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Aula Única: Ética e Sigilo Profissional

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Livro Eletrônico
Aula Única
Ética e Sigilo Profissional p/ Prefeitura de São José do Rio Preto
(Agente Adm) Em PDF-Pós-Edital
Rodrigo Rennó
43729921819 - AMANDA XAVIER DA SILVA
 
 
 
 
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Aula única: Ética. 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico: 
 Ética e Sigilo Profissional. 
Espero que gostem da aula! 
 
 
 
 
 
 
 
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Cadastre-se na nossa lista exclusiva, no link a seguir: 
 
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Rodrigo Rennó
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Ética e Sigilo Profissional p/ Prefeitura de São José do Rio Preto (Agente Adm) Em PDF-Pós-Edital
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Sumário 
Ética ....................................................................................................................................... 3 
Conceitos Éticos - Teorias .............................................................................................................. 4 
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade ............................................................................ 5 
Código de Ética do Servidor Público Federal .................................................................................. 7 
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013 .................................................................................. 21 
Resumo ................................................................................................................................ 25 
Questões Comentadas ........................................................................................................ 33 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula............................................................................... 56 
Gabarito .............................................................................................................................. 68 
Bibliografia .......................................................................................................................... 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rodrigo Rennó
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Ética e Sigilo Profissional p/ Prefeitura de São José do Rio Preto (Agente Adm) Em PDF-Pós-Edital
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ÉTICA 
 
A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, sobre os 
costumes ou sobre as ações humanas1. De certa forma, a ética vem de “dentro” do ser humano. 
Assim sendo, relaciona-se com os valores que cada pessoa tem. 
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em sentido restrito), é relativa aos 
costumes e às normas de comportamento considerados consensuais na sociedade no momento. 
O termo “moral” é derivado do latim (moris). Já a palavra “ética” é derivada do grego “ethos”. 
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os comportamentos considerados 
aceitáveis em uma determinada sociedade e em determinado tempo. Entretanto, em sentido mais 
restrito, os dois conceitos são distintos. 
A moral se relaciona, em sentido restrito, com os costumes aceitos em cada sociedade ou grupo 
humano. Como os costumes mudam, a moral também se altera com o tempo. 
Por outro lado, a ética refere-se aos conhecimentos advindos da análise do comportamento 
humano e dos valores morais, enquanto a moral tem por base as regras, a cultura e os costumes 
seguidos ordinariamente pelo homem, variando com o tempo. Logo, a ética depende do contexto 
da ação. 
Assim, o que era considerado imoral no Brasil dos anos 50 (por exemplo: o beijo mais “caliente” na 
televisão) atualmente é considerado aceitável. A mesma dinâmica ocorre quando falamos de 
sociedades diferentes. 
Algo pode ser considerado perfeitamente aceitável em uma sociedade e imoral em outros lugares 
(muitos países proíbem a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo). 
Já a ética, em sentido estrito, é considerada como o “estudo da moral”. Seria, portanto, o estudo 
das razões que levaram certos comportamentos a serem aceitos e quais poderiam ser os 
comportamentos universalmente aceitáveis. 
As questões éticas nos envolvem a todo o momento. Quais são os comportamentos aceitáveis em 
nossa sociedade? Como devemos nos portar em relação ao próximo ou em nosso trabalho? Todas 
estas dúvidas estão ligadas ao conceito de ética. 
Se a ética e a moral (em sentido amplo) estão ligados aos costumes e valores de uma sociedade, não 
deixam de se transformar quando estes costumes e valores mudam. Assim, a ética (ou a moral) não 
é uma só, algo universal. É derivada dos valores e costumes de cada sociedade e evolui com o passar 
do tempo. 
 
1 (Valls, 2008) 
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Por fim, de acordo com Sanchez2, “a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens 
em sociedade". Logo, segundo o autor, confirma-se a relação da moral com a ética. 
 
 
CONCEITOS ÉTICOS - TEORIAS 
 
Pessoal, existem algumas teorias3 sobre o conceito ético que valem a pena citarmos aqui, tendo em 
vista que já foram vistas em algumas provas. Apesar de não serem comuns, nada impede que elas 
apareçam, certo? 
1) Fundamentalismo: tem-se que os preceitos éticos são externos, como se fossem regras a 
serem cumpridas. Não há espaço para que o indivíduo, por si só, distinga o certo ou errado. A 
Bíblia e o Alcorão são exemplos, uma vez que as regras lá impostas são cumpridas 
por seus seguidores sem questionar. 
2) Utilitarismo: o conceito ético deve ser elaborado com base no critério do maior bem para 
a sociedade como um todo. Assim, a conduta do indivíduo sempre será aquela que gerar um maior 
bem para a sociedade. Podemos tomar como exemplo a Guerra do Iraque, em que o Presidente dos 
Estados Unidos, George Bush, poderá afirmar que as suas condutas estão dentro dos melhores 
padrões éticos, pois a presença de Saddam Hussein causa um mal para a sociedade. 
3) Dever Ético (Emanuel Kant – 1724-1804): o conceito ético deve ser extraído do fato de que 
cada um deve se comportar de acordo com os princípios universais, e deve ser alcançado pela 
aplicação de duas regras: 
a) Qualquer conduta aceita como padrão ético deve valer para todos os que 
se encontrem na mesma situação, sem exceções. 
b) Só se deve exigir dos outros o que exigimos de nós mesmos. 
4) Contratualista (John Locke – 1632-1704 e Jean Jacques Rousseau – 1712-1778: o ser 
humano assume com os seus pares a obrigação de se comportar de acordo com regras morais 
estabelecidas para o convívio social. Assim, os conceitos éticos são oriundos das regras morais 
necessárias à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social. Essa Teoria não 
levou em consideração para a mudança de regras morais aplicadas a diferentes grupos sociais. 
5) Relativismo: Cada pessoa, com base nas suas próprias convicções e na sua própria 
concepção sobre o bem e o mal, decide sobre o que é ético ou não. Assim, o conceito ético pode 
variar de um indivíduo para o outro. 
 
 
2 (Vázquez, 2002) 
3 http://eticaparatodosnos.blogspot.com.br/p/as-teorias-que-explicam-os-conceitos.html 
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ÉTICA DA CONVICÇÃO E ÉTICA DA RESPONSABILIDADE 
 
Vamos ver agora a diferença entre estes dois tipos de ética: a ética da responsabilidade e a ética da 
convicção (ou do valor absoluto). Quem criou estes dois conceitos foi Weber. Para ele, a ética da 
convicção adotaria os valores como absolutos. 
Desse modo, se temos a vida humana como um valor absoluto, não poderíamos atentar contra a 
vida em nenhuma situação. O aborto de fetos anencéfalos (que nascem sem cérebro), por exemplo, 
seria um assassinato para quem se baseia neste tipo de ética. 
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores inegociáveis, que deveriam ser 
cegamente observados por todos os indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na 
religião e na política (entendida como a defesa de ideologias). 
De acordo com Weber4, 
"A ética absoluta simplesmente não pergunta quais as consequências. Esse ponto é decisivo" 
Ou seja, neste tipo de ética não podemos “negociar” nossos valores. Não importa que o resultado 
de nossas convicções nos resulte em um cenário catastrófico – teremos de segui-las! 
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de hierarquia. Nada seria absoluto. O 
valor da vida, como qualquer outro, teria de ser colocado em análise quanto aos outros valores 
envolvidos no caso em questão (por exemplo, a vida da mãe). 
Tivemos esta discussão há pouco na nossa sociedade, não é verdade? De um lado estavam as 
pessoas que acreditam que o aborto nestes casos não seria aceitável e de outro lado pessoas que 
pensavam que o melhor seria preservar a mãe nos casos em que a vida da criança seria impossível. 
Assim, a ética da responsabilidade estaria preocupada com os resultados derivados das nossas 
escolhas. Muitas vezes, temos escolhas que são difíceis e teríamos de escolher visando o melhor 
resultado final, mesmo que tenhamos de tomar decisões que não nos agradam. 
A ética da responsabilidade nos levaria a tentar fazer o “melhor possível”, buscar o resultado de 
acordo com as contingências do momento. Este seria o tipo de ética prevalente nas atividades 
parlamentares e no ato de governar. 
O político poderia ter uma convicção muito grande da importância da defesa do meio ambiente, por 
exemplo. O problema é que não deteria o poder de, sozinho, definir a política pública para a defesa 
dos seus interesses. 
Como depende do apoio de outros parlamentares, este político depende de negociações e deverá 
fazer concessões para que tenha pelo menos parte do que deseja. Essas concessões são normais no 
Congresso Nacional. Esse tipo de negociação seria baseado então na ética da responsabilidade. 
 
4 (Weber, 1967) 
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Muitos autores criticam a ética da responsabilidade, que consideram como a ética do “oportunismo” 
ou da conveniência. Mas Weber era muito crítico da ética da convicção. Para ele, este tipo de ética 
teria causado diversas guerras e decisões catastróficas, pois não há preocupação com os resultados 
finais, apenas em manter vivos os valores. 
De acordo com Weber5, 
“Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta eticamente apropriada pode ser guiada por uma de duas máximas 
fundamentalmente e irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode ser orientada para uma "ética das últimas 
finalidades", ou para uma "ética da responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética das últimas finalidades seja idêntica 
à irresponsabilidade, ou que a ética de responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem princípios. Naturalmente, 
ninguém afirma isso. Há, porém, um contraste abismal entre a conduta que segue a máxima de uma ética dos objetivos 
finais – isto é, em termos religiosos, “o cristão faz o bem e deixa os resultados ao Senhor” – e a conduta que segue a 
máxima de uma responsabilidade ética, quando então se tem de prestar contas dos resultados previsíveis dos atos 
cometidos. ” 
Vamos voltar então para o caso dos políticos. De acordo com o autor, a ética da convicção 
seria seguida pelo político em sua campanha política – quando defende seus valores arduamente. 
Enquanto que, na sua atuação governamental, ele teria de atender a diversos interesses, 
entrar em acordo com pessoas que não pensam como ele, etc. Assim sendo, acabaria seguindo a 
ética das responsabilidades. 
Já a burocracia (os agentes públicos) teria “em teoria” de seguir a ética da responsabilidade. 
Isto decorre do fato de que a burocracia é baseada no caráter racional-legal. Ou seja, deveria utilizar 
seus recursos buscando os fins desejados. 
Na prática, no entanto, o que vemos é que a burocracia – os agentes públicos – se apegam 
demasiadamente as normas legais, aos regulamentos, sem preocupação com os resultados deste 
comportamento. 
 
(ESAF – TCU - AFC) A racionalização burocrática consolidou, entre os funcionários do Estado, a 
ética da convicção, traduzida pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo; 
já entre os políticos prevalecia a ética das responsabilidades, mais afeita às negociações e 
soluções de compromisso entre demandas conflitantes. Isso dificultava as relações entre 
Executivo e Legislativo, gerando conflitos institucionais e paralisia decisória. 
Comentários: 
A primeira parte da frase está correta. O predomínio de uma “visão tecnicista do processo 
legislativo”, ou seja, a interpretação técnica das leis existentes leva a uma “obediência cega” 
aos regulamentos. Este ponto está mesmo ligado a uma ética da convicção. 
A segunda parte da questão também está correta. As negociações políticas no ambiente do 
parlamento realmente estão inseridas dentro da ética da responsabilidade. 
Entretanto, a frase final está incorreta. Como a burocracia segue “fielmente” a legislação, não 
ocorrem estes conflitos entre os políticos e os agentes públicos. 
 
5 (Weber, 1967) 
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Gabarito: errada 
CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL 
 
Continuando, a maioria das questões de concurso sobre este tema se baseia no Decreto 1.171 de 
19946. Desta forma, irei comentar o Código de Ética do Servidor Público Federal e algumas questões 
ligadas a ele, além do Decreto 6.029/20077. Abaixo, deixo o link para quem quiser baixar a “lei seca”. 
Infelizmente, as questões ligadas a este tema são quase todas “decorebas”, como irão ver abaixo. 
Assim sendo, recomendo uma leitura do decreto um pouco antes da prova, para que estes assuntos 
estejam na “memória quente” de vocês. 
Seção I 
Das Regras Deontológicas 
 
As regras Deontológicas relacionam-se com as regras e os princípios de um grupo profissional. Dessa 
forma, todo grupo de uma classe de trabalhadores é regrado por um Código de Ética. 
Os profissionais, que possuem suas regras deontológicas, submetem-se aos deveres e princípios 
estabelecidos na sociedade sobre uma determinada profissão. 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados 
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, 
já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e 
atitudes serãodirecionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.” 
 
Vejam que, para o código de ética, não basta que o servidor se comporte de modo ético apenas 
dentro do setor público onde trabalha. É necessário se manter ético também em sua vida privada, 
pois este representa o serviço público perante a sociedade. 
Ao dispor que um dos primados é a eficácia, o Código não está querendo impor fazer apenas o que 
deve ser feito, mas, sim, que o servidor não poderá praticar atos que sejam considerados errados. 
Por fim, não há hierarquia entre os primados citados. Isto é, a consciência dos princípios morais não 
se sobressai à eficácia, por exemplo, e vice-versa. 
 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá 
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o 
 
6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 
7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 
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oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras 
contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
 
Esta parte mostra que o servidor público sempre deve estar atento aos desvios éticos, mesmo que 
venham “revestidos” de legalidade. Ele deve observar que suas ações são comprometidas pelas 
decisões a que venha seguir, decisões estas que resultem no comprometimento de suas atitudes. 
 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo 
ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
 
Desta forma, não basta ser legal. Deve ser legal e moral ao mesmo tempo. No entanto, o interesse 
público e o bem comum são a finalidade de qualquer ato administrativo. 
Por fim, procura-se alcançar o equilíbrio entre a legalidade e a finalidade com o intuito de gerar a 
consolidação da moralidade do ato administrativo praticado. 
 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente 
por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade 
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua 
finalidade, erigindo-se, como consequência em fator de legalidade. 
 
A moralidade deve ser associada integralmente à legalidade pelo servidor público na prática de um 
ato administrativo. 
 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como 
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
 
O que o código tenta mostrar nesse inciso é que o servidor público dever prestar um bom trabalho, 
uma vez que ele também será beneficiado pela qualidade do atendimento da Administração Público, 
no papel de cidadão. 
 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida 
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em 
sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
 
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Vejam novamente esta noção de que, para o servidor público, a conduta privada integra a vida 
funcional. 
Assim, o servidor deve se manter ético em todas as instâncias de sua vida, de modo honesto e 
íntegro, inclusive quando estiver fora do horário de trabalho ou até de férias. 
 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado 
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos 
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e 
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a 
quem a negar. 
 
Vejam que, fora os casos em que a publicidade deve ser resguardada legalmente, este é um requisito 
de eficácia e moralidade de um ato administrativo. Ou seja, nota-se que se permite que a 
publicidade seja afastada em casos resguardados pela lei, como nas hipóteses legais de sigilo. 
 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que 
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum 
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da 
mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
 
Neste caso, o servidor deverá preservar a verdade como forma de evitar qualquer tipo de conduta 
opressora ou mentirosa, que levaria a corromper a dignidade de uma pessoa ou até mesmo de um 
país. 
Dessa forma, nota-se que é permitido que a publicidade seja afastada em casos resguardados pela 
lei. Contudo, não é permitido omitir a verdade, ok? 
 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o 
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente 
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa 
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que 
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
 
Um dos deveres de um servidor público é o de atender com presteza, prestando as informações 
requeridas, exceto, claro, aquelas protegidas por sigilo, zelando pela economia de material e 
conservando o patrimônio público. 
Da mesma forma, a deterioração de bem público por descuido ou má vontade constitui ofensa ao 
equipamento e instalações, assim como ao Estado e a todos que se dedicaram para sua construção. 
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Constitui-se, portanto, falta de ética, pois cabe, ao servidor público, zelar tanto pela economia do 
material, quanto pela conservação do patrimônio público. 
 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
 
Como vimos, os servidores devem tratar a todos de maneira cortês. Deste modo, não só o descuido 
com a coisa pública, como os atrasos injustificados são considerados falta de ética. Desta forma, fica 
proibido o servidor de se ausentar no serviço, sem que o chefe imediato autorize. 
 
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o 
descaso eo acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo 
imprudência no desempenho da função pública. 
 
Um dos deveres de um servidor público é o de cumprir as ordens de seus superiores, a não ser que 
se mostrem totalmente ilegais. 
 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do 
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
 
Qualquer servidor público tem como alguns de seus deveres: a assiduidade e a pontualidade. 
 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas 
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a 
grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. 
 
Estes últimos três incisos tratam do comportamento do servidor perante seus chefes e colegas de 
trabalho. Assim sendo, deve existir respeito e atenção às ordens dos superiores. Além disso, o 
servidor não deve se ausentar do serviço sem justificativa, pois isto também é considerado uma 
atitude antiética. 
 
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
 
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 XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
 a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja 
titular; 
 b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer 
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o 
fim de evitar dano moral ao usuário; 
 
O significado da palavra procrastinar nada mais é do que protelar ou demorar. Logo, o ato de 
procrastinar deve ser evitado e o servidor terá que agir de modo célere, agilizando o atendimento 
ao usuário de serviço público. 
 
 c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo 
sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
 
Prestem bastante atenção nesta última frase. Entre duas opções, deve ser escolhida aquela mais 
vantajosa para o bem comum. Portanto, se cair na prova que deverá ser escolhido o melhor para o 
Estado ou a para a Administração Pública ou até mesmo para o órgão em que você trabalha, a 
questão estará errada, ok? 
 
 
 d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos 
e serviços da coletividade a seu cargo; 
O andamento da gestão de bens, serviços ou direitos de uma coletividade que esteja a cargo de um 
servidor não pode encontrar resistência que não seja justificada. O retardo no processo ou na 
execução de serviço deve ser evitado. 
 
 e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e 
contato com o público; 
 
Busca-se que qualquer usuário de serviço público entenda o que as regras da Administração. Para 
isso, a linguagem, os símbolos utilizados, devem ser de fácil compreensão por qualquer um. 
 
 f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na 
adequada prestação dos serviços públicos; 
 
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Os valores morais e ideais do comportamento do homem devem ser observados durante o trabalho 
de um servidor para que ele se paute durante o exercício de sua função. 
 
 g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as 
limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito 
ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, 
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
 h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
 
Vejam que, apesar de ter de respeitar a hierarquia, o servidor pode e deve representar contra seus 
superiores quando estes faltarem com a ética. O próximo inciso confirma isso, senão vejamos. 
 
 i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e 
outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de 
ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
 
O servidor deve cumprir as ordens de seu superior hierárquico, a não ser que estejam agindo dentro 
da ilegalidade. Se isso ocorrer, fica o servidor obrigado a representá-lo contra ilegalidade e abuso 
de poder, resistindo a qualquer pressão que venha sofrer, de qualquer um, em decorrência de ações 
aéticas. 
 
 j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva; 
 
Desta forma, mesmo que em greve, o servidor deve manter os serviços básicos de saúde e segurança 
pública funcionando adequadamente. 
 
 l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho 
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; 
 
 m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao 
interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
 
Cabe ao servidor público, informar, à autoridade superior, qualquer irregularidade que vier a tomar 
conhecimento em virtude do cargo em que ocupa. Além da denúncia, ele deverá exigir que alguma 
providência seja tomada para sanar a irregularidade. 
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 n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados 
à sua organização e distribuição; 
 
O servidor público tem o dever de conservar o patrimônio público e de zelar pela economia do 
material utilizado durante o expediente. 
 
 o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas 
funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
 
O servidor público deve manter-se atualizado. Para isso, cabe a ele realizar cursos, participar de 
palestras, ler a legislação atualizada, para se aperfeiçoar e, assim, realizar sua função com maior 
eficiência. 
 
 p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; 
 
Até a melhoria dos processos de trabalho está relacionada com o comportamento ético que um 
servidor deve apresentar. O mesmo ocorre em relação ao vestuário. 
 
 q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao 
órgão onde exerce suas funções; 
 
Aqui cabe o mesmo comentário da alínea “o”. Atualizar-se sempre, seja por meio de cursos, seja por 
meio de leituras sobre legislação vigente. 
 
 r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu 
cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre 
em boa ordem. 
 
 s) facilitar a fiscalização de todos atos ouserviços por quem de direito; 
 
As atividades de um servidor podem sofrer fiscalização de outro órgão desvinculado ao que ele atue. 
Para tanto, o servidor não pode obstruir o trabalho do colega, devendo facilitar a fiscalização, 
entregando papelada e documentações solicitadas, permitindo acesso a salas e arquivos necessários 
para o exercício da função. 
 
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 t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, 
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e 
dos jurisdicionados administrativos; 
 
 u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade 
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo 
qualquer violação expressa à lei; 
 
O servidor, obviamente, não pode se utilizar dos poderes e benesses do cargo para benefício próprio. 
 
 v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de 
Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
 
(CESPE - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Por meio do exercício dos princípios e valores 
morais no trabalho, como ser probo, reto, leal e justo, entre outros, o servidor, além de 
desenvolver suas capacidades, habilidades e competências, projeta também seus valores 
éticos. 
Comentários: 
Vejam que as questões da banca são tiradas do Código de Ética. Com a leitura do Decreto, 
confirmamos tudo o que foi dito no enunciado. 
Dessa forma, o servidor deverá desempenhar suas atribuições a tempo, com rapidez, perfeição 
e rendimento, sendo probo, reto, leal e justo, decidindo sempre pela melhor e mais vantajosa 
opção para o bem comum. 
Gabarito: correta 
 
Vamos continuar com os comentários ao Código de Ética: 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter 
qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
 
O uso do cargo ou função, quando utilizados para obter vantagens para si ou para terceiros, pode 
ser enquadrado no crime de Corrupção Passiva. 
 
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b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam; 
 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este 
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
 
Estes primeiros incisos são bastante óbvios e por isso mesmo, não costumam ser muito cobrados. 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer 
pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento 
para atendimento do seu mister; 
 
O inciso D se refere a atrasos injustificados. Além disso, se o servidor pode atender ao cidadão hoje, 
não deve deixar para amanhã. Já a letra “e” se mostra interessante. De acordo com ela, o servidor 
não pode deixar de utilizar os avanços científicos ao seu alcance no atendimento do seu dever. 
 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de 
ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com 
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
 
Assim sendo, o servidor deve ser imparcial com todas as pessoas com quem se relacionar dentro do 
trabalho (eu sei, é mais fácil falar do que fazer!). 
 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou 
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o 
mesmo fim; 
 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
 
O ato de modificar ou adulterar dados de um documento também é crime previsto penalmente. 
Então muito cuidado, pois, mesmo que não o faça diretamente, só o fato de permitir o acesso para 
que outro o faça, já é considerado crime. 
 
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i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços 
públicos; 
 
Estes três últimos itens lidam com desvios penais. Fica tranquilo em entender ser proibição imputada 
a servidor, não é mesmo? 
 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro 
ou bem pertencente ao patrimônio público; 
 
Se o servidor retirar qualquer objeto ou documento ou bem móvel de uma repartição pública, sem 
autorização, estará incorrendo no crime de Peculato. 
 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em 
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
 
Se o servidor utilizar informações sigilosas ou privilegiadas que obteve no serviço, ou em função do 
cargo que ocupe, incorrerá no crime de Violação de sigilo funcional. Pessoal, vira e mexe, vemos 
denúncias de crimes como este na televisão, não é verdade? 
 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a 
dignidade da pessoa humana; 
 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho 
duvidoso. 
 
Vejam novamente que mesmo os atos ocorridos quando o servidor estiver fora do seu trabalho não 
são permitidos e serão considerados infrações éticas. 
 
CAPÍTULO II 
Das Comissões de Ética 
 
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XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder 
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre 
aética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, 
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
 
Assim sendo, todos os órgãos e entidades da Administração Federal e até entidades que exerçam 
atribuições delegadas pelo poder público devem ter uma comissão de ética. 
 
XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos suplentes, poderá 
instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a 
princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou 
representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a 
falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o exercíciodo 
cargo ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados 
administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas 
regularmente constituídas. 
 
Portanto, a comissão pode instaurar de ofício um processo para averiguar infrações éticas. Qualquer 
cidadão, desde que seja identificado, pode representar para a comissão. 
 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro 
de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e 
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor 
público. 
 
A promoção de um servidor poderá estar pautada no relato de conduta dele fornecido pela 
Comissão de Ética a quem for responsável pelos procedimentos de instrução do ato de promoção. 
 
XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de fato ou ato 
que, em princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito 
sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de 
conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de Estado. 
 
Desta forma, o resultado dos processos poderá ser utilizado para instruir processos de promoções, 
entre outros. Os procedimentos da comissão terão o rito sumário, ou seja, acelerado. 
 
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XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá a Comissão de 
Ética encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo 
Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, 
por exercício profissional, o servidor público esteja inscrito, para as providências disciplinares 
cabíveis. O retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará comprometimento ético da 
própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética do órgão hierarquicamente superior o seu 
conhecimento e providências. 
 
Se o caso for grave ou reincidente, a comissão poderá inclusive encaminhar o caso à entidade de 
classe que o servidor seja inscrito (Por exemplo: o CRO no caso dos servidores que sejam dentistas). 
 
XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua 
apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos 
interessados, divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de Ética, 
criadas com o fito de formação da consciência ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia 
completa de todo o expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração Federal da 
Presidência da República. 
 
As decisões serão publicadas no órgão e enviadas às demais comissões de ética, com o objetivo de 
aumentar a consciência ética. 
 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência 
do faltoso. 
 
Este é um dos itens mais cobrados em provas de concurso. A pena cabível nestes casos é apenas a 
de censura! Não ocorrem suspensões, exonerações ou demissões. Esta é uma pegadinha recorrente 
em concursos. 
Lembrem-se de que não é a finalidade, de qualquer Comissão de Ética, aplicar sanções disciplinares. 
O objetivo dela é justamente o de evitar que um servidor incorra em uma infração e venha a sofrer 
alguma penalidade, induzindo a ética nas atitudes do agente. 
 
XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do 
servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, 
cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras 
profissões; 
 
 
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XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo 
aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza 
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado 
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em 
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
 
A noção de servidor público é lato senso, ou seja, qualquer pessoa que, mesmo eventualmente e 
sem receber por isso, esteja exercendo uma função pública. 
 
XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver de tomar posse 
ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, 
um compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de 
Ética e de todos os princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. 
 
Apenas um alerta. O Decreto 6.029, de 2007, que instituiu o Sistema de Gestão de Ética do Poder 
Executivo Federal, revogou os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV, mas o mantive, pois ninguém 
sabe o que se passa na cabeça de um examinador, ok? Falaremos sobre esse Decreto um pouco mais 
a frente. 
 
(CESPE - MPE-PI – TÉCNICO MINISTERIAL) Em cada órgão e entidade da administração pública 
federal direta, indireta autárquica e fundacional, deverá ser criada uma comissão de ética, 
encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com 
as pessoas e com o patrimônio público. 
Comentários: 
O artigo 2º do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
dispõe praticamente o que foi descrito no enunciado da questão, senão vejamos: 
 
“Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta 
implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de 
Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente”. 
 
Mais à frente, no item XVI do anexo do Código, quando trata sobre as Comissões, o legislador 
dispôs que: 
 
“XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas 
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pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e 
aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o 
patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de 
procedimento susceptível de censura”. 
Gabarito: correta 
 
 
Decreto 6.029/07 
 
Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de 
promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, 
competindo-lhe: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; 
II - contribuir para a implementaçãode políticas públicas tendo a transparência e o acesso à 
informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, 
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao 
desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: 
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999; 
 
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e 
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
 
Assim sendo, este decreto criou um efetivo sistema “hierárquico”, no qual congrega todas as 
Comissões de Ética dos órgãos públicos do Executivo Federal, sob coordenação, avaliação e 
supervisão da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República. 
Decreto de 26 de maio de 1999
Art 1º Fica criada a Comissão de Ética Pública, vinculada ao 
Presidente da República, competindo-lhe proceder à revisão das 
normas que dispõem sobre conduta ética na Administração 
Pública Federal, elaborar e propor a instituição do Código de 
Conduta das Autoridades, no âmbito do Poder Executivo 
Federal.
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Esta CEP será composta de sete membros, todos brasileiros, com idoneidade moral, reputação 
ilibada e notória experiência em administração pública. 
Os membros serão designados pelo Presidente da República, tendo mandatos de três anos, que não 
poderão ser coincidentes (será permitida apenas uma recondução ao cargo). 
Apesar disso, a participação dos membros não gera nenhuma remuneração! Os trabalhos 
eventualmente prestados serão considerados como de relevante prestação de serviço público. 
O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais deliberações da comissão. A CEP conta com 
uma Secretaria Executiva vinculada à Casa Civil da Presidência da República, que deverá prestar 
apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. 
 
CONFLITO DE INTERESSES. LEI Nº 12.813/2013 
 
Atualmente, a Lei n° 12.813 dispõe sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego 
do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego. 
Lembram quando falamos sobre conflito de interesses e informações privilegiadas? Pois bem, o 
primeiro artigo da Lei refere-se a essas situações. 
Conforme o artigo primeiro, as situações de conflito de interesses, envolvendo ocupantes de cargo 
ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal, além dos requisitos e restrições a ocupantes de 
cargo ou emprego que tenham acesso a informações privilegiadas serão reguladas por esta Lei. 
Mas aí vem a pergunta: “quem se submeteria a esses comandos legais? Conforme o artigo segundo, 
seriam: 
 
Figura 1. Agentes submetidos à Lei de Conflito de Interesses 
 
Os ministros de Estado
Os ocupantes de cargos de natureza especial
Os presidentes de entidades da Administração Indireta, assim como 
seus vices e diretores
Aqueles que ocuparem cargos de Grupo-Direção e Assessoramento 
Superior (DAS), nos níveis 6 ou 5 ou equivalentes
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Pessoal, não devemos nos esquecer dos agentes públicos cujo exercício proporcione acesso a 
informação privilegiada capaz de trazer vantagem econômica ou financeira para si ou para outrem, 
ok? Isso está disposto no parágrafo único do artigo segundo da Lei em estudo. 
No entanto, todos, exceto esses últimos (agentes públicos cujo exercício proporcione acesso a 
informação privilegiada) deverão divulgar, diariamente, suas agendas de compromissos públicos na 
rede mundial de computadores (internet). 
O conflito de interesses deve ser prevenido ou impedido, sempre que possível, pelo ocupante de 
cargo ou emprego no Poder Executivo Federal. 
Percebam que, em caso de dúvidas sobre como agir, caberá uma consulta à Comissão de Ética 
Pública ou à Controladoria Geral da União, que são competentes pela fiscalização e avaliação do 
conflito de interesses, ok? Nessa situação, essa regra alcança qualquer agente público do Poder 
Executivo Federal e não só os listados anteriormente. 
Esses órgãos estabelecem normas, procedimentos e mecanismos com a finalidade de prevenir ou 
impedir conflito de interesses. Logo, fica evidente a necessidade de determinar medidas para a 
prevenção ou eliminação do conflito. 
Outra função desses órgãos é a de permitir que o ocupante de cargo ou emprego no âmbito do 
Poder Executivo Federal exerça atividade privada, quando verificado que não existe de conflito de 
interesses. 
Além disso, devem ser comunicadas as alterações relevantes no patrimônio dos ocupantes de cargos 
ou empregos a aqueles órgãos, em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão. 
Serão dispostos, agora, algumas situações que são consideradas conflito de interesses no exercício 
de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal. Aqui, a regra também alcança qualquer 
agente público do Poder Executivo Federal, ok? 
Imagine que um agente divulgue para a imprensa, por exemplo, uma informação privilegiada que 
obteve por exercer certa função, por um motivo qualquer. Ou que outro agente preste serviços a 
uma empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente 
público está vinculado. É bastante claro que eles estarão incorrendo no que se denomina de conflito 
de interesses. Não há como pensar diferente nesse caso, não é verdade? 
Outra forma de um agente “cair” em conflito de interesses seria se ele estivesse exercendo papel de 
procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da 
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes. Neste caso, mesmo que ele atue 
informalmente, indicando pessoas ou orientado no processo, configurará conflito de interesses. 
No mesmo contexto do exemplo do parágrafo anterior, podemos citar o caso em que o agente atue 
beneficiando uma pessoa jurídica, cujo cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, participe. 
Também é motivo para gerar conflito de interesses, o fato de o agente público receber presente de 
alguém que seja parte interessada naquilo no qual ele for decidir, assim como se ele vier a prestar 
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serviços à empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente 
público esteja vinculado. 
Pessoal, vimos várias situações de conflito de interesses quando o agente estiver em pleno exercício 
do cargo ou emprego público. Veremos, agora, como configurará o conflito de interesses após o 
citado exercício. 
Aqui, cabe saber o tempo em que o agente deixou o cargo ou emprego público. Se, em até 6 (seis) 
meses da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou aposentadoria, o agente fizer algumas das 
situações que serão listadas abaixo, será configurado conflitode interesses. Depois desse tempo 
(após 6 (seis) meses), só será considerado conflito, caso divulgue ou faça uso de informação 
privilegiada que obteve quando exercia as atividades, ok? 
Conforme inciso II do artigo 6° da Lei 12.813/2013, a Comissão de Ética ou a Controladoria-Geral da 
União considerará situação de conflito de interesses: 
“Art. 6° Configura conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego no âmbito do 
Poder Executivo federal: 
I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão das 
atividades exercidas; e 
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissão 
ou aposentadoria, salvo quando expressamente autorizado, conforme o caso, pela Comissão de 
Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da União: 
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com 
quem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego; 
b) aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo profissional com 
pessoa física ou jurídica que desempenhe atividade relacionada à área de competência do 
cargo ou emprego ocupado; 
c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder Executivo federal contratos de serviço, consultoria, 
assessoramento ou atividades similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao órgão ou 
entidade em que tenha ocupado o cargo ou emprego; ou 
d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante órgão ou 
entidade em que haja ocupado cargo ou emprego ou com o qual tenha estabelecido 
relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. 
Nas situações relatadas de conflito de interesses, tanto durante, quanto após o exercício do cargo, 
o agente público que vier a cometê-las, incorrerá em improbidade administrativa contra os 
princípios da Administração Pública, conforme artigo 11 da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992. 
Essa Lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no 
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou 
fundacional, conforme podemos observar abaixo: 
“Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração 
Pública. 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
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I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de 
competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer 
em segredo; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação 
oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou 
serviço”. 
Continuando, temos que, o agente público que se encontrar em situação de conflito de interesses, 
além de incorrer em improbidade administrativa, sob pena de sofrer sanções cabíveis, dispostas em 
outros instrumentos, como a Lei 8.112, de 1990, se sujeitará à penalidade de demissão. 
Os agentes públicos que se submetem ao regime desta Lei, isto é, mesmo que estejam em período 
de afastamento ou em gozo de licença, serão obrigados a enviar uma declaração sobre a sua situação 
patrimonial, assim como de seu cônjuge, companheiro ou parente, por consanguinidade ou 
afinidade, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, todo o ano. 
Eles também ficam obrigados a comunicar qualquer atividade na iniciativa privada que venham a 
exercer ou, então, contrato ou negócio a ser firmado, pelo período de até 6 (seis) meses após o 
exercício de cargo ou emprego público no âmbito do Poder Executivo Federal. A comunicação deve 
ser feita por escrito à Comissão de Ética Pública ou à unidade de recursos humanos do órgão ou 
entidade respectivo 
Fiquem atentos a um detalhe: o agente tem a obrigação não apenas de comunicar atividade que 
possam trazer potencial conflito de interesses entre a atividade pública e a privada, mas, inclusive, 
alguma proposta de trabalho, nesses parâmetros, a qual pretenda aceitar, caso venha a receber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Memorex 
Ética & Moral 
Conceito Ética 
 A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão, 
científica ou filosófica, sobre os costumes ou sobre as ações 
humanas8. 
 Relaciona-se com os valores que cada pessoa tem. 
Conceito Moral 
 A moral é relativa aos costumes e às normas de 
comportamento considerados consensuais na sociedade no 
momento. 
Diferença entre 
ética e moral 
 Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os 
comportamentos considerados aceitáveis em uma 
determinada sociedade e em determinado tempo. 
Entretanto, em sentido mais restrito, os dois conceitos são 
distintos. 
 A ética, em sentido estrito, é considerada como o “estudo da 
moral”. Seria, portanto, o estudo das razões que levaram 
certos comportamentos a serem aceitos e quais poderiam ser 
os comportamentos universalmente aceitáveis 
 A moral se relaciona, em sentido restrito, com os costumes 
aceitos em cada sociedade ou grupo humano. Como os 
costumes mudam, a moral também se altera com o tempo. 
Conceitos Éticos - Teorias 
Fundamentalismo 
 Os preceitos éticos são externos, como se fossem regras a 
serem cumpridas. Não há espaço para que o indivíduo, por si 
só, distinga o certo ou errado. 
 
8 (Valls, 2008) 
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Utilitarismo 
 Conceito ético elaborado com base no maior bem para a 
sociedade. Assim, a conduta do indivíduo sempre será a que 
gerar um maior bem para a sociedade. 
Dever Ético 
(Emanuel Kant) 
 Cada um deve se comportar de acordo com os princípios 
universais. 
 Regras: 
1) Qualquer conduta aceita como padrão ético deve valer 
para todos os que se encontrem na mesma situação, sem 
exceções. 
2) Só se deve exigir dos outros o que exigimos de nós mesmos 
Contratualista 
(John Locke e Jean 
Jacques Rousseau) 
 Obrigação de se comportar de acordo com as regras morais 
estabelecidas para o convívio social. Essa Teoria não levou em 
consideração a mudança de regras morais aplicadas a 
diferentes grupos sociais. 
Relativismo 
 Cada pessoa, com base nas suas próprias convicções e na sua 
própria concepção sobre o bem e o mal, decide sobre o que é 
ético ou não. Assim, o conceito ético pode variar de um 
indivíduo para o outro. 
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade 
Ética da Convicção 
(ou do Valor 
Absoluto) 
 Baseia-se em valores inegociáveis,que deveriam ser 
cegamente observados por todos os indivíduos. Estes valores 
seriam observáveis principalmente na religião e na política 
(entendida como a defesa de ideologias). 
Ética da 
Responsabilidade 
 Coloca os valores em um tipo de hierarquia. Nada seria 
absoluto. O valor da vida, como qualquer outro, teria de ser 
colocado em análise quanto aos outros valores envolvidos. 
Código de Ética do Servidor Público Federal 
Das Regras 
Deontológicas 
 A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais (sem hierarquia entre eles) devem nortear 
o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou 
fora dele. 
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 O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento 
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente 
entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas 
principalmente entre o honesto e o desonesto. 
 A moralidade da Administração Pública não se limita à 
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia 
de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a 
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é 
que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. 
 A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, 
e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade 
administrativa se integre no Direito, como elemento 
indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, 
como consequência em fator de legalidade. 
 O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu 
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da 
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como 
seu maior patrimônio. 
 A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor 
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-
a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu 
bom conceito na vida funcional. 
 Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais 
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a 
serem preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato 
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem 
comum, imputável a quem a negar. 
 Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode 
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da 
própria pessoa interessada ou da Administração Pública. 
 A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao 
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. 
 Deixar, o servidor público, qualquer pessoa à espera de 
solução que compete ao setor em que exerça suas funções, 
permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra 
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espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza 
apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços 
públicos. 
 O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais 
de seus superiores, velando atentamente por seu 
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os 
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, 
às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo 
imprudência no desempenho da função pública. 
 Toda ausência injustificada do servidor de seu local de 
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que 
quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
 O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura 
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, 
colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua 
atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento 
e o engrandecimento da Nação. 
Dos Principais 
Deveres do 
Servidor Público 
 Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular; 
 Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, com o fim de evitar dano moral ao usuário; 
 Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade 
do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de 
duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
 Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição 
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da 
coletividade a seu cargo; 
 Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o 
público; 
 Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios 
éticos que se materializam na adequada prestação dos 
serviços públicos; 
 Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, 
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos 
os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de 
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, 
idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, 
dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
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 Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de 
representar contra qualquer comprometimento indevido da 
estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
 Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de 
contratantes, interessados e outros que visem obter 
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em 
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-
las; 
 Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências 
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; 
 Ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua 
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo 
negativamente em todo o sistema; 
 Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer 
ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as 
providências cabíveis; 
 Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, 
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e 
distribuição; 
 Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com 
a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a 
realização do bem comum; 
 Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao 
exercício da função; 
 Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço 
e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
 Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções 
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto 
possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo 
sempre em boa ordem. 
 Facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de 
direito; 
 Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais 
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo 
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários doserviço público e dos jurisdicionados administrativos; 
 Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder 
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, 
mesmo que observando as formalidades legais e não 
cometendo qualquer violação expressa à lei; 
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 Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre 
a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral 
cumprimento. 
Das Vedações ao 
Servidor Público 
 O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, 
posição e influências, para obter qualquer favorecimento, 
para si ou para outrem; 
 Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores 
ou de cidadãos que deles dependam; 
 Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente 
com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de 
Ética de sua profissão; 
 Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício 
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano 
moral ou material; 
 Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu 
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu 
mister; 
 Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, 
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato 
com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com 
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
 Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo 
de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação 
ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou 
qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para 
influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
 Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva 
encaminhar para providências; 
 Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do 
atendimento em serviços públicos; 
 Desviar servidor público para atendimento a interesse 
particular; 
 Retirar da repartição pública, sem estar legalmente 
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente 
ao patrimônio público; 
 Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito 
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de 
amigos ou de terceiros; 
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 Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente; 
 Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a 
moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
 Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
Das Comissões de Ética 
Abrangência 
 Todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal 
direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo 
poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética. 
Principais 
Características 
 Encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética 
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com 
o patrimônio público, competindo-lhe conhecer 
concretamente de imputação ou de procedimento 
susceptível de censura; 
 Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-
se por servidor público todo aquele que, por força de lei, 
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que 
sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou 
em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
Competências 
 Instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que 
considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-
profissional. 
 Fornecer, aos organismos encarregados da execução do 
quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua 
conduta Ética, para o efeito de instruir e fundamentar 
promoções e para todos os demais procedimentos próprios 
da carreira do servidor público. 
Pena Aplicável  A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é 
a de censura e sua fundamentação constará do respectivo 
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==11cb18==
 
 
 
 
 
 
 32 
70 
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência 
do faltoso. 
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal 
Finalidade 
 Promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no 
âmbito do Executivo Federal. 
Competências 
 Integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a 
ética pública; 
 Contribuir para a implementação de políticas públicas tendo 
a transparência e o acesso à informação como instrumentos 
fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
 Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a 
compatibilização e interação de normas, procedimentos 
técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
 Articular ações com vistas a estabelecer e efetivar 
procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho 
institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
Integrantes 
 Comissão de Ética Pública. 
 Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de 
junho de 1994 (citadas acima); e 
 As demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e 
órgãos do Poder Executivo Federal. 
Comissão de Ética 
Pública 
 Composta de sete membros, todos brasileiros, com 
idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em 
administração pública; 
 Os membros serão designados pelo Presidente da República, 
tendo mandatos de três anos, que não poderão ser 
coincidentes (será permitida apenas uma recondução ao 
cargo). 
 A participação dos membros não gera nenhuma 
remuneração. 
 O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais 
deliberações da comissão. 
 A CEP conta com uma Secretaria Executiva vinculada à Casa 
Civil da Presidência da República, que deverá prestar apoio 
técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC – SABESP – TÉCNICO – 2018) Considere: 
I. Assinar código de ética da organização. 
II. Incitar a prática de comportamentos ímprobos. 
III. Denunciar, para os canais competentes, colega que divulga informações internas da 
empresa para a concorrência. 
IV. Celebrar acordos ilídimos para eximir obrigação inerente à organização. 
V. Proibir todo tipo de discriminação dentro da organização. 
Representa comportamento ético nas organizações o que consta APENAS em: 
a) I, III e IV. 
b) I, III e V. 
c) I, II e IV. 
d) II, IV e V. 
e) II, III e IV. 
Comentários 
As alternativas que guardam relação com os conceitos éticos são a I, III e V. A segunda frase está 
errada, pois os comportamentos devem ser probos (e não ímprobos).

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