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ANESTESIA GERAL EM ODONTOLOGIA Horace Wells - 1884 Definição de anestesia (an = sem; aísthesis = sensação) Ausência de Sensibilidade Ausência de resposta consciente a diversos estímulos: Dor, frio, calor e manifestações voluntárias dependentes de raciocínio “Condição de ausência de dor durante a execução de uma forma de tratamento” ➢ Seja uma cirurgia, um tratamento de dor, um curativo de queimado, um exame realizado para diagnóstico, como um cateterismo cardíaco em criança, uma ressonância magnética em criança, etc. Esta condição é obtida com medicamentos denominados de anestésicos, que podem agir sobre o sistema nervoso central (anestésicos gerais) ou sobre os nervos periféricos (anestésicos locais). ANESTESIA GERAL Termo que designa uma técnica anestésica que promove: inconsciência (hipnose) total abolição da dor (analgesia / anestesia) relaxamento do paciente possibilitando a realização de qualquer intervenção cirúrgica conhecida. EFEITOS DAS MEDICAÇÕES Sedação e amnésia Benzodiazepínicos- Midazolan (Dormonid ™) Diazepan (Valium ™, Diempax ™) Hipnóticos Indução ao sono – Benzodiazepínicos- Midazolan (Dormonid ™) Diazepan (Valium ™, Diempax™) em altas doses Thionembutal (Thiopental tm ) Propofol (Diprivan ™) Etomidato Analgesia Opiáceos Morfina (Dimorf); Fentanil ; Alfentanila (Rapifen ™); Remifentanil (Ultiva ™) Bloqueio Neuromuscular (relaxante muscular ou curare) Succinilcolina (Quelicin) Rocurônio (Esmeron™) Pancurônio (Pavulon ™) Cisatracurio (Nibium ™) AÇÕES NEFASTAS Depressão dos centros respiratórios e vasomotores (risco de morte); Relaxamento muscular Obstrução das vias aéreas por glossoptose ou bronco-aspiração de conteúdos gástricos. OBJETIVO Promover um estado de inconsciência durante a cirurgia. Desta forma, o estímulo doloroso não pode ser interpretado pelo cérebro do paciente; Nesse estado, o corpo todo é anestesiado, possibilitando qualquer tipo de intervenção cirúrgica. VANTAGENS Possibilita a manutenção segura e eficaz da anestesia por longos períodos de tempo; Permite ao anestesiologista controle absoluto sobre os sistemas respiratório e circulatório do paciente; Total conforto para o paciente, que permanecerá dormindo durante todo o ato cirúrgico. CLASSIFICAÇÕES São classificadas de acordo com as vias de administração das drogas e/ou agentes administrados. Endovenosa Inalatória Combinadas AMBIENTE PARA ADMINISTRAÇÃO DE ANESTESIA GERAL “Constitui prática atentatória à ética a solicitação e/ou realização de anestesia geral em consultórios ou ambulatórios”. Resolução do CFM no. 852 de 04/10/1978 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS OBRIGATÓRIOS Drogas Depressores do sistema nervoso central, hipnóticos, opiáceos, sedativos, neurolépticos, bem como seus antagonistas específicos, relaxantes musculares de ação periférica, vasopressores, anticolinérgicos, anticolinesterásicos, antiarritimicos além das drogas antialérgicas (esteroidais ou não) Gazes medicinais Oxigênio, Ar comprimido, agentes anestésicos halogenados (halotano, cevorane) Aparelho de anestesia completo (“carrinho”) Máscaras, balões (AMBU) Aspirador Monitores (PNI; SPO2; Cardioscópio; estetoscópio; esfigmomanômetro; FC; Capnógrafo; desfibrilador cardíaco e marcapasso externo); Sondas endotraqueias com e sem cuff; canulas oro e nasotraqueais); Equipos de soro, cateteres intravenosos; etc. INSTRUMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS Oxímetro de pulso; cardioscópio; Capnógrafo; PNI Bomba de infusão; Aspirador eficiente Máscaras Laringoscópio DROGAS UTILIZADAS Hipnóticos Analgésicos Opióides Relaxantes Musculares Agentes Halogenados HIPNÓTICOS Propofol Etomidato Midazolam Thionembutal Cetamina Outros AGENTES INALATÓRIOS Halogenados: Halotano; Enflurano; Isoflurano; Sevoflurano; Desflurano. N 2 O FASES DA ANESTESIA GERAL 1-Depressão do SNC Indução Sono, perda da consciência, certo grau de relaxamento muscular e diminuição ou perda dos reflexos. Manutenção Fase mais tranquila, onde se mantém o obtido na indução 2- Recuperação do SNC Retorno progressivo das funções fisiológicas às suas condições anteriores. INDUÇÃO ANESTÉSICA A indução da anestesia é o período de transição inicial do paciente que se encontra acordado para o estado de inconsciência, característico da anestesia geral. INDUÇÃO Pediatria A indução da anestesia normalmente é inalatória, feita através de uma mistura de gases (oxigênio + ar comprimido ou oxigênio + óxido nitroso ou ainda oxigênio puro) com um agente anestésico inalatório (exemplos: halotano, sevofluorano), administrado através de uma máscara facial (o popular “cheirinho”). Adultos A indução mais utilizada é a endovenosa: o anestesista administra drogas endovenosas mediante venóclise prévia. As medicações que farão o paciente dormir, promoverão relaxamento muscular (que é vital para a realização de alguns tipos de cirurgias) e, é claro, medicações que vão abolir a dor. DROGAS MAIS UTILIZADAS NA INDUÇÃO INALATÓRIA Halogenados Halotano, Enflurano, Isoflurano, Sevoflurano, Desflurano N 2 O DROGAS MAIS UTILIZADAS NA INDUÇÃO VENOSA Propofol; Etomidato; Midazolam; Thionembutal; Cetamina; Outros. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA Na manutenção da anestesia, tanto em crianças como adultos, podem ser utilizados agentes venosos e/ou inalatórios, administrados conforme as necessidades individuais do paciente e de características do procedimento cirúrgico Na anestesia geral é comum que a função respiratória seja complementada com aparelhos chamados ventiladores mecânicos (ou respiradores artificiais). Nesses casos, os pulmões são conectados ao aparelho através de sonda naso ou oro traqueal. Em odontologia a intubação naso-traqueal é a normalmente utilizada. CUIDADOS COM O PACIENTE Avaliação Pré-operatória Exames Laboratoriais Avaliação Cardiológica Avaliação Anestesiológica AVALIAÇÃO DO PACIENTE PELO CIRURGIÃO-DENTISTA NO PRÉ-OPERATÓRIO Realizar completa avaliação pré-operatória Anamnese; Exame físico; Exames laboratoriais de rotina; Parecer da Cardiologia com ECG e risco cirúrgico; Parecer das demais clínicas médicas quando necessário. Encaminhar de rotina para consulta pré-anestésica com cópia dos exames e pareceres. MANUSEIO DO PACIENTE PELO CIRURGIÃO DENTISTA Tamponamento oro-faringeo; Mantenedor de abertura bucal; Cuidados com os monitores e material de anestesia Tubo traqueal, monitores cardiológicos, oxímetro de pulso, etc. INTUBAÇÃO Intubação Orotraqueal Intubação Nasotraqueal SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS DE ANESTESIA GERAL EM ODONTOLOGIA. Despertar do paciente Parada do suprimento do anestésico e manutenção da oxigenação; Uso de drogas antagonistas; Importância da sala de recuperação pós-anestésica. SEGURANÇA DA ANESTESIA GERAL A segurança dos procedimentos anestésicos aumentou muito ao longo da última década. O melhor preparo dos médicos, o melhor conhecimento das doenças, o melhor preparo dos pacientes, a instituição regular das consultas pré-anestésicas, drogas mais seguras e monitorização adequada no intra-operatório e no período pós anestésico são considerados os principais fatores que contribuíram para a drástica redução das complicações relacionadas às técnicas anestésicas.
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