Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória SAEP História Médico internalista perda do poder. Cirurgia vista cada vez mais como necessidade – guerra – necessidade de cuidado aos doentes. Cirurgião alcançava prestígio. Cirurgia só se desenvolveu após o domínio dos 3 grandes problemas: Ødor Øhemorragia Øinfecção História Florence – cuidado com o ambiente, necessidade de manter o paciente em observação para se recuperar da cirurgia. Joseph Lister – princípios da antissepsia William Morton – éter James Simpson - clorofórmio Início da enfermagem em CC Necessidade de ter pessoas que cuidassem do processamento dos materiais e equipamentos cirúrgicos (limpeza, acondicionamento, guarda e controle). Assistir o cirurgião durante a cirurgia. Cuidar do ambiente. Marco Histórico Século XIX = origem da Enfermagem de Centro Cirúrgico. 2a Guerra Mundial = divisão do trabalho do enfermeiro - coordenação e assistencial. Décadas de 60 e 70 = alta tecnologia preocupação com a qualidade em CC. 1978 – aplicação do processo de enfermagem no CC (Horta). Década de 80 = atuação mais efetiva do enfermeiro de CC ◦ assistência individualizada e humanizada ◦ 1985 – proposta do modelo assistencial SAEP Década de 90 = aprimorar qualidade da assistência. Século XXI – Assistência subsidiada pelo conhecimento científico. Modelo de Assistência para a Enfermagem Perioperatória A operacionalização da assistência com qualidade, acontece segundo um processo: ◦ planejado, ◦ sistematizado e ◦ contínuo Identifica, resolve, monitora e avalia a assistência de enfermagem com vistas ao atendimento das expectativas e necessidades do paciente. Modelo de Assistência para a Enfermagem Perioperatória A escolha de um modelo de atuação do enfermeiro depende da inserção do centro cirúrgico no contexto de saúde e em particular, da instituição hospitalar (filosofia de assistência e os objetivos). Quem é o alvo da assistência? ◦ O paciente e família ◦ A equipe cirúrgica Modelo de Assistência para a Enfermagem Perioperatória Modelo Baseado no Enfoque de Risco (identificação dos fatores de risco: ambiente, materiais e equipamentos, recursos humanos, paciente – fisiológico e psicológico). Gerenciamento de Caso (“Case Management”) - (atuação de equipe multidisciplinar, pacientes com grande quantidade de procedimentos, cuidados complexos, doentes crônicos, alto custo. Acompanhamento da trajetória do paciente desde internação até a alta hospitalar). Modelo de Assistência para a Enfermagem Perioperatória Prática Baseada em Evidências "o uso consciente, explícito e judicioso da melhor evidência atual para a tomada de decisão sobre o cuidar individual do paciente“ pela análise da validade dessas informações, principalmente averiguando os graus de eficiência e efetividade que possuem. Diagnóstico de Enfermagem – NANDA (julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de saúde, processos vitais reais ou potenciais). Modelo de Assistência para a Enfermagem Perioperatória Modelo Perioperatório Focado no Paciente – “PNDS” (Perioperative Nursing Data Set – conjunto de dados de enfermagem perioperatório). Domínios: respostas comportamentais, segurança, respostas fisiológicas, sistema de saúde. Planejamento Baseado na Programação Cirúrgica - Não é especificamente um modelo, mas é um planejamento bastante realizado na maioria dos hospitais brasileiros Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatória - SAEP Histórico SAEP Brasil 1985 - Castellanos; Jouclas: Objetivo de promover uma assistência de enfermagem de qualidade em CC com Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatória. O Modelo Conceitual Filosófico de Assistência de Enfermagem Perioperatório foi criado e implantado dentro do Programa de Integração Docente-Assistencial da Escola de Enfermagem da USP e no Hospital Universitário da USP. Conceitos Modelo Conceitual Teórico de Assistência Perioperatório diretriz para apontar as ações específicas de competência do enfermeiro; intervenção de enfermagem de forma sistematizada; aplicação do processo de enfermagem ao cuidado do paciente durante o perioperatório; metodologia utilizada na área de ação independente. Conceitos paciente é único e tem direito à assistência integral, individualizada e participativa. qualidade de assistência está vinculada a intervenção conjunta dos enfermeiros da UI e do CC. promoção da continuidade de assistência, a participação do paciente, família e registros contidos no prontuário. promoção da educação continuada do pessoal de enfermagem e registros legais documentada. Conceitos avaliação da assistência oferece subsídios para melhoria da qualidade e para o desenvolvimento profissional oferece respeito ao indivíduo e proteção a seus direitos humanos, satisfação das necessidades, prevenção de acidentes e lesões por negligência, imperícia e imprudência e estado de alerta e proteção contra os perigos do ambiente Objetivos 1. Ajudar o paciente e sua família a compreender o seu problema de saúde, a preparar-se para o tratamento e suas consequências e a desenvolver os mecanismos de defesa (fisiológico e emocional). 2. Diminuir os riscos inerentes ao ambiente de CC e ao uso de materiais e equipamentos. 3. Colaborar na previsão, provisão e controle de recursos humanos e materiais para a realização do ato anestésico cirúrgico. Fluxo operacional 1 - Avaliação pré-operatória 2 - Identificação de problemas 3 – Planejamento de cuidados 4 – Implementação da assistência 5 – Avaliação pós-operatória Fluxo operacional 1 - Avaliação pré-operatória Entrevista com o paciente e família durante visita pré-operatória. Consulta da ficha pré-operatória da enfermagem da UI contida no prontuário do paciente. Informações verbais do enfermeiro da UI. Continuidade da assistência entre UI e CC Fluxo operacional 2 - Identificação de problemas Listagem dos problemas percebidos na visita pré-operatória e no momento de recebimento do paciente no CC. Deverão ser considerados no TRANSOPERATÓRIO. Fluxo operacional 3 – Planejamento de cuidados Análise dos problemas identificados e elaboração da prescrição de enfermagem para o TRANSOPERATÓRIO. Determina: as ações a serem desenvolvidas e suas prioridades. como efetuá-las e a quem compete desempenhá-las. quando serão realizadas. Fluxo operacional 4 – Implementação da assistência Implementação dos cuidados prescritos. Registro dos cuidados oferecidos. Evolução da enfermagem no final da cirurgia. Fluxo operacional 5 – Avaliação pós-operatória Inicia na Recuperação Pós-Anestésica. Efetuada 24 a 48 horas após o ato anestésico-cirúrgico. Avalia a assistência que foi planejada e implementada. Corrige as falhas detectadas. Visita Pré-operatória Consiste em uma ferramenta relevante para toda a assistência perioperatória, sendo indispensável para obtenção de dados e informações das condições do paciente e suas necessidades. Servirá de embasamento para a construção do diagnóstico de enfermagem e planejamento das prescrições. Orientações ao paciente, visando assegurar o início de uma assistência humanizada, respeitando as individualidades de cada paciente, construindo confiança para a execução de um trabalho mais efetivo e qualificado. Dificuldades para realização da visita pré-operatória Reduzido número de enfermeiros disponíveis Filosofia institucional Falta de interesse dos profissionais Falta de conhecimento desta sistemática Recepção do paciente no CC Tendoem vista a impossibilidade de realizar a visita pré-operatória Recepção do paciente= momento de chegada do paciente no CC. Momento em que o enfermeiro irá conhecer o seu cliente/paciente. Promove a continuidade do cuidado entre enfermeiro de CC e o enfermeiro da unidade de origem. Atividades do enfermeiro na recepção do paciente no CC Certifica os dados de identificação do paciente (nome, idade, tipo de cirurgia, lateralidade e outros). Realiza breve exame físico, quando possível, com inclusão da avaliação das condições emocionais. Faz a leitura dos principais dados registrados na ficha pré-operatória. Verifica se o prontuário está completo. Verifica o registro de intercorrências e alterações importantes. Verifica a remoção de próteses e lentes. Recepção do paciente no CC Análise da evolução e prescrição de enfermagem da UI: - medicação pré-anestésica - remoção de próteses e adornos - área de tricotomia - uso de medicação e checagem das mesmas - jejum - doenças pregressas - alergias Realização dos cuidados prescritos ou reavaliação do paciente. Avaliação pré-operatória Finalidade: Identificação do risco cirúrgico Quantificação do risco cirúrgico Exclusão do risco susceptível Promover conforto e segurança ao paciente durante o período transoperatório. Entrevista Anestesias precedentes. História de hipertermia maligna – doença farmacogenética, desencadeado por anestesia geral pelas drogas halogenadas. Resposta ao estresse cirúrgico. Restrições de vias aéreas. “Alergias”. Lista de medicamentos em uso (interações: hipoglicemiantes, corticosteróides, anticoagulantes). Indícios de doenças subjacentes (asma, DM, alterações sanguíneas, estado psicótico, doenças cardíacas). Informações sobre antecedentes pessoais e familiares. Avaliação pré-operatória American Society of Anesthesiologists Classificação da Fisiologia Anormal do Paciente em Pré-Operatório. Índice de estado físico (ASA) não aborda risco cirúrgico. Classe/Descrição I - Paciente saudável, sem alteração orgânica; II - Paciente com doença sistêmica/cirúrgica branda; III - Paciente com doença sistêmica severa, sem limitação funcional; IV - Paciente com doença sistêmica incapacitante que se apresenta com constante risco de vida; V - Paciente moribundo, com expectativa de vida menor de 24h com ou sem cirurgia; VI - Paciente com morte cerebral. ASA Desvantagem: Considera somente as características do paciente Não avalia os riscos cirúrgicos Vantagem: Facilidade de classificação Amplamente difundido Avaliação pré-operatória Parâmetros Fisiológicos Idade Estado funcional cardíaco Pressão arterial sistêmica Frequência cardíaca Hemoglobina Leucograma Uréia Potássio Sódio Parâmetros Operatórios Complexidade cirúrgica Múltiplos procedimentos Perda sanguínea Contaminação peritoneal Disseminação oncológica Cirurgia eletiva ou de urgência Ideal – considerar porte cirúrgico e ASA Avaliação Cardiológica Eventos cardiovasculares são considerados a principal causa de morte no período perioperatório. Os eventos mais importantes: Episódios isquêmicos Infarto agudo do miocárdio; Angina instável – dor precordial pela redução de fluxo sanguíneo músculo cardíaco Insuficiência cardíaca descompensada – síndrome clínica na estrutura ou função cardíaca com incapacidade de ejeção sanguínea; Arritmia grave – ritmo cardíaco anormal Avaliação Cardiológica Fatores de risco para eventos cardíacos Idade – aumento de idade está relacionada a doença coronariana História de doença coronariana – risco de infarto perioperatório Insuficiência cardíaca congestiva Hipertensão arterial Diabetes – maior risco para doença aterosclerótica Avaliação quanto ao uso de droga Anticoagulante Anticoagulantes no pré-operatório: são considerados como drogas de risco para sangramento no intraoperatório. No pós-operatório estão associados com prevenção de risco para trombose venosa profunda – heparina subcutânea e anticoagulantes orais. Avaliação do paciente idoso Alterações fisiológicas do envelhecimento podem acarretar maior risco ao paciente: Diminuição funcional de rins e fígado intoxicações medicamentosa. Diminuição da reserva cardíaca hipotensão. Pulmonar, alteração do mecanismo de ventilação. Renal, diminuição da taxa de filtração glomerular. Avaliação doença pré-existentes: Hipertensão Importante causa de suspensão de cirurgia – está associada com doença coronariana e doença arterial, especial atenção para cérebro, coração e rim. Acarreta complicações na anestesia (intubação), no intraoperatório e no pós- operatório. Avaliação da continuidade da medicação anti-hipertensiva no pré-operatório. Avaliação doença pré-existentes: Diabetes Complicações: Aterosclerose – doença micro e macrovascularização, disfunção endotelial Hipertensão – nefropatia Acidente vascular cerebral Retinopatia – cegueira Neuropatia sensorial – parestesia e perda sensibilidade periférica Imunodeficiência – predisposição a infecção Avaliação Função Renal Pacientes cirúrgicos são mais suscetíveis ao desenvolvimento de insuficiência renal aguda - alterações hemodinâmicas, uso de drogas nefrotóxicas. Complicações no pós-operatório: Distúrbio hidroeletrolítico Hipertensão Congestão pulmonar Sódio/Potássio Uréia/Creatinina Avaliação da Função Hepática Complicações: Alteração no metabolismo de drogas Alteração na excreção de toxinas Maior risco de sangramento Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO) Transaminase Glutâmico Pirúvico (TGP) Tempo de Protombina Avaliação da Função Pulmonar São complicações tão frequentes quanto as cardíacas e aumento do tempo de internação hospitalar Fatores de risco relacionadas ao paciente: Tabagismo, Idade, Obesidade, Doença pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Asma Estado geral do paciente – gripe, bronquite Fatores de risco relacionadas à cirurgia: local da incisão, tempo de duração de cirurgia Avaliação do Estado Emocional Ansiedade acomete de 40% a 85% dos pacientes. Importância da avaliação do paciente: ◦ Interfere na qualidade de vida ◦ Repercussão do trauma anestésico-cirúrgico CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ- OPERATÓRIO Cuidados de enfermagem pré- operatório Abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica. O objetivo da assistência é promover o melhor estado físico e psicológico do cliente, visando evitar complicações no período pós-operatório. Cuidados de enfermagem pré- operatório O pré-operatório divide-se em mediato e imediato. ØPré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias. ◦ Pré-operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções antissépticas e aplicação de medicação pré-anestésica. A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da cirurgia para evitar colonização da pele. Pré-operatório mediato ü Preparo emocional; ü Orientar quanto a dor e náuseas; ü Orientar quanto a deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos MMII; ü Mensurar dados antropométricos (peso, altura), sinais vitais para posteriores comparações; ü Encaminhar para realizar examesde sangue, raio-X, ECG, TC e outros; ü Preparo do intestino quando indicado dias antes ou na noite anterior a cirurgia. ITEM AÇÕES DE ENFERMAGEM SIM NÃO 01 Informada o tipo e hora da cirurgia 02 Assinado termo de responsabilidade 03 Preparada a região operatória 04 Lavagem intestinal com bom efeito 05 Está sem esmalte e/ou jóia 06 Realizada higiene oral e corporal 07 Jejum operatório 08 Esvaziamento vesical 09 Próteses e ou jóias identificadas e guardadas 10 Camisola aberta 11 Visita da anestesista realizado 12 Administração de medicação pré-anestésica 13 Ausência de reações após o pré-anestésico. Se houver tipo: 14 Rx e exames no prontuário 15 Em Rx punção de subclávia 16 Peso: KG: 17 Altura: Cm: 18 Sinais vitais: Antes do pré-anestésico PA:___ P:___ R:___ T:___ 30` após o pré-anestésico: PA:___ P:___ R:___ T:___ NOME:_______________________________ QUARTO/LEITO:__________ REGISTRO:_______________ CIRURGIA PREVISTA:_____________________________________________________________________ PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO Prevenindo complicações anestésicas 1. Jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia. Prevenção de complicações com relação a infecção Pele 2.Higiene pessoal (banho com germicida clorexidina ou solução de iodo PVPI) 3. Tricotomia: máximo 2 horas antes ou no próprio centro cirúrgico, em menor área possível e com método o menos agressivo 4.Esvaziamento Intestinal (8 a 12 horas antes do ato cirúrgico) Laxativos (medicamentos) Lavagem intestinal ou Enteroclisma – é a introdução de líquido (volume máximo de 2000ml) no intestino, através do ânus ou da boca da colostomia, com o objetivo de promover o esvaziamento intestinal) Enema (é a aplicação de no máximo 500ml de substância (contraste radiológico, medicamento, etc.) pelo reto. 5. Remoção de jóias, anéis , próteses dentárias, lente de contato 6. Esvaziamento da bexiga Esvaziamento espontâneo: antes do pré-anestésico. Sonda vesical de demora: cirurgias em que a mesma necessite ser mantida vazia, ou naquelas de longa duração , o que é feito, geralmente e realizado no centro cirúrgico. 7. Verificar Sinais Vitais antes de encaminhar para CC. 8. Verificar o prontuário, exames, consentimento livre informado, prescrição e registro de enfermagem e encaminhamento junto ao paciente. 9. Administrar medicamento Pré-anestésico (45 a 60 minutos antes do início da anestesia - Opiáceos - Benzodiazepínicos - Hipnóticos - Neurolépticos). 10. Manter ambiente silencioso para promover relaxamento. 11. Vestir o paciente (camisola, gorro, propé). 12. Promover limpeza e arrumação da unidade. Prevenindo infecções Ø Fatores ü Quantidade e virulência dos microorganismos; ü Capacidade de defesa do cliente. Ø Cuidados da equipe ü Uniformes limpos e unhas curtas e limpas; ü Lavagem das mãos antes e após cada procedimento; ü Observar os sinais de infecção. Ø Cuidados com o paciente ü Banho com antissépticos específicos (clorexidina ou PVPI) na noite anterior e no dia da cirurgia, tricotomia, lavagem intestinal, retirada de objetos pessoais, próteses e outros; ü Entregar os pertences ao familiar. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO TRANSOPERATÓRIO PERÍODO TRANSOPERATÓRIO Compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC até o momento de seu encaminhamento para a sala de pós-recuperação anestésica (SRA) PERÍODO INTRA-OPERATÓRIO Compreende desde o início até o final da anestesia Cuidados de enfermagem no período transoperatório As ações assistenciais desenvolvidas nessa fase devem atender não só as atividades técnicas mas também as expectativas do paciente. Toda equipe deve estar atenta no sentido de oferecer ao paciente apoio, atenção, respeitando sua crenças, seus valores, seus medos, suas necessidades, atendendo-o com segurança, presteza e eficácia. Período Transoperatório Para a realização de uma cirurgia é necessária uma série de preparos e rituais que irão auxiliar e facilitar nos procedimentos, assim evitando possível infecção. Portanto existem certos rituais comuns a todas as cirurgias. São eles: Receber o cliente ao chegar no CC e encaminhá- lo para a sala cirúrgica. Manter diálogo e orientá-lo a cada passo do procedimento. Nivelar a altura da mesa cirúrgica com a altura da maca e encoste a maca paralelamente à mesa cirúrgica, lembrando de fixá-la. Auxiliar o cliente na transferência para a mesa cirúrgica. Auxiliar na transferência de soros e sondas quando presentes. Puncionar veia calibrosa. Colocar apoio de braço (braçadeiras) o mais anatômico possível. Instalar os eletrodos do monitor cardíaco e instalar o aparelho de pressão arterial (P.A). Instalar o oxímetro de pulso. Remover as cobertas e roupas do cliente. Prender o campo no arco de narcose (divisório entre o anestesista e o cirurgião). Colocar a placa do bisturi elétrico em contato com a pele do cliente. Proteger proeminências ósseas. §Monitorizar o paciente e mantê-lo aquecido §Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para a cirurgia §Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica §Realizar o cateterismo vesical do paciente, quando necessário §Proteger a pele do paciente durante a anti-sepsia com produtos químicos, aquecê-lo, promover o massageamento ou realizar enfaixamento dos membros, evitando a formação de trombos vasculares §Registrar todos os cuidados prestados INTRA-OPERATÓRIO FUNÇÃO DE ENFERMAGEM NO INTRA-OPERATÓRIO 1. As funções de enfermagem na sala de operação são frequentemente descritas nos termos das atividades de circulação e instrumentação. 2. O circulante gerencia a sala de operação e protege o paciente quanto suas necessidades de saúde e segurança, monitoriza as atividades dos componentes da equipe cirúrgica e checa as condições da SO. 3. Montagem da SO 4. Circulação em SO 5. Desmontagem da SO Funções do circulante 1. Garantir a higiene 2. Adequar a temperatura, a umidade e luminosidade 3. Garantir o funcionamento dos equipamentos com segurança 4. Disponibilizar os suprimentos e materiais 5. Monitorizar as práticas assépticas para evitar falhas técnicas 6. Coordena a equipe; médica, RX, laboratório 7. Monitoriza o paciente durante o procedimento garantindo segurança e comodidade. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS- OPERATÓRIO Cuidado no pós-operatório Ø Pós-operatório: inicia-se a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até a sua total recuperação. Subdivide-se em: ü Pós-operatório imediato: até às 24 horas posteriores à cirurgia; ü Pós-operatório mediato: após às 24 horas e até 7 dias depois; e tardio, após 7 dias do recebimento da alta. Ø Objetivos: identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais como dor, laringite pós-intubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinária, flebite pós-venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o seu equilíbrio. Assistência de enfermagem na SRPA O período de recuperação anestésica é considerado crítico, pois os pacientes encontram-se muitas vezes inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. A enfermagem deve estar voltada para a individualidade de cada paciente, desde a admissão, até a alta da unidade. Prestar conforme a rotina do setor as informações aos familiares. O estado do paciente deve ser avaliado quanto às necessidades durante a transferência (como oxigênio, dispositivo manual de pressão positiva, um leito em lugar de maca). Assistência de enfermagem na SRPA Quando o paciente chega na SRPAdeve-se fazer uma avaliação imediata: ◦ da via aérea, ◦ circulação e ◦ respiração, O circulante juntamente com o anestesista realizará a passagem do paciente para a equipe da SRPA, sinalizando o que o paciente fez em SC, estimativa de perda e reposição de líquidos/sangue, complicações ocorridas durante o curso da cirurgia. Após, começar as manobras de atendimento do paciente na unidade que são: via aérea; frequência cardíaca; pressão arterial; frequência respiratória; temperatura axilar; nível de consciência; coloração da pele; condições de curativo; perviedade; fixação dos tubos de drenagem, cateteres e recipientes; quantidade de drenagem e aspecto; resposta muscular e força; resposta pupilar; localização dos acessos e condições do local; redução no nível da dor; Procedimentos na SRPA üOxigenoterapia; üMonitorização clínica; üObservar cor da pele e mucosas; üPadrão respiratório; üSangramentos; üNível de bloqueio sensitivo; üGlobo vesical; üForça muscular; üRegistros de enfermagem; üEscala de ALDRETTE & KROULIK.
Compartilhar