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Relatório de Auditoria: Opinião Modificada

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Auditoria Teoria e Exercícios – Auditor-Fiscal do Trabalho 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 05 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 3
Enfim, o relatório deverá dizer se as demonstrações financeiras tomadas em 
conjunto representam efetivamente a situação patrimonial, financeira e o 
resultado da empresa auditada. 
 
Desta forma, o relatório não pode ter data anterior à data em que o auditor 
independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
O auditor deve incluir as evidências de que: 
 
* todas as demonstrações que compõem as demonstrações contábeis, 
incluindo as respectivas notas explicativas, foram elaboradas; e 
 
* as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a 
responsabilidade sobre essas demonstrações contábeis. 
 
A emissão do relatório deve refletir o entendimento do auditor acerca dos 
dados em exame, de uma forma clara e objetiva, que proporcione, aos 
interessados, uma noção exata dos trabalhos que realizou e de suas 
conclusões. 
 
Caso o auditor esteja satisfeito quanto à apresentação das demonstrações 
contábeis, e julgue que estão elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de 
acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá emitir uma 
opinião não modificada, sem ressalvas (=antigo parecer padrão ou sem 
ressalvas). 
 
De outro lado, o auditor deve modificar sua opinião, ou seja, emitir uma 
opinião diferente da sem ressalva, quando: 
 
* concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam 
distorções relevantes; ou 
 
* não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não 
apresentam distorções relevantes. 
 
Se, as demonstrações contábeis, apesar de elaboradas de acordo com a 
legislação específica aplicável, não estiverem claras o suficiente, o auditor deve 
discutir o assunto com a administração e, dependendo dos requisitos da 
estrutura de relatório financeiro aplicável e como o assunto é resolvido, deve 
determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de auditoria. 
 
De acordo com a situação o auditor poderá emitir uma opinião sem ressalvas 
ou uma opinião com ressalva ou uma opinião adversa ou, ainda, se abster de 
opinar. 
Auditoria Teoria e Exercícios – Auditor-Fiscal do Trabalho 
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Aula 05 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 9
Relatório com Opinião de Modificada 
 
Já sabemos, também, que a decisão sobre que tipo de opinião modificada é 
apropriada depende de dois fatores: 
 
Da natureza do assunto que deu 
origem à modificação, ou seja, se as 
demonstrações contábeis apresentam 
distorção relevante ou, no caso de 
impossibilidade de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, 
podem apresentar distorção 
relevante. 
Da opinião do auditor sobre a 
disseminação dos efeitos ou possíveis 
efeitos do assunto sobre as 
demonstrações contábeis. 
 
Assim, relembrando, o auditor deve expressar claramente uma opinião 
modificada de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis, quando: 
 
• conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações 
contábeis como um todo apresentam distorções relevantes; ou 
 
• não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam 
distorções relevantes. 
 
Um caso particular é o da limitação ao alcance da auditoria, nesse caso: 
 
• o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação; 
 
• se a administração se recusar a retirar essa limitação, o auditor deve 
comunicar o assunto aos responsáveis pela governança (a menos que 
todos aqueles responsáveis pela governança estejam envolvidos na 
administração da entidade); 
 
• determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente; 
 
• se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de 
auditoria: 
 
o o auditor deve emitir opinião modificada: 
� Se os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se 
houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser 
relevantes, mas não generalizados: opinião com ressalva. 
 
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(c) a menos que proibido por lei ou regulamento, incluir as divulgações 
omitidas, desde que praticável e que o auditor tenha obtido evidência de 
auditoria apropriada e suficiente sobre a informação omitida. 
 
Atenção: Mesmo que o auditor tenha emitido uma opinião adversa ou se 
abstenha de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, ele 
deve descrever no parágrafo contendo a base para a modificação as razões 
para quaisquer outros assuntos dos quais ele está ciente que teriam requerido 
uma modificação da opinião, assim como os respectivos efeitos. 
 
Opinião com ressalva 
 
Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva devido a uma distorção 
relevante nas demonstrações contábeis, ele deve especificar no parágrafo da 
opinião que, em sua opinião, exceto pelos efeitos do(s) assunto (s) descrito(s) 
no parágrafo sobre a base para opinião com ressalva, as demonstrações 
contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos 
relevantes. 
 
Quando a modificação é decorrente da impossibilidade de obter evidência 
apropriada e suficiente de auditoria, o auditor deve usar a correspondente 
frase “exceto pelos possíveis efeitos do(s) assunto(s) ...” para a opinião 
modificada. 
 
Opinião adversa 
 
Quando o auditor expressa uma opinião adversa, ele deve especificar no 
parágrafo da opinião que devido à relevância do(s) assunto (s) descrito(s) no 
parágrafo sobre a base para opinião adversa as demonstrações contábeis não 
estão apresentadas adequadamente. 
 
Abstenção de opinião 
 
Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à 
impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele 
deve especificar no parágrafo da opinião que: 
 
(a) devido à relevância do(s) assunto(s) descrito(s) no parágrafo 
sobre a base para abstenção de opinião, o auditor não conseguiu obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua 
opinião de auditoria; e, consequentemente, 
 
(b) o auditor não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
Descrição da responsabilidade do auditor quando expressa uma 
opinião com ressalva ou adversa 
 
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Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva ou adversa, ele deve 
alterar a descrição de sua responsabilidade para especificar que ele acredita 
que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar 
sua opinião modificada. 
 
Descrição da responsabilidade do auditor quando se abstém de 
expressar uma opinião 
 
Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião ele deve alterar o 
parágrafo introdutório para especificar que foi contratado para examinar as 
demonstrações contábeis, porém não conseguiu obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de auditoria. 
 
Comunicação com os responsáveis pela governança 
 
Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve 
comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaramà 
modificação prevista e o texto proposto da modificação. 
 
Parágrafos de ênfase no relatório do auditor independente 
 
O parágrafo de ênfase serve para o auditor chamar a atenção para um assunto 
apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu 
julgamento, é fundamental para o entendimento pelos usuários das 
demonstrações contábeis. 
 
O parágrafo de ênfase só poderá ser incluído no relatório se o auditor tenha 
obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada de que não houve 
distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. Pois, se 
houvesse, seria o caso de ressalva, não de ênfase. 
 
Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou 
divulgadas nas demonstrações contábeis. 
 
Isso ocorre, pois o uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia 
da comunicação de tais assuntos pelo auditor. 
 
Além disso, incluir mais informações no parágrafo de ênfase do que aquelas 
que foram apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis pode 
sugerir que o assunto não foi apropriadamente apresentado ou divulgado, o 
que demandaria a emissão de opinião modificada. 
 
 
 
 
 
 
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• Para chamar a atenção dos usuários para as divulgações adicionais: nos 
casos em que a estrutura do relatório financeiro prevista em lei ou 
regulamento específico não é aceitável, a administração deve fazer 
divulgações adicionais nas demonstrações contábeis necessárias para 
evitar que as demonstrações contábeis sejam enganosas. 
 
• No caso de eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir 
no seu relatório, novo ou reemitido, parágrafo de ênfase com referência 
à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da 
alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do 
relatório anterior fornecido pelo auditor independente. 
 
• No caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade: se for 
feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o auditor deve 
expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase 
em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e 
chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às 
demonstrações contábeis. 
 
• No caso da elaboração de demonstrações contábeis para propósitos 
especiais: para alertar os usuários desse relatório de que as 
demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com uma 
estrutura de relatório financeiro para propósitos especiais e que, 
consequentemente, as demonstrações contábeis podem não ser 
adequadas para outro fim. 
 
• Para alertar os usuários que as diferenças remanescentes pontuais entre 
as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de 
relatório financeiro (IFRS) se restringem à avaliação dos investimentos 
em controladas, coligadas e empreendimentos controlados em conjunto 
pelo método de equivalência patrimonial e à manutenção do diferido nas 
demonstrações contábeis individuais. 
 
Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente 
 
Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado 
nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que de acordo com seu 
julgamento é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, da 
responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria, e não for proibido por 
lei ou regulamento, ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria, 
com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. 
 
O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de 
opinião e de qualquer parágrafo de ênfase, ou em outra parte do relatório, se o 
conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras 
Responsabilidades de Relatório. 
 
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Situações Específicas Relacionadas ao Relatório de Auditoria 
 
Vamos aproveitar a oportunidade para falar um pouquinho sobre algumas 
situações específicas envolvendo a emissão de um relatório de auditoria. 
 
O auditor na emissão de sua opinião pode enfrentar diversas situações 
específicas, por exemplo, pode ter que se pronunciar sobre demonstrações 
contábeis comparativas; se deparar com uma primeira auditoria da entidade; 
ter que utilizar o parecer de outros auditores; não poder utilizar o trabalho de 
outros auditores etc. 
 
Nesses casos, como veremos a seguir, é muito importante destacar a divisão 
das responsabilidades. Assim, de uma forma geral, em todos os casos em 
que o nome do auditor esteja associado às demonstrações, o relatório deve 
conter indicação clara da natureza do trabalho do auditor e do grau de 
responsabilidade que ele está assumindo. 
 
Da mesma forma, sempre que o nome do auditor estiver associado com 
demonstrações ou informações contábeis que ele não auditou, estas devem ser 
claramente identificadas como “não auditadas”, em cada folha do conjunto. 
 
Bom, vamos falar agora brevemente sobre as situações específicas mais 
comuns e as atitudes que o auditor deve/pode tomar: 
 
1) Primeira auditoria de uma entidade (Trabalho de auditoria inicial) 
 
Trabalho de auditoria inicial é aquele em que as demonstrações contábeis do 
período anterior ao que está sendo auditado: 
 
• não foram auditadas; ou 
 
• foram auditadas por auditor independente antecessor. 
 
Nesses casos, o auditor deve expressar a opinião com ressalva ou 
abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, conforme 
apropriado se: 
 
• não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com 
relação aos saldos iniciais; 
 
• concluir, por meio de evidências, que os saldos iniciais contêm distorção 
que afeta de forma relevante as demonstrações contábeis do período 
corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou 
adequadamente apresentado ou divulgado; 
 
• verificar que as políticas contábeis do período corrente não estão aplicadas 
de maneira uniforme em relação aos saldos iniciais de acordo com a 
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estrutura de relatório financeiro aplicável; ou uma mudança nas políticas 
contábeis não está devidamente registrada, adequadamente apresentada 
ou divulgada, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
Agora, no caso das demonstrações anteriores terem sido auditadas por auditor 
antecessor, e se sua opinião for modificada, e os motivos dessa modificação 
continuam relevantes e significativos para as demonstrações contábeis do 
período corrente, o relatório do auditor atual sobre as demonstrações 
contábeis do período corrente deve, também, incluir modificação, conforme 
apropriado. 
 
2) Informações comparativas 
 
Informações comparativas são os valores e as divulgações incluídas nas 
demonstrações contábeis referentes a um ou mais períodos anteriores ao que 
está sendo auditado. 
 
Existem duas abordagens para a utilização de informações comparativas: 
 
• Valores correspondentes � são parte integrante das 
demonstrações contábeis do período corrente e devem ser lidas somente 
em relação aos valores e outras divulgações relacionados ao período 
corrente. 
 
• Demonstrações contábeis comparativas � estão incluídas somente 
para fins de comparação com as demonstrações contábeis do período 
corrente, mas, se auditadas, são mencionadas na opinião do auditor. 
 
Vamos analisar as possíveis situações emcada uma dessas abordagens. 
 
 i) Valores correspondentes: 
 
Vamos ver os efeitos dos “valores correspondentes” no relatório do auditor 
independente do período corrente: 
 
O relatório do auditor independente (mesmo que o atual) no período anterior 
incluiu uma opinião com ressalva, adversa ou abstenção de opinião e o 
assunto que gerou a modificação não está resolvido, portanto, causando 
efeitos nas demonstrações atuais. 
 
Nesse caso, o auditor deve incluir modificação em sua opinião, conforme 
apropriado, sobre as demonstrações contábeis do período corrente. No 
parágrafo sobre a base para a modificação no relatório do auditor 
independente deve ser: 
 
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(a) mencionado os valores do período corrente e os valores 
correspondentes na descrição do assunto que gerou a modificação, se 
relevantes; ou 
 
(b) em outros casos, explicado que a opinião da auditoria contém 
modificação em decorrência dos efeitos ou possíveis efeitos do 
assunto não resolvido sobre a comparabilidade dos valores do período 
corrente e dos valores correspondentes. 
 
O auditor obtém evidência de auditoria de que existe distorção relevante nas 
demonstrações contábeis do período anterior sobre as quais emitiu 
anteriormente uma opinião sem modificação e os valores correspondentes 
não foram adequadamente ajustados ou não foram feitas divulgações 
apropriadas. 
 
Nesse caso, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou uma 
opinião adversa no seu relatório sobre as demonstrações contábeis do período 
corrente sobre o efeito na comparação dos valores correntes com relação aos 
valores correspondentes nelas incluídos. 
 
As demonstrações contábeis do período anterior contendo distorção não 
foram alteradas e não foi reemitido o relatório do auditor independente, mas 
os valores correspondentes foram adequadamente retificados ou foram feitas 
divulgações apropriadas nas demonstrações contábeis do período corrente. 
 
Nesse caso, o relatório atual pode incluir um parágrafo de ênfase descrevendo 
as circunstâncias e mencionando, quando relevante, que as divulgações que 
descrevem totalmente o assunto podem ser encontradas nas demonstrações 
contábeis. 
 
As demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas por 
auditor independente antecessor. 
 
Se o auditor atual não está proibido por lei ou regulamento de mencionar o 
relatório do auditor independente antecessor sobre os valores correspondentes 
e decide fazer isso, ele deve especificar em um parágrafo de “Outros Assuntos” 
no seu relatório de auditoria independente: 
 
� que as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas 
por um auditor independente antecessor; 
 
� o tipo de opinião expressa pelo auditor independente antecessor e, se 
essa opinião conteve modificação, as razões para a modificação; e 
 
� a data desse relatório. 
 
As demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas. 
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Nesse caso, o auditor deve especificar em um parágrafo de “Outros Assuntos” 
no relatório que os valores correspondentes não foram auditados. 
 
Essa declaração, contudo, não isenta o auditor do requisito de obter evidência 
de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm 
distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do 
período corrente. 
 
 ii) Demonstrações contábeis comparativas: 
 
Inicialmente, deve-se destacar que quando são apresentadas demonstrações 
contábeis comparativas, a opinião do auditor deve referir-se a cada período 
para o qual as demonstrações contábeis são apresentadas. 
 
A opinião atual (do mesmo auditor) sobre as demonstrações do período 
anterior é diferente da opinião expressa anteriormente. 
 
Nesse caso, o auditor, ao emitir relatório sobre demonstrações contábeis 
cobrindo, também o período anterior, em conexão com a auditoria do período 
corrente, deve divulgar as razões substanciais para a opinião diferente em um 
parágrafo de Outros Assuntos. 
 
As demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por um 
auditor independente antecessor. 
 
A menos que o relatório desse auditor independente antecessor sobre as 
demonstrações contábeis do período anterior seja reemitido com as 
demonstrações contábeis atuais, além de expressar uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis do período corrente, o auditor deve especificar em 
um parágrafo de Outros Assuntos: 
 
(a) que as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas 
por auditor independente antecessor; 
 
(b) o tipo de opinião expressa pelo auditor independente antecessor e, se a 
opinião conteve modificação, as razões para a modificação; e 
 
(c) a data desse relatório. 
 
O auditor (atual) conclui que existe distorção relevante que afeta as 
demonstrações contábeis do período anterior sobre as quais o auditor 
independente antecessor emitiu anteriormente relatório sem modificação. 
 
Se o auditor atual não concorda com a opinião do auditor antecedente, ele 
deve comunicar a distorção para o nível apropriado da administração e aos 
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responsáveis pela governança, e solicitar que o auditor independente 
antecessor seja informado. 
 
Nesse caso, se as demonstrações contábeis do período anterior forem 
alteradas, e o auditor independente antecessor concordar em emitir novo 
relatório sobre as demonstrações contábeis alteradas do período anterior, o 
auditor (atual) deve emitir relatório somente sobre o período corrente. 
 
Contudo, pode ocorrer de o auditor independente antecessor não ter condição 
ou não querer reemitir o relatório de auditoria independente sobre as 
demonstrações contábeis do período anterior. 
 
Nesse caso, cabe a inclusão de parágrafo de outros Assuntos no relatório do 
auditor independente (atual) indicando que o auditor independente antecessor 
emitiu relatório sobre as demonstrações contábeis do período anterior antes da 
alteração. 
 
As demonstrações contábeis do período anterior não foram 
auditadas. 
 
Nesse caso, o auditor deve especificar em um parágrafo de Outros Assuntos 
que as demonstrações contábeis comparativas não foram auditadas. 
 
Da mesma forma que no caso de valores correspondentes, essa declaração 
não isenta o auditor do requisito de obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma 
relevante as demonstrações contábeis do período corrente. 
 
3) Reflexos quando houver aceitação do trabalho de outros auditores 
 
Ainda falando de responsabilidade, deve-se destacar as situações em que um 
auditor emite uma opinião utilizando-se de relatórios de outros auditores. 
 
Isso pode ocorrer, por exemplo, quando as demonstrações contábeis de 
entidades controladas e/ou coligadas, correspondentes a investimentos 
relevantes, foram auditadas por outro auditor, que tenha emitido relatório com 
opinião sem ressalva sobre elas. 
 
Importante ���� Quando o auditor aceita o relatório de outros 
auditores ele deve destacar no seu relatório a divisão de 
responsabilidades. 
 
A referência ao relatório dos outros auditores, mesmo sem a indicação do 
conteúdo de sua opinião, significa que: 
 
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Se, ao ler as outras informações, o auditor identificar uma inconsistência 
relevante, ele deve determinar se as demonstrações contábeis auditadas ou as 
outras informações precisam ser retificadas. Ou seja, deve verificar se a 
inconsistência encontrada nas outras informações de alguma forma tem 
relação com o conteúdo das demonstrações contábeis auditadas e, portanto, 
precisa alguma correção, seja nas outras informações, seja nas 
demonstrações. 
 
Se for necessário retificar as demonstrações contábeis auditadas e a 
administração se recusar, o auditor deve modificar a opinião em seu relatório, 
de forma apropriada. 
 
Se for necessário retificar as outras informações e a administração se recusar a 
fazê-lo, o auditor deve comunicar esse assunto aos responsáveis pela 
governança; e (a) incluir no relatório do auditor independente um parágrafo de 
outros assuntos descrevendo a inconsistência relevante; ou (b) reter o seu 
relatório; ou (c) quando legalmente permitido, o auditor deve se retirar do 
trabalho. 
 
9) Demonstração de Valor Adicionado: 
 
É importante destacar que a demonstração do valor adicionado (DVA) é 
obrigatória, segundo a legislação societária brasileira, somente para as 
companhias abertas, enquanto que de acordo com as IFRSs, por não ser uma 
demonstração obrigatória no conjunto de demonstrações contábeis, deve ser 
considerada uma informação suplementar. 
 
Para simplificar a redação e o entendimento do relatório do auditor 
independente, a DVA deve ser tratada em parágrafo de outros assuntos, 
após o parágrafo da opinião. 
 
Normas de auditoria governamental 
 
De uma forma geral, nos referimos genericamente ao termo “relatório” como 
sendo o documento que traz os achados e conclusões de auditoria, no entanto, 
alguns normativos fazem diferença entre duas espécies desse gênero: parecer 
e relatório propriamente dito. 
 
De acordo com a INTOSAI, a palavra “parecer”, é usada para as conclusões do 
auditor resultantes de uma auditoria de regularidade (contábil e de 
cumprimento legal); e a palavra “relatório” é usada para as conclusões do 
auditor resultantes de uma auditoria operacional. 
 
Por sua vez, a IN SFC 01/2001 prevê o Certificado de Auditoria que é o 
documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a 
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exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das 
peças examinadas. 
 
Nesse esteio, a IN SFC 01/2001 define parecer como a peça compulsória a ser 
inserida nos processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos 
ao Tribunal de Contas da União, que externaliza a avaliação conclusiva do 
Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada. Enfim, trata-se da 
opinião do dirigente máximo do órgão de controle interno que pode ratificar ou 
não a opinião expressa no certificado. 
 
O mesmo normativo define relatórios como forma pela qual os resultados dos 
trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades 
competentes. 
 
Os manuais de auditoria do TCU não preveem o “parecer” e trazem a figura do 
relatório, como sendo o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a 
equipe comunica o objetivo e as questões de auditoria, a metodologia usada, 
os achados, as conclusões e a proposta de encaminhamento. 
 
No entanto, existe a figura do parecer prévio emitido pelos Tribunais de Contas 
sobre as contas do Poder Executivo que serão julgadas pelo Legislativo 
conforme previsto nos artigos 49, IX e 71 da CF/88. 
 
Por fim, como vimos, as normas do CFC definem o relatório do auditor 
independente como o documento escrito (emitido de forma impressa em papel 
ou em meio eletrônico) que contém sua opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
 
Vamos parar um minutinho... com base no que falamos até agora, o que você 
consegue identificar como principal diferença entre o parecer e o relatório? 
 
De forma geral, o parecer expressa uma opinião, enquanto que o relatório traz 
um relato dos achados e conclusões de auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Parecer com Ressalvas: é usado quando o auditor discordar ou tiver 
dúvida quanto a um ou mais elementos específicos das demonstrações 
contábeis que sejam relevantes, mas não fundamentais para a 
compreensão delas. 
 
• Parecer Adverso. O auditor deve emitir um parecer adverso quando for 
incapaz de formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis como 
um todo, em virtude de discordar tão fundamentalmente delas, que a 
situação por elas apresentada fica comprometida, tornando inadequada a 
emissão de um parecer com ressalvas. 
 
• Parecer com Negativa de Opinião (=abstenção de opinião): o 
auditor deve emitir um parecer com negativa de opinião acerca das 
demonstrações contábeis como um todo se houver incertezas ou 
restrições ao escopo da auditoria que o impeçam de formar uma opinião 
sobre as demonstrações contábeis como um todo. 
 
Importante! Note que a abstenção de opinião não se aplica sempre que 
o auditor sofrer limitação de escopo, mas somente quando essa limitação 
impede que forme uma opinião sobre o conjunto das demonstrações – 
nos outros casos aplica-se o parecer com ressalvas. 
 
Por fim, vamos falar sobre a classificação dos certificados de auditoria, 
previstos na a IN SFCI 01/2001: 
 
• Certificado de Regularidade: opinião de que na gestão dos recursos 
públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, 
legitimidade e economicidade. 
 
• Certificado de Regularidade com Ressalvas: quando forem 
constatadas falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no 
cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto à 
legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ou 
imaterialidade, não caracterizem irregularidade de atuação dos agentes 
responsáveis. 
 
• Certificado de Irregularidade: quando for verificado a não 
observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e 
economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio 
de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável 
para o erário e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações 
financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período 
ou exercício examinado. 
 
Importante: não existe a figura da negativa de opinião nos certificados 
previstos na IN 01/2001. Quando não for possível obter elementos 
comprobatórios suficientes e adequados, de tal modo que inviabilize a 
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formação de opinião quanto à regularidade da gestão, a opinião decorrente 
dos exames fica sobrestada, por prazo previamente fixado para o 
cumprimento de diligência, quando então, mediante novos exames, poderá 
ser emitido o competente certificado. 
 
Você deve estar pensando: “Como vou saber, entre as diferentes definições 
existentes nos vários normativos, qual utilizar?” 
 
Caro amigo, não tem jeito, temos que conhecer as classificações presentes 
nessas normas e identificar qual usar. Mas não se assuste, pois essas 
classificações não são antagônicas e, no fundo, trazem muitas semelhanças. 
 
Continuando nossa discussão sobre relatório de auditoria, vamos acrescentar 
alguns detalhes abordados nas Normas de Auditoria doTCU. 
 
Segundo o referido normativo, o relatório de auditoria é o instrumento formal 
e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos leitores o 
objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de escopo, a 
metodologia utilizada, os achados de auditoria, as conclusões e as propostas 
de encaminhamento. 
 
Ser capaz de escrever relatórios de qualidade é competência essencial dos 
profissionais que realizam auditorias governamentais e para que o relatório 
tenha qualidade, além da experiência e da habilidade dos autores, é 
importante que a equipe de auditoria oriente-se pelos requisitos Clareza, 
Concisão, Convicção, Completude, Exatidão, Relevância, Tempestividade e 
Objetividade (CCCCERTO). 
 
• CLAREZA: produzir textos de fácil compreensão para o leitor: 
 
o evitar a erudição exagerada e restringir ao máximo a utilização de 
expressões em outros idiomas; 
o utilizar termos técnicos e siglas menos conhecidas desde que 
necessários e devidamente definidos em glossário; 
o complementar, quando possível, os textos com ilustrações, figuras 
e tabelas; 
o usar frases curtas e concisas, construir orações na ordem direta 
(preferencialmente na terceira pessoa), evitar abusos de caráter 
estilístico etc. 
 
• CONVICÇÃO: expor os achados e/ou as conclusões com firmeza, 
evitando expressões que denotem insegurança, como “SMJ”, “parece 
que” ou “entendemos”. 
 
• CONCISÃO: ir direto ao assunto sem utilizar comentários 
complementares desnecessários nem fugir da ideia central: 
 
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o dizer apenas o que é requerido, de modo econômico, isto é, 
eliminar o supérfluo, o floreio, as fórmulas e os clichês; 
o transcrição de trechos de doutrina e/ou jurisprudência que 
componham o critério deve restringir-se ao mínimo necessário; 
o o relatório, em regra, não deve exceder 30 páginas, exceto quando 
houver achados de alta complexidade ou em grande quantidade. 
 
• COMPLETUDE: apresentar toda a informação e argumentos necessários 
para satisfazer os objetivos da auditoria. 
 
• EXATIDÃO: apresentar as necessárias evidências para sustentar 
achados, conclusões e propostas, procurando não deixar espaço para 
contra-argumentações. 
 
• RELEVÂNCIA: Expor apenas aquilo que tem importância dentro do 
contexto e que deve ser levado em consideração. 
 
• TEMPESTIVIDADE: Cumprir o prazo previsto para a elaboração do 
relatório, sem comprometer a qualidade. 
 
• OBJETIVIDADE: Apresentar o relatório de forma equilibrada em termos 
de conteúdo e tom, tendo em mente que a credibilidade de um relatório 
é reforçada quando as evidências são apresentadas de forma imparcial. 
 
Não se preocupe em decorar essas dimensões, pois sua prova muito 
provavelmente não irá pedir para listá-las. Dirija seus esforços para entender o 
que cada uma quer dizer e veja como é intuitivo que essas observações sejam 
aplicadas nos relatórios de auditoria. 
 
Vamos, por fim, destacar alguns pontos adicionais importantes trazidos nas 
NATs: 
 
• Os relatórios de auditoria devem incluir uma declaração dos auditores 
de que os trabalhos foram realizados em conformidade com as 
NATs, desde que todos os requisitos nelas previstos tenham sido 
observados. 
 
• Todos relatório de auditoria deve ter uma proposta de 
encaminhamento, ou seja, recomendações, determinações, multas, 
imputação de débito, enfim, aquilo que a equipe de auditoria demonstra 
ser necessário para sanar alguma deficiência identificada. 
 
• Uma boa prática em auditorias governamentais é permitir que o auditado 
tenha a oportunidade de examinar o relatório preliminar antes que ele 
seja tornado público (comentários do gestor). 
 
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Trata-se de uma prática que, apesar de opcional4, ajuda a assegurar que 
o relatório seja relatório seja imparcial, objetivo e completo. A inclusão 
desses comentários resulta em um documento que não só apresenta os 
achados, as conclusões e as propostas, mas também a perspectiva dos 
dirigentes da entidade e as ações corretivas que pretendem tomar. 
 
Para fechar nossa discussão sobre relatório, falaremos, rapidamente, sobre as 
diretrizes exigidas para auditorias internas. 
 
De acordo com as normas do IIA, os auditores internos devem comunicar os 
resultados dos trabalhos de auditorias com oportunidade e deve ser feita de 
forma precisa, objetiva, clara, concisa, construtiva e completa. 
 
Se uma comunicação final contiver erro significativo ou omissão, o diretor 
executivo de auditoria deve comunicar a informação correta a todas as pessoas 
que tenham recebido a comunicação original. 
 
Já as normas do CFC (NBC TI) afirmam que relatório é o documento pelo qual 
a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser 
redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, 
suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela 
administração da entidade. 
 
O diretor executivo de auditoria, segundo o IIA, deve divulgar os resultados às 
pessoas apropriadas. Ou seja, deve comunicar às pessoas que possam 
assegurar que os resultados recebam a devida consideração. 
 
Lembre que o auditor interno tem como objetivo servir à administração, 
portanto, seus relatórios têm como público alvo a empresa para que trabalha, 
Assim, ao divulgar os resultados de trabalhos de auditoria para terceiros, fora 
da organização, além de requer autorização para tal, a comunicação deve 
conter limitações sobre a distribuição e o uso dos resultados do trabalho. 
 
As normas do CFC tratam desse ponto sob o mesmo prisma e determinam que 
relatório de Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o 
trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade 
do seu conteúdo. 
 
Ademais, este normativo traz que a Auditoria Interna deve avaliar a 
necessidade de emissão de relatório parcial na hipótese de constatar 
impropriedades/ irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências 
imediatas da administração da entidade que não possam aguardar o final dos 
exames. 
 
 
 
4
 Somente deve ser realizado, a critério da equipe e do supervisor, no caso de propostas de deliberações de alta 
complexidade ou decorrentes de auditorias operacionais. 
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política de vendas, ou sujeitar-se a reduzir suas atividades, ou tomar qualquer 
outra atitude que pode, ou não, superar o ocorrido. 
 
Assim, enquanto as demonstrações contábeis do exercício revelam situação 
satisfatória, a realidade, naquele momento, já e bem outra. 
 
O auditor externo, tomando conhecimento do evento subsequente depois de 
avaliá-lo friamente, deve revelá-lo, dizendo dos efeitos que produzirá sobre as 
demonstrações contábeis já encerradas e das perspectivas futuras de 
resultado. 
 
Mas não são apenas os maus eventos que devem ser revelados. Também os 
bons. 
 
A solução feliz de um processo vultoso, que estava registrado como 
contingências; a aquisição de uma fábrica concorrente, com perspectivas de 
grande aumento das vendas; o fechamento de um negócio excepcional, 
garantindo a produção e os lucros por muito tempo; tudo isso pode ser 
revelado. 
 
Entretanto, a preocupação maior do auditor é sempre com os eventos que 
possam trazer consequências prejudiciais.Dentro do princípio do 
conservadorismo, é preferível esperar que os bons eventos aconteçam, 
evitando o comprometimento com possibilidades que possam não se 
concretizar. 
 
O assunto, eventos subsequentes, é disciplinado pelas novas normas, na NBC 
TA 560, que estabelece procedimentos e critérios a serem adotados pelo 
auditor em relação aos eventos ocorridos entre a data do balanço e a 
data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que chegaram ao 
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que 
possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de 
informações nas notas explicativas. 
 
Como vimos acima, o auditor deve considerar como parte normal da 
auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data 
da emissão do respectivo relatório (=período subsequente). 
 
Atenção ���� A data do Relatório do Auditor Independente informa ao 
leitor que o auditor considerou o efeito dos eventos e transações que 
ocorreram até aquela data (daqueles que, com o devido cuidado, tomou 
conhecimento, evidentemente). 
 
O auditor deve considerar três situações de eventos subsequentes: 
 
• Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e 
a data do relatório do auditor independente; 
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� discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os 
responsáveis pela governança; 
 
� determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, 
caso afirmativo; 
 
• indagar como a administração pretende tratar o assunto nas 
demonstrações contábeis. 
 
Caso seja necessário e a administração altere as demonstrações contábeis, o 
auditor independente deve: 
 
(a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias da alteração; 
 
(b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo 
relatório do auditor independente; e 
 
(c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações 
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve 
ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis 
alteradas. 
 
Pode haver casos em que a legislação não proíba a administração de restringir 
a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos 
subsequentes que causaram essa alteração. 
 
Nesses casos, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos 
eventos subsequentes que provocaram essa alteração. 
 
Assim, deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa 
alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os 
eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das 
demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. 
 
Pode haver casos, ainda, que não haja exigência da legislação ou, 
regulamentação para que a administração reapresente demonstrações 
contábeis e, portanto, o auditor não precisa fornecer novo relatório de 
auditoria ou alterar o relatório. 
 
Entretanto, nas circunstâncias em que o auditor considerar necessário, se a 
administração não alterar as demonstrações contábeis: 
 
(a) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido 
fornecido à entidade, o auditor independente deve modificá-lo, e depois 
fornecê-lo; ou 
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(b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir 
que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente 
com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da 
situação; 
 
(c) exceto nas circunstâncias em que a legislação não proíbe a 
administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos 
efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa 
alteração: 
 
(i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo 
relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data 
posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis 
reapresentadas; e 
 
(ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as 
demonstrações contábeis reapresentadas; 
 
(d) no caso em que a legislação não proíbe a administração de 
restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento 
ou eventos subsequentes que causaram essa alteração, alterar o 
relatório do auditor independente. 
 
O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, 
Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais 
detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas 
anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. 
 
Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que 
todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente 
sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas 
circunstâncias em que o auditor considere necessário, ele deve notificar a 
administração e os responsáveis pela governança, de que procurará evitar o 
uso por terceiros daquele relatório no futuro. 
 
Se, apesar dessa notificação, a administração ou os responsáveis pela 
governança não tomarem as referidas providências necessárias, o auditor 
independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por 
terceiros daquele relatório de auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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04. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 
7/2012) O auditor somente deve aceitar um trabalho para emitir relatório de 
auditoria independente sobre demonstrações contábeis condensadas quando 
ele também tiver sido contratado para conduzir a auditoria das demonstrações 
contábeis completas que serviram de base para as demonstrações contábeis 
condensadas ou das quais estas foram derivadas. 
 
Resolução: 
 
O enunciado está correto. O auditor só deve aceitar emitir opinião sobre 
demonstrações condensadas quando houver auditado as informações 
completas. 
 
Gabarito: C 
 
05. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 
7/2012) O relatório do auditor independente sobre demonstrações contábeis 
para propósitos especiais deve incluir um parágrafo de ênfase, alertando os 
usuários desse relatório para o fato de que as demonstrações contábeis foram 
elaboradas de acordo com uma estrutura de relatório financeiro para 
propósitos especiais e que, consequentemente, as demonstrações contábeis 
podem não ser adequadas para outro fim. 
 
Resolução: 
 
Essa é uma das situações em que é exigida a inclusão do parágrafo de ênfase. 
 
Gabarito: C 
 
06. (Cespe/EBC/Analista Contabilidade/2011) Caso o auditor tenha 
dúvida a respeito de um ou mais elementos específicos e relevantes das 
demonstrações contábeis, ainda que não sejam fundamentais para a sua 
compreensão, ele deve emitir parecer com ressalva. 
 
Resolução: 
 
No caso da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente e o efeito ou o possível efeito seja relevante, mas não generalizado, 
cabe uma opinião sem ressalva, no caso do efeito for relevante e generalizado 
cabe abstenção de opinião. 
 
Como o enunciado fala em dúvida sobre elementos específicos e relevantes, 
portanto, o auditor deve emitir parecer com ressalva. 
 
Gabarito: C 
 
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07. (Cespe/MPE PI – Controle Interno/2012) Caso parte das 
demonstrações contábeis da entidade auditada esteja sob a forma de 
demonstrações condensadas, o auditor deve abster-se de emitir opinião em 
seu parecer, dada a impossibilidade de comprovação suficiente para 
fundamentá-la. 
 
Resolução: 
 
O auditor poderá emitir opinião sobre demonstrações condensadas quando 
houver auditado as informações completas. 
 
Gabarito: E 
 
08. (Cespe/TCU – Auditoria Governamental/2011) Se o auditor, no 
decorrer de seus exames, tiver constatado que o descumprimento a 
determinado princípio contábil provocou efeitos relevantes no patrimônio ou 
nos resultados da entidade, e se a entidade auditada tiver reconhecido e 
divulgado o fato em nota explicativa, o auditor estará dispensado de 
mencionar o referido fato em seu parecer, que poderá ser emitido sem 
ressalva. 
 
Resolução: 
 
Se o auditor tiver constatado descumprimento a determinado princípio contábil 
que tenha provocado efeitos relevantes no patrimônio ou nos resultados da 
entidade, mesmo que a entidade auditada tenha reconhecido e divulgado o 
fato em nota explicativa, ele deverá ressalvar sua opinião (lembre-se do 
quadro apresentado na NBC TA 705). 
 
Gabarito: E 
 
09. (Cespe/TCU – Orientação: Auditoria de Obras Públicas/2011) É 
condição necessária e suficiente para a emissão de um parecer de auditoria 
sem ressalvas que as demonstrações contábeis sejam preparadas de acordo 
com os princípios fundamentais da contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
 
Resolução: 
 
A preparação das demonstrações contábeis de acordo com os princípios 
fundamentais da contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade é 
uma condição necessária para a emissão de uma opinião sem ressalvas. 
Contudo, ela não é condição suficiente para isso, pois mesmo que as 
demonstrações sejam preparadas de acordo com as normas e com os 
princípios, elas podem conter distorções relevantes que impedem a emissão de 
uma opinião não modificada. 
 
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Vimos que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis com base na auditoria, por sua vez, a administração 
é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos 
necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não 
apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude 
ou erro. 
 
Portanto, a emissão do relatório de auditoria não isenta o administrador e os 
agentes de governança das responsabilidades legais e normativas. 
 
Gabarito: letra A. 
 
12. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O auditor, 
durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo 
montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a 
emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as 
demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as 
recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é 
 
(A) sem ressalva. 
(B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
(C) adverso ou com ressalva. 
(D) com abstenção de opinião ou com ressalva. 
(E) com limitação de opinião ou adverso. 
 
Resolução: 
 
No caso em comento, tendo em vista que os problemas foram todos sanados, 
e as demonstrações contábeis não apresentam mais distorções relevantes, e 
também não é o caso de impossibilidade do auditor de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, o parecer deve ser sem ressalvas. 
 
Lembre-se que o parecer sem ressalvas é dado quando o auditor fica 
convencido, em todos os aspectos relevantes, de que as demonstrações 
contábeis foram elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade 
aceitáveis, e com as exigências legais e regulamentares pertinentes. 
 
Gabarito: letra A. 
 
13. (FCC/Sefaz SP – APOFP/2010) Em uma auditoria em que não foi 
possível obter comprovação suficiente para fundamentar uma opinião, devido 
às limitações no escopo dos exames realizados, o auditor 
 
(A) não deve emitir qualquer parecer. 
(B) deve emitir um parecer adverso. 
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(C) deve emitir um parecer com negativa de opinião. 
(D) deve emitir um parecer com ressalvas. 
(E) deve emitir um parecer sem ressalvas. 
 
Resolução: 
 
Vimos que, na impossibilidade de obtenção de evidências de auditoria 
apropriada e suficiente, o auditor deve: 
 
• emitir uma opinião com ressalva, caso o efeito seja relevante mas não 
generalizado; ou 
 
• abster-se de opinar, caso o efeito seja relevante e generalizado. 
 
O enunciado da questão afirma que as limitações de escopo não permitiram a 
formação de uma opinião sobre as demonstrações contábeis, portanto, 
entende-se que estamos diante de um efeito generalizado. 
 
Gabarito: letra C. 
 
14. (Cespe/ACE: Auditoria Governamental – TCU/2008) No processo de 
auditoria, após examinadas todas as evidências disponíveis, o auditor pode 
confiar, integralmente, na fidedignidade e na correção das demonstrações 
contábeis de uma entidade e, sempre que as evidências sejam insuficientes, o 
auditor deve fazer ressalvas em seu parecer. 
 
Resolução: 
 
A insuficiência de evidências para atestar a fidedignidade e a correção das 
demonstrações contábeis de uma entidade (limitação de escopo) pode gerar 
dois tipos de opinião de auditoria: com ressalvas e com negativa de opinião. 
 
Tudo depende da magnitude do efeito que essa limitação de escopo gera na 
opinião das demonstrações contábeis – quando afeta somente parte das 
demonstrações cabe uma ressalva, quando afeta as demonstrações como um 
todo gera uma negativa de opinião. 
 
Como não sabemos o alcance dessa limitação de evidências, não podemos 
afirmar que é um caso de ressalvas. 
 
Gabarito: E 
 
15. (ESAF/AFRFB/2012) Não é uma condição de exigência para que o 
auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. 
 
a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada. 
b) A auditoria realizada para propósitos especiais. 
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c) As contingências relevantes e de grande monta, decorrentes de processos 
trabalhistas provisionadas e em discussão. 
d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. 
e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado. 
 
Resolução: 
 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 
Item A: O caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade 
demanda a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório. 
 
Item B: O caso da elaboração de demonstrações contábeis para propósitos 
especiais também demanda a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório. 
 
Item C: O caso da existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio 
excepcional ou ação regulatória pode demandar a inclusão de parágrafo 
ênfase. Caso existam contingências de grande monta, estas podem afetar 
inclusive a continuidade operacional da entidade e, nesse caso, demandariam a 
inclusão de parágrafo de ênfase. 
 
Item D: Esse é outro caso que demanda à inclusão de parágrafo de ênfase: 
alertar os usuários sobre as diferenças remanescentes pontuais entre as 
práticas contábeis adotadas no Brasil e as normasinternacionais de relatório 
financeiro (IFRS). 
 
Item E: Esse não é caso para inclusão de parágrafo de ênfase, é sim para 
inclusão de parágrafo de outros assuntos, necessário para simplificar a redação 
e o entendimento do relatório do auditor independente. 
 
Gabarito: letra E. 
 
16. (FCC/ISS SP/2012) A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as 
demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com 
as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em 
controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa 
forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações 
contábeis deve 
 
(A) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as 
práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos 
emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. 
(B) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis 
não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com 
as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
(C) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações 
financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis 
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adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
(D) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram 
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como 
essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
(E) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas 
adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
 
Resolução: 
 
Para resolver essa questão, inicialmente é preciso saber que realmente existe 
uma divergência entre as normas brasileiras e internacionais de contabilidade, 
com relação à consolidação de entidades controladas. Enquanto as normas 
brasileiras preveem que a consolidação seja feito pelo método da equivalência 
patrimonial, as IFRSs demandam que seja feito por consolidação de balanços. 
 
Nesse sentido, as Normas Brasileiras de Auditoria determinam que o auditor 
alerte os usuários, por meio de parágrafo de ênfase, sobre as diferenças 
remanescentes pontuais entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as 
normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) que se restringem à: 
 
• avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e 
empreendimentos controlados em conjunto pelo método de equivalência 
patrimonial; e 
 
• manutenção do diferido nas demonstrações contábeis individuais. 
 
Gabarito: letra C. 
 
17. (FCC/MPE PE - Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De 
acordo com a NBC TA 705, se houver impossibilidade de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente e o auditor julgar que o possível efeito desse 
fato sobre as demonstrações contábeis for relevante e generalizado, ele deve 
emitir um relatório (nova denominação do antigo parecer de auditoria): 
 
(A) sem ressalva. 
(B) com abstenção de opinião. 
(C) com ressalva. 
(D) adverso. 
(E) limpo. 
 
Resolução: 
 
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Resolução: 
 
Quando o auditor está satisfeito quanto à apresentação das demonstrações 
contábeis, e julga que elas estão elaboradas, em todos os aspectos relevantes, 
de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, representando 
adequadamente a posição patrimonial e financeira, deve emitir relatório de 
auditoria sem ressalvas. 
 
Gabarito: letra E. 
 
20. (Cespe/CNJ/Analista Contabilidade/2013) Considere que uma 
auditoria tenha sido realizada no banco Alpha, um banco público, em junho de 
2011, período marcado pela crise da dívida soberana da zona do euro, o que 
provocou perda significativa nas operações com instrumentos financeiros 
derivativos. Nessa situação, o relatório da auditoria realizada durante esse 
período não deve mencionar esse fato, visto que os trabalhos devem se ater, 
exclusivamente, à análise das contas relativas ao exercício de 2010, prestadas 
ao órgão público de controle externo. 
 
Resolução: 
 
Vimos que as transações e eventos que ocorrerem no intervalo entre o 
encerramento do exercício financeiro, no caso, 2010, e a divulgação das 
demonstrações contábeis são considerados eventos subsequentes e devem ser 
levados em contado no relatório de auditoria. 
 
Gabarito: E 
 
21. (Cespe/SEDUC AM/Contador/2011) Caso os eventos subsequentes de 
efeitos relevantes já tenham acontecido, mas não tenham sido objeto de 
ajuste nas demonstrações contábeis, deve-se mencioná-los no parecer do 
auditor, fazendo que constem, ainda, em nota explicativa. 
 
Resolução: 
 
Vimos que no caso de eventos subsequentes o auditor independente deve 
incluir no seu relatório, novo ou reemitido, parágrafo de ênfase com referência 
à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das 
demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior 
fornecido pelo auditor independente. 
 
Gabarito: C 
 
22. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O período 
compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é 
denominado período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal 
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da materialidade 
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dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser 
requeridos. Como exemplo disso, é possível citar perdas significativas em 
contas a receber e sentenças judiciais. 
 
Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a 
divulgação das demonstrações contábeis, é correto afirmar que 
 
(A) o auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as 
demonstrações contábeis. 
(B) o parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado na 
modalidade “com ressalvas”. 
(C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. 
(D) ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações contábeis, 
de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo 
levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi, deverá decidir se 
as demonstrações contábeis precisarão de revisão. 
(E) quando a administração alterar significativamente as demonstrações 
contábeis divulgadas, o auditor não deverá ignorar essas alterações, mesmo já 
tendo emitido seu parecer sobre elas. 
 
Resolução: 
 
Item A: 
 
Errado, pois se o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se 
fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, 
poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, ele deve indagar como a 
administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. 
 
Itens B e C: 
 
Ambos errados. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o 
auditor independente deve fornecer novo relatório nos casos em que a 
legislação proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações 
contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa 
alteração; no caso da legislação permitir, deverá alterar o relatório já emitido. 
 
A modalidade do relatório dependerádos efeitos dos eventos subsequentes 
nas demonstrações. 
 
Lembre-se que o auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou 
reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece 
mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis 
emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor 
independente. 
 
Item D: 
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Errado. Nesse caso, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, 
quando apropriado, com os responsáveis pela governança, determinar se as 
demonstrações contábeis precisam ser alteradas em função do evento (e não 
revisadas conforme afirma o item, veja que a modificação restringe-se aos 
efeitos do evento subsequente em questão) e, em caso afirmativo, indagar 
como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações 
contábeis. 
 
Item E: 
 
Correto. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente não pode ignorar essas alterações, ele deve aplicar os 
procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações; 
revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os 
que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo 
relatório do auditor independente sejam informados da situação; emitir novo 
relatório ou alterar o relatório já emitido, conforme o caso. 
 
Gabarito: letra E. 
 
23. (FCC – SEFIN/ JABOATÃO DOS GUARARAPES – Auditor Tributário – 
2006) – adaptada - NÃO se caracterizam como eventos subsequentes, 
aqueles ocorridos 
 
(A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do 
relatório. 
(B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do relatório, e a data 
da divulgação das demonstrações contábeis. 
(C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do exercício 
social, como ajuste das demonstrações contábeis. 
(D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa auditada. 
(E) após a emissão do relatório pela firma de auditoria, antes da publicação 
das demonstrações contábeis. 
 
Resolução: 
 
Vamos analisar cada alternativa: 
 
Letra A: Vimos que essa é a primeira situação a ser observado pelo auditor 
como evento subsequente. 
 
Letra B: Essa é a segunda situação. 
 
Letra C: Os eventos ocorridos durante o exercício social não são considerados 
eventos subsequentes, mesmo que contabilizados fora de época. 
 
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Letra D: Na realidade, essa assertiva foi considerada correta, mas não está 
bem precisa. Deve ser considerado evento subsequente os fatos que 
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das 
demonstrações contábeis que, se fosse do seu conhecimento na data do 
relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório. 
 
Letra E: Da mesma forma que o item anterior, o enunciado não está preciso, 
são considerados eventos subsequentes os fatos conhecidos, após a data do 
seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis 
que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia tê-lo 
levado a alterar seu relatório. 
 
Gabarito: letra D. 
 
24. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização Atuária – 
SUSEP/2006) - adaptada - O auditor ao identificar eventos subsequentes 
deve considerar 
 
(A) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. 
(B) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no 
relatório de auditoria. 
(C) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a 
divulgação de informações nas notas explicativas. 
(D) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos 
de auditoria. 
(E) exclusivamente, ajustes que modifiquem a opinião do auditor. 
 
Resolução: 
 
Item A: Errado 
 
Existem dois tipos de eventos subsequentes que importam para o auditor 
independente, aqueles que demandam: 
 
• ajustes nas Demonstrações Contábeis; e 
• divulgação de informações nas notas explicativas. 
 
Portanto, o “somente” torna a assertiva errada. 
 
Item B: Errado 
 
Os eventos subsequentes não dizem respeito ao relatório de auditoria. 
 
Item C: Certo 
 
Perfeito. Vimos que eventos subsequentes são os eventos ocorridos entre a 
data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que 
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chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu 
relatório que possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a 
divulgação de informações nas notas explicativas. 
 
Item D: Errado 
 
O auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a 
data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório, 
portanto, assertiva errada. 
 
Item E: Errado 
 
Não são todos os eventos subsequentes que geram a modificação da opinião 
do auditor. 
 
Gabarito: letra C. 
 
25. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) - As seguintes opções constituem 
exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: 
 
(A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. 
(B) alteração do controle societário. 
(C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. 
(D) variação sazonal dos custos com insumos. 
(E) destruição de estoques em decorrência de sinistro. 
 
Resolução: 
 
Eventos subsequentes são acontecimentos que ocorrem entre a data de 
encerramento das demonstrações contábeis e a do relatório de auditoria e que 
afetam significativamente a posição patrimonial, financeira e o resultado das 
operações da empresa. 
 
Em outras palavras, são eventos inesperados, casos fortuitos que afetam as 
demonstrações relativas ao exercício que já se encerrou. 
 
As assertivas A, B, C e E são exemplos desses eventos. A assertiva D, por sua 
vez, não o é. Ora, a variação sazonal dos custos com insumos é algo esperado, 
corriqueiro, previsível pela entidade e pelo mercado. Dessa forma, não pode 
ser considerado um evento subsequente. 
 
Gabarito: D 
 
Bom, hoje paramos por aqui... 
Até a próxima semana! 
Abraços, 
Davi e Fernando. 
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08. (Cespe/TCU – Auditoria Governamental/2011) Se o auditor, no 
decorrer de seus exames, tiver constatado que o descumprimento a 
determinado princípio contábil provocou efeitos relevantes no patrimônio ou 
nos resultados da entidade, e se a entidade auditada tiver reconhecido e 
divulgado o fato em nota explicativa, o auditor estará dispensado de 
mencionar o referido fato em seu parecer, que poderá ser emitido sem 
ressalva. 
 
09. (Cespe/TCU – Orientação: Auditoria de Obras Públicas/2011) É 
condição necessária e suficiente para a emissão de um parecer de auditoria 
sem ressalvas que as demonstrações contábeis sejam preparadas de acordo 
com os princípios fundamentais da contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
 
10. (FCC/MPE PE/Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De 
acordo com a NBC TA 705, se houver impossibilidade de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente e o auditor julgar que o possível efeito desse 
fato sobre as demonstrações contábeis for relevante e generalizado, ele deve 
emitir um relatório (nova denominação doantigo parecer de auditoria): 
 
a) sem ressalva. 
b) com abstenção de opinião. 
c) com ressalva. 
d) adverso. 
e) limpo. 
 
11. (FCC/TRT4R-Anal.Jud.Contabilidade/2011) O processo de auditoria e 
a emissão de relatório de auditoria sem ressalva 
 
(A) não isenta o administrador e os agentes de governança das 
responsabilidades legais e normativas. 
(B) divide a responsabilidade pelas demonstrações contábeis com os 
administradores e transfere a responsabilidade de eventuais fraudes não 
constatadas, para a firma de auditoria. 
(C) exime da responsabilidade os administradores e a diretoria executiva da 
empresa, dividindo as responsabilidades com os agentes de governança. 
(D) não elimina a possibilidade de erros materiais e de distorções relevantes 
nas demonstrações contábeis. 
(E) elimina a responsabilidade dos agentes de governança das 
responsabilidades legais e normativas. 
 
12. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O auditor, 
durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo 
montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a 
emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as 
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demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as 
recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é 
 
(A) sem ressalva. 
(B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
(C) adverso ou com ressalva. 
(D) com abstenção de opinião ou com ressalva. 
(E) com limitação de opinião ou adverso. 
 
13. (FCC/Sefaz SP – APOFP/2010) Em uma auditoria em que não foi 
possível obter comprovação suficiente para fundamentar uma opinião, devido 
às limitações no escopo dos exames realizados, o auditor 
 
(A) não deve emitir qualquer parecer. 
(B) deve emitir um parecer adverso. 
(C) deve emitir um parecer com negativa de opinião. 
(D) deve emitir um parecer com ressalvas. 
(E) deve emitir um parecer sem ressalvas. 
 
14. (Cespe/ACE: Auditoria Governamental – TCU/2008) No processo de 
auditoria, após examinadas todas as evidências disponíveis, o auditor pode 
confiar, integralmente, na fidedignidade e na correção das demonstrações 
contábeis de uma entidade e, sempre que as evidências sejam insuficientes, o 
auditor deve fazer ressalvas em seu parecer. 
 
15. (ESAF/AFRFB/2012) Não é uma condição de exigência para que o 
auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. 
 
a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada. 
b) A auditoria realizada para propósitos especiais. 
c) As contingências relevantes e de grande monta, decorrentes de processos 
trabalhistas provisionadas e em discussão. 
d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. 
e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado. 
 
16. (FCC/ISS SP/2012) A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as 
demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com 
as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em 
controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa 
forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações 
contábeis deve 
 
(A) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as 
práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos 
emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. 
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(B) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis 
não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com 
as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
(C) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações 
financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
(D) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram 
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como 
essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
(E) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas 
adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas 
internacionais de contabilidade: IFRS. 
 
17. (FCC/MPE PE - Analista Ministerial – Ciências Contábeis/2012) De 
acordo com a NBC TA 705, se houver impossibilidade de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente e o auditor julgar que o possível efeito desse 
fato sobre as demonstrações contábeis for relevante e generalizado, ele deve 
emitir um relatório (nova denominação do antigo parecer de auditoria): 
 
(A) sem ressalva. 
(B) com abstenção de opinião. 
(C) com ressalva. 
(D) adverso. 
(E) limpo. 
 
18. (FCC/Nova Caixa – Contador/2011) Quando ocorrer incerteza quanto 
a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição 
patrimonial e financeira da entidade, mas que foi mencionado nas notas 
explicativas às demonstrações contábeis, o auditor deve 
 
(A) emitir parecer adverso. 
(B) adicionar parágrafo de ênfase em seu parecer sem ressalva. 
(C) emitir parecer com abstenção de opinião. 
(D) não emitir o parecer até ter maiores informações sobre o assunto. 
(E) emitir parecer com ressalva. 
 
19. (FCC/TCE PR – Analista de Controle Área Contábil/2011) Quando as 
demonstrações financeiras representam adequadamente a posição patrimonial 
e financeira, o auditor emite um parecer 
 
(A) conclusivo. 
(B) sem especificações. 
(C) extroverso. 
(D) finalístico. 
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(E) sem ressalva. 
 
20. (Cespe/CNJ/Analista Contabilidade/2013) Considere que uma 
auditoria tenha sido realizada no banco Alpha, um banco público, em junho de 
2011, período marcado pela crise da dívida soberana da zona do euro, o que 
provocou perda significativa nas operações com instrumentos financeiros 
derivativos. Nessa situação, o relatório da auditoria realizada durante esse 
período não deve mencionar esse fato, visto que os trabalhos devem se ater, 
exclusivamente, à análise das contas relativas ao exercício de 2010, prestadas 
ao órgão público de controle externo. 
 
21. (Cespe/SEDUC AM/Contador/2011) Caso os eventos subsequentes de 
efeitos relevantes já tenham acontecido, mas não tenham sido objeto de 
ajuste nas demonstrações contábeis, deve-se mencioná-los no parecer do 
auditor, fazendo que constem, ainda, em nota explicativa. 
 
22. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O período 
compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é 
denominado período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal 
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da materialidade 
dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser 
requeridos. Como exemplo disso, é possível citar perdas significativas em 
contas a receber e sentenças judiciais. 
 
Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a 
divulgação das demonstrações contábeis, é correto afirmar que 
 
(A) o auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as 
demonstrações contábeis. 
(B) o parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar

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