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saúde da mulher e Obstetrícia

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ENFERMAGEM 
Imperador
Typewritten text
Enfermagem em Saúde da Mulher
e Obstetrícia
MATERNO-INFANTIL / 
OBSTETRÍCIA
Curso Técnico em
ENFERMAGEM
Materno-Infantil/Obstetrícia
1 SAÚDE INTEGRAL DA MULHER
 “Compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos 
direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis.” 
(Ministério da Saúde, 2009)
Objetivos:
• Direitos sexuais e reprodutivos;
• Melhoria da atenção obstétrica; 
• Planejamento familiar;
• Atenção ao abortamento inseguro;
• Combate à violência doméstica e sexual;
• Prevenção e o tratamento das DSTs; 
• Atenção às mulheres portadoras de HIV/aids e doenças crônicas;
• Prevenção de câncer.
Anatomia masculina
Fonte: http://marylenesiebra.blogspot.com.br/p/anatomia-sexual-feminina-e-masculina.html
Materno-Infantil/Obstetrícia
Anatomia feminina
 Fonte: http://marylenesiebra.blogspot.com.br/p/anatomia-sexual-feminina-e-masculina.html
Diferenças entre os sexos
• Sistema reprodutor;
• Textura da pele;
• Quantidade de pêlos e gordura;
• Força motora;
• Hormônios: femininos: estrógeno e progesterona / masculino: testosterona
• Gametogênese;
Puberdade
É a transição entre a infância e a adolescência, onde há o urgimento dos caracteres sexuais 
secundários. Esse fenômeno geralmente ocorre:
• Meninos: 12 aos 14 anos de idade = Início da produção de espermatozóides;
• Meninas: 10 aos 13 anos de idade = Menarca (1ª menstruação)
Materno-Infantil/Obstetrícia
FONTE:https://www.famema.br/ensino/embriologia/gametogenese.php 
Materno-Infantil/Obstetrícia
FONTE: http://www.fmrp.usp.br/revista/2007/vol40n4/revisao_gametogenese.pdf
Alterações hormonais
Atuação de hormônios hipotalâmicos
Síntese de hormônios hipofisários
• Homens: produção de testosterona nos testículos (gônada masculina)
• Mulheres: produção de estrógeno nos ovários (gônada feminina).
Alterações fisiológicas
Masculino
• Surgimento de pêlos nas regiões axilares (axila), inguinais (pubianos) e torácicos (peito);
• Aumento em volume dos testículos e tamanho do pênis;
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• Crescimento de pêlos faciais (barba);
• Oscilação com posterior entonação da voz;
• Alargamento da omoplata (escápula /ombros);
• Desenvolvimento da massa muscular;
• Aumento de peso e estatura;
Feminino
• Expansão óssea da cintura pélvica (bacia);
• Princípio do ciclo menstrual;
• Surgimento de pêlos nas regiões axilares (axila) e inguinais (pubianos);
• Depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas;
• Desenvolvimento das mamas.
Alterações estéticas
• Sobrepeso; 
• Obesidade;
• Estrias;
• Celulite; 
Acne vulgar.
Aparelho reprodutor feminino
FONTE: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm
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Órgãos externos
• Tubas uterinas: Transportam os ovócitos, espermatozóides e o zigoto em divisão. Sítio de 
penetração: ampola da tuba uterina.
• Ovários: Produção e liberação de ovócitos e hormônios (estrogênio e progesterona);
• Útero: Possui 3 camadas (perimétrio, miométrio e endométrio). Abriga e protege o em-
brião.
Ciclo menstrual
• Menstruação – sangramento genital periódico e temporário (2 a 7 dias) na mulher, devido 
a descamação da parede funcional do útero (endométrio).
• Menarca - 1ª menstruação
• Menopausa – última menstruação
• Menacne – período de atividade menstrual
• Amenorréia: ausência de menstruação.
Durante o ciclo menstrual acontecem dois fenômenos, o ciclo ovariano e o ciclo uterino.
FONTE: http://adolechique.blogspot.com.br/2012/09/ciclo-menstrual-e-periodo-fertil.html
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Ciclo ovariano
• Folicular
• Ovulatória
• Luteínica
O ciclo menstrual é regulado por hormônios comandados pelo sistema hipotálamo-hipofisário 
e pode ser dividido em três fases: fase folicular, ovulação e fase luteínica. Essa regulação natural pode 
ser alterada por meio de certas medicações (geralmente hormônios), por certas doenças sistêmicas, 
alimentação, atividade sexual ou eventos psicológicos significativos. 
Os métodos anticoncepcionais hormonais, por exemplo, são alterações de tal natureza, induzi-
das propositadamente e destinadas a impedir a fecundação e a gravidez.
a) Fase folicular:
Os folículos são estruturas presentes nos ovários desde o nascimento da mulher, mas que per-
manecem inativos até a puberdade quando, sob a influência de hormônios, experimentam um maior 
desenvolvimento. 
A partir da puberdade, em cada ciclo menstrual um desses folículos se desenvolve até dar ori-
gem a um óvulo maduro, o qual se desprende do ovário e, se fecundado, resultará numa gravidez e, 
se não fecundado, acabará na menstruação. 
De cada vez, à medida que se desenvolvem, os folículos segregam quantidades cada vez maiores 
de estradiol, um estrogênio que estimula a proliferação do endométrio (revestimento interno do úte-
ro) e produz mudanças no muco cervical, preparando o organismo para a fertilização e para a nidação 
do embrião. 
Em virtude das alterações que acontecem no endométrio, a fase folicular costuma ser chamada 
de fase proliferativa. Essa fase começa com o início de cada menstruação, dura em média 15 dias e 
termina com a ovulação.
b) Ovulação:
Mais ou menos na metade do ciclo, depois de 24 a 36 horas do pico de produção do hormônio 
luteinizante (LH), o ovário liberta um óvulo. Inicia-se, assim, a fase da ovulação. Se não houver fertili-
zação, o óvulo liberado sobrevive no máximo por 24 horas e depois se desintegra. 
Durante a fase folicular, o estradiol a princípio inibe a produção de LH hipofisário, mas à medida 
que o óvulo se aproxima da maturação, os níveis de estradiol alcançam valores acima dos quais esti-
mulam maior produção de LH. Isso faz com que o óvulo amadureça rapidamente e a parede do folículo 
enfraqueça, libertando o óvulo do ovário. É a ovulação, momento auge do ciclo menstrual.
Como efeito secundário, a temperatura corporal aumenta em todo esse período, tornando-se 
um dos indicativos de fertilidade que a mulher utiliza, se deseja ou não engravidar. 
Parece ser aleatório o fato de que seja o ovário direito ou o esquerdo que liberta o óvulo em 
cada ciclo, mas se ambos o fizerem num mesmo momento, darão origem a gêmeos bivitelinos.
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Depois de liberado pelo ovário, o óvulo é captado pelas trompas, através da fímbria (pequena 
membrana no fim de cada trompa) e caminha por elas em direção ao útero. Nesse trajeto ele pode ou 
não encontrar-se com o espermatozoide e ser fecundado por ele. 
Se não ocorrer a fecundação, o óvulo se desintegra ou se dissolve após cerca de um dia; se a 
fecundação ocorrer, forma-se o ovo, que caminhará rumo ao útero, onde se aninhará e crescerá. 
A fertilização do óvulo pelo espermatozoide se dá normalmente na parte mais larga das trom-
pas, a chamada ampola. Um óvulo fertilizado leva cerca de três dias para alcançar o útero e mais três 
dias para implantar-se no endométrio e iniciar a gestação.
c) Fase luteínica:
Os resquícios do folículo de onde tenha saído o óvulo formarão o corpo lúteo, uma estrutura en-
dócrina temporária, de cor amarelada, produtora de progesterona. Sob a influência desse hormônio, 
o endométrio se prepara para uma possível nidação de um embrião. 
Se ocorrer fecundação, o corpo lúteo permanecerá por cinco a seis meses, mantido pela gona-
dotrofina coriônica produzida pelo embrião. Se a fecundação não ocorrer, o corpo lúteo experimenta-
rá uma involução em cerca de 10 a 12 dias.
A duração da fase folicular em cada mulher varia um pouco de ciclo para ciclo, mas a fase lute-
ínica é bastante regular. Uma vez que essa gonadotrofina é apenas produzida pelo embrião, muitos 
testes de gravidez
baseiam-se na presença dela.
FONTE: http://12e-rhf.blogspot.com.br/2012_11_01_archive.html
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Ciclo uterino
• Menstrual
• Proliferativa
• Secretora
• Isquêmica
O ciclo uterino consiste no conjunto de mudanças que afectam mensalmente o endométrio, 
parede interna e esponjosa do útero que permite a fixação do embrião.
a) Fase Menstrual: 
Dura cerca de 5 dias e resulta da ruptura dos vasos sanguíneos e descamação do endométrio. O 
sangue e os fragmentos de tecido do endométrio constituem a menstruação.
b) Fase Proliferativa: 
Dura cerca de 9 dias e é nesta fase que se dá a multiplicação celular do endométrio que entra 
numa fase de reconstituição. O endométrio torna-se cada vez mais espesso e desenvolvem-se glându-
las em forma de tubo. Restabelece-se a rede de vasos sanguíneos. A Fase Proliferativa ocorre durante 
a Fase Folicular do ciclo ovárico.
c) Fase Secretora: 
Dura cerca de 14 dias, no qual se dá o desenvolvimento glandular acompanhado de produção de 
glicogénio e de muco. Os vasos sanguíneos espiralam-se entre as glândulas. A parede uterina interna 
atinge o máximo de espessura. A Fase Secretora ocorre simultaneamente com a Fase Luteínica do 
Ciclo Ovárico.
d) Fase Isquêmica: 
Degeneração das células e tecidos do endométrio.
FONTE: http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/ciclo-menstrual.asp
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Alterações hormonais do ciclo menstrual
O ciclo menstrual nada mais é do que um processo cíclico decorrente da secreção alternada 
de quatro principais hormônios: estrógeno e progesterona (secretados principalmente nos ovários), 
Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo Estimulante (FSH), os dois últimos, secretados pela 
hipófise. A hipófise é uma glândula endócrina situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na 
base do cérebro. 
No início de cada ciclo, quando a menstruação ocorre, há liberação hipofisária de pequenas 
quantidades de FSH e LH (pequenos pulsos), que juntos provocam o crescimento e amadurecimento 
dos folículos ovarianos. O crescimento destes folículos induz o aumento da produção de estrógeno. 
Este é secretado em uma taxa crescente, estimulando a proliferação endometrial, e atingindo o seu 
pico aproximadamente na metade do ciclo. 
A concentração alta de estrógeno inicialmente reduz o pulso de LH e FSH e, em seguida, provoca 
um aumento súbito – surto pré-ovulatório – destes dois hormônios, estimulando a ovulação (ruptura 
do folículo e liberação do óvulo). Após a ovulação, os elementos residuais do folículo rompido formam 
o desenvolvimento do corpo lúteo que secreta estrogênio e quantidades elevadas de progesterona 
com o objetivo de manter a gestação, até que a placenta possa assumir esta função. 
Não havendo fecundação os níveis de progesterona e estrogênio caem, provocando a diminui-
ção da produção de LH e FSH, de modo que o corpo lúteo regrida – fase luteínica - reduzindo por sua 
vez a produção de progesterona e estrogênio e fazendo com que o endométrio descame, ocorrendo a 
menstruação e dando início a um novo ciclo.
A ovulação ocorre aproximadamente entre 10-12 horas após o pico de LH. De uma maneira ge-
ral, este período de tempo entre o pico de LH e a menstruação é de 14 dias. Considera-se período fértil 
(período em que a mulher está mais apta a engravidar) aquele que inicia três a quatro dias antes da 
ovulação e termina três a quatro dias após a ovulação. Normalmente, para fins de cálculos, considera-
-se o dia fértil (dia exato da ovulação) como sendo o 14º dia antes do início da menstruação seguinte. 
Quando, durante o ciclo menstrual, ocorre a fecundação, o embrião atinge o útero e a placenta 
secreta um hormônio chamado de hCG – Human chorionic gonadotropin – que impede a degeneração 
do corpo lúteo. Este tem a função de manter a produção de progesterona e estrógeno, hormônios 
críticos para a manutenção da gestação. 
A produção ovariana destes hormônios inibibe a produção hipofisária de LH e FSH, impedindo 
o estímulo de novos folículos ovarianos e, consequentemente, a ovulação durante todo o período da 
gestação. Há assim um bloqueio do ciclo menstrual. No final da gravidez o corpo lúteo se desintegra, 
diminui a quantidade de progesterona, provocando a contração do útero que facilita a expulsão do 
feto durante o parto.
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 FONTE: http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/ciclo-menstrual.asp
As modificações ou perturbações dos ciclos menstruais podem se caracterizar em diferentes 
formas:
a) Alterações no volume: hipermenorréia (aumento do volume sanguíneo) ou hipomenorréia 
(diminuição do volume sanguíneo).
b) Período dos ciclos: polimenorréia (ciclos menstruais frequentes), oligomenorreia (diminuição 
dos ciclos menstruais) ou amenorreia (ausência de menstruação). As amenorreias podem ser primá-
rias quando aparecem na adolescência, e secundárias, quando presentes em mulheres ou adolescen-
tes que já menstruaram e cujos ciclos se interromperam por pelo menos três meses.
c) A menorragia representa o aumento quantitativo dos sangramentos menstruais, com alonga-
mento frequente da duração das menstruações. As menorragias se diferenciam da metrorragias, que 
são sangramentos que aparecem fora dos ciclos menstruais.
d) A dismenorréia ou menstruação dolorosa pode surgir antes, no desencadeamento ou durante 
o ciclo menstrual. Em seu mecanismo estão presentes fenômenos espasmódicos, vasculares, conges-
tivos e, com frequência, também psicológicos.
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As hemorragias genitais podem ser provenientes de qualquer ponto do aparelho genital, mas 
geralmente procedem do útero e de seus anexos e através do canal vaginal exteriorizam-se na vulva. 
Têm valor diagnóstico muito grande. Por isso, deve-se especificá-las considerando principalmente as 
características abaixo relacionadas:
• Cor vermelho vivo ou escurecido, com ou sem coágulos;
• Volume;
• Associação com outros sintomas, notadamente dores, leucorréias e menstruação;
• Tempo de aparecimento, duração e periodicidade;
• Associação com outras doenças;
• Existência de outros elementos, como as secreções purulentas, urina (no caso de fistulas 
vesico-uterinas) e/ou tecido necrótico ou embrionário.
O corrimento vaginal, chamado leucorréia, é representado pela saída de secreção de coloração 
e abundância variável. A leucorréia fisiológica é uma secreção normalmente produzida pelas mucosas 
vulvares, endocervical, ectocervical e sobretudo vaginal que pode ocasionar corrimento sem dar mo-
tivo para inquietação e/ ou tratamento. As leucorréias patológicas estão ligadas a inflamações vulvo-
vaginais, e pela sua relevância e frequência devem ser diagnosticadas e tratadas.
2 PATOLOGIAS GINECOLÓGICAS
Câncer de mama
Ocupa o 1º lugar em incidência nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste de acordo com o Instituto 
Nacional do Câncer sendo o mais frequentemente descoberto entre os 40 e 60 anos de idade.
Geralmente apresenta-se como um nódulo e leva aproximadamente de seis a oito anos para 
atingir um centímetro de diâmetro. É uma patologia complexa, pois afeta a auto-imagem, a feminili-
dade, a amamentação, o relacionamento sexual da mulher.
Fatores de risco:
• Menarca antes dos 11 anos; 
• Primeiro parto após os 30 anos;
• Nuliparidade; 
• Menopausa após os 55 anos;
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• História pessoal ou familiar de câncer de mama;
• Alimentação inadequada e radiação.
Sinais e sintomas:
• Nódulo palpável;
• Pele enrugada com depressões na mama;
• Secreção anormal no mamilo;
• Edema que não desaparece;
• Pele descamativa ao redor do mamilo;
• Alterações do mamilo (inversão).
As ações de controle são: auto-exame das mamas, exame clínico das mamas e exames comple-
mentares. O objetivo das ações de saúde é a detecção precoce de alterações
que podem sugerir ou 
constituir uma neoplasia.
Auto-exame das mamas
Estudos comprovam que 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher. O exame deve 
ser realizado mensalmente, uma semana após a menstruação. Mulheres que não tem mais menstru-
ação devem fazer o exame no mesmo dia de cada mês.
O exame constitui-se de 3 etapas:
1. Inspeção: deve-se comparar uma mama com a outra e observar tamanho, posição, cor da 
pele, vasos ressaltados, repuxamento da pele, ou qualquer alteração.
 
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2. Palpação: a mulher deve deitar com o ombro elevado e examinar a mama esquerda e direi-
ta até a axila.
3. Expressão da aréola: Observar a presença de secreção purulenta, serosa ou sanguinolenta. 
Secreção clara pode aparecer devido ao uso de anticoncepcionais ou ainda por estímulo.
 
FONTE:http://mauricio.jor.br/2016/10/04/gol-outubro-rosa-acoes-prevencao-cancer-mama/20298/
 
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Exames complementares: Exame clínico das mamas; Mamografia.
Considerações de enfermagem
• Orientar sobre o auto-exame durante a pré consulta, em reuniões educativas e nas oportu-
nidades;
• Lembrar que deve ser feita a consulta ginecológica periódica;
• Salientar que presença de nódulo não significa que seja câncer.
• Acolhimento psicológico.
Câncer de colo de útero
O Colo é a parte do útero que se encontra no fundo do canal vaginal sendo mais exposto ao risco 
de desenvolver doenças.
O câncer de colo aparece com maior frequência em mulheres que moram nas regiões Norte 
e Centro-Oeste do país. A faixa etária priorizada para prevenção e investigação é de 25 a 60 anos de 
idade.
O aparecimento dos sintomas indica fase avançada da doença, uma vez que a mesma apresenta 
evolução lenta (10 a 20 anos). Dessa forma apresenta uma fácil detecção através do exame citológico 
favorecendo a detecção precoce da doença e uma alta porcentagem de cura.
FONTE:http://www.clinicadamulheraguaslindas.com.br/1/post/2013/11/cncer-de-colo-do-tero.html
Fatores de risco:
• Início da atividade sexual em idade precoce;
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• Vários parceiros;
• História de DSTs, principalmente HPV e herpes vírus;
• Baixo nível socioeconômico;
• Tabagismo;
• Carências nutricionais, como a hipovitaminose A.
Ações de controle e detecção precoce:
Exame Papanicolau
Materiais: Espéculos vaginais (descartáveis ou não) de tamanhos adequados; Campo estéril, 
Espátula de madeira; Escovinha Campos da Paz; Lâmina e frasco; Foco de luz e biombo.
FONTE: https://hmsportugal.wordpress.com/2011/03/21/teste-de-papanicolaou-colpocitologia/
Considerações de enfermagem: manter o ambiente adequado: privacidade e segurança;
Orientações:
• não realizar o exame no período menstrual ou de sangramento;
• não ter relações sexuais por 24 horas;
• não utilizar duchas, lavagens e medicamentos via vaginal por 48 ou 72 horas;
• orientar a urinar antes do exame.
• Consulta clínico- ginecológica;
• Colheita de material para esfregaço cérvico-vaginal (colheita de preventivo);
• Tratamento dos processos inflamatórios e neoplasias;
• Continuidade aos tratamentos.
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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)
Estudos indicam uma estimativa de 340 milhões de casos novos por ano no mundo (OMS, 2001). 
As DSTs facilitam a transmissão do HIV.
A principal forma de controle da doença é interromper a cadeia de transmissão e prevenir casos 
novos. São classificados em doenças ulcerosas, doenças verrugosas e doenças não ulceradas.
Herpes Genital
É uma infecção recorrente aleatória. O agente causador é o Virus do Herpes Genital ou Herpes 
Simples Genital ou HSV-2 (HSV-1 herpes labial).
Apresenta lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que em 4 a 5 
dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões são muito 
dolorosas e precedidas por eritema local. 
A 1ª crise é mais forte e demorada as demais apresentam manifestações mais brandas. Os fatores 
que desencadeiam a crise são: stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
No entanto, a doença também pode se manifestar de forma assintomática.
• Complicações/Consequências: Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo 
peso, endometrite pós-parto, Infecções peri e neonatais, Vulvite, Vaginite, Cervicite. Ulce-
rações genitais. Proctite. Complicações neurológicas.
• Período de Incubação: 1 a 26 dias / latência.
• Diagnóstico: exame clínico.
• Tratamento: diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. 
FONTE: http://www.mediconic.com/materia/herpes-genital-o-que-e-e-como-tratar
Materno-Infantil/Obstetrícia
Cancro mole
O agente causador é o Haemophilus ducreyi. Causa uma ulceração dolorosa, com a base mole, 
hiperemiada, com fundo purulento e de forma irregular. 
Pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta.
As feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e múltiplas. Pode ocasionar inchaço na virilha 
e associar-se à sífilis.
• Período de Incubação: 2 à 5 dias;
• Diagnóstico: Pesquisa do agente em material colhido das lesões;
• Tratamento: Antibiótico = CURA.
• Sinônimos: Cancróide, cancro venéreo simples, “cavalo“.
 
Fonte: com.dominiodigital
Linfogranuloma venéreo
Infecção que causa uma lesão genital primária que se apresenta como uma ulceração ou como 
uma pápula (elevação da pele), após 3 a 5 dias evolui com cura da lesão. No entanto, entre 2 a 6 se-
manas depois manifesta-se o bubão inguinal (inchaço doloroso dos gânglios da virilha).
• Sinônimos: Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.
• Agente: Chlamydia trachomatis.
• Complicações/Consequências: Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do 
reto) crônica. Estreitamento do reto.
• Período de Incubação: 7 a 60 dias. 
• Diagnóstico: clínico e laboratorial.
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• Tratamento: Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal e tratamento 
das fístulas.
 
Fonte: com.dominiodigital
Sífilis
Doença infecto-contagiosa sistêmica, que evolui de forma crônica e que tem períodos de agu-
dização e latência. Pode acometer múltiplos órgãos como pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, 
sistema nervoso.
Sua evolução se divide em fases: Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia e pode 
ocorrer transmissão materno-fetal. A sífilis primária é a porta de entrada do microorganismo para o 
organismo.
• Sinônimos: Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.
• Agente: Treponema pallidum
• Complicações/Consequências: Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, 
endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Car-
diovascular. 
• Transmissão: sexual, transfusão de sangue contaminado, transplacentária e fômites (raro). 
- Período de Incubação: 1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.
• Diagnóstico: Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos (VDRL, FTA-ABS etc)
• Tratamento: Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.
Sífilis primária
Lesão ulcerada (cancro duro) não dolorosa, em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhan-
te, com presença de secreção serosa escassa.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e 
prepúcio no homem, mas que pode também ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas.
As manifestações desaparecem em 3 a 4 semanas, e a sorologia sanguínea é positiva a partir da 
2ª semana.
 
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Sífilis secundária
Ocorre disseminação dos treponemas pelo organismo que acontece de 4 a 8 semanas após
apa-
recimento do cancro. Há manifestações dermatológicas e a sorologia sanguínea é positiva.
 
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Sífilis latente
Nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas continuam positivas.
 Sífilis terciária ou tardia
Ocorre após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados, caracteriza-se pelo estágio 
final da doença e a infecção se espalha para o cérebro, o sistema nervoso, o coração, a pele e os ossos 
causando lesões ou gomas. A sorologia sanguínea continua positiva.
Materno-Infantil/Obstetrícia
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Sífilis congênita
A infecção ocorre por via transplacentária a partir do 4º mês de gestação. Possui formas graves 
levando ao óbito neonatal.
Os sintomas aparecem nos primeiros dias de vida ou podem nunca aparecer e consistem em: 
pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência 
mental.
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Materno-Infantil/Obstetrícia
Condiloma acuminado (HPV)
Infecção que causa lesões papilares (elevações da pele) com aspecto de couve-flor (verrugas). A 
maioria dos casos é assintomática ou inaparente.
Os principais locais de ocorrência são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vul-
va, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher; ânus e reto (ambos os sexos);
• Sinônimos: Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.
• Agente: Vírus HPV, Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. Verrugas genitais: Vírus 6,11 
e 42 / Verrugas comuns (pés e mãos): 2, 4, 29 e 57; Oncogênicos: tipo 16, 18, 45 e 56.
• Complicações/Consequências: Câncer do colo do útero e vulva, câncer do pênis e ânus 
(raro).
• Transmissão: sexual íntimo, fômites (banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso co-
mum de roupas íntimas, toalhas);
• Período de Incubação: Semanas a anos.
• Diagnóstico: clínico.
• Tratamento: remoção das lesões.
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Tricomoníase
Infecção que causa:
• Homem: uretrite com ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada ou 
amarelo esverdeada;
• Mulher: vulvovaginite, vaginite e cervicite, corrimento vaginal amarelo esverdeado ou acin-
zentado, espumoso e com forte odor característico.
Materno-Infantil/Obstetrícia
• Sinônimos: Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou uretral, Uretrite 
não gonocócica (UNG). 
• Agente: Trichomonas vaginalis.
• Complicações/Consequências: Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Ruptura prematura de 
bolsa etc.
• Período de Incubação: 10 a 30 dias, em média.
• Diagnóstico: Pesquisa do agente em material local.
• Tratamento: Quimioterápicos. Pode ser oral e local (na mulher). 
 
 
Gonorréia
Caracteriza-se pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no ho-
mem e vagina e/ou uretra na mulher, prurido na uretra e disúria, febre. Nas mulheres os sintomas são 
mais brandos ou podem estar ausentes. 
• Sinônimos: Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem 
• Agente: Neisseria gonorrhoeae 
• Complicações/Consequências: Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, 
endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. 
Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular.
• Período de Incubação: 2 a 10 dias.
• Diagnóstico: Laboratorial.
• Tratamento: Antibióticos. 
 
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Materno-Infantil/Obstetrícia
Candidíase vaginal
Caracteriza-se por prurido, ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um 
corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite.
No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e eventualmente por um leve 
edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas.
• Agente: Candida albicans.
• Transmissão: contato com secreções;
• Tratamento: local e sistêmico.
 
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
 
Vaginose bacteriana
As manifestações apresentadas pela infecção caracterizam-se por corrimento homogêneo ama-
relado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo (peixe podre). 
No homem pode ser causa de uretrite(geralmente assisntomática), balanopostite (inflamação 
do prepúcio e glande). 
• Agente: Gardnerella vaginalis. 
• Transmissão: sexual nos homens.
• Período de Incubação: De 2 a 21 dias.
• Complicações/Consequências: Infertilidade. Salpingite. Endometrite. DIP. Ruptura prematu-
ra de Membranas. Aborto. Aumento do risco de infecção pelo HIV e outras infecções como 
a gonorréia, trichomoníase etc. Durante a gestação pode ser causa de prematuridade ou RN 
de baixo peso.
• Tratamento: medicamentoso.
 
Materno-Infantil/Obstetrícia
FONTE: https://produtodst.wordpress.com/
Hepatite B
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus). Pode se manifestar de forma inapa-
rente e subclínica e/ou rapidamente progressiva e fatal.
Os sintomas se caracterizam por falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, do-
res articulares, icterícia;
• Sinônimos: Hepatite sérica;
• Complicações/Consequências: Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado, além de 
formas agudas severas com coma hepático e óbito. 
• Transmissão: sexual, sangue e derivados, vertical.
• Período de Incubação: 30 à 180 dias (em média 75 dias). 
• Diagnóstico: laboratorial.
• Tratamento: sintomático.
• Prevenção: vacina.
 
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AIDS
Também chamada SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma síndrome causada 
pelo vírus HIV 1-2 (Human Immunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico levando ao aparecimento de 
doenças oportunistas.
O período de incubação do vírus é de 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o apareci-
mento de sintomas sugestivos de AIDS. 
http://medicinembbs.blogspot.com.br/2011/02/diseases-of-immunity.html
Após 1 a 4 semanas da exposição ao vírus (contaminação), paciente apresenta a fase aguda da 
doença (estado gripal). Depois de 1 a 3 meses o portador apresenta a fase B e é então denominado 
portador do HIV. Quando a contagem de leucócitos apresentar como resultado cd4 < 350, dizemos 
que ele apresenta a AIDS (síndrome da imunodeficiência humana), estágio no qual o indivíduo é infec-
tado por doenças oportunistas apresentando manifestações severas das mesmas.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Fase aguda
 
FONTE:http://www.livrariaflorence.com.br/blog/hiv-e-aids-saiba-a-diferenca-conheca-os-sintomas-e-saiba-como-se-pre-
venir/
Fase B (Contagem de Linfócito CD4 entre 200 e 500)
• Gânglios aumentados por todo o corpo;
• Herpes-zoster;
• Candidíase oral;
• Leucoplasia oral;
• Perda de peso;
• Herpes;
• Outras infecções. 
 
FONTE:http://medifoco.com.br/candidiase-oral-sintomas-tratamento-prevencao/
Materno-Infantil/Obstetrícia
Síndrome (imunodepressão grave/doenças oportunistas)
• Sarcoma de Kaposi;
• Tuberculose e Criptococose;
• Linfoma;
• Candidíase no esôfago e pulmão;
• Câncer no colo uterino;
• Toxoplasmose no cérebro;
• Infecções bacterianas e virais em geral.
Prevenção das DSTs
• Preservativos;
• Vacinas;
• Orientação;
• Lavagem dos órgãos genitais antes e após as relações sexuais.
3 PLANEJAMENTO FAMILIAR
Direitos Sexuais
• Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e impo-
sições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a).
• Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
• Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
Materno-Infantil/Obstetrícia
• Direito de viver a sexualidade
independentemente de estado civil, idade ou condição física.
• Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, 
bissexualidade, entre outras.
• Direito de ter relação sexual independente da reprodução.
• Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS.
• Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e 
sem discriminação.
• Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.
Direitos Reprodutivos
• Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, 
quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
• Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
• Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violên-
cia.
Planejamento Familiar
O Planejamento Familiar é assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 9.263, de 12 de janeiro 
de 1996, que regulamenta o planejamento familiar, e deve ser garantido pelo governo. É um direito 
sexual e reprodutivo, tendo ainda como um de seus objetivos o controle de natalidade em alguns 
países.
É um conjunto de ações que possibilitam à pessoa: ter ou não ter filhos de acordo com a sua 
vontade, escolher o melhor momento para engravidar, decidir quantos filhos quer ter e o espaçamen-
to entre eles e escolher de forma livre sobre o método de planejamento que deseja utilizar.
Os objetivos desse programa são a difusão da doutrina da paternidade consciente e responsável 
e oferecimento da instrução e de métodos anticoncepcionais seguros aos casais.
As consequências imediatas são de sua aplicação são:
• A diminuição do aborto provocado;
• A redução da mortalidade materno-infantil;
• A melhoria do nível de saúde da família e da comunidade;
• A redução gradual da natalidade;
• A prevenção do câncer ginecológico e o bem estar familiar;
Materno-Infantil/Obstetrícia
Os serviços de saúde devem garantir atendimento aos (às) adolescentes e aos (às) jovens, antes 
mesmo do início de sua atividade sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem com a sua sexualidade 
de forma positiva e responsável, incentivando comportamentos de prevenção e de autocuidado.
Fundamentação na legislação
• Constituição Federal – 1988. Título VII – Artigo 226 – Parágrafo 70.
• Lei 8.080 de 1990 (institui o SUS) que atribui à União, por meio do Ministério da Saúde, a 
competência para instituir políticas públicas nacionais de saúde.
• Lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996.
• Artigo 10 – O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta 
Lei.
• Artigo 20 – Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações 
de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou au-
mento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
A assistência ao planejamento familiar deve prever o acompanhamento, tanto dos casais que 
desejam evitar a gravidez, quanto daqueles que desejam engravidar mas que por alguma razão não 
conseguem. Dessa forma há dois tipos de assistência:
1. Assistência à anticoncepção;
2. Assistência à Infertilidade Conjugal.
O casal poderá usar métodos de contracepção, para evitar temporariamente a gravidez, ou a 
esterilização, para evitar a gravidez de modo definitivo.
A questão da interrupção voluntária da gravidez (aborto) recai nos dispositivos legais existentes 
no nosso País.
1. Assistência à anticoncepção
A atuação dos profissionais de saúde na assistência à anticoncepção envolve, necessariamente, 
três tipos de atividades:
a) Atividades educativas;
b) Aconselhamento;
c) Atividades clínicas.
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Anticoncepção na Adolescência
A camisinha masculina ou feminina deve ser usada em todas as relações sexuais. Os métodos da 
tabela, do muco cervical e da temperatura basal são pouco recomendados.
As pílulas combinadas e a injeção mensal podem ser usadas na adolescência, desde a primeira 
menstruação. A minipílula e a injeção trimestral não devem ser usadas antes dos 16 anos. 
O DIU pode ser usado pelas adolescentes, entretanto as que nunca tiveram filhos correm mais 
risco de expulsá-lo. Já os métodos definitivos não são indicados.
Anticoncepção na pré-menopausa
A Pré-menopausa é o período que antecede a última menstruação. Em geral, a última menstru-
ação ocorre entre 40 e 55 anos de idade.
A mulher pode usar qualquer um dos métodos anticoncepcionais (exceto contraindicação clíni-
ca). Métodos da tabela, do muco cervical e da temperatura basal não são os mais indicados.
Mulheres fumantes com mais de 35 anos não devem usar pílula combinada.
Métodos Contraceptivos
São maneiras, medicamentos, objetos e cirurgias usados pelas pessoas para evitar a gravidez. 
Existem métodos femininos e masculinos. Em geral são divididos em dois tipos:
• Métodos reversíveis: são aqueles em que a pessoa, após parar de usá-los, volta a ter a ca-
pacidade de engravidar;
• Métodos irreversíveis: após utilizá-los, é muito difícil a pessoa recuperar a capacidade de 
engravidar. 
Classificação:
I. Comportamentais;
II. De barreia;
III. Hormonais;
IV. Definitivos;
I. Métodos comportamentais
São aqueles que provocam modificações do comportamento sexual do casal. São admitidas 
duas formas:
a) Abstinência sexual periódica:
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• Rítmico (método de Ogino-Knauss ou tabelinha);
• Temperatura basal;
• Muco cervical (método de Billings);
• Sintotérmico.
• Método da Amamentação;
b) Ejaculação extravaginal:
• Coito interrompido;
• Sexo sem penetração vaginal.
A seguir entenderemos o funcionamento dos métodos contraceptivos comportamentais.
Tabelinha
Consiste em realizar abstinência de relações sexuais durante o período fértil da mulher. O óvulo 
é liberado do ovário aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação e sobrevive 24 horas.
Os espermatozóides podem sobreviver três a quatro dias após a relação sexual.
Para calcular quando ela deve evitar relações sexuais, a mulher deve subtrair 18 dias do ciclo 
menstrual mais curto (inicio do período fértil) e 11 dias do ciclo menstrual mais longo (fim do período 
fértil) dos últimos 12 ciclos menstruais.
• Vantagens: Não usa medicamentos. 
• Desvantagens: Só funciona para quem tem o ciclo menstrual regular.
• Efeitos colaterais: Não tem
 
FONTE:http://www.copacabanarunners.net/tabelinha-periodo-fertil.html
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Temperatura basal
Após a ovulação há aumento da temperatura basal entre 0,3 a 0,8C, devido à ação da proges-
terona. A mulher deve anotar a temperatura diariamente, a partir do primeiro dia do ciclo, em um 
gráfico apropriado.
O termômetro deve ser colocado na boca (debaixo da língua) pela manhã, antes de qualquer 
atividade (ainda na cama), durante pelo menos cinco minutos.
Para não engravidar, a mulher deve evitar relações desde o primeiro dia da menstruação até que 
a temperatura se eleve de 0,3 a 0,8ºC, por três dias consecutivos.
Os fatores que eventualmente alteram a temperatura e podem interferir na eficácia do método 
são: 
• Mudanças no horário de verificação da temperatura.
• Ingestão de bebidas alcóolicas.
• Recolher-se tarde da noite para dormir.
• Perturbações do sono, sono interrompido (necessidade de se levantar com frequência, in-
sônia).
• Doenças como resfriados, gripes ou outras infecções.
• Mudanças de ambiente (principalmente nos períodos de férias).
• Perturbações emocionais, fadiga, stress, entre outros.
• Refeição muito próxima do horário de dormir.
• Relações sexuais na madrugada.
FONTE: http://gestantes-bebe.webnode.com/news/ovula%C3%A7%C3%A3o-ii/
Muco cervical
Baseia-se
na ocorrência de modificações no muco da região do colo uterino. A mulher deve 
pesquisar a presença de muco todos os dias, observando atentamente a sensação ocasionada por ele, 
percebendo suas mudanças.
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Dessa forma ela deve interromper a atividade sexual ao menor sinal de presença do muco, após 
o período de secura vaginal que normalmente sucede a menstruação.
Deve permanecer em abstinência sexual por, no mínimo, três dias a partir do pico, podendo 
reiniciar a atividade sexual no quarto dia.
• Indicação: Pacientes que não queiram usar o método hormonal.
• Vantagens: Dispensa o uso de remédios. 
• Desvantagens: Tem grandes chances de falha.
• Efeitos colaterais: Não tem.
FONTE: http://gestantes-bebe.webnode.com/news/ovula%C3%A7%C3%A3o-ii/
Método Sintotérmico
Baseado na utilização dos métodos: tabelinha, temperatura basal e muco cervical.
Isso aumenta a capacidade de identificar o início e o final do período de fertilidade, melhorando 
a eficácia do método e diminuindo o tempo de abstinência.
Coito Interrompido
O homem retira o pênis da vagina antes da ejaculação, quando o esperma é liberado durante o 
orgasmo. Esse método não é confiável, pois o esperma pode ser liberado antes do orgasmo.
Além disso, ele exige que o homem tenha um grau elevado de autocontrole e um senso preciso 
do momento adequado de interromper o coito.
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Método da Amamentação (LAM)
Também conhecido com Método da Lactação e Amenorréia. A amamentação tem efeito inibidor 
sobre a fertilidade. No entanto, a eficácia deste método depende de três condições:
1ª - a amamentação deve ser exclusiva ao seio, na hora em que o bebê quiser, durante o dia e 
durante a noite, sem chás, sucos ou água;
2ª - a mulher não deve estar menstruando; 
3ª - o bebê deve ter até seis meses de idade. 
II. Métodos de Barreira
Os contraceptivos de barreira impedem fisicamente a entrada do esperma no útero da mulher. 
Eles incluem:
• Espermicidas;
• Preservativo masculino;
• Preservativo feminino;
• Diafragma.
• Esponjas.
Espermicidas
O objetivo é imobilizar e destruir os espermatozóides, dificultando ou impedindo a penetração 
desses no canal cervical. Geralmente as geléias, pomadas e cremes espermaticidas são utilizados em 
associação ao diafragma ou ao preservativo feminino.
Devem ser aplicados na vagina de 10 a 30 minutos antes da relação. A eficácia do método iso-
lado é muito baixa. Entre os efeitos negativos estão as alergias, que ocorrem em 1 a 5% das usuárias.
O espermicida é colocado com um aplicador, que deve ser introduzido na vagina o mais profun-
do possível. O aplicador deve ser lavado com água e sabão após cada uso. 
FONTE: http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/espermicida
Preservativo Masculino
É um dos métodos anticoncepcionais mais difundidos no mundo. Esse método, como contra-
ceptivo, não figura entre os mais eficazes (a taxa de falha é de 5 a 12%), entretanto tem um papel 
importantíssimo na prevenção das DSTs.
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Pode provocar raríssimas vezes reações alérgicas, a eficácia depende da correta utilização/colo-
cação.
Cuidados importantes com a camisinha:
• Guardar a camisinha em local seco e fresco. 
• A camisinha não deve ficar exposta ao sol e ao calor. 
• Não carregar a camisinha permanentemente na carteira, no bolso da calça, na agenda, onde 
o calor e os movimentos podem rasgar o envelope ou ressecá-lo.
• Não abrir a embalagem com os dentes, unha ou tesoura, a embalagem já vem picotada nas 
laterais para facilitar sua abertura.
• Não usar lubrificantes oleosos, como vaselina ou manteiga. 
• Nunca se deve usar duas camisinhas ao mesmo tempo, nem masculina com feminina, nem 
duas masculinas, nem duas femininas, pois o risco de rompimento é maior. 
• Verificar o prazo de validade e se tem o carimbo do Inmetro, que determina a qualidade da 
camisinha.
• Antes de usar, verificar se a embalagem não está furada. 
FONTE: http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/camisinha-saiba-como-se-vestir-de-forma-segura/
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Preservativo Feminino
É um tubo feito de plástico macio, fino e resistente, que já vem lubrificado e que se coloca 
dentro da vagina, para impedir o contato do pênis com a vagina. É um método relativamente novo de 
anticoncepção. 
O índice de falha é em torno de 18 a 25%, já tendo sido observadas falhas de, no mínimo, 12% 
em um ano. Tem a vantagem de também proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis.
FONTE: http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/camisinha-saiba-como-se-vestir-de-forma-segura/
Diafragma
É uma membrana côncava de silicone colocada no interior da vagina e que encobre o colo do 
útero. Os índices de falha variam de 2 a 23%. A falha típica por ano é em torno de 18%. 
Evita a gravidez impedindo a entrada dos espermatozóides dentro do útero. Pode ser usado com 
espermicida.
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O diafragma só deve ser retirado de seis a oito horas após a última relação sexual. Deve-se la-
vá-lo com água e sabão neutro, secá-lo bem com um pano macio e guardá-lo em um estojo, em lugar 
seco e fresco, não exposto à luz do sol. 
Não se deve polvilhar o diafragma com talcos, pois podem danificá-lo ou causarem irritação na 
vagina ou no colo do útero. 
Reavaliar o tamanho do diafragma depois de gravidez, aborto, ganho ou perda de peso (superior 
a 10 kg) e cirurgias de períneo. Deverá ser trocado rotineiramente a cada 2 anos.
As Contra-indicações são: antes da primeira relação sexual, configuração anormal do canal vagi-
nal, prolapso uterino, cistocele e/ou retocele acentuada, anteversão ou retroversão uterina acentua-
da, fístulas vaginais, tônus muscular vaginal deficiente, cervicites e outras patologias do colo do útero, 
leucorréias abundantes, alterações psíquicas graves;
FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
III. Métodos Hormonais
São hormônios esteróides sintéticos, similares àqueles produzidos pelos ovários da mulher. 
Cada tipo de pílula tem uma orientação específica a considerar.
O contraceptivo hormonal oral só impedirá a gravidez se tomado adequadamente.
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Anticoncepcionais orais (pílula)
É o método mais difundido e usado no mundo. São consideradas um método reversível muito 
eficaz e o mais efetivo entre as medidas medicamentosas.
Evitam a gravidez impedindo a ovulação e mantendo a secreção do colo do útero espessa, de 
modo que os espermatozoides não conseguem atravessá-lo facilmente.
Reduz as cólicas menstruais, a tensão pré-menstrual, o sangramento irregular , anemia, cistos 
mamários, cistos de ovários, gravidez tubária e infecções.
A pílula deve ser tomada todos os dias, de preferência no mesmo horário. Não há necessidade 
de fazer “pausas” para descanso, porque as pílulas não ficam acumuladas no organismo.
Os sintomas que a mulher pode apresentar são: enjoos, vômitos, sangramento ou manchas de 
sangue entre as menstruações, falta da menstruação, aumento de peso, dor de cabeça leve, tonteira, 
dor nas mamas, mudanças de humor. 
Esses efeitos não são perigosos e, na maioria das vezes, desaparecem. Se eles continuarem por 
mais de três meses, a mulher deve procurar o serviço de saúde. 
Há 3 tipos de pílulas:
a) Pílulas combinadas (que contêm estrogênio + progesterona): monofásicas e múltifásicas;
b) Minipílulas (que contêm só progesterona);
c) Pílula do dia seguinte.
a) Pílulas combinadas
Pílulas monofásicas: A mulher toma uma pílula por dia, e todas têm a mesma dosagem de hor-
mônios; começa a tomar no 1º dia da menstruação até a cartela acabar; fica sete dias sem tomar, 
durante os quais sobrevém a menstruação.
Pílulas multifásicas: A mulher toma uma pílula por dia, mas existem pílulas com diferentes dosa-
gens, conforme
a fase do ciclo; são tomadas como as pílulas monofásicas, mas têm cores diferentes, 
de acordo com a dosagem e a fase do ciclo.
O dia de início de uma cartela coincidirá todos os meses. Caso a mulher esqueça de tomar um 
comprimido, deverá tomar a pílula esquecida assim que lembrar, mais a pílula do dia, no horário de 
sempre, ou então as duas pílulas no horário habitual.
Se esquecer de tomar a pílula por dois dias, abandonar a cartela em uso e começar a utilizar 
outro método contraceptivo.
No primeiro mês de uso, utilizar outro método concomitante. No caso de vômitos ou diarréia 
por dois dias proteger-se com outro método. Deve-se evitar ingerir a pílula com o estômago vazio.
Quando a mulher quiser engravidar, recomenda-se interromper o uso por três meses antes e 
neste período deverá ser utilizado outro método.
Materno-Infantil/Obstetrícia
b) Minipílulas
Possuem baixa dose de progestógeno puro, de uso contínuo, numa série de 35 comprimidos. 
Seu mecanismo de ação consiste em alterações no desenvolvimento do endométrio, diminuição da 
motilidade das trompas e espessamento do muco cervical, porém ela não impede a ovulação.
São indicadas durante a amamentação, pois não interferem na produção de leite.
A mulher deve tomar o 1º comprimido da cartela no 1º dia da menstruação e seguir tomando 
um comprimido ao dia, de preferência no mesmo horário, todos os dias, sem interrupção. Ao término 
de uma cartela, reiniciar a outra, sem pausas.
 “As mulheres usuárias de pílulas, devem ser reavaliadas pelos profissionais de saúde a cada 6 
meses e devem fazer o exame colpocitológico anualmente.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
c) Pílula do dia seguinte
É uma pílula de uso pós-coito ou de emergência. Deve ser utilizada em casos de coito não prote-
gido ou protegido de modo inadequado, na época prevista da ovulação, ou ainda em casos de estupro.
A administração desta pílula deve ser iniciada até 72 horas após o coito, porque é o período no 
decorrer do qual costuma ocorrer a fecundação.
No caso de ocorrência de gravidez, não se conhecem os riscos para o embrião. Teoricamente, 
também é maior a possibilidade de gravidez tubária.
Seu mecanismo de ação consiste na redução da motilidade das tubas uterinas, o que dificulta a 
viagem do óvulo eventualmente fecundado até o útero, impedindo a nidação. Um segundo efeito se 
dá sobre o próprio endométrio, o que também dificulta a nidação.
Não é abortiva, pois não interrompe uma gravidez estabelecida. Ela impede o encontro do es-
permatozóide com o óvulo.
Anticoncepcionais injetáveis
Também se usa a progesterona isolada, intramuscular, com obtenção de efeito contraceptivo por 
períodos de três meses, ou de uma associação de estrogênio e progesterona, intramuscular, mensal.
Não podem ser aplicados em mulheres grávidas, com suspeita de gravidez ou que já tiveram 
aborto retido. São tão eficazes quanto as pílulas, com a vantagem de ser aplicados somente uma vez 
por mês ou a cada três meses.
Na injeção trimestral pode haver um atraso no retorno da fertilidade da mulher pode demo-
rar quatro meses após o término do efeito da injeção. Pode ser usada durante a amamentação (seis 
semanas após o parto). Frequente a mulher ficar sem menstruar. 
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Implante contraceptivo
É um microbastão plástico que contém hormônio, impedindo que os ovários liberem os óvulos 
e que os espermatozóides atravessem a secreção presente próxima do colo do útero, que fica mais 
espessa.
É inserido um esse microbastão sob a pele do braço, acima do cotovelo.
Após anestesiar a pele, o médico realiza uma pequena incisão e utiliza uma agulha especial para 
implantar o microbastão.
FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Adesivo contraceptivo
Também possui os hormônios da pílula, sendo colocado sobre a pele a partir do primeiro dia da 
menstruação. Deve ser trocado a cada sete dias, totalizando três por mês.
FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Dispositivo Intrauterino (DIU)
São estruturas de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônio, que são 
inseridos na cavidade uterina. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do esper-
matozóide pelo trato reprodutivo feminino.
Apresenta como vantagens os efeitos colaterais limitados, e o tipo a ser colocado depende da 
decisão da paciente em relação ao desejo de evitar a gravidez durante 1 ou 10 anos.
Pode ser colocado em qualquer momento do ciclo menstrual, mas geralmente durante o perío-
do menstrual.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Seu mecanismo de ação consistem em deixar o interior do útero hostil aos espermatozóides, 
evitando a sua chegada até as trompas e tendo efeito espermaticida.
São divididos em dois tipos: o hormonal (contém progesterona) e o de cobre. Os DIUs com pro-
gesterona são mais eficazes do que o DIUs sem progesterona, apresentando chance de gravidez de 
0,2% e 0,8%, respectivamente.
O DIU hormonal tem duração de 3 anos, liberam progesterona causando uma reação bioquímica 
e inflamatória no endométrio, causando atrofia das glândulas endometriais, tornando o endométrio 
mais fino (por isso geralmente diminuem a quantidade de sangramento). Ainda têm a ação da pro-
gesterona sobre o muco cervical, tornando-o espesso, criando mais uma barreira para os espermato-
zóides.
O DIU de cobre dura 10 anos e age principalmente devido a uma reação do organismo ao pró-
prio DIU que contêm e liberam cobre também provocam uma reação bioquímica e inflamatória no 
endométrio. O cobre não é absorvido pelo organismo.
 FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Na primeira semana de uso do método, a mulher não deve ter relações sexuais. 
O Ministério da Saúde recomenda que após a inserção do DIU a mulher deva retornar ao serviço 
para revisões com a seguinte periodicidade: 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 12 meses. A partir 
daí, se tudo estiver bem, o acompanhamento será anual, com a realização do preventivo.
São indicações para retirada do DIU:
• Dor severa;
• Sangramento intenso;
• Doença pélvica inflamatória;
• Expulsão parcial;
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• Gravidez (até a 12ª semana de gravidez, se os fios estiverem visíveis ao exame especular, 
pois indica que o saco gestacional está acima do DIU, e se a retirada não apresentar resis-
tência).
IV. Métodos definitivos
Nos Estados Unidos, aproximadamente um 1/3 dos casais que utilizam métodos de planejamen-
to familiar opta pelo método definitivo de qualquer um dos parceiros. A esterilização é o método mais 
frequentemente escolhido por casais nos quais a mulher tem mais de 30 anos de idade.
Nos primeiros 10 anos após a esterilização feminina, aproximadamente 2% das mulheres engra-
vidam. O risco de gravidez é inferior a 1% após a esterilização masculina.
A esterilização masculina (vasectomia) ou feminina (laqueadura) deve ser sempre considerada 
como permanente. No entanto, é possível a realização de uma operação que reconecte os tubos apro-
priados (reanastomose) para restaurar a fertilidade. A reanastomose é mais complexa e menos eficaz 
nos homens do que nas mulheres. Nos casais, a taxa de gravidez varia de 45 a 60% após a reanasto-
mose masculina e de 50 a 80% após a reanastomose feminina.
A Lei do Planejamento Familiar só permite realizar a ligadura de trompas e a vasectomia volun-
tárias nas seguintes condições: 
a) Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade, ou pelo 
menos com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a mani-
festação da vontade e o ato cirúrgico. 
b) Nos casos em que há risco de vida para mulher ou riscos para a saúde da mulher ou do fu-
turo bebê. 
Ligadura de Trompas ou Laqueadura
Exige a realização de uma cirurgia abdominal e de uma anestesia geral ou local. 
As mulheres que acabaram de
dar à luz podem ser esterilizadas imediatamente após o parto ou 
no dia seguinte, sem a necessidade de um período de hospitalização maior que o habitual. Também 
pode ser planejada antecipadamente e realizada como uma cirurgia eletiva por laparoscopia através 
de um tubo fino (laparoscópio).
Nessa cirurgia, as duas trompas podem ser cortadas e amarradas, cauterizadas, ou fechadas 
com grampos ou anéis. Pode ser realizada por diferentes técnicas cirúrgicas. É necessário usar aneste-
sia, e a mulher pode ficar internada, de algumas horas até um ou dois dias.
Mesmo sendo uma operação simples, tem riscos e pode apresentar problemas como qualquer 
outra cirurgia. 
 
Materno-Infantil/Obstetrícia
 FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Vasectomia
É o corte dos canais deferentes, que conduzem o esperma dos testículos. É uma pequena cirur-
gia realizada por um urologista no consultório, leva cerca de 20 minutos e exige apenas uma anestesia 
local.
Não causa impotência sexual e o seu efeito da vasectomia não é imediato. Nas primeiras ejacu-
lações ainda existem espermatozóides no esperma ejaculado, só é segura quando o espermograma, 
mostrar que não existem mais espermatozóides no esperma ejaculado. 
FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Dupla Proteção
É o uso combinado da camisinha masculina ou feminina com outro método anticoncepcional. 
Tem a finalidade de promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a prevenção da contami-
nação pelo HIV/AIDS e por outras DSTs.
Materno-Infantil/Obstetrícia
 FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
Eficácia dos métodos
FONTE: http://www.meuanticoncepcional.com/page/33/?s
2. Assistência à Infertilidade Conjugal
Esterilidade é definido como a incapacidade do casal obter gravidez após pelo menos um ano de 
relações sexuais freqüentes, com ejaculação intravaginal, sem uso de nenhum método contraceptivo. 
Pode ser classificada em primária ou secundária. 
Materno-Infantil/Obstetrícia
A esterilidade primária é quando nunca houve gravidez. Já a secundária, é quando o casal já 
conseguiu obter, pelo menos, uma gravidez e a partir daí passou a ter dificuldades para conseguir uma 
nova gestação.
Infertilidade é a dificuldade de o casal chegar ao final da gravidez com filhos vivos: abortamen-
tos espontâneos ou natimortos. Também pode ser classificada em primária ou secundária.
A infertilidade primária é quando o casal não conseguiu gerar nenhum filho vivo. A secundária é 
quando as dificuldades em gerar filhos vivos acontecem com casais com filhos gerados anteriormente.
Na rede básica caberá aos profissionais de saúde dar orientações ao casal e encaminhamento 
para consulta no decorrer da qual se iniciará a investigação diagnóstica com posterior encaminhamen-
to para os serviços especializados, sempre que necessário.
Gravidez Indesejada
A falta de planejamento familiar leva à Gravidez Indesejada que consequentemente leva a um 
número alaramante de Aborto Provocado e geralmente ocorre na adolescência.
O profissional de enfermagem deve orientar: sobre as transformações por que ela vai passar, es-
timulando-a ao autocuidado e ao enfrentamento das dificuldades e conflitos. Dessa forma, o técnico 
de enfermagem deve realizar grupos de discussão nos serviços de saúde e na comunidade, e manter 
um diálogo franco e aberto é fundamental.
Deve-se tentar reduzir as consequências psicossociais de uma gestação precoce e outros agra-
vos aos filhos, à própria mulher e à família.
Dentre essas consequências, podemos destacar o medo; a insegurança; a não-aceitação da 
gravidez pelos familiares, a rejeição à gravidez pela própria gestante; a responsabilidade com um 
novo ser. É preciso que a mulher aceite a maternidade como um processo que pode ser saudável e 
conscientize-se do seu papel de mãe.
Aborto
A situação do aborto no mundo varia de um ato ilegal a um ato disponível de acordo com alguns 
critérios específicos. Aproximadamente dois terços das mulheres no mundo têm acesso ao aborto 
legal.
No Brasil, apesar de haver estatísticas demonstrando que o aborto é praticado em grande quan-
tidade, ele é proibido, com exceção de alguns casos específicos previstos na Lei.
Aborto Provocado
É a interrupção ilegal da gravidez, com a morte do produto da concepção, haja ou não a expulsão, 
qualquer que seja o seu estado evolutivo. 
Materno-Infantil/Obstetrícia
São praticados na clandestinidade, em clínicas privadas ou residências, utilizando-se métodos 
anti-higiênicos, materiais perfurantes, medicamentos e substâncias tóxicas. Pode levar à morte da 
mulher ou evoluir para um aborto infectado.
No Brasil, o aborto provocado é considerado criminoso, tendo penalidades previstas no Código 
Penal Brasileiro (art. 128).
Técnicas de aborto ilegal:
• Dilatação ou corte;
• Sucção ou Aspiração;
• Curetagem;
• Drogas (arsênio, antimônio, chumbo, cobre, ferro, fósforo e vários ácidos e sais);
• Plantas (losna, abuteia, alecrim, algodaro, arruba, cipómil – homens, esperradura e várias 
ervas amargas);
• Envenenamento por sal;
• Sufocamento;
• Esquartejamento do feto;
• Medicamentos: Misoprostol.
Cada profissional tem papel importante na orientação, diálogo e auxílio a essa mulher, diante de 
suas necessidades. Não se deve fazer qualquer tipo de julgamento.
A assistência deve ser prestada de forma humanizada e com qualidade , independente dos cri-
térios pessoais e julgamentos acerca do caso clínico.
Papel do Técnico de Enfermagem no Planejamento Familiar
A atuação do técnico e a equipe de enfermagem deve ser baseada em: Atividades educativas, 
aconselhamento, detecção de casos de risco, aproximação com a comunidade e acolhimento.
4 REPRODUÇÃO HUMANA
É um fenômeno reprodutivo que acontece em decorrência de uma relação sexual durante o 
período fértil da mulher (período da ovulação), ocasionando o encontro do espermatozoide com o 
óvulo, e sua consequente penetração.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Geralmente, ocorre no interior de uma tuba uterina, em sua porção distal (mais próxima do 
ovário). 
Necessita de condições favoráveis no interior da tuba uterina: permeabilidade, lubrificação e 
movimentação das paredes e dos cílios, e a movimentação das células em divisão até a parede uteri-
na, onde ocorrerá a nidação.
É um processo de transição biológica, psicológica e social, ocasiona fortes, belas e essenciais 
modificações na vida da mulher – em seu corpo, mente, coração, relacionamentos e dinâmica de vida.
Sua reação inicial dependerá do momento de vida pelo qual esteja passando: o desejo ou não de 
engravidar, se a gravidez foi ou não planejada, se a gravidez foi resultado de estupro.
Em qualquer destas situações, ela dependerá do nível de apoio e suporte das pessoas para ela 
significativas, bem como da atenção e correta atuação da equipe de saúde que participará de todo o 
percurso do ciclo gravídico-puerperal.
Conceitos 
• Fecundação: Ação que consiste na junção de gametas (de sexo oposto) que originam o zigo-
to e/ou célula reprodutora; fertilização. 
• Mórula: Primeiro estágio da evolução do embrião animal, formado por uma esfera cheia de 
células: a mórula precede, na fase de evolução, a blástula.
• Blastocisto: embrião na fase de pré-implantação com algumas centenas de células. Tem 
o formato de uma esfera formada por uma camada mais externa de células (trofoblasto), 
uma cavidade interior preenchida com fluido, e um aglomerado de células no interior (mas-
sa celular interna).
• Nidação: Implantação do ovo fecundado na parede do útero, onde continua o seu desenvol-
vimento. A camada exterior do blastocisto perfura a superfície da mucosa do útero e forma 
uma cavidade onde o blastocisto se fixa. 
Ovulação
Decorre da ação de dois hormônios: folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). 
Com
a liberação do óvulo, surge no ovário o corpo lúteo, o qual produz a progesterona, o hor-
mônio responsável pelo preparo do endométrio, tornando-o mais vascularizado e rico em nutrientes 
para o concepto.
Fecundação
É o processo biológico através do qual o ovócito e o espermatozóide se unem para formar uma 
nova célula chamada ovo ou zigoto, com a qual se inicia o desenvolvimento embrionário, isto é, a vida 
de um novo indivíduo. A fecundação dá-se no terço distal da tuba uterina.
São eliminados com a ejaculação em torno de 350 milhões de espermatozoides. Chegam à tuba 
uterina em torno de 100 espermatozoides. O ovócito pode ser fecundado até 24 horas após a ovula-
ção. Os espermatozoides sobrevivem no sistema reprodutor feminino de 24 a 72 horas.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Maturação e Capacitação dos espermatozoides
 A Maturação ocorre no epidídimo. Há modificações funcionais e estruturais dos espermatozói-
des e modificação do metabolismo e inserção de glicoproteínas na membrana citoplasmática.
A capacitação ocorre no sistema reprodutor feminino, há modificação ou alterações das glico-
proteínas da membrana citoplasmática dos espermatozoides. Há ainda alteração da permeabilidade 
da membrana citoplasmática do espermatozoide a certas substâncias.
Pode-se citar ainda como alterações significativas:
• Redistribuição de algumas glicoproteínas.
• Aumento da captação de oxigênio.
• Torna funcional a reação acrossômica.
Fases da Fecundação
1. Fase de penetração da coroa radiada
Nesta etapa, os espermatozoides têm que vencer a coroa radiada para alcançar a zona pelucida. 
Para isto utilizam hialuronidases (da membrana citoplasmática). Através da hiperativação forçam a 
chegada a região da zona pelúcida.
2. Fase de reconhecimento e adesão
Nesta etapa, as proteínas da membrana citoplasmática dos espermatozoides precisam se asso-
ciar com as proteínas (receptores) das células da zona pelúcida. Por isso, que é impossível cruzar uma 
gata com um cachorro e vice-versa. Tendo ocorrido o reconhecimento e a adesão, inicia-se a fase de 
reação acrossômica.
3. Fase de reação acrossômica
Esta fase inicia-se após o contato entre espermatozoide e zona pelúcida. Especificadamente, 
entre receptor do espermatozoide e a glicoproteína ZP3 da zona pelúcida. Formam-se poros por onde 
as enzimas acrossômicas são liberadas.
4. Fase de reação acrossômica
A reação acrossômica torna possível o desaparecimento da coroa radiada, o avanço do esper-
matozoide e a fusão das duas membranas citoplasmáticas.
5. Fase de desnudação
Caracteriza-se pelo desaparecimento da coroa radiada e pela ação da hialuronidase.
6. Fase de penetração da zona pelúcida
Quando a membrana citoplasmática e a membrana acrossômica externa desaparecem, a mem-
brana acrossômica interna, que possui receptores, interage com a glicoproteína ZP2 da zona pelúcida. 
Materno-Infantil/Obstetrícia
Esta interação permite que o espermatozoide posso transpor a zona pelúcida e a liberação de 
acrosina, que é uma enzima que hidrolisa, localmente, a zona pelúcida.
A força de hiperativação conduz o espermatozoide em direção à membrana citoplasmática do ovócito.
7. Fase de fusão
Vários espermatozoides transpõem a zona pelúcida. Contudo, somente um irá se fundir a mem-
brana citoplasmática do ovócito secundário. Quando isso ocorre, cessa a hiperativação, entra no ovó-
cito secundário a parte anterior da cabeça do espermatozoide, ficando o restante do lado de fora.
Esse processo de fusão das membranas é controlado por proteínas fusogênicas de ambos os ga-
metas. Conhece-se algumas proteínas fusogênicas do espermatozoide, mas conhece-se pouco sobre 
as proteínas fusogênicas do ovócito secundário.
8. Fase de bloqueio da polispermia
Normalmente, o ovócito secundário deve ser fecundado por apenas um espermatozoide.
Sendo assim, a membrana citoplasmática do ovócito secundário sofre várias modificações para 
evitar a poliespermia. Em seguida ocorre a reação cortical com exocitose de enzimas hidrolíticas, que 
degradam a glicoproteína ZP2 e modifica a glicoproteína ZP3. Isso promove a imobilização e expulsão 
dos espermatozoides da zona pelúcida.
9. Fase de retomada da segunda divisão meiótica pelo ovócito secundário
Ocorre o reinício da segunda divisão meiótica, a qual gera duas células haploides, o óvulo – con-
vertido em zigoto – e o segundo corpúsculo polar.
10. Fase de formação dos pró-núcleos masculino e feminino
No zigoto, os núcleos haploides do espermatozoide e do ovócito se chamam pró-núcleo mascu-
lino e feminino. Ambos migram para a região central do zigoto, onde ocorre duplicação do DNA.
11. Fase de Singamia e anfimixia
No centro do zigoto, os pró-núcleos se colocam muito próximos um ao outro e perdem seus 
envoltórios nucleares (singamia). Eles voltam a se condensar, na região equatorial do zigoto, como em 
uma metáfase mitótica (anfimixia).
A anfimixia representa o final da fecundação. Com ela inicia-se a primeira divisão mitótica da 
segmentação do zigoto.
 FONTE: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/doze/unidade1.html
Materno-Infantil/Obstetrícia
Consequências da Fecundação
A principal consequência da fecundação é a formação do zigoto. Mas também ocorre:
• O número diploide de cromossomos é restabelecido.
• Forma-se uma célula completa: o ovócito cede praticamente todas as organelas celulares, 
com exceção dos centríolos que são fornecidos pelo espermatozoides.
• O material citoplasmático se redistribui.
• Determinação do sexo cromossômico: o cromossomo sexual fornecido pelo ovócito é o 
cromossomo X. Pelo espermatozoide pode ser um X ou Y. Assim, se a junção resultar em XX 
(mulher), se resultar em XY (homem).
• Início das divisões mitóticas.
Clivagem
Primeiras divisões zigóticas:
FONTE: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/doze/unidade1.html
 Entre o 1º e o 4º dia gestacional o blastômero sofre compactação e se transforma em mórula 
através da ação de glicoproteínas de adesão de superfície celular.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Nidação
Nidação é a implantação do blastocisto no endométrio uterino. O embrião então vai começar a 
penetrar no endométrio por ação de enzimas que liberta, digerindo literalmente as células do endo-
métrio atingidas pelas referidas enzimas e nutrindo-se com os nutrientes resultantes dessa “digestão”, 
sendo ao mesmo tempo envolvido por outras células em proliferação do endométrio.
Ocorrendo a nidação, inicia-se a diferenciação celular que dará origem ao embrião e a placenta. 
As células trofoblásticas, componentes iniciais da estrutura do ovo, responsáveis pela formação pla-
centária, produzem o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG), responsável pela produção 
do hormônio progesterona, que mantém o endométrio, evitando a menstruação.
Resumindo 
Óvulo maduro no interior da tuba uterina => Fecundação (encontro do óvulo com o esperamto-
zóide) => Mórula na tuba uterina => Blastocisto na cavidade uterina
Implantação / nidação do endométrio => Proliferação das células trofoblásticas sobre o blasto-
cisto
FONTE: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/doze/unidade1.html
Materno-Infantil/Obstetrícia
5 FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO
Períodos do Desenvolvimento Humano
• Período pré-embrionário: fertilização até final da segunda semana de gestação.
• Período embrionário: terceira semana até final da oitava semana de gestação.
• Período fetal: nona semana de gestação até o nascimento.
Gravidez
A gestação normal tem duração aproximada de 280 dias ou 9 meses ou 40 semanas, podendo 
variar de 38 a 42 semanas gestacionais - que pode ser subdividido em três trimestres, sendo portanto, 
para fins didáticos 1º, 2º e 3º trimestres gestacionais.
Cada trimestre é formado por 12 a 14 semanas de gestação, durante as quais ocorre a estrutu-
ração do novo ser, fundamental
à sua condição humana. Tal fenômeno traz diversas modificações no 
organismo e na vida da mulher. 
Ela pode vivenciar situações das mais simples às mais complexas, que repercutem tanto no seu 
bem-estar como no de seu concepto, podendo gerar, em função de medos e/ou ansiedades, até o 
desencadeamento de risco gestacional. 
O contexto social de cada gestação é fundamental para o desenvolvimento da criança que vai 
nascer, e para a relação que a mulher e a família estabelecerão com ela.
Para que a gravidez transcorra com segurança, os cuidados necessários devem ser realizados, o 
mais precocemente possível, pela própria gestante, parceiro e família, com a participação dos profis-
sionais de saúde.
Diagnóstico da Gravidez
Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de gravidez, mais fácil será o acompanhamento do 
desenvolvimento do embrião/feto e das alterações que ocorrem no organismo e na vida da mulher.
Possibilita prevenir, identificar e tratar eventuais situações de anormalidades que possam com-
prometer a saúde da grávida e de sua criança, desde o período gestacional até o puerpério.
 O diagnóstico pode ser feito tomando-se como ponto de partida informações trazidas pela mu-
lher. É importante saber se ela tem vida sexual ativa e se há referência de amenorreia. 
A partir desses dados e de um exame clínico são identificados os sinais e sintomas físicos e psi-
cológicos característicos. 
Materno-Infantil/Obstetrícia
Também podem ser identificados por exames laboratoriais que comprovem a presença do hor-
mônio HCG e/ou exames como a ecografia gestacional ou ultra-sonografia.
Os sinais e sintomas da gestação dividem-se em três categorias que, quando positivas, confir-
mam o diagnóstico. É importante lembrar que muitos sinais e sintomas presentes na gestação podem 
também aparecer em outras circunstâncias. São eles: sinais de presunção, sinais de probabilidade e 
sinais de certeza.
1. Sinais de Presunção
São os que sugerem gestação, decorrentes, principalmente, do aumento da progesterona. Não 
são verificados em todas as mulheres, mas sim, em sua maioria.
Amenorreia 
É o primeiro sinal que alerta para uma possível gestação. É uma indicação valiosa para a mulher 
que possui menstruação regular.
Também pode ser resultado de condições como, por exemplo, estresse emocional, mudanças 
ambientais, doenças crônicas, menopausa, uso de métodos contraceptivos e outros.
Náuseas com ou sem vômitos
Sua ocorrência é mais frequente pela manhã, é denominada “enjoo matinal”, mas pode ocorrer 
durante o restante do dia. Surge no início da gestação e, normalmente, não persiste após 16 semanas.
Alterações mamárias
Caracterizam-se pelo aumento da sensibilidade, sensação de peso, latejamento e aumento da 
pigmentação dos mamilos e aréola. A partir do segundo mês, as mamas começam a aumentar de ta-
manho, surgimentos dos tubérculos Montgomery, surgimento da rede de Haller.
 
 Rede de Haller Tubérculos de Montgomey
FONTE: https://www.buzzero.com/medicina-e-saude-352/enfermagem-361/curso-online-alteracoes-fisio-
logicas-na-gestacao-com-certificado-4193
Materno-Infantil/Obstetrícia
Polaciúria
É o aumento da frequência urinária. Na gravidez, especialmente no primeiro e terceiro trimes-
tre, dá-se o preenchimento e o consequente crescimento do útero que pressiona a bexiga diminuindo 
o espaço necessário para realizar a função de reservatório. 
A esta alteração anatômica soma-se a alteração fisiológica causada pela ação da progesterona, 
que provoca um relaxamento da musculatura lisa da bexiga, diminuindo sua capacidade de armaze-
namento.
Vibração ou tremor abdominal 
Reconhecimento dos primeiros movimentos do feto, pela mãe, os quais geralmente surgem por 
volta da 20ª semana. Por serem delicados e quase imperceptíveis, podem ser confundidos com gases 
intestinais.
2. Sinais de Probabilidade 
São os que indicam que existe uma provável gestação, mas que necessitam de outros fatores 
para confirmação. Baseiam-se nas alterações de forma, tamanho e consistência do útero em torno da 
8ª semana de gestação, além do aumento do volume abdominal em torno da 16ª semana.
Aumento uterino
Devido ao crescimento do feto, do útero e da placenta.
Mudança da coloração da região vulvar
A vulva e o canal vaginal tornam-se bastante vascularizados, o que altera sua coloração de rosa 
avermelhado para azul escura ou vinhosa.
Colo amolecido
Devido ao aumento do aporte sanguíneo na região pélvica, o colo uterino torna-se mais amole-
cido e embebido, assim como as paredes vaginais tornam-se mais espessas, enrugadas, amolecidas e 
embebidas.
Testes de gravidez 
Inicialmente, o hormônio HGC é produzido durante a implantação do ovo no endométrio. Pos-
teriormente, passa a ser produzido pela placenta. 
Esse hormônio aparece na urina ou no sangue 10 a 12 dias após a fecundação, podendo ser 
identificado mediante exame específico.
Sinal de rebote
É o movimento do feto contra os dedos do examinador, após ser empurrado para cima, quando 
da realização de exame ginecológico (toque) ou abdominal.
Materno-Infantil/Obstetrícia
Contrações de Braxton-Hicks 
São contrações uterinas indolores, que começam no início da gestação, tornando-se mais notá-
veis à medida que esta avança, sentidas pela mulher como um aperto no abdome. 
Ao final da gestação, tornam-se mais fortes, podendo ser confundidas com as contrações do 
parto.
3. Sinais de Certeza
São aqueles que efetivamente confirmam a gestação e evidenciam a presença do feto no ventre.
Batimento cardíaco fetal (BCF)
Utilizando-se o estetoscópio de Pinard, pode ser ouvido por volta da 18a semana de gestação. 
Caso seja utilizado um aparelho amplificador denominado sonar Doppler, a partir da 12ª semana. A 
frequência cardíaca fetal é rápida e oscila de 120 a 160 batimentos por minuto.
Contornos fetais 
Ao examinar a região abdominal, frequentemente após a 20ª semana de gestação, identifica-
mos algumas partes fetais (polo cefálico, pélvico, dorso fetal).
Movimentos fetais ativos
Durante o exame, a atividade fetal pode ser percebida a partir da 18ª/20ª semana de gestação. 
A utilização da ultra-sonografia facilita a detectar mais precoce desses movimentos.
Visualização do embrião ou feto pela ultra-sonografia
Pode mostrar o produto da concepção (embrião) com 4 semanas de gestação, além de mostrar a 
pulsação cardíaca fetal nessa mesma época. Após a 12ª semana de gestação, a ultra-sonografia apre-
senta grande precisão diagnóstica.
Manifestações Físicas da Gravidez
As modificações fisiológicas que acontecem no organismo materno marcam intensa ou super-
ficialmente a vida da gestante de acordo com o grau variável em que essa modificação a acomete. As 
modificações acontecem sistemicamente e no aparelho reprodutor.
Durante a gestação o organismo materno sofre modificações anatomofisiológicas com o objeti-
vo de favorecer o período gestatório. A adaptação da mulher a essa fase pode ser difícil, necessitando 
de atenção contínua e profissionais treinados. 
As modificações gravídicas decorrem principalmente de alterações hormonais e fatores mecâni-
cos. Ocorrem principalmente:
• Sistema Tegumentar;
• Aparelho Gastrointestinal;
• Sistema Circulatório/sanguíneo;
Materno-Infantil/Obstetrícia
• Sistema Genital;
• Sistema Musculoesquelético.
• Sistema Urinário;
• Sistema Respiratório;
• Metabolismo.
Durante a gravidez ocorre um pan-hiperendocrinismo - aumento de todos os hormônios:
• Gonadotrofina Coriônica;
• Lactogênio Placentário – influência o crescimento das mamas e seu desenvolvimento;
• Hormônios Esteróides – Estrogênio; Progesterona.
Há ainda as alterações decorrentes da presença fetal:
• Volumétricas;
• Maior necessidade de nutrientes;
• Adaptação da coluna vertebral.
Sistema tegumentar
• Alterações

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