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Resenha-História da África

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UNIVERSIDADE NILTON LINS – UNL 
LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RÔMULO JACKSON RAPOSO DA CUNHA 
 
 
 
 
 
 
Resenha apresentada ao curso de 
Licenciatura Plena em História da 
Universidade Nilton Lins, como 
requisito para a obtenção de nota 
parcial, na disciplina História da 
África, ministrada pelo Prof. Me. 
Júlio Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2015 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE NILTON LINS 
LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA 
HISTÓRIA DA ÁFRICA 
 
RESENHA 
As Antigas Civilizações Africanas 
 
 A primeira grande civilização surgida em África, a civilização dos faraós, 
teve evidentemente as suas bases em solo africano. O Egipto, porém, era 
muito diferente de qualquer outra região africana. Constituído como um grande 
oásis, com terras de aluvião excepcional- mente férteis que a cheia do Nilo 
renovava todos os anos, estava situado na grande encruzilhada em que a 
África se encontrava entre a Ásia e o mundo mediterrânico, entre as regiões do 
Mar Vermelho e do Oceano índico, constituindo um ponto de importância 
estratégica fundamental, e atraindo os povos e idéias de todas as direcções. Já 
muito antes de 3000 a.C., a fertilidade das suas terras fazia com que os 
agricultores produzissem para lá das suas necessidades imediatas, riqueza 
que permitia manter artífices especializados e comerciantes. Os cemitérios da 
cultura gerzeense, do 4.o milénio, fornecem simultaneamente as provas de 
uma enorme riqueza e de uma crescente desigualdade na sua distribuição. É 
então que subitamente aparece em cena a monarquia absoluta; de início, 
segundo parece, em dois reinos, um no delta e outro no vale inferior do Nilo, e 
mais tarde, no Egipto unificado e governado pelos Faraós. 
 A parte fértil do Egito é praticamente um oásis muito alongado, proveniente 
das aluviões depositadas pelo rio. Nas montanhas centrais africanas, onde o 
Nilo nasce, caem abundantes chuvas nos meses de junho a setembro 
provocando inundações freqüentes nas áreas mais baixas ( O “Baixo Nilo”). 
Com a baixa do Nilo o solo libera o humo, fertilizante natural que possibilita o 
incremento da agricultura. Para controlar as enchentes e aproveitar as áreas 
fertilizadas, os egípcios tiveram de realizar grandes obras de drenagem e de 
irrigação, com a construção de açudes e de canais , o que permitiu a obtenção 
de várias colheitas anuais. Dada esta característica natural, o historiador grego 
Heródoto de halicarnasso dizia que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Leitura 
preconceituosa, que tende a desprezar o empenho, o denodo e a competência 
técnica da civilização egípcia que aprendeu a utilizar as cheias e vazantes do 
rio a seu favor. O Egito, inicialmente, estava dividido num grande número de 
pequenas comunidades independentes: os nomos que por sua vez eram 
liderados pelos nomarcas. Essas comunidades uniram-se e formaram dois 
reinos: o Alto e o Baixo Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Egito, 
Menés, unificou os dois reinos. Com ele nasceu o Estado egípcio unificado, 
que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras 
 
 
 
hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés 
tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia. Os egípcios adoravam o 
faraó como a um Deus, a quem pertenciam todas as terras do país e para 
quem todos deveriam pagar tributos e prestar serviços, característica típica do 
Modo de Produção Asiático. O governo do faraó era uma monarquia teocrática, 
ou seja, uma monarquia considerada de origem divina. Como chefe político de 
um Estado poderoso, o faraó tinha imenso poder sobre tudo e sobre todos. Na 
prática era obrigado a obedecer às leis, muitas das quais haviam sido criadas 
séculos antes da unificação dos nomos, o que limitava em parte os seus 
poderes. 
 
 Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo 
africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio 
desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. 
Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características 
culturais. 
O povo Bérbere 
 Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo 
enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com 
suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar 
diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, 
temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. Costumavam parar nos oásis 
para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio 
de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio 
desértico.Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e 
aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca 
cultural que ocorreu no norte do continente. 
Os bantos 
 Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os 
países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os 
bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.Conheciam a 
metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos 
vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava 
grande parte do noroeste do continente. Viviam em aldeias que era comandada 
por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava 
impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que 
formavam seu reino. 
 O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para 
manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. 
 
 
 
Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes 
sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo. 
Os soninkés e o Império de Gana 
 Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo 
estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império 
era comandado por reis conhecidos como caia-maga.Viviam da criação de 
animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes 
reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os 
povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma 
área de intenso comércio. Os habitantes do império deviam pagar impostos 
para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um 
exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado 
na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados 
e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza. 
 A África Antiga, a região da África Oriental, dos reinos da Núbia, Etiópia e 
posteriormente Burundi e Uganda, sofreram grande influência religiosa em seu 
processo de organização cultural e espacial. Conflitos religiosos entre 
mulçumanos e cristãos foram decisivos para a nova organização desses 
reinos, a exemplo do Antigo Egito, que teve que se consolidar como Estado 
mulçumano entre duas potências cristãs – Bizâncio e Dongola. O resultado 
desses conflitos foi à conquista de Dongola em 1323 pelos mulçumanos, e a 
tomada gradativa do controle da Núbia em 1504, o que daria um golpe de 
misericórdia nos reinos cristãos da região. Nos casos da Núbia e da Etiópia, 
além dos conflitos religiosos existentes, o comércio principalmente com o Egito, 
foi outra atividade que influenciou diretamente, servindo como estímulo para a 
criação destes Estados. Esta atividade comercial se dava por rotas que 
cortavam o deserto do Saara, em caravanas puxadas por cavalos, dificultando 
o percurso e prejudicando conseqüentemente aatividade comercial, uma vez 
que o camelo domesticado só foi introduzido no Norte africano no século II da 
era cristã. Só a partir do domínio mulçumano na região é que as atividades 
comerciais expandiram-se mais para o sul do continente. Portanto, os conflitos 
religiosos entre mulçumanos e cristãos, além das atividades comerciais 
exercidas entre esses povos, foram decisivos para a organização espacial dos 
territórios da África Oriental, fatos que produzem reflexos atuais na cultura e na 
religiosidade dos Estados africanos atuais.

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