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Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 1 1. Na ação penal pública, a) o oferecimento de denúncia contra alguns indiciados e o pedido de arquivamento contra outros coautores pelo Ministério Público não implica ofensa ao princípio da obrigatoriedade da ação penal. b) o não comparecimento da vítima, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente implicará reconhecimento da perempção. c) o perdão do ofendido, concedido por meio de petição assinada pela vítima ou por procurador com poderes especiais, obsta o prosseguimento da ação e implica extinção da punibilidade do agente. d) o erro quanto à classificação do crime na denúncia implica sua rejeição e consequente extinção do processo sem resolução do mérito. e) a denúncia não precisa conter o rol de testemunhas, as quais poderão ser arroladas pelo Ministério Público em qualquer fase do processo. 2. Sobre a competência processual pela prerrogativa de função, a) é definida aos Tribunais relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. b) é definida pelo Código de Processo Penal exclusivamente às hipóteses de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. c) não é deferida em nenhuma hipótese aos Tribunais Regionais Federais. d) a ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429/1992, será proposta perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou autoridade. e) tem prevalência ainda que o inquérito policial ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. 3. Aos auxiliares da justiça (peritos e intérpretes) NÃO são aplicáveis as regras previstas no Código de Processo Penal relativas a a) suspeição e impedimento. b) prisão em flagrante. c) crimes de responsabilidade de funcionários públicos. d) exceção de incompetência. e) nulidades. 4. Sobre a decretação da prisão preventiva: a) Poderá ser decretada apenas após o início da instrução criminal com o recebimento da denúncia. b) Poderá ser decretada para garantia da ordem econômica. c) Dependerá sempre de requerimento do Ministério Público ou de representação de autoridade policial. d) Não poderá ser decretada a autor de crime punido com detenção. e) Não é cabível para crimes culposos. 5. Sobre a suspensão do processo e a produção antecipada de provas, prevista no art. 366 do Código de Processo Penal, a) a decisão que determina a antecipação de prova deve ser concretamente fundamentada, não a justificando o mero decurso do tempo. b) a suspensão do processo implica, obrigatoriamente, a decretação da prisão preventiva do acusado ausente, mas não a antecipação de provas. c) quando se tratar de réu foragido em outro processo criminal, prescindem de prévia citação por edital. d) uma vez decretada a suspensão do processo é obrigatória a produção antecipada da prova pericial. e) as hipóteses de urgência que permitem a produção antecipada de provas são apresentadas em rol taxativo pela lei. 6. Sobre a decisão proferida em processo incidente de incompetência do juízo é correto afirmar: a) É irrecorrível em face do princípio do livre convencimento do juiz. b) Caberá recurso em sentido estrito quando concluir pela incompetência do juízo. c) Caberá recurso de apelação qualquer que seja a decisão. d) Caberá recurso de apelação apenas no caso que concluir pela incompetência do juízo. e) Caberá agravo quando concluir pela incompetência do juízo. 7. Caberá ação penal privada subsidiária nos crimes de ação penal pública quando a) o Ministério Público requerer o arquivamento do inquérito policial e o juiz o denegar. b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento de inquérito policial. c) houver legitimidade ativa concorrente entre o Ministério Público e o ofendido em crime de ação penal pública condicionada à representação. d) o ofendido for pessoa jurídica de direito privado. e) a ação penal não for intentada no prazo legal. 8. O princípio da busca da verdade real permite a a) dilação da prescrição da pretensão punitiva enquanto não encerrada a investigação criminal em crimes dolosos. b) reabertura de inquérito policial arquivado independente de prova nova enquanto não prescrito o crime. c) determinação de prova ex officio pelo juiz. d) desconsideração da confissão como meio de prova. e) aceitação de interceptação telefônica produzida sem autorização judicial como indício. Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 2 9. Sobre o habeas corpus é correto afirmar: a) Caberá mesmo contra punição disciplinar, se houver violação do devido processo legal. b) A competência do juiz não cessará mesmo que a violência ou coação provenha de autoridade judiciária de igual jurisdição. c) Não prevê em nenhuma hipótese a condenação nas custas da autoridade que tiver determinado a coação. d) O Ministério Público não poderá impetrá-lo, mas apenas opinar favoravelmente à concessão da ordem. e) O juiz pode determinar que o paciente, se estiver preso, lhe seja apresentado imediatamente. 10. Da aplicação do princípio da indisponibilidade da ação penal decorre que a) o Ministério Público não pode pedir absolvição em alegações finais ou debates em audiência. b) o pedido de arquivamento de inquérito policial pelo Ministério Público estará limitado às hipóteses em que se verifique causa de exclusão da ilicitude. c) o Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. d) o Ministério Público de segundo grau vincula seu parecer às razões de recurso apresentadas pelo Ministério Público de primeiro grau. e) haverá sempre o dever legal de recorrer pelo Ministério Público de decisão absolutória. 11. Sobre a citação no processo penal é correto afirmar: a) Não existe previsão legal de citação com hora certa na forma estabelecida pelo Código de Processo Civil. b) A apresentação do réu preso será requisitada à autoridade que o custodia, servindo esse chamamento como citação. c) A citação do militar será sempre pessoal nos crimes comuns e independente de comunicação ao superior hierárquico. d) A citação por edital será feita sempre que o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante. e) A citação do funcionário público far-se-á pessoalmente e a notificação para comparecimento a juízo a ele e ao chefe de sua repartição. 12. A competência para processar e julgar originariamente membro dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios nos crimes comuns e de responsabilidade pertence a) ao Supremo Tribunal Federal. b) ao Tribunal Regional Federal. c) ao Tribunal de Justiça Estadual. d) ao Superior Tribunal de Justiça. e) à Justiça Estadual de 1o grau. 13. A sentença penal condenatória, a) jamais poderá ser objeto de intimação por edital ao defensor constituído. b) tornará definitiva a interdição de direitos cautelarmente imposta pelo prazo máximo de 8 (oito) anos. c) poderá fixar valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido. d) enquanto não transitar em julgado, não poderá determinar que seja o nome do réu lançado no rol dos culpados. e) poderá aplicar pena privativa de liberdade cumulada com medida de segurança se afirmada a especial periculosidade do agente. 14. Da decisão que, nos casos de ação penal privada em que haja sentença condenatória, embora admita o recurso de apelação do querelado, obstar sua expediçãoe segmento para o juízo ad quem por não recolhimento de custas, caberá a) recurso em sentido estrito. b) agravo de instrumento. c) recurso especial. d) carta testemunhável. e) mandado de segurança. 15. Renato ajuizou ação penal privada contra Renê, imputando-lhe crimes de difamação e injúria. Recebida a queixa e designada audiência de instrução, Renato vem a óbito após um acidente de trânsito fatal em rodovia. Com o óbito do querelante, a) caberá ao Ministério Público prosseguir na ação penal, assumindo a posição do querelante. b) o direito de prosseguir na ação penal passará ao descendente, cônjuge, ascendente, irmão, nessa ordem. c) o direito de prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nesta ordem. d) a ação penal privada será arquivada diante do caráter personalíssimo desta, com a extinção da punibilidade do agente. e) o direito de prosseguir na ação penal passará, exclusivamente, aos descendentes ou ascendentes do ofendido. 16. Plínio é denunciado pelo Ministério Público como incurso no artigo 121, do Código Penal (homicídio). Expedido mandado para citação pessoal, o Oficial de Justiça verifica que o réu Plínio se oculta para não ser citado, certificando nos autos. Neste caso, a) o réu deverá ser citado por hora certa, de acordo com as normas preconizadas pelo Código de Processo Civil. b) a citação do réu deverá ser feita via correio com aviso de recebimento. c) o réu deverá ser citado por edital. Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 3 d) a citação do réu deverá ser feita na pessoa de um vizinho, familiar ou funcionário da empresa ou edifício onde reside. e) o Oficial de Justiça deverá solicitar ao juiz a Força Policial para que o mandado citatório seja cumprido, com o uso da força necessária e moderada. 17. Sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal, analise as hipóteses abaixo. I. Paulo responde processo por crime de homicídio na comarca de Macapá. Iran é arrolado como testemunha de defesa e ouvido na comarca de Oiapoque, por intermédio de carta precatória. Praticado falso testemunho pela testemunha Iran o juízo competente para processar e julgar este delito é o juízo deprecado, da comarca de Oiapoque. II. No caso de crime de estelionato cometido por meio de saque em conta bancária, mediante uso de senha e de cartão magnético, a competência para processar e julgar é do local onde a conta corrente é mantida e não do local onde o dinheiro foi retirado. III. Fabio comete 10 crimes de furto contra residências diversas, na mesma noite e em três cidades e comarcas vizinhas, em continuidade delitiva, com o mesmo modus operandi. Neste caso, os juízes das três comarcas são competentes para apuração da infração penal, firmando- se a competência pela prevenção. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e III. c) II e III. d) I e II. e) II. 18. No que concerne à prisão, nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal, é certo que. a) o Juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 10 anos de idade, sem deficiência. b) a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante, mas nesse caso, com o condutor, deverá assiná-lo pelo menos uma pessoa que haja testemunhado a apresentação do preso à autoridade. c) quando o acusado se recusar a assinar o Auto de Prisão em Flagrante, a Autoridade Policial deverá certificar o ocorrido e a sua assinatura goza de fé pública e confere legitimidade ao ato. d) a prisão preventiva é admitida no caso de crime envolvendo violência doméstica e familiar contra idoso, para assegurar a execução das medidas protetivas de urgência, desde que punido com reclusão. e) a Defensoria Pública deverá receber cópia integral do Auto de Prisão em Flagrante dentro de 24 horas depois da prisão, se o autuado não declinar o nome de seu advogado. 19.Ricardo, funcionário público, responde a processo criminal em liberdade, acusado de praticar crime de prevaricação. No curso do processo, após instauração de incidente de sanidade mental, os peritos concluem pela semi-imputabilidade do agente. Neste caso, o juiz a) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça. b) poderá determinar a internação provisória do acusado, havendo risco de reiteração da conduta. c) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o laudo concluiu que ele é semi- imputável, sendo necessário aguardar o desfecho da ação penal para eventual internação. d) poderá determinar a internação provisória do acusado, pelo prazo máximo de sessenta dias, havendo risco de reiteração da conduta. e) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque a pena mínima cominada ao crime não é igual ou superior a quatro anos. 20.A doutrina denomina conexão instrumental a que ocorre quando a) uma infração tiver sido praticada para facilitar ou ocultar outra. b) duas ou mais infrações forem praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. c) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. d) duas ou mais infrações forem praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. e) uma infração tiver sido praticada para conseguir impunidade ou vantagem de outra. 21.A respeito do Habeas Corpus, considere: I. O réu está preso e a prova colhida na instrução é contraditória, havendo testemunhas que incriminaram o réu e outras que o inocentaram. II. A prisão provisória do indiciado foi decretada por decisão fundamentada do representante do Ministério Público. III. A autoridade competente manteve no cárcere o indiciado quando a lei autorizava a concessão de fiança. A coação considera-se ilegal e pode ser reparada através de habeas corpus nas situações indicadas em a) III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) II e III. 22.Tício está preso na Penitenciária de Presidente Venceslau, cumprindo pena por crimes de homicídio e sequestro, e responde a outro processo por crime de latrocínio na comarca de São Paulo, Capital. Há prova, nos autos, de que o agente integra uma facção criminosa Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 4 e notícia de uma tentativa de resgate do detento durante o seu deslocamento até a cidade de São Paulo para participar de um determinado ato processual. Designada audiência de instrução, interrogatório, debates e julgamento, o Juiz que preside o processo que tramita contra Tício pelo delito de latrocínio, em decisão fundamentada, a) deverá necessariamente realizar o interrogatório de Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partes com cinco dias de antecedência, assegurando ao preso a entrevista prévia e reservada com seu defensor, sendo dispensável o acompanhamento pelo preso de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento, pela presença física de seu defensor no ato processual. b) deverá necessariamente realizar o interrogatório de Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partes com dez dias de antecedência, assegurando ao preso o acompanhamento de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento, bem como entrevista prévia e reservada com seu defensor. c) poderá, em caráter excepcional, realizar o interrogatório de Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partescom cinco dias de antecedência, assegurando ao preso a entrevista prévia e reservada com seu defensor, sendo dispensável o acompanhamento pelo preso de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento, pela presença física de seu defensor no ato processual. d) poderá, em caráter excepcional, realizar o interrogatório de Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partes com dez dias de antecedência, assegurando ao preso o acompanhamento de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento, bem como entrevista prévia e reservada com seu defensor. e) deverá necessariamente realizar o interrogatório de Tício por meio de videoconferência, intimando-se as partes com cinco dias de antecedência, assegurando ao preso o acompanhamento de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento, bem como entrevista prévia e reservada com seu defensor. 23.Sobre o habeas corpus e seu processo, de acordo com o Código de Processo Penal, considere: I. A competência para processar e julgar, originalmente, o habeas corpus, cuja autoridade coatora for um Secretário de Estado, é do Tribunal de Justiça do respectivo Estado. II. A utilização do habeas corpus é assegurada ao agente que responde processo por infração penal, a que a pena pecuniária seja a única cominada ou contra decisão condenatória a pena de multa. III. José, Juiz de Direito de uma determinada comarca do Estado de São Paulo, recebeu, após regular distribuição, um habeas corpus questionando uma ordem dada por um Delegado de Polícia da cidade. Após requisitar informações, tomou conhecimento de que a ordem foi ratificada por Pedro, outro Juiz de Direito da mesma comarca, para o qual o Inquérito Policial foi distribuído. Neste caso, cessa de imediato a competência do Magistrado José, para quem foi distribuído o habeas corpus, conhecer do writ. Está correto o que consta APENAS em a) I. b) III. c) I e II. d) I e III. e) II e III. Resposta: d 24.Paulo, Juiz de uma determinada comarca do Estado de São Paulo, prolatou uma decisão contra a qual cabe recurso em sentido estrito. Uma das partes interpôs o recurso no prazo legal, apresentando as suas razões e a parte contrária, por sua vez, as contrarrazões, posteriormente. Apresentadas as contrarrazões, os autos foram remetidos a Paulo que exerceu o juízo de retratação e reformou a decisão impugnada. Neste caso, a parte contrária a) não poderá recorrer de qualquer forma da nova decisão. b) poderá recorrer da nova decisão por simples petição, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juízo modificá- la. c) poderá recorrer da nova decisão por petição nos autos, se couber recurso, com abertura de novos prazos para razões e contrarrazões, sendo lícito ao juízo modificá-la novamente. d) poderá recorrer da nova decisão por simples petição, se couber recurso, sendo lícito ao juízo modificá-la novamente. e) poderá recorrer da nova decisão por petição nos autos, se couber recurso, com abertura de novos prazos para razões e contrarrazões, não sendo mais lícito ao juízo modificá-la. 25.Analise as seguintes situações sobre as testemunhas, de acordo com o Código do Processo Pena I. Tício, padre de uma paróquia na cidade de São Paulo, mantém contato, no exercício de sua atividade religiosa, com uma determinada pessoa que lhe conta com detalhes, em função da fé no confessionário, que presenciou um delito de homicídio na porta da sua casa, praticado contra um vizinho. Tício poderá figurar como testemunha, mas está proibido de prestar depoimento em juízo, salvo se quiser e for desobrigado pela parte interessada. II. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça é arrolado como testemunha em um processo crime que tramita em uma das Varas Criminais da Comarca de São Paulo. Neste caso, ele será inquirido em local, dia e hora previamente ajustados com o juiz do processo, podendo optar, também, pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes, lhes serão transmitidas por ofício. Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 5 III. Em regular audiência de instrução e julgamento está sendo ouvida testemunha arrolada pela acusação. O juiz não poderá indeferir perguntas formuladas pelo advogado do réu, mesmo se não tiverem relação com o processo. Está correto o que consta SOMENTE em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 26.Moacir foi conduzido ao Distrito Policial acusado de praticar crime de desacato, pois teria xingado um Policial Militar quando foi abordado em uma operação bloqueio da "Lei Seca" na cidade de São Paulo. Foi lavrado o respectivo Termo Circunstanciado e encaminhado ao Fórum local. Moacir ostenta vasta folha de antecedentes criminais e não fazia jus a qualquer benefício legal. O Ministério Público ofereceu, então, denúncia contra Moacir, acusando-o de praticar o delito em questão (desacato). Designada audiência de instrução, debates e julgamento, o acusado foi regularmente citado e compareceu ao ato acompanhado de seu advogado. Iniciado o ato processual, o Magistrado concedeu a palavra ao advogado de Moacir para responder aos termos da denúncia. Em seguida, o Magistrado, em decisão fundamentada, rejeitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Contra essa decisão a) não caberá recurso. b) caberá apelação, no prazo de três dias, que será julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. c) caberá apelação, no prazo de cinco dias, que será julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. d) caberá apelação, no prazo de dez dias, que será julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. e) caberá apelação, no prazo de quinze dias, que será julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 27.A respeito da denúncia e da queixa, é correto afirmar: a) A renúncia ao exercício do direito de queixa a um dos autores do crime não impedirá a propositura da ação penal privada contra os demais. b) Na ação penal privada, oferecida a queixa, o querelado pode apresentar reconvenção. c) A queixa em ação penal privativa do ofendido não poderá ser aditada pelo Ministério Público. d) A exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias é um dos elementos tanto da denúncia, como da queixa. e) A queixa é ato personalíssimo do ofendido, não podendo ser dada por procurador com poderes gerais, nem especiais. 28.A representação a) deve ser oferecida no prazo máximo de três meses contados da data em que o ofendido vier a saber quem é o autor do crime, sob pena de decadência. b) é formalmente rigorosa, exigindo termo específico em que a vítima declare expressamente que deseja representar contra o autor da infração. c) admite retratação em qualquer fase do processo, inclusive na execução de sentença. d) não pode, em caso de morte do ofendido, ser oferecida por nenhum dos seus sucessores. e) não pode ser ampliada pelo Ministério Público para alcançar fatos novos nela não mencionados. 29.A prisão preventiva a) poderá ser decretada pelo juiz de ofício, mesmo que não haja requerimento a respeito do Ministério Público ou do querelante, nem representação da autoridade policial. b) não poderá ser decretada, nos casos em que a lei a autoriza, se o acusado se apresentar espontaneamente à autoridade. c) poderá ser decretada nos crimes culposos, quando o juiz se convencer da periculosidade do acusado.d) decretada pelo juiz só pode ser revogada na sentença ou pela superior instância. e) não poderá ser decretada para garantia da ordem econômica, mas somente da ordem pública. 30. No que concerne à intimação, considere: I. Far-se-á pessoalmente a intimação do Ministério Público. II. A intimação do defensor nomeado será feita pelo Diário Oficial. III. Observados os requisitos legais, será admissível a intimação por despacho, na petição em que for requerida. Está correto o que consta SOMENTE em a) I e II b) I e III. c) II e III. d) I. e) III. 31. Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é a) pública condicionada à representação do ofendido. b) privada exclusiva. c) pública incondicionada. d) privada personalíssima. Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 6 e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 32. A respeito do habeas corpus, é correto afirmar: a) Pode ser impetrado por pessoa não inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil. b) O fato de, no momento do julgamento, já ter cessado a violência ou coação não impede a concessão da ordem. c) A concessão da ordem para trancar a ação penal por falta de justa causa acarreta a soltura do paciente, mas não impede o prosseguimento do processo. d) Não pode em nenhuma hipótese ser concedido de ofício pelos juízes e pelos tribunais, dependendo sempre de provocação por petição com os requisitos legais. e) Não pode ser impetrado pelo Ministério Público por falta de interesse de agir. 33. No que concerne aos recursos em geral, considere I. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo. II. O Ministério Público pode desistir de recurso que haja interposto se, após a interposição, se convencer do acerto da decisão recorrida e se arrepender da interposição. III. O réu condenado que não recorreu da sentença poderá ser beneficiado, no caso de concurso de agentes, pela decisão de recurso interposto pelo co-réu, fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal. Está correto o que consta SOMENTE em a) II. b) I e II. c) II e III. d) I e III. e) III. 34. O réu e seu defensor constituído foram pessoalmente intimados da sentença condenatória no dia 3 de fevereiro de 2012, sexta-feira. O prazo de 5 dias para apelação terminará no dia a) 13 de fevereiro, segunda-feira. b) 07 de fevereiro, terça-feira. c) 08 de fevereiro, quarta-feira. d) 09 de fevereiro, quinta-feira e) 10 de fevereiro, sexta-feira. 35.Sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal, analise as assertivas abaixo. I. Tratando-se de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competên- cia será determinada pelo lugar em que for pratica- do o último ato de execução. II. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. III. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. IV. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante não poderá preferir o foro de domicílio ou de residência do réu se conhecido o lugar da infração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e IV. b) II e IV. c) III e IV. d) II e III. e) I e II. 36. Xisto é denunciado pelo Ministério Público por crimes de peculato e prevaricação. Após a autuação, o Magistrado competente, em decisão fundamentada, recebe parcialmente a denúncia. Contra esta decisão caberá a) Apelação, no prazo de quinze dias. b) Apelação, no prazo de oito dias. c) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de oito dias. d) Apelação, no prazo de cinco dias. e) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de cinco dias. 37. A decisão que julga extinta a punibilidade do acusado classifica-se como sentença a) absolutória. b) condenatória. c) declaratória. d) constitutiva. e) mandamental. 38. A respeito da lei processual penal no tempo, considere: I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a vigência da lei anterior. II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos que se iniciarem durante a sua vigência. III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver disposição em contrário. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III. Direito Processual Penal Dr. Pietro Chidichimo Junior 7 GABARITO 1-a 2-a 3-d 4-b 5-a 6-b 7-e 8-c 9-e 10-c 11-e 12-d 13-c 14-d 15-c 16-a 17-b 18-e 19-a 20-c 21-e 22-d 23-d 24-b 25-a 26-d 27-d 28-e 29-a 30-b 31-c 32-a 33-d 34-e 35-d 36-e 37-c 38-a
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