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valor genetico e heranca do meio

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Escola Superior de Desenvolvimento Rural
Departamento de Produção Agrária
Licenciatura em Produção Animal
Cadeira de Melhoramento Animal
Nível II
Valor genético & Herança do meio
Docente:
Dr Nelsa Uombe
Discentes:
Agostinho Ernesto ragfael
Carlitos
Genifa Georgina Machegane
Inoque Carlos chuva
Vilankulo, Gosto de 2019
Escola superior de desenvolvimento rural
Departamento de Produção agrária
Licenciatura em produção animal
Nível 2
Cadeira de Melhoramento animal.
Valor genético & Herança do meio
	Trabalho de pesquisa de cadeira de Melhoramento Genético, de caracter avaliativo lecionado pela dr. Nelsa Uombe.
Discentes:
Agostinho Ernesto ragfael
Carlitos
Genifa Georgina Machegane
Inoque Carlos chuva
Resumo
Existe uma inseparabilidade entre Gene e Ambiente. A ampliação do conceito de controlo genético acaba deixando claro que qualquer instância particular de comportamento decorre, ao mesmo tempo, de efeitos dos genes e dos factores ambientais. 
A hereditariedade e ambiente são factores que influenciam no desenvolvimento e no comportamento fisiológico de uma espécie que proporcionam a definição diante das situações.
A combinação entre o biológico e o ambiental é evolutiva por toda a vida, o animal possuí uma bagagem genética, conhecida por genótipo. Qualquer comportamento, sendo ele positivo ou negativo, que podemos observar desde o nascimento, nada mais é do que a interação entre o genótipo e o meio, chamada assim de fenótipo.
Introdução 
A utilização de animais domésticos tem precedentes históricos que fazem destes, não só componentes primários indispensáveis ao desenvolvimento e prosperidade do homem, mas também discutivel a ignorancia do valor genético e herança e o meio deste. Bronowski (1973). De acordo com LUSH (1931, 1935). termo valor genético refere-se ao mérito genético aditivo dos indivíduos, equivalendo à soma dos efeitos médios dos genes que eles possuem. Portanto é importante o estudo do valor genético dos mesmos, e a herança que eles carregam para o melhor do desencolvimento e melhoramento das especies .
É indispensavel o estudo do valor e da herança genetica dos animais pois será necessario para indicar quais animais de uma geração tornar-se-ão progenitores da próxima, e quantas crias lhes serão permitido deixar. dessa forma, abordagem deste assunto, é um elemento complememtar e fundamental no processo de selecão e cruzamento. Que são as feramenta chaves usadas para a reprodução. Contudo, o trabalho procura apresentar de forma simples e objetiva os princípios e fundamentos do Valor genético e herança do meio.
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REVISÃO LITERÁRIA 
4.1 Valor genético
 O termo valor genético refere-se ao mérito genético aditivo dos indivíduos, equivalendo à soma dos efeitos médios dos genes que eles possuem, conforme definido por LUSH (1931, 1935). Os valores genéticos são estimados através da utilização de todas as informações disponíveis a respeito desses candidatos (indivíduos). Essas informações podem ser: avaliações repetidas no mesmo indivíduo em diferentes estágios de desenvolvimento, avaliações provenientes de seus parentes, avaliações de outros caracteres no indivíduo e em seus parentes (caracteres auxiliares no melhoramento do caráter de interesse). 
A seleção combinada (índice de seleção ou índice combinado, segundo alguns autores), conforme definida por LUSH (1945), é um dos casos mais simples de estimação de valores genéticos, já que se baseia em um só caráter e em apenas duas fontes de informação que são: 
O próprio indivíduo e, 
A família a que pertence.
Essa modalidade de seleção apresenta plenas condições de utilização no melhoramento conforme já tem sido relatado e utilizado (COTTERILL, 1986; COTTERILL & DEAN, 1990). A selecção genética propriamente dita (com base em valores genéticos estimados) não é tradição em muitos estudos e isto tem conduzido a uma série de desvantagens, pois além do menor ganho genético, por ocasião da seleção, existem outras consequências relacionadas ao estabelecimento de crias de algumas espécies e a geração das famílias a serem avaliadas no ciclo subsequente, no caso do estudo de genética animal.
4.2 Implicações da seleção com base em valores genéticos, nas populações de melhoramento e de produção
Tendo-se o ordenamento com base em valores genéticos, pode-se obter ganhos adicionais substanciais através da determinação do número ideal de gametas com que cada clone deve participar na produção de descendentes, procurando-se alocar maior número de gametas dos indivíduos com maiores valores genéticos. Portanto, o conhecimento dos valores genéticos é um factor decisivo na maximização do ganho genético na população de melhoramento. Assim, a seleção com base em valores genéticos e genotípicos apresenta uma série de vantagens e deve ser utilizada no melhoramento animal, preferencialmente aos métodos de seleção com base em valores fenotípicos (seleção massal, entre e dentro de progênies).
Valor Genético E Diferença Esperada Na Progénie 
Valor genético de um indivíduo pode ser definido como sendo iguais as duas vezes o desvio da média de seus filhos, considerando-se um grande número deles, da média da população. 
A diferença esperada na progénie representa a metade do valor genético do animal, e indica a capacidade de transmissão genética de determinado indivíduo, para uma característica particular. 
Por outro lado herdabilidade é a regressão do valor genético sobre o valor genotípico. Nesse contexto, a estimativa de valor genético do indivíduo (Ã), é: 
 Ã = h2.P. 
Onde P é o fenótipo, ou seja, é aquilo que se está mensurando. 
Desta fórmula pode-se depreender a grande importância da herdabilidade para o melhoramento genético animal. Como o que se mede no indivíduo é seu fenótipo, a herdabilidade é um factor de ponderação que permite converter o fenótipo em um representante do componente genético aditivo que é o que se transmite de uma geração à outra.
Esse factor de ponderação vária de acordo com as informações utilizadas, que podem ser provenientes do próprio indivíduo, filhos, pais, parentes colaterais, ou de uma combinação entre estas, sendo a herdabilidade um factor de ponderação para seleção baseada em desempenho individual, na qual pode se estudar o valor de criação.
4.3 Valor de criação e valor genético e capacidade de transmissão 
O valor de criação refere-se ao valor de um animal em um programa de melhoramento para uma característica particular. Estima-se que o valor de criação de um animal seja o dobro do desempenho esperado de sua progênie. A razão para a duplicação do desempenho esperado da progênie é que apenas metade dos genes do indivíduo é transmitida para qualquer filho (com a metade restante vindo do outro progenitor). 
O desempenho esperado da progênie é chamado capacidade de transmissão e é, portanto, metade do valor genético. Em outras palavras, capacidade de transmissão é a vantagem genética que um indivíduo transmite aos seus descendentes.
Os valores genéticos podem ser estimados com base nos registros do próprio animal e no desempenho de parentes conhecidos. Estes valores genéticos estimados divididos por 2 podem ser usados ​​para prever o desempenho de futuros descendentes e são denominados Capacidade de Transmissão Prevista ou CTP. Por exemplo, espera-se que as filhas de um touro com CTP de 200 kg para produção de leite produzam, em média, 50 kg mais leite por amadurecimento do que as filhas de um touro com um CTP de 150 kg para a produção de leite. A diferença real não será exata para comparar filhas individuais, porque nenhuma das duas filhas obteria exatamente a mesma combinação de genes ou seria exposta exatamente ao mesmo ambiente. Assim, filhas do mesmo pai podem ter um desempenho muito variável.
4.4 Valores genéticos de reprodução
Os valores genéticos são calculados usando informações coletadas pelos técnicos numa unidade de produção ou nas fazendas,por exemplo:
Dados de teste de rebanho
Pesando dados escores de Condição Corporal (quando coletados para cada vaca individual)
Pontuações que não são de produção
Vacas que são rotineiramente medidas terão valores reprodutivos mais precisos.
Quando um novilho bezerro nascer, seus valores iniciais de reprodução serão calculados como uma média de seus pais. Isto significa que é crucialmente importante que a mãe de um bezerro seja identificada corretamente no nascimento. A precisão dos valores de criação de um touro aumenta à medida que mais de suas filhas são medidas.
4.5 Estimativa do valor de criação
Em melhoramento, criação significa gerar descendentes melhores que seus pais. Os pais apenas transmitem sua composição genética. Eles devem ser selecionados com base no mérito genético e não no desempenho / características observadas (fenotípicas). Características relevantes para a criação de gado leiteiro são influenciadas por vários genes.
Cada filhote recebe metade dos genes do pai e a outra metade da mãe. Como um pai não passa o mesmo conjunto de genes para todos os bezerros, existem diferenças significativas entre meio e irmãos completos.
Os valores genéticos estimados da criação (EVC) são uma tentativa de classificar as informações sobre todas as características fenotípicas observáveis ​​em dois componentes: genética e ambiente.
Fenótipo = genético + ambiente
O valor genético é um valor estimado que expressa a predisposição genética de um animal a uma característica específica. Matematicamente, o EVC real de um animal - de acordo com a teoria da genética de populações - pode ser expresso da seguinte maneira:
Valor genético = 2 x (NKD - PD)
(NKD = desempenho médio da prole)
(PD = média da população de referência)
4.6 Valores de criação estimados e sua importância 
A criação de animais é baseada na seleção, que é baseada na genética. Com boas informações sobre a genética do animal, pode-se tomar melhores decisões de seleção e melhorar-se o rebanho.
Valores genéticos estimados (EVCs) são o valor de um indivíduo como genitor genético. Quanto menor a herdabilidade de uma característica sob seleção, mais lenta a manada melhorará. Uma característica que é 40% hereditária, significa que 40% da diferença entre os animais é devido à genética (os EVCs), enquanto os 60% restantes são devidos à diferença de maneio e meio ambiente.
EVCs permitem comparar indivíduos da mesma raça de diferentes rebanhos. Eles são expressos como uma unidade de medida e publicados com um valor de precisão percentual (%). Os EVCs podem mudar anualmente à medida que novas informações são analisadas. Para estimar os valores genéticos, precisa-se saber o: 
Desempenho próprio, 
Dados de pedigree e 
Dados de progênie.
Precisão
Ao estimar o valor genético de um indivíduo, deve-se lembrar de que o pai e a mãe contribuem com metade de seu EVC para sua progênie. Por exemplo, o Sire A tem um valor de reprodução de +16 para o peso à desmama, enquanto a Dam A tem um valor de criação de +6 para o peso à desmama.
O pai contribui com a metade, que é +8, e a mãe +3, então sua progênie desmama + 11kg mais pesada. A precisão de um valor genético é a diferença entre os verdadeiros valores genéticos e os valores genéticos esperados. A precisão percentual (%) é baseada na quantidade de dados de desempenho disponíveis no animal e seus parentes próximos, particularmente o número de progênies.
A hereditariedade do traço e as correlações genéticas com outros traços registrados também são importantes. A precisão é um indicador da confiabilidade de um valor genético e do risco envolvido quando uma característica específica é selecionada.
A precisão é baixa, média ou alta (veja a Tabela 1).
Se um animal tiver 40% de precisão para um traço, ele não será muito confiável nesse ponto e o risco assumido será muito alto. Por outro lado, isso significa que o valor de criação tem 60% de chance de mudar em uma direção positiva (ou negativa). Se um animal tiver 80% de precisão, o risco é muito baixo. O criador pode ter certeza de que o animal irá realizar de acordo com o valor da criação.
4.7 Valores disponíveis na EVC
Diferentes valores genéticos estão disponíveis para diferentes características de seleção. Esses incluem:
Facilidade de parto (%): baseia-se nos escores de dificuldade de parto, peso ao nascer e duração da gestação. EVCs mais positivos indicam parto mais fácil.
Peso ao nascer (kg): baseia-se no peso ao nascer medido da progênie, ajustado para a idade da mãe. Quanto menor o valor, mais leve o bezerro no nascimento e menor a probabilidade de um parto difícil. Isto é particularmente importante ao selecionar touros para novilhas. Os EVCs para características de crescimento / peso são estimados - por exemplo, peso de 200 dias, peso de 400 dias, peso de 600 dias e peso de vaca madura.
Leite (kg): Esta é uma estimativa da capacidade de ordenha de um animal. Para os touros, isso indica o efeito da capacidade de ordenha da filha herdada do pai nos pesos de 200 e 400 dias de seus bezerros. Para as barragens, indica a capacidade de ordenha da vaca.
Tamanho escrotal (cm): Calculado a partir da circunferência do escroto e ajustado para os 400 dias de idade. Este EVC é uma estimativa do mérito genético do pai para o tamanho do escroto e está positivamente correlacionado com a idade da puberdade na progênie feminina.
Dias para o parto (dias): Isso indica a fertilidade das filhas do pai. É o tempo entre a primeira vez em que a fêmea é exposta a um touro e o dia em que ela é criada. Um EVC negativo indica um intervalo mais curto entre a data de nascimento e o parto e, portanto, maior fertilidade. EVCs para características de carcaça também são estimados. Estes incluem área do músculo do olho, gordura das costelas e rendimento de carne bovina no varejo.
Herança 
Herança é o processo pelo qual a informação genética é passada de pai para filho. É por isso que membros da mesma família tendem a ter características semelhantes. Na verdade, tem-se dois genomas cada recebe-se uma cópia do genoma de cada um dos progenitores. Herança descreve como o material genético é passado de um progenitor para seu descendente.
5.1 Herança do material genético 
A maioria das células contém dois conjuntos de 23 cromossomos (eles são diplóides). Uma exceção a essa regra são as células sexuais (óvulo e espermatozoide), também conhecidas como gâmetas, que possuem apenas um conjunto de cromossomos cada (elas são haplóides).
No entanto, na reprodução sexual, o espermatozóide se combina com o óvulo para formar a primeira célula do novo organismo em um processo chamado fertilização. Esta célula (o óvulo fertilizado) tem dois conjuntos de 23 cromossomos (diplóides) e o conjunto completo de instruções necessárias para produzir mais células e, eventualmente, uma pessoa inteira. Cada uma das células da nova espécie contém material genético dos dois progenitores. Essa passagem de material genético é evidente se se examinar as características de membros da mesma família, desde a altura média até a cor dos cabelos e dos olhos, até a forma do nariz e da orelha, pois geralmente são semelhantes. Se houver uma mutação no material genético, isso também pode ser passado de pai para filho. É por isso que as doenças podem correr nas famílias.
5.2 Herança mendeliana
A forma mais simples de herança foi descoberta do trabalho de um monge austríaco chamado Gregor Mendel em 1865. A partir de anos de experimentos usando a planta de ervilha comum, Gregor Mendel foi capaz de descrever a maneira pela qual as características genéticas são transmitidas de geração em geração.
Gregor usou ervilhas em seus experimentos principalmente porque ele podia controlar facilmente sua fertilização, transferindo pólen de planta em planta com um minúsculo pincel. Às vezes, transferia pólen de e para flores na mesma planta (autofecundação) ou de outras flores da planta (fertilização cruzada). Em um experimento, ele cruzou fertilizando plantas de ervilha lisas e amarelas com ervilhas enrugadas e verdes:Cada ervilha resultante dessa primeira cruz, a primeira geração (F1), era lisa e amarela.
No entanto, quando duas ervilhas amarelas e macias desta primeira geração foram cruzadas para produzir uma segunda geração (F2), o resultado foi 75% suave, ervilhas amarelas e 25% enrugadas, ervilhas verdes (3: 1).
Este resultado mostra que os genes das ervilhas amarelas e macias são dominantes, enquanto os genes das ervilhas verdes são recessivos.
Os resultados deste e de outros experimentos levaram Gregor Mendel a apresentar três princípios fundamentais de herança:
A herança de cada característica é determinada por "factores" (agora conhecidos como genes) que são passados ​​para os descendentes.
Os indivíduos herdam um "factor" de cada pai para cada característica.
Uma característica não pode aparecer em um indivíduo, mas ainda pode ser passada para a próxima geração.
Traços genéticos que seguem esses princípios de herança são chamados mendelianos.
5.3 Influência do meio ambiente na herança 
As características económicas dos animais domésticos são de natureza poligênica, isto é são controladas por um grande número de pares de genes. Até o momento, é impossível precisar o número de pares de genes que afectam a expressão destas características. Assim sendo, os indivíduos são avaliados pelos seus fenótipos, no caso por quaisquer características que podem ser observadas ou mensuradas. O fenótipo não é o resultado somente da constituição genética do indivíduo, mas também da interação dos seus genes com os vários efeitos não genéticos e ou de ambiente.
Conforme a argumentação de Carvalho (1998), ‘’a própria separação genes-ambiente pode representar um equívoco conceitual,’’ o gene contem uma informação química que será traduzida fenotipicamente dentro do ambiente em que esta tradução irá ocorrer. Gene e ambiente são componentes inseparáveis e complementares de um sistema sobre o qual se exercem as pressões seletivas.
Não é a herança fenotípica que é herdada mas sim a herança genotípica, pois um individuo pode adquirir as características fenotípicas do meio em que se encontra, porém essas características fenotípicas não serão também passadas aos seus descendentes. 
Para que os genes possam provocar o desenvolvimento de uma característica precisam que se disponham de ambiente adequado. Por outro lado, as modificações que o ambiente pode causar no desenvolvimento de uma característica são limitadas pelo genótipo do indivíduo.
É preciso reconhecer, todavia, que a variabilidade observada em algumas características pode ser causada pelas diferenças gênicas entre os diversos indivíduos. 
5.4 Influência do meio na herança sexual e sua determinação
O sexo de um indivíduo é determinado pelos cromossomos sexuais chamados cromossomo X e cromossomo Y. As fêmeas têm dois cromossomos X (XX). Os machos possuem um cromossomo X e um cromossomo Y (XY). Os gâmetas femininos (ovos), portanto, sempre carregam um cromossomo X. Gametas masculinos (espermatozóides) podem carregar um X ou um Y. Quando um óvulo se junta a um espermatozóide contendo um cromossomo X, o resultado é uma fêmea. Quando um óvulo se junta a um espermatozóide contendo um cromossomo Y, o resultado é um macho.
Referencias Bibliográficas

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