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TRABALHO DE DIREITO DE FAMÍLIA

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ICEC - INSTITUTO CUIABÁ DE ENSINO E CULTURA
CURSO DE DIREITO
TURMA: DR9 /ABCD51-MATUTINO
DOCENTE:
EDIVAN F. VIEIRA
DIREITO DE FAMÍLIA
DISCENTE:
RAFAEL DA CRUZ MEIRA
TEMA:
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS;
FONTES DO DIREITO DE FAMÍLIA COMPARADOS COM A CONSTITUIÇÃO.
CUIABÁ, 27 DE FEVEREIRO DE 2019.
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo a apresentação de uma nova visão que se deve ter do Direito de Família, não mais atrelado unicamente ao Código Civil, mas sim o Direito de Família que busca na Constituição Federal respostas para as transformações da sociedade, que culmina no conceito de Direito Civil-Constitucional. A Constituição de 1988 se mostra inovadora, pois busca na sua essência a efetiva concretização de um Estado social democrático através do respeito aos direitos fundamentais. Nos mais variados ramos do Direito estão presentes normas que consagram a dignidade da pessoa humana e visam preservar a construção e o respeito da personalidade destas. Se por muito tempo pareceu correto o desmembramento dos ramos do direito para que assim se lograsse a sua especialização. Parece que hoje as necessidades sociais clamam por uma reaproximação das matérias de Direito Público e Privado, para que assim estas últimas se renovem e adquiram um caráter mais humano e menos egoístico.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS
No Direito Romano o havia duas formas de casamentos (Cum Manu e Sine Manu), além já prever requisitos para que o casamento fosse legítimo. 
No Cum Manu, a mulher se tornava um patrimônio do marido, sendo que todo o patrimônio pertencia a esta passa a ser administrado pelo cônjuge além de ter que abrir mão de todos os seus costumes e crenças e passar a aceitar as crenças da nova família. 
Já no Sine Manu a mulher ganhou mais autonomia tanto com relação aos patrimônios como no em suas crenças e costumes. Essa forma ganhou força e passou a ser a principal forma de casamento. 
Em nosso atual ordenamento podemos notar a influência desse instituto, no que diz respeito aos motivos impeditivos para o casamento, além dos regimes, em que diz respeito aos patrimônios dos nubentes.
Durante a Segunda Guerra Mundial o mundo sofreu com as atrocidades que ocorreram dentro do campo de batalha. Desse período em diante surgiu-se a necessidade de criar Tratados Internacionais que impedissem que tais acontecimentos voltassem a acontecer.
Assim, o princípio da dignidade humana passou a ser o mais importante princípio, pois a morte de milhões de pessoas, a forma degradante que viviam e o rastro de destruição que o Pós-Guerra deixou não havia precedentes e não poderia mais ser tolerado. O cidadão tem o direito de viver em um Estado que ofereça o mínimo para uma sobrevivência digna.
Depois da implementação desse princípio no ordenamento jurídico brasileiro a família teve seu direito resguardado de não ter a obrigatoriedade de seguir um modelo padronizado. Pois, tanto o homem como a mulher não podem ser compelidos a contrair matrimonio já que a Constituição Federal afirma que todo cidadão é livre (art. 3º, I, CF/88) se quiserem constituir família, sendo que a imposição do casamento viola a direito a dignidade da pessoa humana (art.1º, III, CF/88).
Ressaltando esse princípio tem-se o §7º do art. 226, CF/88 que no seu corpo legislativo diz:
§7°- Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
O princípio da igualdade também tem suas raízes no Direito de Família. Nas palavras de Maria Helena Diniz:
A Constituição Federal de 1988, no art. 226, §5°, estabeleceu a igualdade no exercício dos direitos e deveres do homem e da mulher na sociedade conjugal, que deverá servir de parâmetro à legislação ordinária, que não poderá ser antinômica a esse princípio. Os cônjuges devem exercer conjuntamente os direitos e deveres relativos à sociedade conjugal, não podendo um cercear o exercício do direito do outro.
Desse artigo vislumbra-se a importância da revogação do Código Civil de 1916, pois a mulher era totalmente subordinada ao Estatuto da Mulher Casada e tinha como função auxiliar o marido, porém não lhe era reconhecido o direito de igualdade.
A FAMÍLIA NO CÓDIGO CIVIL DE 1916
A primeira legislação brasileira que abordou com mais abrangência o tema da família e o casamento civil entre homem e a mulher como sendo o responsável por instituir a família foi o Código Civil Brasileiro de 1916. Contudo, nessa lei, não era permitido o divórcio, sendo também adotados, como impedimentos matrimoniais, aqueles instituídos durante a Idade Média pela Igreja Católica.
De acordo com Bittar (1993), o conceito dado à família, o qual foi aceito pelo Código de 1916 caracterizava-a como sendo pessoas que possuam uma relação de consanguinidade, sendo nesse preceito envolvido todos aqueles que apresentam a mesma genética.
O Código Civil de 1916, editado numa época com estreita visão da entidade família, limitando-a ao grupo originário do casamento, impedindo sua dissolução, distinguindo seus membros e apondo qualificações desabonadoras às pessoas unidas sem casamento e aos filhos havidos dessa relação, já deu a sua contribuição, era preciso inovar o ordenamento. Assim, reuniu-se grupo de jurista a fim de “preservar, sempre que possível”, a lei do início do século, modificando-a para atender aos novos tempos.
Ainda que no Código Civil brasileiro de 1916 não apresentasse, de forma definida, o que vinha a ser o instituto da família, a sua legitimidade estava condicionada ao casamento civil, sem existir qualquer menção ao casamento religioso, como pode ser observado no art. 229, in verbis: “criando a família legítima, o casamento legitima os filhos comuns, antes dele nascidos ou concebidos”.
Vale ressaltar a existência de vários outros artigos que dispunha sobre os filhos, tais como, os arts. 355, 356, 357, 358, 377, 378, 379, 185, todos esses artigos traziam os termos legítimos e ilegítimos, distinguindo os filhos. Essa distinção deixou de existir com o advento da Constituição Federal de 1988, que além de acabar com a distinção entre os filhos considerados legítimos e ilegítimos, acabou com a desigualdade de direitos e deveres entre homem e mulher, reconhecendo a união estável como unidade familiar, entre outras mudanças.
2.1 A FAMÍLIA NO CÓDIGO CIVIL DE 1988
Ao longo dos anos, observou-se que a família brasileira passou por expressivas modificações conceituais, bem como estruturais no transcorrer do século XX, sendo todas essas modificações absorvidas pela Constituição da República de 1988. Período este em que se promoveu o Estado democrático de Direito no país, elegendo assim o princípio da dignidade da pessoa humana, como principal base, os fundamentos apresentados pela República Federativa do Brasil.
Vale ressaltar que o modelo de família, se caracterizava como sendo fechado, onde se percebia que a satisfação, assim como a felicidade de permanecer junto de seus membros, era considerada de menor importância em relação à manutenção do patrimônio familiar.
Em decorrência dos novos momentos constitucionais foram editadas leis especiais garantidoras dos direitos, que promoveram a atualização do texto da lei 6516/77, relativa á separação judicial e ao divórcio, a edição do Eca. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/90, a normatização do reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento, Lei nº 8560/92, as leis da União Estável 8971/94 e 9278/96, conferindo aos companheiros direitos de alimentos e a meação e a herança.
Imperava no Brasil até a Constituição da República de 1988 o modelo de família patriarcal e da consanguinidade. A Carta Constitucional promulgada em 1988 apresentou uma nova roupagem à família e ao Direito de Família com seu artigo 226 e 227, § 6º. No artigo 226, a família é taxada comoalicerce da sociedade e merece amparo especial do Estado e inovou reconhecendo outras formas de famílias reconhecidas pelo Estado em seus parágrafos 3º e 4º, como a União Estável e a Família Monoparental. No artigo 227, § 6º da CF/1988 revolucionou o Direito de Família pátrio ao proibir expressamente de haver qualquer tipo de classificação ou discriminação dos filhos, sejam eles havidos ou não na constância do casamento e adotivos ou não.
Assim sendo, observa-se que a família se desenvolve na mesma proporção que a sociedade se modifica, criando estruturas novas no intuito de se adaptar as necessidades novas, as quais são consequências de novas realidades no âmbito social, político e econômico. Com isso, pode-se dizer que o direito deve acompanhar as transformações que a família sofre.
2.2 A FAMÍLIA NO CÓDIGO CIVIL DE 2002
O Código Civil de 2002 trouxe inovações em termos de direito da família, uma vez que consagrou diferentes arranjos familiares, considerando as evoluções sociais que o país sofreu ao longo dos anos. Bem como conferindo um conteúdo mais moderno e atual ao anteriormente ensejado pelo CC de 1916, introduzindo princípios e normas constitucionais antes não tratadas com a veemência com que será exposta nesta sequência.
Destaca-se que as mudanças implantadas no Código Civil de 2002 foram uma consequência natural das primeiras transformações trazidas pela Constituição Federal de 1988, mas, em caráter complementar e mais abrangente, buscando contemplar os direitos fundamentais, consagrando as exigências de justiça e valores éticos, objetivando a preservação da harmonia do Poder Judiciário nacional, posto que fosse capaz de modernizá-lo aos novos arranjos familiares.
Em termo do Código Civil de 2002, o direito de família foi reforçado a partir dos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade jurídica entre os cônjuges, da igualdade jurídica de todos os filhos. Além do pluralismo familiar, da liberdade de construir uma comunhão de vida familiar, da consagração do poder familiar, do superior interesse da criança e do adolescente, da afetividade e da solidariedade familiar.
Quando se fala em princípio da dignidade da pessoa humana, em termos de Direito da família, objetiva-se consagrar o pleno desenvolvido de cada indivíduo enquanto membro da instituição familiar, assim como um direito constitucional trazido pelo art. 1º, inciso III da atual CF. Antes da Carta Magna de 1988 existiam muitas discussões acerca da aplicação deste princípio no cenário familiar, mas de nada adiantava, pois não havia sua consagração em uma legislação própria e o tema perdia em importância.
Com o princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e companheiros, desaparece o poder marital, e a autocracia do chefe de família é substituída por um sistema em que as decisões devem ser tomadas de comum acordo entre conviventes ou entre marido e mulher, pois os tempos atuais requerem que marido e mulher tenham os mesmos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal, o patriarcalismo não mais se coaduna com a época atual, nem atende aos anseios do povo brasileiro; por isso juridicamente, o poder de família é substituído pela autoridade conjunta e indivisiva, não mais se justificando a submissão legal da mulher. Há uma equivalência de papéis, de modo que a responsabilidade pela família passa a ser dividida igualmente entre o casal. Com este princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e companheiros, desaparece o poder marital, e a autocracia do chefe de família é substituída por um sistema em que as decisões devem ser tomadas de comum acordo entre conviventes ou entre marido e mulher, pois os tempos atuais requerem que marido e mulher tenham os mesmos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal, o patriarcalismo não mais se coaduna com a época atual, nem atende aos anseios do povo brasileiro; por isso juridicamente, o poder de família é substituído pela autoridade conjunta e indivisiva, não mais se justificando a submissão legal da mulher. Há uma equivalência de papéis, de modo que a responsabilidade pela família passa a ser dividida igualmente entre o casal.
Com este princípio, homem e mulher, enquanto cônjuges ou companheiros, ficarem em “pé de igualdade”, destituindo o poder absoluto anteriormente existente do pater famílias, reconhecendo que a família evoluiu, tendo novas configurações, direitos e deveres que devem ser colocados em prática, a fim de possibilitar aos seus filhos o máximo de bem estar e os demais direitos mencionados pela CF/88. Neste diapasão, pode-se mencionar o art. 1.511 do CC/2002 ao dizer que “o casamento estabelece a comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”. Nada mais é do que o respeito ao princípio da igualdade que também já foi consagrado em jurisprudências e por teóricos não somente em termos do casamento, mas da união estável também.
Quanto ao princípio do superior interesse da criança e do adolescente, pai e mãe devem assumir seus papéis para oferecerem o melhor aos seus filhos, inserindo-os efetivamente como cidadãos, solucionando problemas que possam vir a ocorrer com a separação ou o divórcio.
O princípio da afetividade vincula-se diretamente ao princípio da dignidade da pessoa humana determinando que todo membro da família tenha direitos iguais ao afeto, sendo filho natural ou não, mas não deve haver discriminações que prejudiquem o bem-estar.
Já o princípio da solidariedade familiar, conforme Dias (2009), é uma forma de a entidade familiar ter fraternidade e reciprocidade, com todos eles atuando com solidariedade entre si, pois o amor ao próximo deve existir, não somente pela palavra de Deus, mas sim pela própria consagração da instituição familiar.
FONTES DO DIREITO DE FAMÍLIA
A partir do século XIX a discussão acerca da realização pessoal, da promoção do bem-estar pessoal e do desenvolvimento da personalidade, erigem como temas de grande importância para o direito. Nesse contexto, ocorre uma transformação da visão que se tinha acerca do Direito Civil, atentando-se a partir daí a aspectos sociais também no âmbito do Direito Civil.
É necessário atentar para o fato de que a regulação da vida privada, que antes era exclusiva do Direito Civil, passa a se subordinar à Constituição, ou seja, inúmeros institutos que eram regulamentados pelo Código Civil, passam, mediante o paradigma constitucional, a serem positivados em microssistemas jurídicos.
O direito de família dentre os diversos conteúdos regulados pelo Direito Civil, é considerado o que mais sofreu transformações através do processo de constitucionalização, a partir da Constituição de 1988. Na seara do Direito de Família, os direitos fundamentais exercem grande influência, em virtude de estarem intimamente relacionados às pessoas, que sempre, e de alguma forma, estão vinculadas a uma família.
A família passou por uma grande transformação social, e hoje o que se nota é a valorização da afetividade e da solidariedade. A prova dessa transformação é materializada no texto da Constituição de 1988, que dedica um capítulo à família, e preocupa-se em estabelecer direitos e deveres no âmbito familiar, consubstanciada nos princípios da dignidade da pessoa humana, da isonomia e da solidariedade.O leque de possibilidades de relações familiares é ampliado, e busca-se estender a proteção dada ao casamento às uniões estáveis, o que gera maior liberalidade na escolha de casar-se ou não. 
Não se resumindo ao espaço que a mulher alcançou no mercado de trabalho, posto que além de mudanças no comportamento familiar das pessoas e na segurança maior instituída em favor dos direitos dos filhos e do bem de família, nos últimos anos o judiciário, a partir da nova hermenêutica civil constitucional, vem legitimando situações como a união homoafetiva, o direito da concubina dividir com a esposa direitos deixados pelo concubino e marido falecido, a guarda compartilhada dos filhos, o casamento entre homossexuais e a possibilidade destes adotarem um menor, a inseminação artificial, dentreoutras, deixando bastante claro que o pensamento menos ortodoxo modificou o perfil da família-padrão.
A Lei n. 8.069/90 (ECA) assegura no seu art. 3º: “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurandose-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, afim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”. Determina a CF/88, no art. 227: “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” A constituição de 1988 assegura à criança e ao adolescente direitos e em contrapartida, impõe deveres à família e ao Estado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O grande marco histórico, na conquista de direitos da família e da filiação, foi a promulgação da Constituição Federal de 1988. A partir desta foi reconhecida a união estável, como entidade familiar tutelada jurisdicionalmente e também ficou vedada qualquer discriminação em virtude da origem da filiação. Igualmente, a família incorporou o pensamento da contemporaneidade (igualdade e afeto), à luz dos princípios trazidos pela Magna Carta e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
A busca pela concretização da Dignidade da pessoa Humana tem sido incessantemente nos dias atuais. Se por muito tempo as diferenças foram desrespeitadas, atualmente têm se fortalecido a idéia de tratamento diferenciado para as situações desiguais. Nesse contexto o Direito de Família busca no texto constitucional o embasamento necessário para a promoção da dignidade da pessoa humana, através da proteção da família e do pleno desenvolvimento da personalidade. Somente através da superação dos obstáculos e de conceitos hoje obsoletos é que têm se mostrado possível a transformação social e o enaltecimento dos Direitos Fundamentais. É evidente o caráter de Direito Fundamental do Direito de família, e por esses motivos apenas através do seu respeito é que poderemos nos firmar como uma sociedade social, justa e democrática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 26°ed. V.5. São Paulo: Saraiva, 2011.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. São Paulo: Saraiva V.5, 21ªed. 2006.
BITTAR, Carlos Alberto. Direito de Família. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
https://jus.com.br/artigos/56158/historico-do-direito-de-familia-no-ordenamento-juridico-brasileiro
Curso de direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva. 2007.
Curso de direito civil brasileiro: direito de família. v. 5, 23.ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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