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INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
1 
 
INFLAÇÃO 
A inflação é um conceito econômico que representa o aumento persistente e generalizado do 
preço de uma cesta de produtos em um país ou região durante um período definido de tempo. 
Se, por exemplo, uma cesta de produtos custa R$ 100 reais em julho e passa a ser vendida por 
R$ 150 reais em agosto, verifica-se uma inflação de 50% no mês. Ela também representa a 
queda do poder aquisitivo do nosso dinheiro em relação a elevação dos preços de bens e 
serviços. Quando a inflação está em um nível muito baixo, ocorre a estabilização dos preços, e 
assim, o valor dos produtos não aumenta. 
 
A inflação já foi o grande drama da economia brasileira, mas sempre merece grande atenção e 
acompanhamento do governo e sociedade. A partir dos anos 1980, vários planos fracassaram 
na tentativa de impedir o seu crescimento. Mas, desde 1994, com a implantação do Plano Real, 
ela está relativamente sob controle. 
Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz 
num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele 
necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o 
poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do 
valor de compra. 
A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os 
trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe 
garantam a correção inflacionária. 
INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
2 
 
A inflação é causa de sérios distúrbios econômico-sociais que prejudicam certas classes de 
pessoas na medida em que beneficiam outras. O principal efeito da inflação é o da 
redistribuição da renda das pessoas que recebem formas fixas de remuneração (trabalhadores 
assalariados, aposentados e pensionistas) cujos rendimentos são corroídos diariamente pela 
inflação por aqueles que recebem rendas variáveis ou ajustáveis às alterações dos preços 
(empresários, rendeiros, profissionais liberais e trabalhadores autônomos) que com isso 
acabam provocando ou realimentando a inflação. 
Outro efeito importante da inflação é a redistribuição da riqueza decorrente da perda de valor 
dos ativos financeiros face aos aumentos dos preços. Tal processo flui do devedor para o credor, 
pois durante o período da dívida, o valor real (poder aquisitivo) do débito diminui com a 
inflação. Para evitar que os valores reais dos títulos sejam menores na data de pagamento é 
necessário uma correção monetária plena do valor expresso em moeda. 
A inflação provoca também a desvalorização da moeda e dos depósitos à vista emitidos pelos 
bancos aos seus clientes o que prejudica o indivíduo na medida em que beneficia o governo e 
os bancos, pois, o prejuízo dos possuidores dos meios de pagamentos corresponde aos lucros 
dos seus emitentes. 
Quando a inflação atinge altas taxas (caso das inflações no Brasil e em outros países latinos 
americanos) as remarcações de preços ocorrem com tal frequência que as pessoas perdem a 
noção exata dos preços dos bens e serviços e, especialmente, dos preços relativos 
prevalecentes nos mercados. 
Causas da Inflação 
 Inflação de Custos: Processo inflacionário gerado pela elevação dos custos de 
produção, especialmente dos salários e/ou dos preços das exportações; 
 Inflação de Oferta: Processo de elevação persistente do nível de preços, provocada por 
retração da oferta agregada (insuficiência de oferta) e por retrações persistentes da 
oferta de bens e serviços, acompanhada de recessão e queda do nível de emprego; 
 Inflação Híbrida: Consiste de um aumento persistente no nível de preços provocado 
pela interação dos mecanismos de inflação de demanda e de oferta, em função da 
tentativa dos agentes econômicos de recuperar rendas corroídas pela inflação dos 
períodos anteriores; 
 Inflação Estrutural: Baseada na hipótese de inelasticidade ou rigidez da oferta de bens 
e serviços, especialmente nos setores de produção de alimentos e de importação, 
característica dos países subdesenvolvidos; 
INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
3 
 
 Inflação Inercial: O processo inflacionário é auto-alimentado, causado pelas 
expectativas de comportamento dos preços e/ou pelos mecanismos de reajustamento 
de renda desenvolvidos pelos agentes econômicos a fim de se protegerem contra os 
efeitos de uma inflação crônica; 
 Inflação de Demanda: Processo inflacionário gerado pela expansão dos rendimentos 
ocorre quando os meios de pagamento crescem além da capacidade de expansão da 
economia, ou antes, que a produção esteja em plena capacidade. Aumentando os 
preços e, por extensão, os salários e os rendimentos em geral dando origem a um 
espiral inflacionário. 
 
 
 
Medidas da Inflação: índices de preços. 
Os principais índices que medem a inflação no Brasil, institutos responsáveis, características de 
cada um: 
Índice Geral de Preços do IBGE (IGP) 
Começou a ser calculado em 1947, comparando preços do mês anterior com os do mês 
corrente, coletados em 18 capitais. Há três grupos de preços: os de produtos no atacado, 
baseado numa amostragem de cerca de 500 mercadorias, com 60 por cento de peso no índice 
final; os de preços ao consumidor, com base nas compras de famílias com renda de 1 a 33 
salários mínimos, entra com 30%; preços da construção civil, com 10% de peso, baseado em 
planilhas de custo de empresas de engenharia. Um dos menos precisos, justamente pela sua 
abrangência, num quadro muito dispersivo de inflação. É divulgada em duas versões uma 
contendo apenas os preços do que é produzido internamente, (disponibilidade interna) e outra 
incluindo preços de importações. 
Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) da FGV 
Criado a pedido da Federação dos Bancos com uma cláusula que impede sua modificação pelo 
governo e tinha como função, servir de corretor de contratos bancários aplicáveis já no dia 30 
INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
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do mês em curso. É o primeiro a ser divulgado e tem como base os mesmos preços e a mesma 
ponderação do IGP, mas do dia 20 do mês anterior ao 20 do mês em questão. 
Índice Quadrissemanal de Preços ao Consumidor da FIPE 
Típico de uma economia hiper-inflacionária é publicado toda semana, com a variação dos 
preços das quatro semanas anteriores. Restringe-se ao município de São Paulo e afere o custo 
de vida de famílias com rendas de 2 a 6 salários mínimos. Calcula os preços médios durante 
quatro semanas e divide pela mesma média de quatro semanas anteriores. Trata-se, portanto 
de uma medida rápida das tendências de base dos preços. No índice FIPE a comida pesa 37 por 
cento do custo de vida das pessoas e a habitação 18 por cento. 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. 
Para rendas de 1-8 salários mínimos, foi o índice oficial de inflação de 1979 a 1986. 
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 
Sucedeu ao INPC como índice oficial, até 1990 e difere apenas no período de coleta dos preços. 
Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) IBGE 
Para rendas até quarenta salários mínimos. 
Índices de Custo de Vida do DIEESE 
Para três classes de renda, 1-3 salários mínimos, 1-5 e 1-30. Esse índice se distingue dos demais 
por incluir como itens essenciais do custode vida, despesas com recreação, comunicação, 
cultura e lazer. 
Índice da Cesta Básica (PROCON/DIEESE) 
Pesquisado em 70 supermercados em São Paulo, englobando 31 produtos essenciais para 
famílias com renda até 10,3 salários mínimos; mede a variação ponta a ponta. 
Consequências da Inflação 
 
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 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
5 
 
A inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de controle, pode 
gerar diversos problemas e distorções econômicas. Taxas de inflação altas são aquelas que 
ficam acima de 6% ao ano. 
- Desvalorização da moeda do país. 
 Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os 
consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem comprar os 
mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. O preço dos produtos sofrem 
reajustes constantes. Uma inflação de 50% ao mês (hiperinflação), por exemplo, corrói pela 
metade o salário dos trabalhadores. 
 - Alta do dólar e aumento dos preços dos importados. 
 Outro problema é que enquanto a moeda do país se desvaloriza, as outras (principalmente o 
dólar) faz o movimento inverso. Se este país com inflação elevada é muito dependente de 
importações, os produtos importados aumentam de preço, fato que alimenta ainda mais a alta 
da inflação. 
- Diminuição dos investimentos no setor produtivo. 
 Num ambiente de inflação elevada, muitos investidores preferem deixar o dinheiro aplicado 
em bancos (para que ocorra a correção monetária) do que investir no setor produtivo. Embora 
dê uma falsa ideia de que o dinheiro está “rendendo” muito, muitas pessoas preferem as 
aplicações financeiras. 
 - Clima econômico desfavorável. 
 Um país que sofre de inflação alta é visto no mercado internacional de forma negativa. Os 
grandes investidores e empresas evitam fazer investimentos produtivos de médios e longos 
prazos nestes países, pois sabem que a inflação alta é um indicativo de economia com 
problemas. 
- Aumento da especulação financeira. 
Muitos investidores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, costumam fazer 
investimentos em países de inflação alta com o objetivo de tirar vantagens das altas taxas de 
juros. Este capital especulativo é prejudicial para a economia de um país, pois grandes somas 
de capital podem entrar e sair rapidamente, causando instabilidade no mercado de câmbio. 
 - Elevação da taxa de juros. 
 Muitos países usam o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de controlar a 
inflação. A lógica é simples: com juros elevados o consumo diminui, forçando os preços a 
caírem. Porém, a alta dos juros desestimula a tomada de financiamentos, prejudicando assim 
os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de 
consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos, etc.). 
 - Aumento do desemprego 
 Países que não conseguem baixar e controlar a inflação sofrem, no longo prazo, com o 
aumento das taxas de desemprego. Isso acontece, pois ocorre diminuição significativa nos 
investimentos no setor produtivo. Bons Estudos!! 
INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
6 
 
Debate 
 
 
" A inflação é a pior ditadura que um povo pode 
suportar. Ao contrário de outras modalidades que 
afetam uma pequena parte da sociedade - a parte mais 
esclarecida -, a inflação afeta justamente a maioria da 
sociedade que é composta de pessoas não esclarecidas e 
que não sabem e não podem proteger seus parcos 
recursos da corrosão provocada por ela. Urge ficarmos 
atentos para não deixarmos que esse monstro volte 
novamente a nos atormentar como já aconteceu no 
passado. – Oswald Wendell 
 
 
 
 
INFLAÇÃO 
 Prof. Andrews V. Nunes Caetano Disciplina: Fundamentos de Economia Inflação 
 
 
7 
 
Referencia 
 
MANKIW, M.N.G. Introdução à Micro e à Macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 
2003. PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L. Microeconomia. 5. ed. São Paulo: Prentice 
Hall, 2002. 
 
SILVA, Bernardino José da. Economia do Setor Público. 4. ed. Palhoça: Unisul Virtual, 
2007.

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