A história da Riqueza do Homem - Leo Huberman (resenha cap VI)

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A história da Riqueza do Homem - Leo Huberman
RESENHA
CAPÍTULO VI – E nenhum estrangeiro trabalhará
Neste capítulo, o autor ressalta o surgimento das corporações de ofício e seus impactos para a economia e a história da época. É mencionado que, no feudalismo, não havia especialização industrial, que toda produção manufatureira era doméstica e artesanal, voltada para as necessidades do lar ou de um pequeno contingente. Uma mudança posterior nesse sistema produtivo, indicará uma transformação ao público que se atende, que é mostrado ao longo do capítulo. Criam-se as corporações de ofício, as quais eram responsáveis por regulamentar e organizar a produção de um ou mais bens, possuindo um monopólio sobre tal produção, na intenção de prestar um serviço. O preço justo é substituído pelo preço de mercado com o desenvolvimento do comércio, pois a ideia de usura já não é compatível com a dinâmica das novas relações econômicas. As corporações de ofício também eram responsáveis em treinar os jovens e transformá-los em profissionais, como: padeiros, ferreiros, sapateiros, etc. Dentro delas, havia uma hierarquia entre os jornaleiros, aprendizes e os mestres, que com o crescimento comercial se tornará cada vez mais rígida e delineada. Será cada vez mais difícil ascender a posição de mestre. Os jornaleiros se sentiram humilhados pelas novas relações dentro das corporações, de diferenciação e hierarquia insuperável, que substituíram a fraternidade e a cooperação anterior, fundaram os antecessores dos sindicatos modernos, que foram abolidos pela nova nobreza do dinheiro. Essa supressão tornou-se possível por conta da crescente influência das corporações no jogo político, sinalizando que, se no campo continuava mandando a aristocracia de sangue, nas cidades, já reinava a aristocracia do capital. Troca-se, gradualmente, o status do senhor feudal para o burguês.