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Mecânica Geral Capítulo 4 (Seção 4.1) – Carregamento distribuído Prof.: Kelvin Barbosa E-mail: kelvincristien@ucl.br Faculdade do Centro Leste Graduação – www.ucl.br Forças distribuídas sobre viga – Seção 4.10 𝑝 = 𝑝 𝑥 = 𝑁/𝑚2 𝑤 = 𝑤 𝑥 = 𝑁/𝑚 Forças distribuídas sobre viga Exemplo: Um carregamento distribuído com p = 800x Pa atua no topo de uma superfície de uma viga, como mostrado na figura. Determine a intensidade e a localização da força resultante equivalente. Mecânica Geral Capítulo 7 – Forças Internas Prof.: Kelvin Barbosa E-mail: kelvincristien@ucl.br Faculdade do Centro Leste Graduação – www.ucl.br Objetivos • Mostrar como utilizar o método das seções para determinar as forças internas em um elemento. • Generalizar esse procedimento pela formulação de equações que podem ser traçadas graficamente, de modo que sejam descritas as camadas internas e os momentos através de um elemento. Forças Internas Desenvolvidas em Elementos Estruturais Para projetar um elemento estrutural ou mecânico há a necessidade de uma investigação das cargas que atuam em seu interior para a garantia que o material utilizado possa resistir a tal carregamento. O método das seções é utilizado para determinar os efeitos internos. Forças Internas Desenvolvidas em Elementos Estruturais Inicialmente temos uma viga apoiada, onde há algumas forças submetidas (𝑭𝟏 e 𝑭𝟐) as reações de apoio (𝑨𝒙, 𝑨𝒚 e 𝑩𝒚). Para determinar as forças internas que atuam na seção reta em C, deve-se fazer um secionamento imaginário da viga, dividindo a viga em duas partes. Ao cortar a viga, as forças internas ao corte tornam-se externas no diagrama de corpo livre de cada parte secionada. Forças Internas Desenvolvidas em Elementos Estruturais Como ambas as partes (AC e CB) estavam em equilíbrio antes da viga ser secionada, o equilíbrio de cada uma dessas partes é mantido, desde que os componentes retangulares das forças 𝑵𝒄 , 𝑽𝒄 e o momento resultante 𝑴𝒄 sejam desenvolvidas nessa seção de corte. A intensidade de cada uma das cargas internas podem ser determinadas pela aplicação das três equações de equilíbrio tanto no segmento AC quanto ao CB. Mesma intensidade e sentidos opostos! Forças Internas Desenvolvidas em Elementos Estruturais Os componentes da força N, atuando normal à viga na região de corte, e V, que atua tangente a essa região, são denominados força normal ou axial e força de cisalhamento ou esforço cortante, respectivamente. O momento M é denominado momento fletor. Forças Internas Desenvolvidas em Elementos Estruturais Exemplo de Diagrama de Corpo Livre Exemplos Ex.1: Um barra é fixada em sua extremidade e é carregada como mostra a figura. Determine as forças normais internas nos pontos B e C. Exemplos Ex.2: O eixo circular está sujeito a três torques concentrados, como mostra a figura. Determine os torques internos nos pontos B e C. Exemplos Ex.3: A viga sustenta o carregamento, conforme a figura. Determine as forças internas normal e de cisalhamento e o momento fletor que atuam nos pontos B e C, localizados, respectivamente, à esquerda e à direita do ponto de aplicação da força de 6 kN. Exemplos Ex.4: Determine as forças internas normal e de cisalhamento e o momento fletor atuando no ponto B da estrutura de dois elementos mostrada na figura. Exemplos Ex.5: Determine a força normal, a força de cisalhamento e o momento fletor que atuam no ponto E da estrutura carregada, como mostra a figura. Equações e Diagramas de Forças de Cisalhamento e de Momentos Fletores Vigas são elementos estruturais projetados para suportar carregamentos. O projeto real de uma viga requer um conhecimento detalhado da variação da força de cisalhamento (V) e do momento fletor (M) que atuam em cada ponto ao longo do eixo da viga. Equações e Diagramas de Forças de Cisalhamento e de Momentos Fletores As variações de V e M como funções da posição x ao longo do eixo da viga podem ser obtidas utilizando-se o método das seções (visto no início deste capítulo). Se os resultados são colocados em gráficos, as variações de V e M como função de x são denominadas diagrama de forças de cisalhamento e diagrama de momentos fletores, respectivamente. As funções de força de cisalhamento e de momento fletor são descontínuas ou suas inclinações são descontínuas em pontos onde ocorrem mudanças nas cargas distribuídas ou onde forças ou momentos concentrados são aplicados. Dessa forma, essas funções devem ser determinadas para cada segmento da viga, localizado entre quaisquer descontinuidades de carregamentos. Equações e Diagramas de Forças de Cisalhamento e de Momentos Fletores Por exemplo, as seções localizadas em 𝑥1, 𝑥2, 𝑥3 deverão ser usadas para descrever as variações de V e M ao longo de todo o comprimento da viga. Essas funções serão válidas somente nas regiões de O ate a para 𝑥1, de a até b para 𝑥2 e de b até L para 𝑥3. Equações e Diagramas de Forças de Cisalhamento e de Momentos Fletores Convenção de Sinais: As direções positivas são denotadas por uma força interna de cisalhamento que provoca no elemento em que atua rotação no sentido horário e por um momento fletor interno que causa compressão na parte superior do elemento. Exemplos Ex. 6: Desenhe os diagramas de forças de cisalhamento e de momentos fletores para o eixo mostrado na figura. O apoio em A é um mancal axial e o apoio em C é um mancal radial. Exemplos Ex. 7: Desenhe os diagramas de forças de cisalhamento e de momento fletores para a viga mostrada na figura. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Quando a viga está submetida a várias cargas concentradas, momentos e carregamentos distribuídos, o método de construção de diagramas visto anteriormente pode ser muito cansativo. Veremos agora, uma forma mais simples de construir esses diagramas – um método baseado em relações diferenciais que existem entre o carregamento, força cisalhante e o momento fletor. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Carga Distribuída: A carga distribuída será considerada positiva quando o carregamento atuar para baixo. Fazendo o diagrama de corpo livre para um pequeno comprimento (∆𝑥) da viga onde não ocorre forças nem momentos concentrados, temos: Qualquer resultado obtido não será aplicado a pontos onde se localizam os carregamentos concentrados. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Carga Distribuída: Dividindo as expressões anteriores de variação de força cisalhante e de momento fletor por ∆𝑥 e tomando o limite para ∆𝑥 → 0, chegaremos as seguintes equações: Equação (1) Equação (2) Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Carga Distribuída: A equação (1) determina a inclinação no diagrama de forças de cisalhamento e é igual ao negativo da intensidade da carga distribuída. Já a equação (2) estabelece a inclinação no diagrama dos momentos fletores e é igual à força de cisalhamento. Em particular, se uma força de cisalhamento é nula, 𝑑𝑀 𝑑𝑥 = 0, indica que um ponto de força de cisalhamento igual a zero corresponde a um ponto de máximo (ou mínimo) momento fletor. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Carga Distribuída: As equações (1) e (2) podem ser reescritas em formas de cálculos de áreas. Baseando-se na figura, podemos integrar entre dois pontos B e C para obtermos a área. Equação (3) Equação (4) Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Carga Distribuída: A equação (3) determina que a variação das forças de cisalhamentoentre os pontos B e C é igual ao negativo da área sob a curva de carregamento distribuído entre esses dois pontos. Já a equação (4) determina a variação dos momentos fletores entre B e C é igual à área sob a curva no diagrama de forças de cisalhamento, na região compreendida por BC. Dessa forma, podemos estabelecer que, se a curva de carregamento 𝑤 = 𝑤(𝑥) é um polinômio de grau 𝑛, então 𝑉 = 𝑉(𝑥) será uma curva de grau 𝑛 + 1 e M = 𝑀(𝑥) será uma curva de grau 𝑛 + 2. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Força Concentrada: Fazendo um diagrama de corpo livre de um pequeno seguimento da viga que envolve o ponto de aplicação de uma das forças. Para a condição de equilíbrio de forças, temos: Logo, a variação na força de cisalhamento é negativa e no diagrama de força de cisalhamento ocorrerá uma ‘queda’ quando F atuar na viga, forçando-a para baixo. E ocorrerá o contrário se F for para cima. Relação entre Carregamento Distribuído, Força de Cisalhamento e Momento Fletor Momento Concentrado: Fazendo um diagrama de corpo livre de um pequeno seguimento da viga que envolva a aplicação de um momento fletor. Fazendo ∆𝑥 → 0, para a condição de equilíbrio do momento, temos: Logo, a variação no momento fletor é positiva, ou o diagrama de momentos fletores sofrerá uma ‘elevação brusca’, ou ainda sofrerá uma descontinuidade para cima se 𝑴𝒐 atuar no sentido horário. Quando 𝑴𝒐 atuar no sentido anti-horário a descontinuidade (∆𝑀) será para baixo. Exemplos Ex. 8: Represente o diagrama de forças de cisalhamento e de momentos fletores para a viga mostrada na figura. Exemplos Ex. 9: Construa os diagramas de forças de cisalhamento e de momentos fletores para a viga mostrada na figura. Exemplos Ex. 10: Construa os diagramas de forças de cisalhamento e de momentos fletores para o eixo na figura. O apoio em A é um mancal axial e o apoio em B é um mancal radial. Exemplos Ex. 11: Esboce os diagramas de forças de cisalhamento e de momentos fletores para a viga mostrada na figura.