prova discursiva

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Alfabetização e Letramento
Questão A
Soares (2009, p. 18), destaca que letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever; é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. O letramento permite aos sujeitos adquirirem um novo estado ou condição resultante das mudanças nos aspectos linguístico, cognitivo, social e político. Diante desta reflexão e de acordo com o que foi estudado, sabemos sobre importância de uma sociedade letrada, sendo assim, qual a diferença entre alfabetização e letramento? Em sala de aula qual o papel do professor alfabetizador com relação a formar alunos letrados?
Para responder à questão, você deve produzir um texto entre 10 e 15 linhas. O texto escrito deve ser construído com base em suas ideias acerca do assunto estudado.
Questão B
Camila é uma aluna do terceiro ano do Ensino Fundamental, sendo uma aluna muito estudiosa, conta com o apoio da mãe que incentiva e estimula a filha a ampliar o seu conhecimento, oferecendo a ela diferentes práticas de leitura como, por exemplo, revistas em quadrinhos, livros infantis, jornais entre outros. Entretanto a mãe muito participativa na vida escolar da filha passou a observar que todas as atividades da disciplina de Língua Portuguesa eram realizadas na Cartilha e por esta razão argumentou com a Professora, por que o uso único e exclusivo da Cartilha nas atividades realizadas na sala de aula e também nas tarefas para casa?
Diante desta situação qual a sua opinião sobre a prática do trabalho desta Professora na disciplina de Língua Portuguesa? É possível haver alguma justificativa para que a Professora se utilize apenas da Cartilha? Levando em consideração a falta de material pedagógico em muitas escolas públicas, como a Professora netas condições, poderia enriquecer o conteúdo e diversificar nas atividades?
Para responder à questão, você deve produzir um texto entre 10 e 15 linhas .O texto escrito deve ser construído com base em suas ideias acerca do assunto estudado, fundamentado corretamente com o conteúdo abordado no material e vídeo aulas da disciplina.
Questão A
Ter conhecimento da importância de uma sociedade letrada é fundamental e necessário. Porém ao dizer que um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, implica na discrepância entre ambos ao mesmo tempo em que um não deve ser trabalhado separadamente do outro. Podemos perceber que alfabetização propõe ao indivíduo reconhecimento da leitura e da escrita enquanto que o letramento vai, além disso, pois proporciona a inclusão, tal qual começa muito antes da alfabetização. Seu início parte da interação com o mundo social e cultural e é desta forma que muitas crianças chegam à escola, com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no seu próprio cotidiano. E a escola por sua vez, tem sua parcela de importância para esta construção, porém o professor é o principal mediador, é o responsável pelo desenvolvimento da capacidade de leitura e escrita compreensiva do aluno, é aquele que vai proporcionar estratégias para que o indivíduo tenha acesso a todo o conhecimento possível de acordo com sua escolaridade. 
Para tanto, pode-se afirmar que as interações, a partir de finalidades objetivas, possibilitam à criança, o domínio de diferentes etapas da alfabetização da mesma forma que a conduz ao letramento.
Questão B
Na questão acima vimos o quanto é importante e até imprescindível o papel do professor para a construção e desenvolvimento de um aluno. E assim como sabemos que quadro e giz já não são atraentes para professores quanto menos para alunos, sabemos também que é necessário inovar e criar novos roteiros com metodologias diversificadas uma vez que o professor é o principal mediador para a alfabetização e letramento deste aluno. Acredito que a carência quanto ao material didático nas escolas públicas não seja algo justificável, pois existem outras formas de agregar conhecimentos, e neste contexto já temos algo bem positivo e raro que é a participação da mãe no processo de aprendizagem da criança. Diante da diversidade disponibilizada ao professor torna-se difícil encontrar uma justificativa para tal atitude. A vasta gama de possibilidades hoje nos proporciona sim trabalhar de forma que façamos a diferença, seja com material reciclado, contagem de histórias, dentre outros. A Língua portuguesa principalmente, por estar presente em todas as outras disciplinas traz consigo inúmeras propostas que tornarão a aula dinâmica, criativa, interacional e inovadora. Percebe-se que a maior necessidade é a mudança de mentalidade, saber que podemos criar e recriar e não ater-se ao que é limitado. 
Pesquisa da Prática Pedagógica
Questão A
Os materiais e recursos didáticos tem uma nova perspectiva na sociedade, na escola e nos processos de aprendizagem, pois tomam para si uma função capaz de provocar ou garantir a necessária interatividade do processo ensino aprendizagem. Segundo Aran (1990), os materiais didáticos podem cumprir as seguintes funções: inovadora, motivadora, estruturada, configuradora, controladora, solicitadora, formativa, de depósito e de produto. Escolha e escreva um texto contendo de 10 a 15 linhas a respeito de três funções, segundo Aran, dando exemplos de cada uma.
Questão A
Compreende-se como afirmado na questão acima, que os materiais didáticos compõem o importante papel formador dentro do contexto ensino e aprendizagem. Partindo desta inferência, pode-se afirmar que tais instrumentos organizam e objetivam sistematicamente a construção do conhecimento em sala de aula, de maneira a proporcionar subsídios tanto para o professor quanto para o aluno. Logo, serão citadas algumas funções que se complementam e ocasionam interações dentro do processo abordado, tais quais a Inovadora, a Controladora e a Configuradora. A primeira faz uso do avanço da tecnologia que é tão presente em nossas vidas, onde o material didático adequa-se às necessidades de seus usuários. A segunda por ser controladora do que será ensinado organiza sistematicamente conteúdos e proporciona a professor e aluno a viabilização do conhecimento. A última atrai a atenção do aluno por sua forma de abordagem e por ser configuradora da relação do mesmo com o conteúdo, tornando o processo em algo diferente e agradável. Portanto ao mesmo tempo em que é perceptível a conectividade e a importância de cada uma destas funções, obtém-se a afirmativa da importância do material metodológico para o processo ensino aprendizagem. 
Questão B
Atividade Prática 
Sabemos que um dos principais desafios dos professores da educação básica hoje em dia é ensinar a leitura, mas não somente para decifrar códigos, mas sim para ler com prazer compreendendo o significado da leitura realizada, pois com o avanço das tecnologias do mundo moderno, cada vez menos as pessoas interessam-se pela leitura. A leitura é fundamental, seja para distração, para estudar, se informar, pois ela amplia o vocabulário, melhora o raciocínio e também é fundamental para uma boa interpretação.
Agora vou propor um desafio para você, vamos colocar em prática os seus conhecimentos: você irá realizar uma pesquisa em um livro didático do 2º ano  do Ensino Fundamental (pode ser do seu filho, irmão, do vizinho, ou mesmo pesquisar em uma escola) Você vai verificar, de que forma está estruturado o livro didático: De que forma contempla a leitura? Há textos destacando sobre os gêneros textuais? Há interpretação de texto da leitura realizada? Ou são somente exercícios mecânicos? A linguagem, o vocabulário e a construção das frases são acessíveis e compatíveis com a série em questão? E as atividades são claras e ajudam o aluno a entender o conteúdo?
Questão B
O livro didático a ser relatado compõe a biblioteca da Escola de Ensino Fundamental na qual trabalho. Diante da pesquisa do mesmo foi percebida uma grande divergência quanto à realidade das crianças, embora essanão seja a análise em questão. Porém sua linguagem é simples e de fácil compreensão e desta forma não instiga o aluno a pensar, a recriar. É composto de uma sistematização do alfabeto com menções de palavras referenciadas pelo mesmo dentre outras contextualizações. Entretanto os gêneros textuais estão presentes, apesar de contraditórios quanto aos exercícios e interpretações mecânicos. Cantigas e ilustrações fazem parte de sua composição, as páginas são bem coloridas tornando-as atraentes ao visual dos alunos. Sua estrutura está compatível com a série trabalhada bem como sua linguagem acessível e compreensível. Mas acredita-se que este instrumento, para subsidiar o professor deve ir além, de maneira a trabalhar o aluno dentro do contexto da sua realidade, com perguntas que o levem a pensar, a construir e formar ideias (claro que dentro do seu grau de escolaridade). Pois desta forma sim, ele assimilará, guardará em sua memória conjunturas que compõem a sua própria história. Contudo, ao sentir-se parte do próprio objeto de estudo, o que vai tornar o processo diferente e agradável, tão logo sua mente vai expandir e pender para o conhecimento. 
Educação em Espaço não Escolar e os Cenários da Diversidade
Questão A
A educação formal se desenvolve, predominantemente, em espaços escolares, sua atuação se organiza no tempo do ano letivo, atualmente determinado pela legislação em 200 dias/800 horas, esse é o tempo escolar. Estabeleça uma comparação apresentando as características que diferenciam a educação formal da educação não formal no que diz respeito aos quesitos tempo e espaço. Discorra entre 10 e 15 linhas. 
Questão A
A educação formal traz o desenvolvimento em seu contexto escolar, pois seu ambiente, seu espaço, objetiva proporcionar categoricamente e hierarquicamente um planejamento de aprendizagem. Compreende de vários espaços e lugares, seu modelo não é único, porém é abrangente e ocorre sistematicamente de forma a ampliar a formação pessoal e profissional. A educação não formal já revela e desconstrói toda a sistematização educacional, onde seguir um padrão ou um currículo pré-definido embasado por normas e diretrizes não é sua prioridade. Aqui seu conceito é amplo e vai muito além dos muros ou paredes da escola, podendo desenvolver-se em diversos espaços, sua modalidade é crescente embora pouco explorada. Entretanto, diante das peculiaridades da educação formal e não formal, ambas têm sua importância quando vistas de maneira particular. 
Questão B
O filme “Escritores da Liberdade”, comédia dramática baseada em fatos reais, do diretor Richard LaGravenese (EUA/2007) apresenta uma professora que tenta valorizar o conhecimento adquirido nas ruas e em casa pelos alunos, traduzindo a problemática racial, a desigualdade social e a exclusão como fonte de aquisição de saber. Por meio da discussão de cor/raça, a professora transforma a relação de aprendizagem de seus alunos, a partir do processo de escrita da história de cada um deles, por eles mesmos. Você acredita que esse exemplo poderia ser bem sucedido em uma escola de ensino médio da periferia de uma capital brasileira? Justifique sua resposta em um texto composto de 10 a 15 linhas.
Questão B
Partindo do pressuposto de que a sala de aula é um desafio constante, é notório que paradigmas precisam ser quebrados, o tradicional precisa ser extinto, embora aparentemente já o tenha sido, vimos que, na realidade ainda é bem presente algumas de suas características, como nos mostra o comportamento contrário da diretora quanto à metodologia diferenciada da professora. Com certeza, ainda existe uma grande barreira para ser quebrada no que tange a Educação diferenciada e trabalhada de acordo com a necessidade do aluno. Acredito sim que tal comportamento e metodologia utilizados trarão grandes diferenças não só para o contexto educacional, mas também para o crescimento e aprendizagem desse aluno. 
Então, quando ampliamos nossa visão de mundo, percebemos e compreendemos que alunos são, antes de serem alunos, são seres humanos que trazem em sua bagagem um contexto histórico na maioria das vezes trágico e que, se o mundo os hostiliza, os coloca em uma redoma, a educação que é o principio da formação, não precisa agir da mesma forma.
Libras
Questão A 
Mesmo em tempos onde a inclusão é extremamente abordada, muitas pessoas ainda identificam os surdos como sujeitos incapazes, deficientes. Historicamente fazem uso de termos pejorativos como surdo-mudo, mudinho e não conhecem os direitos desses sujeitos garantidos por lei, entre eles o modo como devem ser chamados. Portanto, os pesquisadores da área e mesmo os documentos normativos evidenciam que todo cidadão brasileira precisa ter acesso e conhecimento dos termos usados para identificar os sujeitos. Por meio do Decreto 5626/05, considerado o documento mais importante em relação a esses sujeitos, em seu artigo 2, surdos e deficientes auditivos são definidos, de modo que não cabe mais uso de termos pejorativos como surdinho, mudinho e outros com a desculpa de desconhecimento. Para respaldar essa afirmativa, destaque qual o termo a ser utilizado para o sujeito tanto no contexto educacional quanto social e justifique sua resposta:
Questão A
É notório o quanto a sociedade só busca conhecer o que lhe causa interesse. Desta forma é correto afirmar que somente alguns profissionais da área afim são sabedores e fazem uso do termo correto que referencia o sujeito em questão, tal qual denominado surdo. De acordo com o Decreto 5626/05 em seu artigo 2, pode-se obter esta afirmativa o que é uma obrigatoriedade de todo cidadão independente da sua condição, ser e estar ciente das leis que regem seu país. Para tanto é inaceitável que, principalmente os profissionais educacionais sejam leigos quanto a utilização do termo em questão. Uma vez que a criação desta Lei foi um marco para a comunidade surda brasileira, pois representou um avanço no que diz respeito quanto ao acesso à comunicação social e á informações. Partindo de tais pressupostos, fica claro que o desenvolvimento do sujeito em questão, depende e muito da valorização direcionada a cada um, a iniciar-se na utilização do termo correto (ao se dirigir aos mesmos) em vez de uso dos termos depreciativos. 
Questão B
A professora adentra na sala e começa sua aula, Paulo, apresenta surdez, mostra-se distraído não percebe que a aula começou, essa situação vem se tornando constante. Ela resolve chamá-lo pelo nome em um tom alto e áspero, por vezes, o traz e coloca-o sentado. Paulo vira-se, rindo, aparenta estar alheio ao acontecido. Ele é sempre disperso, atrasado, não responde aos chamados, dificilmente completa as atividades. Enquanto a professora explica no quadro, ele comunica-se com os colegas através de sinais. Observa-se que Paulo atrapalha o aprendizado da turma toda. Como metodologia, o professor leva vários desenhos para que Paulo pinte e revistas para recortar afim de que os colegas possam realizar suas interpretações e produções textuais sem interferência, já que  Paulo é o primeiro aluno surdo com quem ela trabalha, e ela acredita que ele não sabe língua portuguesa e na sala é o único a utilizar língua de sinais. Seu professor está aflito, pois, tanto quanto Paulo está cansado de tanto recorte e pintura, será que Paulo tem algum potencial? É a pergunta que ele se faz todos os dias.” Quando estudamos sobre a surdez e a aprendizagem, compreendemos que os surdos são sujeitos capazes, porém, muitas vezes a escola não está preparada para recebê-los. O que você sugere para amenizar a angústia do professor? Será que a metodologia e postura que ela adotou estão coerentes?  Comente entre 10 e 15 linhas.
Questão B
É notório neste contexto o quão desafiador é vivenciar a inclusão dos surdos tanto na comunidade escolar como também fora dela. E, ao fazer uma abordagem sobre a educação dos mesmos e como ela vem se desenvolvendo dá-se um direcionamento para tornar conhecida as suas necessidades entre elas as questões sociais e culturais. Ficaperceptível que os surdos muitas vezes não são vistos pela própria sociedade educacional por suas potencialidades, porém sim, por suas limitações e condições, de maneira a revelar uma definição totalmente errada acerca de suas capacidades, ocasionadas pelo inacesso ao desenvolvimento. E nesta conjuntura é possível afirmar que a docente necessita de um (a) professor (a) auxiliar, bem como pode fazer uso da sala multifuncional disponibilizada para este atendimento. Poderá ainda trabalhar de forma diferenciada com este aluno, através de um planejamento bem elaborado em junção com a docência da sala multifuncional e auxiliar. Por outro lado, quando a escola é de total carência e não possuidora dos atributos acima citados, acredita-se que esta profissional deveria procurar ajuda, se capacitar para atender melhor o aluno, uma vez que recebe auxílio para desempenhar com êxito sua função. Portanto, não há limitações quando se tem força de vontade e disposição para aprender e transmitir o que se aprende.