Buscar

Seminário VII - IRPJ IBET

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Seminário VII
IMPOSTO SOBRE A RENDA 
PESSOA JURÍDICA
Questões
Quais as formas de apuração e de recolhimento do IRPJ determinados pelo legislador ordinário? Diferencie-as. Há direito subjetivo do contribuinte ao arbitramento do lucro, no caso de imprestabilidade de sua contabilidade? 
Existem quatro formas de apuração e recolhimento do IRPJ: lucro real, lucro presumido, simples nacional e lucro arbitrado.
Quanto ao lucro real: nesta modalidade tem-se o pagamento do imposto tendo como base o lucro líquido, que nada mais é a diferença entre tudo o que a empresa arrecada e as despesas. 
Quanto ao lucro presumido: esta modalidade é uma alternativa ao lucro real e o valor a ser tributado tem como referência a receita bruta, por meio de alíquotas variáveis, de acordo com a atividade econômica da empresa. Em suma, presume-se o lucro da empresa e tributa-se em cima deste valor, não importando qual é o lucro de fato da empresa.
Quanto ao simples nacional: esta modalidade foi adotada pela Lei Complementar 123/2006, que criou um modelo de tributação diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte. Para fazer jus a essa modalidade, existe limite de renda bruta em lei e a empresa deve estar devidamente inscrita na Junta Comercial.
Quanto ao lucro arbitrado: esta modalidade é um regime excepcional que só é utilizada quando da inadimplência do contribuinte em relação às suas obrigações acessórias, como forma de conseguir tributar o contribuinte. 
Qual o conceito jurídico de permuta? Ela pode ser equiparada ao instituto da compra e venda? A permuta implica acréscimo patrimonial? Há incidência do imposto sobre a renda nas operações de permuta? Quais os impactos tributários sobre a operação de permuta trazidos pela Lei n. 12.973 de 2014? O regime de apuração (lucro real ou lucro presumido) influencia no tratamento tributário a ser dispensado às permutas imobiliárias para fins de incidência do IRPJ? (Vide Parecer COSIT/RFB n. 09/14 e Parecer PGFN n. 454/92).
Em que pese o conceito jurídico de permuta, Pontes de Miranda ensina que esta é identificada sempre que se dispõe de direito de propriedade ou posse em razão de outro de uma dessas modalidades, ou a direito de uma quantia certa.
Quanto a permuta ser equiparada a instituto de compra e venda, entendo que sim, pois nosso ordenamento jurídico trata os dois institutos quase igualmente. Assim, entendo que o IRPJ incide na permuta, mas somente quando alguma das partes da relação fizer a complementação em dinheiro, conforme preconiza o artigo 132, §2º do Decreto 9.580/18.
Quanto ao impacto da Lei 12.973/14, esta trouxe benefícios ao contribuinte, pois a tributação da permuta agora utiliza a avaliação do valor justo do imóvel e a incorpora ao lucro real somente no momento da alienação do bem. 
De fato, o regime de apuração tem influência no tratamento tributário a ser dispensado às permutas, vez que em relação lucro presumido, o valor do imóvel recebido na permuta acaba incorporando-se à receita bruta e, ainda que indiretamente, na base de cálculo do IRPJ. 
3.	Com relação à base de cálculo do IRPJ pergunta-se: 
 a) “Entradas” e “ingressos” são sinônimos de “receita”? As despesas reembolsadas por clientes integram a receita bruta dos escritórios e empresas que trabalham com bens e direitos de terceiros (como escritórios de advocacia, contabilidade, empresas de cobrança, etc.) que adotam o lucro presumido? Esses reembolsos podem ser tributados pelo IRPJ? (Vide anexo I). 
Entradas e ingressos não são sinônimo de receita. Isto porque receita é o aumento do proveito econômico da atividade empresarial que enseja no aumento do patrimônio líquido. No entanto, ingresso e entradas dizem respeitos aos valores recebidos pela empresa, porém não devem ter relação com a atividade meio, não necessariamente. Assim, receita é uma espécie do gênero ingresso.
No que tange as despesas reembolsadas pelos clientes, estas compõem a receita bruta das empresas e são tributadas pelo IRPJ, em regra. Segundo o art. 595, §9º do Decreto 9.850/18, existem duas exceções à tributação:
§ 9º Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, deverão ser adicionados ao lucro presumido para fins de determinação do imposto sobre a renda, exceto se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 53 ).
Assim, as despesas reembolsadas por clientes não integram a receita bruta quando o contribuinte for adepto do lucro real comprovar que não fez dedução desses valores como despesa e nos casos em que o contribuinte for adepto do lucro presumido.
b) O ICMS pode compor a base de cálculo do IRPJ no caso de empresas sujeitas ao regime de tributação pelo lucro presumido? Justifique. (vide REsp 1.760.429/RS, TRF 4 - Apelação Cível nº 5018422-58.2016.4.04.7200/SC anexo II)
Entendo que o ICMS não pode compor a base de cálculo do IRPJ pois, mais uma vez, o imposto sobre a renda da pessoa jurídica é sobre a renda, o acréscimo líquido no patrimônio da empresa. Uma vez que se compute o ICMS na base de cálculo, estará presumindo que este faz parte da receita da empresa, afrontando diretamente a Constituição Federal. Neste sentido, verifica-se, também, que é o entendimento do Supremo Tribunal Federal, em sede do RE 574706/PR
c) O art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.316/96 prevê a impossibilidade de dedução do valor correspondente a CSLL para efeito da determinação do lucro real, compondo, portanto, a base de cálculo do IRPJ. A inclusão desse valor coaduna com o conceito constitucional de renda? A exigência legal de adição da CSLL, registrada como custo ou despesa ao lucro líquido, se afigura como hipótese de ficção jurídica apta a alterar o critério quantitativo da regra-matriz de incidência do IRPJ? Esta disposição legal viola algum princípio constitucional consentâneo ao imposto incidente sobre a renda? (Vide art. 71 da IN/RFB n. 1.585 de 2015, Acórdão n. 1401.001.369 do CARF, anexo III).
Entendo que a inclusão do valor correspondente a CSLL para efeito da determinação do lucro real não coaduna com o conceito constitucional de renda, vez que este é o aumento líquido e disponível no patrimônio da pessoa jurídica e a CSLL é um apoio financeiro à seguridade social.
Uma vez que não se permite a dedução da CSLL e incorpora-se o valor dela à base de cálculo, verifica-se há a tentativa de integrá-la na renda, mas, como dito anteriormente, renda é a percepção de lucro.
No entanto, conforme se verifica a seguir, o entendimento jurisprudencial é de que a vedação contida no art. 1º da Lei nº 9.316/96 é constitucional:
TRF-2 – 00125776920084025001 0012577-69.2008.4.02.5001 (TRF-2)
Data de publicação: 30/05/2017
EMENTA
TRIBUTÁRIO – IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – ART. 1º LEI Nº 9.316/96 – CONSTITUCIONALIDADE. 1- A vedação à dedução do valor devido a título de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da própria contribuição, prevista no art. 1º da Lei nº 9.316/96 é constitucional e legal. 2- A CSLL é parcela do lucro do contribuinte, não se configurando como despesa operacional. Afastamento das teses de violação ao conceito de renda previsto na CRFB/88 (art. 153,III) e no CTN (arts. 43 e 44), à reserva de lei complementar e ao princípio da capacidade contributiva (arts. 146, III,a) e 145, §1º, ambos da CRFB/88). 3- Questão decidida pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de repercussão geral, e pelo Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do recurso especial representativo de controvérsia. 4- Apelação da contribuinte a que se nega provimento.
4. A legislação do imposto de renda prescreve que a compensação dos prejuízos fiscais apurados é limitadaà denominada trava de 30% (conforme artigo 250 do RIR). Por outro lado, regula ainda a forma com que o direito à compensação subsiste, especialmente em face de eventos de cisão, incorporação ou fusão de sociedades (conforme artigos 513 e 514 do RIR). Indaga-se: é cabível a denominada “incorporação reversa” ou “incorporação às avessas”, isto é, a operação em que figura como incorporadora a sociedade detentora de prejuízos fiscais, realizada justamente para que estes não se percam? Trata-se de planejamento tributário lícito, ou seria, esse caso, hipótese de fraude ou simulação? Estaria essa operação proibida pelo parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário Nacional? Explique. (Vide anexos IV, V, VI).
Entendo que é cabível a incorporação reversa para que a sociedade detentora de prejuízos fiscais não os perca, uma vez que não há lei que vede tal ato. 
Ainda, entendo que não se pode considerar como fraude ou simulação, vez que claramente é um negócio jurídico que tem como finalidade negocial o aproveitamento desse saldo. Portanto, entendo que essa operação não é proibida pelo parágrafo único do art. 116, do CTN, pois não pode ser considerada fraude ou simulação.
5. Empresa CTX que atua no ramo de importação e exportação, situada no Estado de Santa Catarina se utilizou do Programa Pró-Emprego e Regime Especial (do art. 148-A do Regulamento do ICMS/SC). De acordo com esse regime os valores das importações ficam com tributação efetiva de 3,45% no caso do programa Pró-Emprego e de 0,92% no caso do Regime Especial. Em fiscalização realizada a autoridade autuante afirma que os benefícios configuram subvenção corrente para custeio ou operação, circunstância em que incide o IRPJ. (arts. 392, 519 e 521 do RIR/99 e art. 36 da IN SRF nº 93/97.) Contudo o contribuinte considerou em sua escritura como subvenção de investimento, portanto, fora do âmbito de incidência do IRPJ. Em razão disso foi lavrado Auto de Infração com cobrança de IRPJ. Nesse contexto questiona-se (Vide anexo VII):
No que consistem as subvenções para investimento e para custeio? 
Segundo José Souto Maior Borges, tem-se o que o conceito de subvenção é:
"O conceito de subvenção está sempre associado à idéia de auxílio, ajuda - como indica a sua origem etimológica (subventio) - expressa normalmente em termos pecuniários. Entretanto, se bem que a subvenção, em Direito Civil, constitua uma forma de doação, caracterizando- se, portanto, pelo seu caráter não compensatório, no Direito Público, particularmente no Direito Financeiro, embora também se revista de caráter não remuneratório e não compensatório, deve submeter-se ao regime jurídico público relevante. A subvenção pressupõe sempre o concurso de dinheiro ou outros bens estatais. É categoria de Direito Financeiro e não de Direito Tributário." (in Subvenção Financeira, Isenção e Deduções Tributárias, Revista de Direito Público, V. 41 e 42. p. 43.)
Desta forma, verifica-se que a subvenção é um incentivo dos entes públicos a determinadas atividades que estes querem fomentar.
Subvenções para investimento são transferências de recursos para uma pessoa jurídica, com intuito de implantar ou expandir empreendimentos econômicos.
Subvenções para custeio são transferências de recursos para uma pessoa jurídica com intuito de auxiliá-la no custeio de suas despesas.
Os créditos presumidos de ICMS, outorgados pelos Estados a seus contribuintes, podem ser considerados subvenções?
Entendo que os créditos presumidos de ICMS podem ser considerados subvenções, uma vez que os recursos que seriam utilizados para o pagamento daquele imposto, se não tivesse o crédito, ficarão na empresa para que ela possa utilizar de maneira a custear outras despesas ou investir, ou seja, atinge a mesma finalidade da subvenção.
É possível identificar o intuito subvencionador do Estado de Santa Catarina se para custeio ou investimento (Decreto 105 de 14 de março de 2007 e na Lei 13.992 de 15 de fevereiro de 2007 - Regime Especial Pró Emprego - e do Artigo 148 A do Anexo II do RICMS).
Entendo que é possível identificar o intuito subvencionador do Estado de Santa Catarina, qual seja, o de investimento, uma vez que o objetivo do referido decreto e da referida lei é impulsionar a empregabilidade naqueles setores, portanto, faz-se um investimento para o impulsionamento daquele setor.
d) A prática do Estado de Santa Catarina pode ser compreendida como doação? Em caso positivo quais o efeito para o IRPJ do contribuinte? 
Entendo que a prática do Estado de Santa Catarina não pode ser compreendida como doação, porque o intuito é o fomento daquela atividade e geração de emprego.
Caso fosse considerada doação, os valores tidos como doação teriam que ser computados quando do cômputo do lucro real, sendo vedados suas deduções, conforme arts. 260, VI, e 277 do decreto 9.850/18.

Continue navegando