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Processos de fabricação III PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III Profª Ariana Lobato Peixoto E-mail:ariana.peixoto88@gmail.com ariana.peixoto@live.estacio.br Processos de fabricação III Conformação Mecânica (Parte 2) AULA: Processos de fabricação III Processos de fabricação III Processos de fabricação III • Três etapas: 1. Recuperação 2. Recristalização 3. Aumento do tamanho de grão Processo de Recozimento Processos de fabricação III Etapas de Recozimento Processos de fabricação III Processos de fabricação III • Há um alívio das tensões internas armazenadas durante a deformação devido ao movimento das discordâncias resultante da difusão atômica; • Nesta etapa há uma redução do número de discordâncias e um rearranjo das mesmas; • Propriedades físicas como condutividade térmica e elétrica voltam ao seu estado original (correspondente ao material não-deformado). Recuperação Processos de fabricação III • Depois da recuperação, os grão ainda estão tensionados; • O número de discordâncias reduz mais ainda; • As propriedades mecânicas voltam ao seu estado original. Recristalização Processos de fabricação III Modificação das propriedades mecânicas e do tamanho de grão pela recuperação, recristalização e crescimento de grão Propriedades x Temperatura de recozimento Processos de fabricação III O contorno de grão funciona como um barreira para a continuação do movimento das discordâncias devido as diferentes orientações presentes e também devido às inúmeras descontinuidades presentes no contorno de grão. Aumento da resistência pela diminuição do tamanho de grão Processos de fabricação III • A temperatura continuando a aumentar, os grãos cristalinos, agora inteiramente livres de tensões, tendem a crescer. Este crescimento de grão é também favorecido pela permanência a temperaturas acima da de recristalização. Com isso os grãos menores são “absorvidos” pelos maiores. • Desse modo, a única maneira de diminuir ou refinar o tamanho de grão consiste em deformar plasticamente os grãos existentes e iniciar a formação de novos grãos. Crescimento de Grão Processos de fabricação III • Formação de novos grãos Crescimento de Grão Processos de fabricação III • A granulação grosseira torna o material quebradiço, porque a coesão entre os grãos é afetada pela concentração de impurezas nos seus contornos e com o aumento da granulação dessa concentração; • As fissuras também se propagam mais facilmente no interior dos grãos graúdos. • Por isso, entre os aços de igual composição, os grãos mais finos possuem melhores propriedades mecânicas. Crescimento de grão Processos de fabricação III Processos de fabricação III • É a primeira etapa do processo metalúrgico de conformação mecânica; • A energia para deformar é menor; • O metal adquiri maior capacidade de deformar-se sem fissuração; • Algumas heterogeneidades das peças (ou lingotes) como porosidades, bolhas, etc., são praticamente eliminadas pelo trabalho a quente; • A estrutura granular, grosseira de peças fundidas, é rompida e transformada em grãos menores; • Alguns metais dificilmente são deformados a frio sem fissurar; exemplos: tungstênio, molibdênio e outros; • Ocorre o recozimento: crescimento grãos. Trabalho a Quente Processos de fabricação III Trabalho a Frio e a Quente Processos de fabricação III Devido a grande capacidade possível de deformação plástica quando comparada com o trabalho a frio ou a morno. • Porquê? • Coeficiente de resistência (K) é bem menor que na temperatura ambiente. • Coeficiente de encruamento (n) do material é zero (teoricamente). • Ductilidade aumenta significativamente. Porque Escolher Trabalho a Quente? Processos de fabricação III • Fibramento cristalográfico: reorientação dos grãos durante a deformação Fibramento mecânico: alinhamento de inclusões, cavidades e constituintes de segunda fase Fibramento: textura de fibra Processos de fabricação III Processos de fabricação III Fibramento mecânico: Processos de fabricação III • Esta “fibragem” introduz anisotropia nas propriedades mecânicas dos metais, que apresentam, comumente, maior resistência à fadiga e ductilidade em direção paralela às “fibras” do que em direções normais a estas. Processos de fabricação III • Revisão de Tratamento térmico Processos de fabricação III 2.1 AQUECIMENTO Temperatura de Aquecimento: Fator fixo, determinado pela natureza do processo e dependente das propriedades e das estruturas finais desejadas, assim como da composição química do material. 2.FATORES DE INFLUÊNCIA NOS TRATAMENTOS TÉRMICOS Processos de fabricação III Esquema ilustrando a Velocidade de Aquecimento e a Parada Térmica, necessária ao desenvolvimento do Tratamento Térmico. Processos de fabricação III OBSERVAÇÃO A PARADA TÉRMICA estará relacionada com o teor de carbono, quando tratar-se de um aço, uma vez que: quanto mais elevada a temperatura acima da zona crítica mais completa poderá ser a dissolução das fases no ferro gama ( Fe-g); entretanto, maior o tamanho de grão da austenita ( g) desvantagem maior do que vantagem. Processos de fabricação III • A granulação grosseira torna o material quebradiço, porque a coesão entre os grãos é afetada pela concentração de impurezas nos seus contornos e com o aumento da granulação dessa concentração; • As fissuras também se propagam mais facilmente no interior dos grãos graúdos. • Por isso, entre os aços de igual composição, os grãos mais finos possuem melhores propriedades mecânicas. Crescimento de grão Processos de fabricação III Tempo de Permanência à Temperatura de Aquecimento: Processos de fabricação III • 2.2 - ATMOSFERA DO FORNO • No tratamento térmico de peças de aço deve-se evitar dois fenômenos; A OXIDAÇÃO, pela formação de casca de óxido e A DESCARBONETAÇÃO, pela formação de uma camada mais mole na superfície da peça. Tais fenômenos podem ser evitados com o uso de uma atmosfera protetora ou controladora no interior da câmara do forno, a qual, ao prevenir a formação da casca de óxido, evita o uso de métodos de limpeza e, ao eliminar a descarbonetação, garante uma superfície uniformemente dura e resistente ao desgaste. Processos de fabricação III • 2.2 - ATMOSFERA DO FORNO • As atmosfera mais comuns são as obtidas pela combustão total ou parcial de carvão, óleo e gás, e estas atmosferas podem apresentar Oxigênio ( O ), Nitrogênio ( N ), Anidrido com CO2, Vapor d´agua, CO, H, Hidrocarbonetos. • Entretanto, é preciso sempre um estudo cuidadoso das proporções corretas dos vários constituintes de uma atmosfera protetora para que, no tratamento normal do aço, sejam evitadas tanto A OXIDAÇÃO como A DESCARBONETAÇÃO e A CARBONETAÇÃO. Processos de fabricação III 2.3 – EMPACOTAMENTO • Consiste em proteger a peça contra o oxigênio do ar atmosférico que em contato com o carbono em presença de temperatura considerável, forma os gases anidrido • carbonoso ( CO ) e o anidrido carbônico ( CO2 ). Processos de fabricação III• 2.4 – RESFRIAMENTO • É o fator mais importante no tratamento térmico dos metais por possibilitar efetivamente a obtenção da microestrutura e, consequentemente, determina as propriedades finais do elemento em estudo. Pela VELOCIDADE DERESFRIAMENTO DA AUSTENITA pode-se obter ARRANJOS • ESTRUTURAIS que agregam a ferrita + perlita [ a+ (a+ Fe3C )]; só a perlita (a+ Fe3C ); cementita + perlita [Fe3C + (a+ Fe3C )]; a bainita e, finalmente, a martensita. • Entretanto, não pode ser esquecido que tais possibilidades dependemde componentes como: a composição química do aço, as dimensões do elemento, a capacidade de extração de calor do meio refrigerante. • Os meios de resfriamentos podem ser: Processos de fabricação III Micro estrutura de um Aço C. Hipo Eutetóide com 0,35%C resfriado lentamente desde a região monofásica [Austenita: g]. O constituinte branco é a Ferrita [a] pró-eutetóide; e o escuro é a Perlita [Fe3C+a] resultante da transformação eutetóide. Nital 2%. 500X. Processos de fabricação III Aço SAE 1050, austenitizado acima da zona crítica e resfriado em água a temperatura ambiente. Ataque Nital, 750X. Processos de fabricação IIIOs meios de resfriamentos podem ser: Processos de fabricação III • 2.4 – RESFRIAMENTO • Na escolha do meio de resfriamento é preciso conciliar o tipo de estrutura final desejada, a profundidade a alcançar, a maior seção e forma da peça, para evitar empenamentos, distorções ou mesmo trincas na mesma. Processos de fabricação IIIEsquema ilustrativo de um ciclo total de tratamento térmico Processos de fabricação III • 2.6 – DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE TRATAMENTO. • Esta temperatura é obtida com o auxílio do diagrama de equilíbrio da liga ou aço, sendo dependente das suas composições química e finalidades (tipos) do tratamento térmico. Processos de fabricação III INTRODUÇÃO Processos de fabricação III REGIÃO CRÍTICA INTRODUÇÃO Processos de fabricação III RECOZIMENTO • Definição: • Consiste no aquecimento do aço acima da zona crítica durante o tempo necessário e suficiente para se ter solução de carbono ou elemento de liga, no ferro gama (Fe-g), seguido de resfriamento lento. Deixando que a peça resfrie junto com o forno. Processos de fabricação III • Pode ser classificado em: • Recozimento Total ou Pleno; Isotérmico ou Cíclico: Para alívio de tensões. RECOZIMENTO Processos de fabricação III • Objetivo: • Remover tensões devidas aos trabalhos mecânicos à frio ou à quente; • Alterar as propriedades mecânicas; • Modificar as características elétricas e magnéticas; • Ajustar o tamanho de grão; • Regularizar as texturas brutas de fusão, ....mas principalmente diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade do aço. RECOZIMENTO Processos de fabricação III 2.3.2.1 - Determinação da Temperatura de Recozimento Pleno: Temperatura de recozimento pleno para os aços: Hipo eutetoides (A3 + 50) oC; Eutetoides ( A1 + 50 )oC; e Hiper eutetoides ( A1 + 50 )oC. Figura – Esquema ilustrativo de um ciclo de Recozimento pleno para aços carbono comum. perlita grosseira, Matriz de Frerrita+esferoidita esferoidita (Cementita Globulizada). Processos de fabricação III Nas condições de recozimento pleno obtém-se as estruturas com granulações grosseiras, sensivelmente mais grossas do que as obtidas quando da normalização. Entretanto, a estrutura mais desejada é a perlita grosseira, por ser a estrutura ideal para melhorar a usinabilidade dos aços de baixo e médio carbono. Para os aços de alto carbono e do ponto de vista da usinabilidade esta perlita não é vantajosa, sendo preferível uma estrutura diferente, a esferoidita (Cementita Globulizada). Processos de fabricação III Devido o tempo para a execução do recozimento pleno ser muito longo, em muitos casos, é preferível substituí-lo pelo Recozimento Isotérmico ou Cíclico. Definição: Este tratamento, Recozimento Isotérmico, consiste no aquecimento do aço nas mesmas condições do recozimento total, seguido de um resfriamento rápido até uma temperatura ligeiramente inferior a “A1” e aí mantido até que ocorra a completa transformação da austenita para, em seguida, ser resfriado até a temperatura ambiente. Recozimento Isotérmico Processos de fabricação III Figura – Esquema ilustrativo do recozimento isotérmico ou cíclico para aços carbono comum. Recozimento Isotérmico perlita grosseira aços de baixo e médio carbono. esferoidita. Processos de fabricação III aços de baixo e médio carbono.