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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO Prof. Moacyr Hetzel Conteúdo Programático 1) Teoria geral do controle de constitucionalidade. 2) Controle difuso (incidental e concreto) da constitucionalidade (mais comum, é feito junto ao processo) 3) Controle abstrato (principal e concentrado) da constitucionalidade (ações próprias para o controle). *Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) genérica. *Ação direta de inconstitucionalidade estadual (representação de inconstitucionalidade). Leis municipais que afetam a constituição estadual são seu alvo. *Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (representação interventiva). Casos de intervenção estadual em municípios, ou nos territórios, etc. Existente no âmbito estadual e federal. *Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO). Quando o comando judicial constitucional positivo não é seguido, do qual a autoridade era obrigada, se tem uma omissão que pode ser objeto dessa ação. Ou do mandado de injunção. *Ação declaratória de constitucionalidade (ADC). Objetiva declarar a constitucionalidade. Em que pese o princípio da presunção da constitucionalidade, esse é relativo (iurus tantum), diante da discordância pode haver dois entendimentos. Pode haver uma ADI e uma ADC sobre a mesma lei, sem implicar em litispendência. *Ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). 4) Remédios constitucionais *Habeas corpus *M. de Segurança *Habeas data *Ação popular 5) Neoconstitucionalismo e pós positivismo Jusnaturalismo -> Positivismo jurídico -> Pós positivismo. *Barroso, William Douglas, Regina. *CASO CONCRETO, pode ser digitado: JURISPRUDÊNCIA + COMPROVANTE DE POSTAGEM Teoria Geral do Controle da Constitucionalidade - INCONSTITUCIONALIDADE É uma incompatibilidade vertical no ordenamento jurídico decorrente de violação a constituição. A incompatibilidade vertical se dá quando uma norma infraconstitucional ofende o texto constitucional, colocando-se acima desta. Porém, a inconstitucionalidade não se dá apenas no aspecto legislativo, mas sim no âmbito dos três poderes, como uma sentença sem fundamentação ou um ato administrativo imoral e até mesmo em um contrato privado. - CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE Conjunto de mecanismos jurídicos disponíveis para afastar inconstitucionalidades. Existem vários mecanismos, como recursos, ação própria, etc. Por exemplo, o poder legislativo pode na Comissão de Const. e Justiça reconhecer que determinado projeto legislativo é inconstitucional. O Presidente da República também pode vetar uma lei por inconstitucionalidade. - ORIGEM DO CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE A 1ª constituição data dos fins do séc. 18 (1776), a Carta de Virginia, seguida da 1787 da Const. Americana. Não havia controle de constitucionalidade à época, com o argumento de que o poder constituinte era formado por vontade do povo e que o poder judiciário não teria legitimidade para ir contra esse clamor coletivo. Só o próprio poder legislativo teria essa prerrogativa. Ocorre que o poder legislativo era moroso em praticar esse controle, existindo diversas leis contra a Constituição, assim como atos administrativo. Até que em 1803, com o caso Marbury vs. Madison, onde entendeu-se que nomeação de um magistrado era contra a CF, e se começou a fazer controle de constitucionalidade dentro do judiciário. O argumento foi de que o poder judiciário não iria contra a vontade do povo ao limitar os atos e leis criados por seus representantes, mas sim fazer prevalecer a vontade do povo vigente à época da criação da Constituição, limitando tudo que vá contra esta, visto que esse sempre foi o objetivo final. Logo, em suma, o modelo americano consiste no controle pelo judiciário, em qualquer instância. Existe também o modelo austríaco / kelsiano / europeu, criado no começo do Séc. XX. Nesse, existiria um órgão, separado dos poderes, chamado corte ou tribunal constitucional. É uma composição política, formada por pessoas com notável saber jurídico. Nesse modelo, o juiz não poderá julgar a constitucionalidade, deverá parar o processo e remetê-lo a corte, que julgará a constitucionalidade e devolverá ao juiz de origem, que ficará vinculado a esse entendimento. O BR adota o modelo americano e o europeu. (Em que pese o BR não ter uma corte constitucional o STF por vezes faz esse papel).
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