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Direito Processual Penal 
 Dr. Pietro Chidichimo Junior 
 
 
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1. Na ação penal pública, 
 a) o oferecimento de denúncia contra alguns indiciados e 
o pedido de arquivamento contra outros coautores pelo 
Ministério Público não implica ofensa ao princípio da 
obrigatoriedade da ação penal. 
 b) o não comparecimento da vítima, sem motivo 
justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar 
presente implicará reconhecimento da perempção. 
 c) o perdão do ofendido, concedido por meio de petição 
assinada pela vítima ou por procurador com poderes 
especiais, obsta o prosseguimento da ação e implica 
extinção da punibilidade do agente. 
 d) o erro quanto à classificação do crime na denúncia 
implica sua rejeição e consequente extinção do processo 
sem resolução do mérito. 
 e) a denúncia não precisa conter o rol de testemunhas, as 
quais poderão ser arroladas pelo Ministério Público em 
qualquer fase do processo. 
 
2. Sobre a competência processual pela prerrogativa de 
função, 
 a) é definida aos Tribunais relativamente às pessoas que 
devam responder perante eles por crimes comuns e de 
responsabilidade. 
 b) é definida pelo Código de Processo Penal 
exclusivamente às hipóteses de julgamento pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
 c) não é deferida em nenhuma hipótese aos Tribunais 
Regionais Federais. 
 d) a ação de improbidade, de que trata a Lei no 
8.429/1992, será proposta perante o tribunal competente 
para processar e julgar criminalmente o funcionário ou 
autoridade. 
 e) tem prevalência ainda que o inquérito policial ou a 
ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício 
da função pública. 
 
3. Aos auxiliares da justiça (peritos e intérpretes) NÃO 
são aplicáveis as regras previstas no Código de Processo 
Penal relativas a 
 a) suspeição e impedimento. 
 b) prisão em flagrante. 
 c) crimes de responsabilidade de funcionários públicos. 
 d) exceção de incompetência. 
 e) nulidades. 
 
4. Sobre a decretação da prisão preventiva: 
 a) Poderá ser decretada apenas após o início da instrução 
criminal com o recebimento da denúncia. 
 b) Poderá ser decretada para garantia da ordem 
econômica. 
 c) Dependerá sempre de requerimento do Ministério 
Público ou de representação de autoridade policial. 
 d) Não poderá ser decretada a autor de crime punido 
com detenção. 
 e) Não é cabível para crimes culposos. 
 
5. Sobre a suspensão do processo e a produção 
antecipada de provas, prevista no art. 366 do Código de 
Processo Penal, 
 a) a decisão que determina a antecipação de prova deve 
ser concretamente fundamentada, não a justificando o 
mero decurso do tempo. 
 b) a suspensão do processo implica, obrigatoriamente, a 
decretação da prisão preventiva do acusado ausente, mas 
não a antecipação de provas. 
 c) quando se tratar de réu foragido em outro processo 
criminal, prescindem de prévia citação por edital. 
 d) uma vez decretada a suspensão do processo é 
obrigatória a produção antecipada da prova pericial. 
 e) as hipóteses de urgência que permitem a produção 
antecipada de provas são apresentadas em rol taxativo 
pela lei. 
 
6. Sobre a decisão proferida em processo incidente de 
incompetência do juízo é correto afirmar: 
 a) É irrecorrível em face do princípio do livre 
convencimento do juiz. 
 b) Caberá recurso em sentido estrito quando concluir 
pela incompetência do juízo. 
 c) Caberá recurso de apelação qualquer que seja a 
decisão. 
 d) Caberá recurso de apelação apenas no caso que 
concluir pela incompetência do juízo. 
 e) Caberá agravo quando concluir pela incompetência do 
juízo. 
 
7. Caberá ação penal privada subsidiária nos crimes de 
ação penal pública quando 
 a) o Ministério Público requerer o arquivamento do 
inquérito policial e o juiz o denegar. 
 b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento 
de inquérito policial. 
 c) houver legitimidade ativa concorrente entre o 
Ministério Público e o ofendido em crime de ação penal 
pública condicionada à representação. 
 d) o ofendido for pessoa jurídica de direito privado. 
 e) a ação penal não for intentada no prazo legal. 
 
8. O princípio da busca da verdade real permite a 
 a) dilação da prescrição da pretensão punitiva enquanto 
não encerrada a investigação criminal em crimes dolosos. 
 b) reabertura de inquérito policial arquivado 
independente de prova nova enquanto não prescrito o 
crime. 
 c) determinação de prova ex officio pelo juiz. 
 d) desconsideração da confissão como meio de prova. 
 e) aceitação de interceptação telefônica produzida sem 
autorização judicial como indício. 
 
 
 
 
 
 
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 Dr. Pietro Chidichimo Junior 
 
 
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9. Sobre o habeas corpus é correto afirmar: 
 a) Caberá mesmo contra punição disciplinar, se houver 
violação do devido processo legal. 
 b) A competência do juiz não cessará mesmo que a 
violência ou coação provenha de autoridade judiciária de 
igual jurisdição. 
 c) Não prevê em nenhuma hipótese a condenação nas 
custas da autoridade que tiver determinado a coação. 
 d) O Ministério Público não poderá impetrá-lo, mas 
apenas opinar favoravelmente à concessão da ordem. 
 e) O juiz pode determinar que o paciente, se estiver 
preso, lhe seja apresentado imediatamente. 
 
10. Da aplicação do princípio da indisponibilidade da 
ação penal decorre que 
 a) o Ministério Público não pode pedir absolvição em 
alegações finais ou debates em audiência. 
 b) o pedido de arquivamento de inquérito policial pelo 
Ministério Público estará limitado às hipóteses em que se 
verifique causa de exclusão da ilicitude. 
 c) o Ministério Público não poderá desistir de recurso que 
haja interposto. 
 d) o Ministério Público de segundo grau vincula seu 
parecer às razões de recurso apresentadas pelo Ministério 
Público de primeiro grau. 
 e) haverá sempre o dever legal de recorrer pelo 
Ministério Público de decisão absolutória. 
 
11. Sobre a citação no processo penal é correto afirmar: 
 a) Não existe previsão legal de citação com hora certa na 
forma estabelecida pelo Código de Processo Civil. 
 b) A apresentação do réu preso será requisitada à 
autoridade que o custodia, servindo esse chamamento 
como citação. 
 c) A citação do militar será sempre pessoal nos crimes 
comuns e independente de comunicação ao superior 
hierárquico. 
 d) A citação por edital será feita sempre que o réu estiver 
fora do território da jurisdição do juiz processante. 
 e) A citação do funcionário público far-se-á pessoalmente 
e a notificação para comparecimento a juízo a ele e ao 
chefe de sua repartição. 
 
12. A competência para processar e julgar 
originariamente membro dos Conselhos ou Tribunais de 
Contas dos Municípios nos crimes comuns e de 
responsabilidade pertence 
 a) ao Supremo Tribunal Federal. 
 b) ao Tribunal Regional Federal. 
 c) ao Tribunal de Justiça Estadual. 
 d) ao Superior Tribunal de Justiça. 
 e) à Justiça Estadual de 1o grau. 
 
 
 
 
 
13. A sentença penal condenatória, 
 a) jamais poderá ser objeto de intimação por edital ao 
defensor constituído. 
 b) tornará definitiva a interdição de direitos 
cautelarmente imposta pelo prazo máximo de 8 (oito) 
anos. 
 c) poderá fixar valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos 
sofridos pelo ofendido. 
 d) enquanto não transitar em julgado, não poderá 
determinar que seja o nome do réu lançado no rol dos 
culpados. 
 e) poderá aplicar pena privativa de liberdade cumulada 
com medida de segurança se afirmada a especial 
periculosidade do agente. 
 
14. Da decisão que, nos casos de ação penal privada em 
que haja sentença condenatória, embora admita o 
recurso de apelação do querelado, obstar sua expediçãoe segmento para o juízo ad quem por não recolhimento 
de custas, caberá 
 a) recurso em sentido estrito. 
 b) agravo de instrumento. 
 c) recurso especial. 
 d) carta testemunhável. 
 e) mandado de segurança. 
 
15. Renato ajuizou ação penal privada contra Renê, 
imputando-lhe crimes de difamação e injúria. Recebida a 
queixa e designada audiência de instrução, Renato vem 
a óbito após um acidente de trânsito fatal em rodovia. 
Com o óbito do querelante, 
 a) caberá ao Ministério Público prosseguir na ação penal, 
assumindo a posição do querelante. 
 b) o direito de prosseguir na ação penal passará ao 
descendente, cônjuge, ascendente, irmão, nessa ordem. 
 c) o direito de prosseguir na ação penal passará ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nesta 
ordem. 
 d) a ação penal privada será arquivada diante do caráter 
personalíssimo desta, com a extinção da punibilidade do 
agente. 
 e) o direito de prosseguir na ação penal passará, 
exclusivamente, aos descendentes ou ascendentes do 
ofendido. 
 
16. Plínio é denunciado pelo Ministério Público como 
incurso no artigo 121, do Código Penal (homicídio). 
Expedido mandado para citação pessoal, o Oficial de 
Justiça verifica que o réu Plínio se oculta para não ser 
citado, certificando nos autos. Neste caso, 
 a) o réu deverá ser citado por hora certa, de acordo com 
as normas preconizadas pelo Código de Processo Civil. 
 b) a citação do réu deverá ser feita via correio com aviso 
de recebimento. 
 c) o réu deverá ser citado por edital. 
 
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 d) a citação do réu deverá ser feita na pessoa de um 
vizinho, familiar ou funcionário da empresa ou edifício 
onde reside. 
 e) o Oficial de Justiça deverá solicitar ao juiz a Força 
Policial para que o mandado citatório seja cumprido, com 
o uso da força necessária e moderada. 
 
17. Sobre a competência, de acordo com o Código de 
Processo Penal, analise as hipóteses abaixo. 
I. Paulo responde processo por crime de homicídio na 
comarca de Macapá. Iran é arrolado como testemunha de 
defesa e ouvido na comarca de Oiapoque, por intermédio 
de carta precatória. Praticado falso testemunho pela 
testemunha Iran o juízo competente para processar e 
julgar este delito é o juízo deprecado, da comarca de 
Oiapoque. 
II. No caso de crime de estelionato cometido por meio de 
saque em conta bancária, mediante uso de senha e de 
cartão magnético, a competência para processar e julgar é 
do local onde a conta corrente é mantida e não do local 
onde o dinheiro foi retirado. 
III. Fabio comete 10 crimes de furto contra residências 
diversas, na mesma noite e em três cidades e comarcas 
vizinhas, em continuidade delitiva, com o mesmo modus 
operandi. Neste caso, os juízes das três comarcas são 
competentes para apuração da infração penal, firmando-
se a competência pela prevenção. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I. 
 b) I e III. 
 c) II e III. 
 d) I e II. 
 e) II. 
 
18. No que concerne à prisão, nos termos preconizados 
pelo Código de Processo Penal, é certo que. 
 a) o Juiz poderá substituir a prisão preventiva pela 
domiciliar quando o agente for imprescindível aos 
cuidados especiais de pessoa menor de 10 anos de idade, 
sem deficiência. 
 b) a falta de testemunhas da infração não impedirá o 
auto de prisão em flagrante, mas nesse caso, com o 
condutor, deverá assiná-lo pelo menos uma pessoa que 
haja testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
 c) quando o acusado se recusar a assinar o Auto de Prisão 
em Flagrante, a Autoridade Policial deverá certificar o 
ocorrido e a sua assinatura goza de fé pública e confere 
legitimidade ao ato. 
 d) a prisão preventiva é admitida no caso de crime 
envolvendo violência doméstica e familiar contra idoso, 
para assegurar a execução das medidas protetivas de 
urgência, desde que punido com reclusão. 
 e) a Defensoria Pública deverá receber cópia integral do 
Auto de Prisão em Flagrante dentro de 24 horas depois da 
prisão, se o autuado não declinar o nome de seu 
advogado. 
19.Ricardo, funcionário público, responde a processo 
criminal em liberdade, acusado de praticar crime de 
prevaricação. No curso do processo, após instauração de 
incidente de sanidade mental, os peritos concluem pela 
semi-imputabilidade do agente. Neste caso, o juiz 
 a) não poderá determinar a internação provisória do 
acusado, porque o crime não foi cometido com violência 
ou grave ameaça. 
 b) poderá determinar a internação provisória do acusado, 
havendo risco de reiteração da conduta. 
 c) não poderá determinar a internação provisória do 
acusado, porque o laudo concluiu que ele é semi-
imputável, sendo necessário aguardar o desfecho da ação 
penal para eventual internação. 
 d) poderá determinar a internação provisória do acusado, 
pelo prazo máximo de sessenta dias, havendo risco de 
reiteração da conduta. 
 e) não poderá determinar a internação provisória do 
acusado, porque a pena mínima cominada ao crime não é 
igual ou superior a quatro anos. 
 
20.A doutrina denomina conexão instrumental a que 
ocorre quando 
 a) uma infração tiver sido praticada para facilitar ou 
ocultar outra. 
 b) duas ou mais infrações forem praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas. 
 c) a prova de uma infração ou de qualquer de suas 
circunstâncias elementares influir na prova de outra 
infração. 
 d) duas ou mais infrações forem praticadas por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. 
 e) uma infração tiver sido praticada para conseguir 
impunidade ou vantagem de outra. 
 
21.A respeito do Habeas Corpus, considere: 
I. O réu está preso e a prova colhida na instrução é 
contraditória, havendo testemunhas que incriminaram o 
réu e outras que o inocentaram. 
II. A prisão provisória do indiciado foi decretada por 
decisão fundamentada do representante do Ministério 
Público. 
III. A autoridade competente manteve no cárcere o 
indiciado quando a lei autorizava a concessão de fiança. 
A coação considera-se ilegal e pode ser reparada através 
de habeas corpus nas situações indicadas em 
 a) III. 
 b) I e II. 
 c) I e III. 
 d) I. 
 e) II e III. 
 
22.Tício está preso na Penitenciária de Presidente 
Venceslau, cumprindo pena por crimes de homicídio e 
sequestro, e responde a outro processo por crime de 
latrocínio na comarca de São Paulo, Capital. Há prova, 
nos autos, de que o agente integra uma facção criminosa 
 
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e notícia de uma tentativa de resgate do detento 
durante o seu deslocamento até a cidade de São Paulo 
para participar de um determinado ato processual. 
Designada audiência de instrução, interrogatório, 
debates e julgamento, o Juiz que preside o processo que 
tramita contra Tício pelo delito de latrocínio, em decisão 
fundamentada, 
 a) deverá necessariamente realizar o interrogatório de 
Tício por meio de videoconferência, intimando-se as 
partes com cinco dias de antecedência, assegurando ao 
preso a entrevista prévia e reservada com seu defensor, 
sendo dispensável o acompanhamento pelo preso de 
todos os atos da audiência única de instrução e 
julgamento, pela presença física de seu defensor no ato 
processual. 
 b) deverá necessariamente realizar o interrogatório de 
Tício por meio de videoconferência, intimando-se as 
partes com dez dias de antecedência, assegurando ao 
preso o acompanhamento de todos os atos da audiência 
única de instrução e julgamento, bem como entrevista 
prévia e reservada com seu defensor. 
 c) poderá, em caráter excepcional, realizar o 
interrogatório de Tício por meio de videoconferência, 
intimando-se as partescom cinco dias de antecedência, 
assegurando ao preso a entrevista prévia e reservada com 
seu defensor, sendo dispensável o acompanhamento pelo 
preso de todos os atos da audiência única de instrução e 
julgamento, pela presença física de seu defensor no ato 
processual. 
 d) poderá, em caráter excepcional, realizar o 
interrogatório de Tício por meio de videoconferência, 
intimando-se as partes com dez dias de antecedência, 
assegurando ao preso o acompanhamento de todos os 
atos da audiência única de instrução e julgamento, bem 
como entrevista prévia e reservada com seu defensor. 
 e) deverá necessariamente realizar o interrogatório de 
Tício por meio de videoconferência, intimando-se as 
partes com cinco dias de antecedência, assegurando ao 
preso o acompanhamento de todos os atos da audiência 
única de instrução e julgamento, bem como entrevista 
prévia e reservada com seu defensor. 
 
23.Sobre o habeas corpus e seu processo, de acordo com 
o Código de Processo Penal, considere: 
I. A competência para processar e julgar, originalmente, o 
habeas corpus, cuja autoridade coatora for um Secretário 
de Estado, é do Tribunal de Justiça do respectivo Estado. 
II. A utilização do habeas corpus é assegurada ao agente 
que responde processo por infração penal, a que a pena 
pecuniária seja a única cominada ou contra decisão 
condenatória a pena de multa. 
III. José, Juiz de Direito de uma determinada comarca do 
Estado de São Paulo, recebeu, após regular distribuição, 
um habeas corpus questionando uma ordem dada por um 
Delegado de Polícia da cidade. Após requisitar 
informações, tomou conhecimento de que a ordem foi 
ratificada por Pedro, outro Juiz de Direito da mesma 
comarca, para o qual o Inquérito Policial foi distribuído. 
Neste caso, cessa de imediato a competência do 
Magistrado José, para quem foi distribuído o habeas 
corpus, conhecer do writ. 
Está correto o que consta APENAS em 
 a) I. 
 b) III. 
 c) I e II. 
 d) I e III. 
 e) II e III. 
 
Resposta: d 
24.Paulo, Juiz de uma determinada comarca do Estado 
de São Paulo, prolatou uma decisão contra a qual cabe 
recurso em sentido estrito. Uma das partes interpôs o 
recurso no prazo legal, apresentando as suas razões e a 
parte contrária, por sua vez, as contrarrazões, 
posteriormente. Apresentadas as contrarrazões, os 
autos foram remetidos a Paulo que exerceu o juízo de 
retratação e reformou a decisão impugnada. Neste caso, 
a parte contrária 
 a) não poderá recorrer de qualquer forma da nova 
decisão. 
 b) poderá recorrer da nova decisão por simples petição, 
se couber recurso, não sendo mais lícito ao juízo modificá-
la. 
 c) poderá recorrer da nova decisão por petição nos autos, 
se couber recurso, com abertura de novos prazos para 
razões e contrarrazões, sendo lícito ao juízo modificá-la 
novamente. 
 d) poderá recorrer da nova decisão por simples petição, 
se couber recurso, sendo lícito ao juízo modificá-la 
novamente. 
 e) poderá recorrer da nova decisão por petição nos autos, 
se couber recurso, com abertura de novos prazos para 
razões e contrarrazões, não sendo mais lícito ao juízo 
modificá-la. 
 
25.Analise as seguintes situações sobre as testemunhas, 
de acordo com o Código do Processo Pena 
I. Tício, padre de uma paróquia na cidade de São Paulo, 
mantém contato, no exercício de sua atividade religiosa, 
com uma determinada pessoa que lhe conta com 
detalhes, em função da fé no confessionário, que 
presenciou um delito de homicídio na porta da sua casa, 
praticado contra um vizinho. Tício poderá figurar como 
testemunha, mas está proibido de prestar depoimento 
em juízo, salvo se quiser e for desobrigado pela parte 
interessada. 
II. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça é arrolado 
como testemunha em um processo crime que tramita em 
uma das Varas Criminais da Comarca de São Paulo. Neste 
caso, ele será inquirido em local, dia e hora previamente 
ajustados com o juiz do processo, podendo optar, 
também, pela prestação de depoimento por escrito, caso 
em que as perguntas, formuladas pelas partes, lhes serão 
transmitidas por ofício. 
 
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III. Em regular audiência de instrução e julgamento está 
sendo ouvida testemunha arrolada pela acusação. O juiz 
não poderá indeferir perguntas formuladas pelo 
advogado do réu, mesmo se não tiverem relação com o 
processo. 
Está correto o que consta SOMENTE em 
 a) I. 
 b) II. 
 c) I e II. 
 d) I e III. 
 e) II e III. 
 
26.Moacir foi conduzido ao Distrito Policial acusado de 
praticar crime de desacato, pois teria xingado um Policial 
Militar quando foi abordado em uma operação bloqueio 
da "Lei Seca" na cidade de São Paulo. Foi lavrado o 
respectivo Termo Circunstanciado e encaminhado ao 
Fórum local. Moacir ostenta vasta folha de antecedentes 
criminais e não fazia jus a qualquer benefício legal. O 
Ministério Público ofereceu, então, denúncia contra 
Moacir, acusando-o de praticar o delito em questão 
(desacato). Designada audiência de instrução, debates e 
julgamento, o acusado foi regularmente citado e 
compareceu ao ato acompanhado de seu advogado. 
Iniciado o ato processual, o Magistrado concedeu a 
palavra ao advogado de Moacir para responder aos 
termos da denúncia. Em seguida, o Magistrado, em 
decisão fundamentada, rejeitou a denúncia apresentada 
pelo Ministério Público. Contra essa decisão 
 a) não caberá recurso. 
 b) caberá apelação, no prazo de três dias, que será 
julgada por turma composta de três Juízes em exercício 
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 c) caberá apelação, no prazo de cinco dias, que será 
julgada por turma composta de três Juízes em exercício 
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 d) caberá apelação, no prazo de dez dias, que será 
julgada por turma composta de três Juízes em exercício 
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 e) caberá apelação, no prazo de quinze dias, que será 
julgada por turma composta de três Juízes em exercício 
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 
27.A respeito da denúncia e da queixa, é correto afirmar: 
 a) A renúncia ao exercício do direito de queixa a um dos 
autores do crime não impedirá a propositura da ação 
penal privada contra os demais. 
 b) Na ação penal privada, oferecida a queixa, o querelado 
pode apresentar reconvenção. 
 c) A queixa em ação penal privativa do ofendido não 
poderá ser aditada pelo Ministério Público. 
 d) A exposição do fato criminoso com todas as suas 
circunstâncias é um dos elementos tanto da denúncia, 
como da queixa. 
 e) A queixa é ato personalíssimo do ofendido, não 
podendo ser dada por procurador com poderes gerais, 
nem especiais. 
 
28.A representação 
 a) deve ser oferecida no prazo máximo de três meses 
contados da data em que o ofendido vier a saber quem é 
o autor do crime, sob pena de decadência. 
 b) é formalmente rigorosa, exigindo termo específico em 
que a vítima declare expressamente que deseja 
representar contra o autor da infração. 
 c) admite retratação em qualquer fase do processo, 
inclusive na execução de sentença. 
 d) não pode, em caso de morte do ofendido, ser 
oferecida por nenhum dos seus sucessores. 
 e) não pode ser ampliada pelo Ministério Público para 
alcançar fatos novos nela não mencionados. 
 
29.A prisão preventiva 
 a) poderá ser decretada pelo juiz de ofício, mesmo que 
não haja requerimento a respeito do Ministério Público 
ou do querelante, nem representação da autoridade 
policial. 
 b) não poderá ser decretada, nos casos em que a lei a 
autoriza, se o acusado se apresentar espontaneamente à 
autoridade. 
 c) poderá ser decretada nos crimes culposos, quando o 
juiz se convencer da periculosidade do acusado.d) decretada pelo juiz só pode ser revogada na sentença 
ou pela superior instância. 
 e) não poderá ser decretada para garantia da ordem 
econômica, mas somente da ordem pública. 
 
30. No que concerne à intimação, considere: 
I. Far-se-á pessoalmente a intimação do Ministério 
Público. 
II. A intimação do defensor nomeado será feita pelo Diário 
Oficial. 
III. Observados os requisitos legais, será admissível a 
intimação por despacho, na petição em que for requerida. 
Está correto o que consta SOMENTE em 
 a) I e II 
 b) I e III. 
 c) II e III. 
 d) I. 
 e) III. 
 
31. Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito 
da ação penal cabível para determinada infração penal, 
entende-se que a ação penal é 
 a) pública condicionada à representação do ofendido. 
 b) privada exclusiva. 
 c) pública incondicionada. 
 d) privada personalíssima. 
 
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 e) pública condicionada à requisição do Ministro da 
Justiça. 
 
32. A respeito do habeas corpus, é correto afirmar: 
 a) Pode ser impetrado por pessoa não inscrita na Ordem 
dos Advogados do Brasil. 
 b) O fato de, no momento do julgamento, já ter cessado a 
violência ou coação não impede a concessão da ordem. 
 c) A concessão da ordem para trancar a ação penal por 
falta de justa causa acarreta a soltura do paciente, mas 
não impede o prosseguimento do processo. 
 d) Não pode em nenhuma hipótese ser concedido de 
ofício pelos juízes e pelos tribunais, dependendo sempre 
de provocação por petição com os requisitos legais. 
 e) Não pode ser impetrado pelo Ministério Público por 
falta de interesse de agir. 
 
33. No que concerne aos recursos em geral, considere 
I. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta 
ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento ou 
não forem apresentados dentro do prazo. 
II. O Ministério Público pode desistir de recurso que haja 
interposto se, após a interposição, se convencer do acerto 
da decisão recorrida e se arrepender da interposição. 
III. O réu condenado que não recorreu da sentença 
poderá ser beneficiado, no caso de concurso de agentes, 
pela decisão de recurso interposto pelo co-réu, fundado 
em motivos que não sejam de caráter exclusivamente 
pessoal. 
Está correto o que consta SOMENTE em 
 a) II. 
 b) I e II. 
 c) II e III. 
 d) I e III. 
 e) III. 
 
34. O réu e seu defensor constituído foram 
pessoalmente intimados da sentença condenatória no 
dia 3 de fevereiro de 2012, sexta-feira. O prazo de 5 dias 
para apelação terminará no dia 
 a) 13 de fevereiro, segunda-feira. 
 b) 07 de fevereiro, terça-feira. 
 c) 08 de fevereiro, quarta-feira. 
 d) 09 de fevereiro, quinta-feira 
 e) 10 de fevereiro, sexta-feira. 
 
35.Sobre a competência, de acordo com o Código de 
Processo Penal, analise as assertivas abaixo. 
I. Tratando-se de infração permanente, praticada em 
território de duas ou mais jurisdições, a competên- cia 
será determinada pelo lugar em que for pratica- do o 
último ato de execução. 
II. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
III. Não sendo conhecido o lugar da infração, a 
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do 
réu. 
IV. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante não 
poderá preferir o foro de domicílio ou de residência do 
réu se conhecido o lugar da infração. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I e IV. 
 b) II e IV. 
 c) III e IV. 
 d) II e III. 
 e) I e II. 
 
36. Xisto é denunciado pelo Ministério Público por 
crimes de peculato e prevaricação. Após a autuação, o 
Magistrado competente, em decisão fundamentada, 
recebe parcialmente a denúncia. Contra esta decisão 
caberá 
 a) Apelação, no prazo de quinze dias. 
 b) Apelação, no prazo de oito dias. 
 c) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de oito dias. 
 d) Apelação, no prazo de cinco dias. 
 e) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de cinco dias. 
 
37. A decisão que julga extinta a punibilidade do 
acusado classifica-se como sentença 
 a) absolutória. 
 b) condenatória. 
 c) declaratória. 
 d) constitutiva. 
 e) mandamental. 
 
38. A respeito da lei processual penal no tempo, 
considere: 
I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a 
validade dos atos praticados sob a vigência da lei anterior. 
II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em 
andamento, mas apenas aos que se iniciarem durante a 
sua vigência. 
III. A lei processual entra em vigor da data da sua 
publicação se nela não houver disposição em contrário. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I. 
 b) I e II. 
 c) I e III. 
 d) II e III. 
 e) III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Processual Penal 
 Dr. Pietro Chidichimo Junior 
 
 
7 
 
GABARITO 
 
1-a 
2-a 
3-d 
4-b 
5-a 
6-b 
7-e 
8-c 
9-e 
10-c 
11-e 
12-d 
13-c 
14-d 
15-c 
16-a 
17-b 
18-e 
19-a 
20-c 
21-e 
22-d 
23-d 
24-b 
25-a 
26-d 
27-d 
28-e 
29-a 
30-b 
31-c 
32-a 
33-d 
34-e 
35-d 
36-e 
37-c 
38-a

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