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burocracia disfuncional e organizações formais

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Boa noite a todos,
Olhando mais atentamente para a burocracia disfuncional e as organizações formais e como se dão esses arranjos, refere Bergue citando Motta; Bresser-Pereira (1981) que burocracia significa poder. Diante disso, ter regras no ambiente de trabalho, seja ele público ou privado é o mesmo que conferir o poder de cuidar um do outro, onde muitas vezes o foco do cuidado está na falha do outro. Bergue ainda refere que o comportamento do indivíduo é influenciado pelo sistema de normas que o envolve na organização. Já Weber apud Bergue, cita burocracia como a eficiência técnica. Sendo assim, é interessante observar que até mesmo dentro dos menores grupos, aos maiores grupos e organizações, que ao inserir regras e padrões, abre-se um caminho para haver uma diferenciação entre a estrutura formal percebida e a funcional, configurando assim, as disfunções que ocorrem em decorrência da interação humana nas estruturas normativas. O autor ainda menciona que essas burocracia disfuncional nas organizações formais, pode gerar: o apego às normas supervalorizando o mecanismo de poder e controle, enrijecendo a flexibilização, a inovação; ocorrendo o excesso de formalização há ainda a resistência às mudanças e gera um ambiente de exibição de sinais de controle de uns sobre os outros e/ou processos. Exemplifico na ocasião quando trabalhava num órgão da secretaria de saúde da minha cidade e havia um número mínimo de visitas a serem feitas, porém muitas vezes não era possível realizar, seja porque algum atendimento demandava mais tempo do que outro ou então porque por algum outro processo, não era possível completar as visitas previstas. No entanto, os coordenadores eram sensíveis a essas nuances no atendimento, mas os demais colegas funcionavam como “fiscais” uns dos outros, criando um ambiente de difícil relacionamento e pouco aberto a ouvir sugestões e melhorias. Quando também não acontecia de o “cidadão” também exercer esse papel de “fiscal” e se julgar também detentor de poder ao analisar o que estava sendo feito. Entretanto, esse cidadão desconhecia os caminhos internos, o lado oculto, vendo apenas o ambiente formal e julgando a partir dessas percepções. Entendo que é necessário, enquanto gestor público, buscar manter um clima de respeito e não engessado, ao propor as rotinas, mas também sempre deixar uma “janelinha” aberta para “arejar” as idéias quando nem tudo que foi proposto/planejando não sair como esperado. 
REFERÊNCIAS:
BERGUE, Sandro Trescastro. Comportamento organizacional. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2014.

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