contábeis).
Não importa o nome ou a denominação, Estágio Curricular, Estágio Supervisionado ou Prática de Capacitação Profissional, o estágio, legalmente, viria para suprir o distanciamento entre o saber teórico e o prático. 
Contudo, tornou-se uma atividade lucrativa para as empresas, ao recrutar mão de obra barata ou para cumprir meramente um relacionamento com o mundo profissional. Na tentativa de minimizar o problema, foi criada a nova Lei nº 11.788, de 26/09/2008, com a finalidade de legislar sobre estágio de estudantes, tanto em nível superior, quanto no ensino médio.
Nova Lei do Estágio
A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 - que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho,com suas análises e resumos, de forma a instruir todos os envolvidos nesta atividade. Com a finalidade de esclarecer dúvidas sobre o tema, o Ministério do Trabalho criou uma cartilha, em forma de questões, que dirimem sobre a prática do estágio por empresas, instituições de ensino e estudantes na realização do estágio. Para ler a Nova Lei na íntegra, clique no link a seguir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm
O objetivo do Estágio
Segundo a Lei nº 11.788 , em seu artigo 1º:
“O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”.
O citado artigo da Lei ainda complementa o objetivo da Atividade de Estágio ao considerar que:
Faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.
Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
No artigo 2º, a Lei propõe algumas determinações ao estágio obrigatório, atividade que constitui disciplina obrigatória do curso de Ciências Contábeis em seu Projeto Pedagógico que, no caso, possui carga horária de 300 horas, com 48 horas desenvolvidas em aulas teóricas.
“Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma”.
Sobre o Estágio
O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: 
I – Matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino.
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino.
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.
Assim, se percebe a importância da documentação a ser assinada pelo aluno, e entregue ao coordenador de estágio presencial.
Ressalte-se, ainda, o que diz a lei sobre a relação do estudante X local de estágio X universidade:
“O estágio como ato educativo escolar supervisionado deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final”.
A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares, observado as seguintes determinações:
	Horas diárias 
	Horas semanais 
	Tipo de estudante
	4 (quatro) horas  
	 20 (vinte) horas
	estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos.
	6 (seis) horas    
	30 (trinta) horas
	estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.
Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.
A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social.
É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado, preferencialmente, durante suas férias escolares.
O recesso deverá ser remunerado, quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.
A Nova Lei de Estágio registra compromisso social e legal com os portadores de deficiência
Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
 “Art. 428. .....................................................................................
§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.
.....................................................................................
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
.....................................................................................
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a frequência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental.” (NR) 
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: 
 “Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.
Existem várias modalidades de estágio previstas para o curso de graduação: o Estágio Profissional, o Estágio em Pesquisa Aplicada (iniciação científica) e o Estágio em Atividades de Prática Profissional (Laboratórios, Empresa Júnior, Escritórios Profissionais, entre outros) quando constarem do Projeto Pedagógico do Curso.
O Estágio Profissional é definido como aquele em que o aluno aplica, diretamente, o que foi aprendido na universidade, em uma empresa, concedente da atividade, pública ou privada. Nele o estudante poderá observar: como são realizados todos os atos e os fatos administrativos de uma empresa, como ela se destaca em relação ao grande mercado e como se comporta diante de acontecimentos econômicos e impostos, geridos pelo governo (federais, estaduais, municipais etc.). A referida empresa precisa demonstrar atitudes éticas e transparentes e, ao mesmo tempo, funcionar no mercado competitivo.
O profissional de gestão deve demonstrar habilidades que mantenham a empresa saudável e dando lucros, resultados esperados não só pelo mercado de trabalho, mas também pelos proprietários que participam direta ou indiretamente da gestão da empresa. O domínio dessas habilidades, pelo trabalhador organizacional, é cada vez mais cobrado nas atividades de trabalho na área de gestão e negócios.
Seleção para o estágio: postura profissional, apresentaçãoe habilidades de gestão.
O currículo é o cartão de visita de quem deseja conseguir um estágio. Para tanto, ele deve ser focado no objetivo desejado e conter todas as informações indispensáveis.
MARIA DOS SANTOS
Rua da Subida, 234 – Bairro Feliz
Solteira – sem filhos
Tel.: (21) 23456789/ (21)98765432
E-mail: maria@email.com.br
Objetivos: Área de Análise Contábil 
 
I. Formação Acadêmica
2°. período Ciências Contábeis
Faculdade Estácio de Sá 
Em andamento (ou cursando)
 
II. Cursos e Treinamento Diversos
- Análise Contábil – Instituição – 2005     
- Digitação - Instituição – 2004 
- Redações Técnicas – Instituição - 2003   
 
III. Atividades Profissionais
Empresa Ltda.
Cargo: Chefe de Departamento Pessoal 
Período: 2003 a 2005
Feliz Baterias Ltda. 
Cargo: Chefe de Cobranças 
Período: 1999 a 2002
 
IV. Idiomas
Inglês – Fluente
Espanhol – Básico 
Francês – Básico
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2005.
 
Maria dos Santos
Seleção para o estágio: postura profissional, apresentação e habilidades de gestão.
Para saber mais sobre como montar um bom currículo, veja  o vídeo a seguir: https://youtu.be/g6FXZMLIgCQ 
Para saber mais sobre como se preparar o curriculum, veja  o vídeo a seguir: 
Especial Estágio/Trainee (1/4): como preparar o currículo - https://youtu.be/BLPDQJmMqNw 
Especial Estágio/Trainee (2/4): prepare-se para a entrevista - https://youtu.be/YwULlP-UEZE
Especial Estágio/Trainee (3/4): roupa e maquiagem - https://youtu.be/O9rYJci-efk
Especial Estágio/Trainee (4/4): atitudes vencedoras - https://youtu.be/yxnhXNvslyU
Seleção para o estágio: postura profissional, apresentação e habilidades de gestão.
Existem habilidades a serem desenvolvidas nos estudantes em estágio supervisionado de cursos da área de gestão, como Ciências Contábeis. O estágio como atividade estudantil que relaciona o mundo do trabalho ao acadêmico busca desenvolver algumas habilidades básicas que todo estudante deve alcançar. São elas:
Comunicar-se bem de forma interpessoal, intercultural, expressando-se, também, corretamente nos documentos técnicos específicos.
Interpretar a realidade das organizações.
Exercer atividades com criatividade, iniciativa, autonomia na tomada de decisões em contextos e situações profissionais.
Utilizar adequadamente as ferramentas de administração e outros recursos tecnológicos.
Atuar em equipes.
Desenvolver o espírito empreendedor e proativo.
Realizar a busca de soluções organizacionais por meio da pesquisa.
Realizar atitudes embasadas em princípios éticos, direitos e deveres de cidadania, solidariedade e humanismo.
Para saber mais sobre  o profissional de Ciências Contábeis, veja  o vídeo a seguir:
Ciências Contábeis: Colocando sua formação na ponta do lápis. 
Quem lucra é a sua carreira. https://youtu.be/Am1vSOFWajs
As modelagens acadêmicas de prática profissional.
Existem várias modelagens acadêmicas , contudo, existem quatro, mais usuais.
Laboratório de Prática Contábil 
O Laboratório Contábil tem por finalidade a inserção do aluno do curso de graduação em Ciências Contábeis na realidade das entidades, por meio do estágio voluntário, realizado pelos acadêmicos no atendimento à demanda da comunidade tanto interna à instituição de ensino superior, como Centros Acadêmicos, quanto externos, compreendendo as demais entidades. O funcionamento do laboratório está condicionado às demandas existentes. Não visa, de maneira alguma, possíveis resultados, sendo os serviços prestados integralmente gratuitos e supervisionados por professores do curso de Ciências Contábeis. Os serviços prestados pelo laboratório não são contínuos a uma mesma entidade, não caracterizando, desta maneira, concorrência aos escritórios de contabilidade e demais prestadores de serviços.
O Laboratório de Prática Contábil de atividade experiencial é exigido em virtude da necessidade da vivência profissional do graduando em Ciências Contábeis, por acabar limitada, não obtendo conhecimento do funcionamento e nem de habilidades necessidades de entidades e organizações na prática. Alguns cursos acabam, também, esquecendo da função social da instituição em que se inserem, pois é preciso pensar o papel mediador da universidade, para redimensionar as condições atuais de produção de trabalho e o ensino em Contabilidade.
A atual formação profissional do egresso exige promover um processo de experiências do sujeito com o grupo numa relação de troca, possibilitando-lhe agir em novas situações, com os meios que o auxiliam a compreender melhor o mundo e o situam em melhores condições ao lidar com suas relações com outras pessoas e empresas. Sendo assim, um Laboratório de Prática Profissional é um meio que possibilita a vivência da realidade pessoal e profissional, numa concepção holística.
Empresa Júnior (intercursos – abrangem todos os cursos de gestão e negócios) 
A Empresa Júnior é uma associação civil sem fins lucrativos, constituída e gerida exclusivamente por alunos de instituições de ensino superior. Presta serviços à comunidade, tanto acadêmica, quanto a em seu entorno, e desenvolve projetos para empresas e entidades, sob a orientação de professores e profissionais especializados.
O conceito nasceu na França, com o Movimento Empresa Júnior (MEJ), em 1967, e se difundiu no meio acadêmico do Brasil. Em 1969, houve a criação da Confederação Nacional das Empresas Juniores, fato consequente à co-irmã francesa. Na década de 80, o modelo francês começou a se desenvolver e se disseminar por todo país. No Brasil, uma das primeiras empresas juniores foi a fundada em São Paulo, em 1989, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Na sequência, surgiram empresas na Fundação Getulio Vargas e na Universidade Federal da Bahia. O movimento JÚNIOR brasileiro expandiu-se tanto, de sorte que, entre 1988 e 1995, criaram-se cem empresas, número que a França só veio a atingir em 19 anos. Assim, no Brasil, em 2003, foi criada a Confederação Brasileira de Empresas Juniores – a Brasil Júnior, hoje formada por nove federações espalhadas pelo país. (colocar como Hipertexto – Histórico).
Pela finalidade da Empresa Júnior ser educacional, por ser uma associação civil sem fins econômicos e, ainda, pela estrutura de baixos custos fixos, os preços praticados são consideravelmente abaixo do preço de mercado. No entanto, a Empresa Júnior deve-se localizar no ambiente da universidade, e todos os projetos e serviços seguem orientação obrigatória de professores ou profissionais da área, com o objetivo de sempre garantir um padrão elevado de qualidade.
Escritório de Prática Profissional ou Escritório Modelo
Com a finalidade de realizar atividades práticas reais ou simuladas, o Escritório Modelo ou de Prática Profissional, não constitui empresa, mas sim um local em que se cria infraestrutura similar à prática profissional, onde o estudante irá vivenciar situações e aplicações dos conhecimentos e habilidades desenvolvidas ao longo do curso. O Escritório Modelo ou de Prática Profissional, conta com as atividades práticas que oferecem aos alunos a construção de conhecimento adequado ao exercício profissional, contemplando o programa definido em regulamento próprio, criado especificamente para a realização do Estágio Supervisionado ou para atividades práticas do curso, desenvolvido durante os dois anos do curso, geralmente os últimos.
As normas de realização são criadas pela instituição de ensino, e como os estagiários e participantes deverão desenvolver o conteúdo programático do Estágio e demais atividades, como a supervisão e a atuação direta de professores e de especialistas da área, responsáveis pela definição das atividades a serem empreendidas. A vantagem do Escritório de Prática Profissional é a facilidade de sua implantação, cujo espaço físico e o material humano adequados são seus focos principais.
Núcleo de Práticas Administrativas
O Grupo de Trabalho de Administração instituído pela da Portaria Ministerial nº 4.034/2004 recomendou uma interessante inovação pedagógica, ou

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