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Produção Gráfica As 4 etapas de produção de um impresso: Projetação: ocorre na empresa ou escritório do designer. Termina ao se concluir os originais que serão impressos. Artes finais. Diz-se que o projeto está arte-finalizado quando os arquivos estão prontos para impressão. Pré-impressão: processada no birô de pré-impressão. Sua principal tarefa é a produção dos fotolitos, que são “máscaras” utilizadas para a produção das matrizes. Ela inclui também a digitalização e a edição de imagens de alta resolução. Impressão: Inicia-se com a produção da matriz, em geral na própria gráfica onde se dará esta etapa. Acabamento: Dependendo da complexidade do acabamento e do porte da gráfica, esta etapa pode ou não ser realizada por outros fornecedores que não seja a própria gráfica onde o impresso está sendo produzido. Inclui tudo aquilo que é posterior à impressão e anterior ao empacotamento dos impressos. Arquivos abertos e arquivos fechados As diferenças básicas entre uma forma e outra se referem à rapidez da produção do fotolito e sua garantia de fidelidade para com o projeto Arquivo aberto: o arquivo gerado pelo programa utilizado, com sua própria extensão. o birô copia o arquivo, abre-o no programa original (que ele precisa ter instalado), confere se as fontes utilizadas estão disponíveis em seu sistema (ou instalá-las, se não estiverem), confere se os arquivos de imagem também estão presentes, e aciona o comando de impressão dos fotolitos Arquivo fechado: o designer gera um arquivo em seu sistema, com todo o conteúdo e instruções para a impressão, e o envia para o birô. O arquivo fechado não tem como ser alterado, isto impede correção de erros no birô, mas garante a fidelidade dos fotolitos. há algumas ferramentas disponíveis que permitem o que está “dentro” do arquivo fechado. TRAÇO, MEIO TOM E RETÍCULA - Percebemos as imagens através de cores e traços, e meios-tons - que nos dão a percepção das luzes e das sombras, das texturas, da profundidade etc. Na foto, as formas são definidas por meios-tons; no desenho, por traços (quando não utilizamos meio-tom) e pelas cores que os preenchem. - Para que seja possível reproduzir meios-tons num impresso, é preciso decompor estes meios-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e de cor, misturam-se em nossa visão. Estes pontos são organizados numa pequena rede, denominada retícula. Essas são utilizadas em muitos processos gráficos - como o offset, a rotogravura e a impressão digital. - Um contafios, é o instrumento que os profissionais usam para enxergar as retículas. - Outros processos, por questões tecnológicas, não têm como reproduzir pontos tão pequenos e, por isso, não têm como simular os meios-tons, é o caso da serigrafia, da flexografia e do corte eletrônico. - A plotter de jato de tinta é um caso à parte: embora utilize pontos pequenos, seu meio-tom só é satisfatório quando observado a uma certa distância, devido à baixa resolução do processo eletrônico utilizado. Impressão em P&B e Monocromia É através da retícula que se geram os diversos tons de cinza nas impressões em preto-e-branco. Com uma retícula mais fechada, são obtidos os cinzas mais escuros, até chegar ao preto. As áreas totalmente em preto, a tinta é aplicada uniformemente, sem variações (traço). Já com uma retícula mais aberta, temos os cinzas mais claros, até chegar ao branco, que é a ausência de tinta. Há impressos que também se utilizam de uma tinta só mas sem ser o preto. Todos eles são monocromias, pois usam apenas uma tinta. Na impressão colorida ou Policromia, além de produzir meios-tons de uma mesma tinta, a retícula é utilizada para simular misturas de tintas, produzindo então outras cores além daquelas das próprias tintas. Para simular as diversas cores são utilizadas as cores CMYK. Porém, estas tintas não são misturadas fisicamente umas com as outras: a mistura é simulada opticamente, através dos diversos pontos pequeninos e de cores diferentes. Uma impressão em duas cores é uma bicromia, e em três cores é uma tricromia. Quando as duas tintas simulam meios-tons intermediários entre elas, através das retículas, esta bicromia é chamada de duotone. Quando são três as tintas, trata-se de um tritone. escala é o conjunto de todas as diversas “cores” formadas por cores básicas. Cor de seleção são as cores básicas que formam a escala. e cor de escala são as “cores” geradas pelas cores de seleção e que, juntas, formam a escala. Cores especiais não são chamadas de policromias, mas simplesmente de impressões em duas ou três cores. Uma cor especial é, justamente, qualquer uma que não seja o ciano, o magenta, o amarelo ou o preto. No meio gráfico, o vermelho é uma cor especial quando impresso com tinta vermelha. A maioria dos processos eletrográficos não trabalha, na prática, com cores especiais, mas apenas com as cores de seleção. Em geral, estes equipamentos utilizam as quatro tintas da escala Europa. No caso das cores especiais, é preciso, que a gráfica saiba exatamente qual a cor a ser impressa, tendo alguma referência, fornecida pelo designer. Há quatro formas de fazê-lo: uso do catálogo do fabricante de tintas, uso da escala Pantone, uso da escala Europa para mistura de tintas, ou mistura de tintas a partir de uma amostra da cor. No jargão gráfico, O cada uma destas impressões é chamada de entrada em máquina. Cada entrada em máquina representa um aumento de custo. PROCESSOS DE IMPRESSÃO Uma das maneiras mais eficazes de se classificar os processos de impressão é a partir da forma e do tipo de funcionamento da matriz que cada um destes processos utiliza. Assim, temos cinco grandes sistemas de impressão: Relevografia: Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão impressos ficam em relevo na matriz e são entintados, imprimindo mediante pressão sobre o suporte. É o mesmo princípio dos carimbos. Exemplo: Flexografia, tipografia, xilografia. Encavografia: Utilizando justamente o mecanismo inverso da relevografia, baseia-se numa matriz de baixo relevo. Os elementos que serão impressos são formados por sulcos de baixo relevo na matriz, que armazena tinta que será transferida para o papel ou outro suporte mediante pressão. Exemplo: Rotogravura, tampografia, talho doce, água forte. Permeografia: Impressão realizada mediante uma matriz permeável. Os elementos que serão impressos são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz. Exemplo: Serigrafia, mimeógrafo, estêncil. Planografia: onde não há qualquer relevo que determine a impressão: a matriz é plana. É através de fenômenos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos utilizados (tintas e água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte. Exemplo: Offset, offset digital, driografia, litogravura. Eletrografia: A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que serão impressas são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de fenômenos eletrostáticos e não físico-químicos. É o caso de processos recentemente desenvolvidos para a produção industrial, como a impressão digital, a eletrofotografia e a xerografia. Exemplo: Impressão digital, eletrofotografia. Processos Híbridos: São aqueles que envolvem componentes de sistemas diferentes, com matriz própria de um deles, mas aplicada à impressão própria de outro. Em geral referem-se a equipamentos ou tecnologias muito específicos - alguns patenteado, como a oferecida pela empresa israelense Índigo, que consiste, efetivamente, num processo offset com matriz eletrográfica. Exemplo: Indigo, impressão eletrostática. Processos digitais diversos: A impressão é realizada a partir de uma matriz virtual formada por impulsos elétricos, graças a um sistema informatizado. São processos muito diferenciados entresi, em geral adequados a tiragens únicas, como provas de layout de impressos que serão produzidos em processos mais adequados à escala industrial. Exemplo: Impressão a jato de tinta, transferência térmica, sublimação. Para escolher o processo, devem ser levados em conta: as deficiências e vantagens apresentadas pelo processo e sua adequação às necessidades do projeto; a tiragem; o custo médio do processo; o suporte que será utilizado; a oferta e a operacionalidade de fornecedores; o conhecimento prévio do processo e a usabilidade.
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