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Deus autor do mal

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G A BRIE L RE IS
I N S T I T U TO D E F I L O S O F I A E C I Ê N C I A S S O C I A I S – U F R J
F I L O S O F I A
O MAL E A GLÓRIA DE 
DEUS
FILOSOFIA
▪ A PALAVRA FILOSOFIA significa, etimologicamente, "o
amor à sabedoria".
▪ FILOSOFIA é a tentativa disciplinada de articular e
defender uma visão de mundo.
POR QUE ESTUDAR FILOSOFIA?
1. Os cristãos geralmente precisam melhorar a qualidade do seu 
pensamento, particularmente sua argumentação.
2. Os desafios mais difíceis para o pensamento cristão vieram da 
disciplina da filosofia.
3. Somos chamados a estarmos preparados para dar a razão da nossa 
esperança (1Pedro 3:15), defender a nossa fé (Jd. 3) e atacar os 
pensamentos incrédulos com a autoridade de Cristo (2Co. 10:4-5) a 
fim de que os pecadores se rendam. 
4. Precisamos redimir a filosofia para a glória de Deus. O senhorio de 
Deus se aplica a todas as atividades humanas, e conhecer é uma 
dessas. 
O QUE FAREMOS NA OFICINA?
1. Vermos algumas perguntas que as pessoas leigas fazem e 
que os filósofos apresentam de maneira criteriosa.
2. Iremos traduzir a linguagem bíblica para a linguagem 
filosófica. 
O MAL NA HISTÓRIA
O final do século 20 exibe uma quantia absolutamente 
terrível e variedade do sofrimento e do mal.
A Bíblia não esconde essa realidade. Veja os Salmos e no 
livro de Jó,.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Capítulo III DOS ETERNOS DECRETOS DE DEUS:
I. Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua 
própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, 
porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a 
vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas 
secundárias, antes estabelecidas. Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; 
Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 
e 27:23, 24, 34.
II. Ainda que Deus sabe tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as 
circunstâncias imagináveis, ele não decreta coisa alguma por havê-la 
previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais 
condições. At. 15:18; Prov.16:33; I Sam. 23:11-12; Mat. 11:21-23; Rom. 9:11-
18.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Capítulo III DOS ETERNOS DECRETOS DE DEUS:
III. Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, 
alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida 
eterna e outros preordenados para a morte eterna. I Tim.5:21; 
Mar. 5:38; Jud. 6; Mat. 25:31, 41; Prov. 16:4; Rom. 9:22-23; Ef. 
1:5-6.
IV. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e 
preordenados, são particular e imutavelmente designados; o 
seu número é tão certo e definido, que não pode ser nem 
aumentado nem diminuído. João 10: 14-16, 27-28; 13:18; II 
Tim. 2:19.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Capítulo III DOS ETERNOS DECRETOS DE DEUS:
V. Segundo o seu eterno e imutável propósito e segundo o santo conselho e 
beneplácito da sua vontade, Deus antes que fosse o mundo criado, escolheu em 
Cristo para a glória eterna os homens que são predestinados para a vida; para o 
louvor da sua gloriosa graça, ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor, e não 
por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de qualquer outra coisa 
na criatura que a isso o movesse, como condição ou causa. Ef. 1:4, 9, 11; Rom. 8:30; II 
Tim. 1:9; I Tess, 5:9; Rom. 9:11-16; Ef. 1: 19: e 2:8-9.
VI. Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele 
concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder 
sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça, foi 
Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus 
pecados. Mat. 11:25-26; Rom. 9:17-22; II Tim. 2:20; Jud. 4; I Pedro 2:8.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Capítulo IV, DA PROVIDÊNCIA
I. Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível 
presciência e o livre e imutável conselho da sua própria 
vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o 
louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e 
misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas 
criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a 
menor. Nee, 9:6; Sal. 145:14-16; Dan. 4:34-35; Sal. 135:6; Mat. 
10:29-31; Prov. 15:3; II Cron. 16:9; At.15:18; Ef. 1:11; Sal. 33:10-
11; Ef. 3:10; Rom. 9:17; Gen. 45:5.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Capítulo IV, DA PROVIDÊNCIA
IV. A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de 
tal maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a 
primeira queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto 
não por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus 
próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e 
governa em uma múltipla dispensarão mas essa permissão é tal, que a 
pecaminosidade dessas transgressões procede tão somente da criatura e 
não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do 
pecado nem pode aprová-lo. Isa. 45:7; Rom. 11:32-34; At. 4:27-28; Sal. 
76:10; II Reis 19:28; At.14:16; Gen. 50:20; Isa. 10:12; I João 2:16; Sal. 50:21; 
Tiago 1:17.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
CAPÍTULO VI DA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO 
SEU CASTIGO
I. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e 
tentação de Satanás, pecaram, comendo do fruto proibido. 
Segundo o seu sábio e santo conselho, foi Deus servido 
permitir este pecado deles, havendo determinado ordená-
lo para a sua própria glória. Gen. 3:13; II Cor. 11:3; Rom. 
11:32 e 5:20-21.
TÓPICOS DA OFICINA
• Problema Lógico do Mal
• Problema Evidencial do Mal
• Problema da Soberania Exaustiva, autoria do mal e 
responsabilidade humana.
• Problema do Inferno
• Problema Existencial do Mal
PROBLEMA LÓGICO DO MAL DO MACKIE
1) Deus é onipotente, onisciente e sumamente bom.
2) O mal existe.
Bem é oposto ao mal, de tal forma que: 3) “Uma coisa boa, na medida em que 
pode [e sabe], sempre elimina o mal;”
Além disso, 4) “Não há limites ao que uma coisa onipotente pode fazer.” 
Segue-se que 5) “Uma coisa boa, [onisciente] e onipotente elimina 
completamente o mal.” (3, 4)
Portanto, 6) “A existência de uma coisa boa, [onisciente] e onipotente e a 
existência do mal são proposições incompatíveis.” (p.201) (2, 5)
Logo, dado a existência incontestável do mal, 7) Não há uma coisa boa, 
onisciente e onipotente. (2, 6)
POSSÍVEL RESPOSTA QUE O MACKIE LIDA
• Mackie diz que uma das alternativas teístas de resposta 
é afirmar que o mal existe por causa do livre-arbítrio de 
criaturas humanas. Além disso, é melhor um mundo com 
criaturas livres que tenham a possibilidade de fazer o 
mal do que criaturas totalmente determinadas que 
sempre fazem o bem. Assim, a existência do mal, em 
certo sentido, se dá em razão de um bem maior, 
nomeadamente, a liberdade da vontade das criaturas. 
MUNDOS POSSÍVEIS
• Mundo Possível é uma situação hipotética.
• Geralmente é uma maneira dos filósofos testarem uma 
ideia para ver se é lógica, indagando se ela existiria em 
um mundo possível semelhante ao nosso.
TIPOS DE PROPOSIÇÕES
• Proposições verdadeiras: aquelas que são verdadeiras no mundo 
real.
• Proposições Falsas: aquelas que são falsas no mundo real.
• Proposições Impossíveis (ou necessariamente proposições 
falsas): são aqueles que não são verdadeiras no mundo possível.
•Proposições Necessariamente verdadeiras (ou simplesmente 
proposições necessárias): são aquelas que são verdadeiras em 
todos os mundos possíveis.
•Proposições Contingentes: são aquelas que são verdadeiras em 
alguns mundos possíveis e falsas em outros
POSSÍVEL RESPOSTA QUE O MACKIE LIDA
• Dado que não há contradição em um mundo em que criaturas livres sempreescolhem o bem em todas as circunstâncias,
1) Há mundos possíveis em que há criaturas livres que sempre escolhem o bem 
em todas as circunstâncias.
2) Uma coisa boa, onisciente e onipotente pode e quer criar um mundo que 
contenha criaturas significativamente livres que sempre escolhem o bem em 
todas as circunstâncias.
•E como observamos claramente
3) O mundo atual contém criaturas livres que escolhem o mal. 
•Portanto,
4) Não há uma coisa boa, onisciente e onipotente. 
RESPOSTA DE ALVIN PLANTINGA AO MACKIE
• R: Deus criou um mundo contendo bem moral; mas, não 
estava dentro de Seu poder criar um mundo contendo bem 
moral sem criar um contendo mal moral, já que toda essência 
sofre de Depravação Transmundana.
•Para uma determinada essência sofrer de depravação 
transmundana é que ela seja tal que se Deus tivesse criado a 
pessoa, e tivesse dado a ela liberdade significativa, então não 
importava as circunstâncias em que Deus a colocasse, ela iria 
errar com respeito a pelo menos uma ação, desde que Deus a 
deixasse livre de maneira significativa. 
RESPOSTAS AO PLANTINGA
• R.M. Adams (1977) dirigiu sua crítica ao Plantinga
dando ênfase na discussão filosófica que gira em torno 
dos contrafactuais. Ele pensa que não há contrafactuais
de liberdade que possuem valor de verdade. 
Contrafactual é o evento que não aconteceu, mas 
poderia ter acontecido. 
•Afinal, se um contrafactual de liberdade tem um valor 
de verdade, o que o torna verdadeiro?
RESPOSTAS AO PLANTINGA
• Swinburne (1998 p.138) escreve: Considere um agente livre J diante de uma escolha 
acerca de fazer x ou não x amanhã; e qualquer pré-conhecedor G. Se G soubesse hoje o 
que J fará amanhã, ele terá uma crença sobre isso – pois conhecimento implica crença. 
Dado que, por necessidade lógica, o passado não é afetado por ações presentes (causas 
não podem seguir seus efeitos), então a crença de G hoje será o que é antes e 
independentemente do que J faz amanhã. No entanto, o que J faz amanhã depende da 
escolha de J amanhã. Se J é de fato livre, ele é livre para fazer a crença de G, seja ela 
qual for, falsa. Ele pode não fazer isso, mas ele tem o poder de fazê-lo, e assim a crença 
de G não pode ser necessariamente verdadeira e, portanto, não pode ser um 
conhecimento incorrigível. Se ninguém pode ter conhecimento incorrigível das ações 
livres futuras de agentes reais, a fortiori eles não podem saber o que farão em 
circunstâncias não atualizadas, muito menos que possíveis agentes não atualizados 
farão. Se ninguém pode fazer tudo isso, nem Deus pode.
RESPOSTAS AO PLANTINGA
• Swinburne também nota que Deus poderia dar-lhes liberdade somente nos 
momentos que ele prevê os agentes escolhendo livremente o que é certo de 
maneira que tirasse a liberdade das criaturas quando previsse que eles fariam 
algo de errado. 
• Steven Boer (1978) notou que as vezes as tentativas de pessoas más de agirem 
maldosamente neste mundo falham por várias razões, como falta de bom 
planejamento, imprevistos, sorte ou coisas semelhantes. 
• Por via semelhante, David Lewis (1993) diz que mesmo que tenhamos livre-
arbítrio libertário, Deus ainda poderia ter agido de modo a evitar as 
consequências de nossas decisões. 
UMA RESPOSTA MAIS ECONÔMICA
1) Deus é onipotente, onisciente e sumamente bom.
2) O mal existe.
5) uma coisa boa, onisciente e onipotente elimina completamente o mal.
(5) É uma proposição necessária? Uma proposição é necessariamente verdadeira 
se for impossível que seja falsa, ou se a sua negação não for possivelmente 
verdadeira.
UMA RESPOSTA MAIS ECONÔMICA
(1B) O objeto na minha mão direita é uma moeda.
(2B) O objeto na minha mão direita não é cinco centavos.
(3B) Toda moeda na minha mão direita é uma moeda de cinco centavos.
A partir de (1B) e (3B), podemos derivar
(4B) O objeto em minha mão direita é uma moeda de cinco centavos. 
(4B) em conjunção com (2B) é uma explicita contradição. 
UMA RESPOSTA MAIS ECONÔMICA
Será que (5) é de fato uma verdade necessária? Por que pensar que uma coisa 
boa, onisciente e onipotente não permitiria o mal? Rowe (2007) escreveu:
“Em nossa própria experiência sabemos que o mal às vezes está conectado com 
o bem de tal maneira que somos impotentes para alcançar o bem sem permitir o 
mal. Além disso, em tais casos, o bem às vezes supera o mal, de modo que um 
ser bom intencionalmente permite que o mal ocorra a fim de realizar o bem que 
o supera.” (p. 116)
Portanto, uma vez que uma proposição é necessariamente verdadeira se a sua 
negação não for possivelmente verdadeira, e é possível que um ser bom, 
onisciente e onipotente não possa impedir a ocorrência de um mal sem perder 
um bem maior, então não é uma verdade necessária a afirmação de que um ser 
bom, onisciente e onipotente elimina completamente o mal. 
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a 
conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos 
de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a 
conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que 
para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem 
também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os 
gentios? 
(Rom. 9:22-24 ARA)
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
Um desenvolvimento dessa defesa precisa mostrar que a 
glória divina tem duas características: primeiro, que é 
tremendamente bom, bom o suficiente para valer a pena 
permitir o mal moral em nosso mundo por sua causa e, 
segundo, que não pode existir sem o mal que existe, ou pelo 
menos que certos tipos ou quantidades de glória não podem 
existir sem o mal que existe.
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
O QUE É A GLÓRIA DIVINA?
Tomás de Aquino diz que a glória é uma "manifestação da 
bondade de alguém" e assim podemos concluir que a glória 
de Deus é uma manifestação da bondade de Deus. 
O que é exatamente isso por bondade de Deus para ser 
“manifesta” ou “exibida”? Aquino considera principalmente 
a "manifestação" de bondade envolvida na glória como uma 
espécie de bem epistêmico, um estado mental por aqueles 
que apreciam e conhecem o bem. 
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
O QUE É A GLÓRIA DIVINA?
Jonathan Edwards, no entanto, pensa que a resposta da 
apreciação é apenas um "momento", como ele diz, da coisa 
complexa maior que é a glória. Outro "momento" de glória, 
outro tipo de "manifestação" de bondade, é a ação espetacular 
que constitui uma realização ou expressão da natureza e caráter 
de Deus. Um terceiro "momento" de glória, uma terceira coisa a 
que o termo glória pode se referir, é a própria excelência que é 
(e merece ser) manifestada em ação e apreciada.
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
PORTANTO, HÁ DOIS ASPECTOS DA GLÓRIA DIVINA:
(1) Os bens epistêmicos (conhecimento, apreciação, 
compreensão, etc.) associados à apreensão dessas 
excelentes obras.
(2) As excelentes obras que expressam as excelências de 
Deus
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
Deus pretende criar um mundo; para fazê-lo, ele deve 
atualizar um mundo possível. Ele considera todos os 
inúmeros mundos possíveis, cada um com seu próprio grau 
de excelência ou valor. 
Como devemos pensar no valor ou bondade de um mundo 
possível?
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
Primeiro, qualquer mundo em que Deus existe é 
enormemente mais valioso do que qualquer outro mundo 
em que ele não exista. 
Segundo, dada a verdade da crença cristã, no entanto, há 
também uma característica contingente do nosso mundo -
uma que não está presente em todos os mundos - que se 
eleva enormemente acima de tudo o resto dos estados de 
coisas contingentes incluídos em nosso mundo: o grande e 
inimaginável bem da Encarnação e Expiação divina.
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
(1) Porque Deus é ilimitado em bondade e santidade, assim 
como em podere conhecimento; essas propriedades, além 
disso, são essenciais para ele; e isso significa que Deus não 
apenas criou um mundo que é muito bom, mas que não há 
condições sob as quais ele teria criado um mundo que é 
menos do que muito bom. Qualquer mundo em que Deus 
exista é, no bom sentido, infinitamente valioso. Não importa 
o quanto o pecado, o sofrimento e o mal o mundo contém, 
ele é largamente superado pela glória de Deus.
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
(2) Qualquer mundo com encarnação e expiação é um mundo melhor 
do que qualquer outro sem ele. Não importa quanto mal, quanto 
pecado e sofrimento um mundo contém, a maldade agregada seria 
superada pela bondade da encarnação e da expiação, superada de tal 
maneira que o mundo em questão é muito bom. 
Expiação é, entre outras coisas, uma questão de as criaturas serem 
salvas das consequências de seus pecados; portanto, se não houvesse 
mal, não haveria pecado, nenhuma consequência do pecado para ser 
salvo e, portanto, nenhuma expiação. Portanto, uma condição 
necessária da Expiação é o pecado e o mal.
A DEFESA DA GLÓRIA DIVINA
"Por que Deus permite o mal?" 
R: porque ele queria atualizar um mundo possível cujo valor 
fosse maior que X; mas todos esses mundos possíveis 
contêm Encarnação e Expiação; Portanto, todos esses 
mundos contêm o mal.
“Por que Deus permitiu a queda?” 
R: para a sua glória se revelar na encarnação e expiação.
O ARGUMENTO EVIDENCIAL DO MAL DE 
WILLIAM ROWE
SILOGISMO PRINCIPAL:
1. Há casos de sofrimento intenso que um ser onipotente e onisciente 
poderia ter impedido sem que com isso fosse perdido algum bem maior 
ou permitido algum mal igualmente mau ou pior. (premissa)
2. Um ser onisciente e totalmente bom impediria a ocorrência de 
qualquer sofrimento intenso que pudesse, a não ser que não pudesse 
fazê-lo sem que com isso fosse perdido algum bem maior ou permitido 
algum mal igualmente mau ou pior. (premissa)
3. (Portanto) Não existe um ser onipotente, onisciente e totalmente 
bom. (1, 2)
O ARGUMENTO EVIDENCIAL DO MAL DE 
WILLIAM ROWE
SILOGISMO SUBSIDIÁRIO:
1. Existem casos de sofrimento intenso para os quais não 
encontramos bens maiores que seriam perdidos ou males 
igualmente maus ou piores que seriam permitidos se um ser 
perfeito impedisse aqueles casos de sofrimento. (premissa)
2. (Portanto) Existem casos de sofrimento intenso para os quais 
não há bens maiores que seriam perdidos ou males igualmente 
maus ou piores que seriam permitidos se um ser perfeito fosse 
impedir aqueles casos de sofrimento. (1)
O ARGUMENTO EVIDENCIAL DO MAL DE 
WILLIAM ROWE
SILOGISMO PRINCIPAL:
1. Há casos de sofrimento intenso que um ser onipotente e onisciente 
poderia ter impedido sem que com isso fosse perdido algum bem maior 
ou permitido algum mal igualmente mau ou pior. (premissa)
2. Um ser onisciente e totalmente bom impediria a ocorrência de 
qualquer sofrimento intenso que pudesse, a não ser que não pudesse 
fazê-lo sem que com isso fosse perdido algum bem maior ou permitido 
algum mal igualmente mau ou pior. (premissa)
3. (Portanto) Não existe um ser onipotente, onisciente e totalmente 
bom. (1, 2)
DUAS VIAS DE RESPOSTAS
Os teodicistas argumentaram que podemos identificar os bens 
maiores que justificam o sofrimento intenso no nosso universo. Ao 
passo que o outro grupo, conhecidos por teístas céticos, 
argumentam que não devemos esperar que nós, com mentes finitas, 
possamos discernir as razões pelas quais um ser onipotente, 
onisciente e sumamente bom com uma mente infinita permite uma 
grande quantidade de sofrimento intenso que ocorre em nosso 
mundo.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Em seu artigo, Wykstra começa discutindo o que Rowe quer dizer 
por “parecer” quando diz que há casos de sofrimento que “não 
parecem possibilitar qualquer bem maior”.
Ele identifica que há um apelo implícito de Rowe ao que Richard 
Swinburne chama de “Princípio de Credulidade”: Se parece a S que 
P, então S é prima facie racional ao acreditar que P.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Embora existam casos em que as aparências apoiam a crença 
racional, isso nem sempre é assim. Wykstra (1984) nos faz pensar na 
seguinte situação: 
◦ Procurando por uma mesa, você olha por uma porta. A sala é muito 
grande – digamos, do tamanho do hangar de um Boeing – é está cheia 
de tratores, elefantes empalhados, carros, e outros objetos que 
obstruem a sua visão. Vendo da porta essa bagunça, e não vendo 
nenhuma mesa, você dirá: “Não parece haver uma mesa na sala”?
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Wykstra (1984) funda um princípio que ele chama de Condição de 
Acesso Epistêmico Razoável, que rotularei de CAER . Ele expressa da 
seguinte maneira:
Com base na situação cognitiva s, um humano H está autorizado a 
afirmar “Parece que p” somente se for razoável para H acreditar 
que, dadas as suas faculdades cognitivas e o uso que faz delas, se p 
não fosse o caso, s seria provavelmente diferente do que é em 
alguma medida discernível para H.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Segundo Swinburne, dizer “parece que p” é “descrever o que o sujeito 
está inclinado a acreditar com base na sua experiência sensorial corrente”. 
De modo que, diz Swinburne,
se digo “o barco parece se mover”, estou dizendo (i) que estou inclinado 
a acreditar que o barco se move, e (ii) que é a minha experiência 
sensorial corrente o que me leva a ter essa inclinação a acreditar.
CAER requer uma modificação na análise de Swinburne. É adicionar uma 
terceira cláusula para que CAER seja verdadeira. A terceira clausula é:
(iii) que aceito haver aí uma conexão indiciária entre o que estou 
inclinado a acreditar e a situação cognitiva que me inclina a assim 
acreditar.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Para ilustrar a diferença que a terceira clausula faz, Wyksra (1984) oferece 
o seguinte exemplo:
◦ imagine um homem, Mort, que, acerca de qualquer mulher que não sorria 
constantemente ao conversar com ele, fica inclinado a acreditar “Esta 
mulher me odeia”. Suponha ademais que Mort tenha se conscientizado por 
meio da psicanálise de que essa disposição para formar crenças não é fiável, 
sendo o produto de certos traumas psicológicos em sua infância. Agora, 
falando com uma mulher normal (i.e., uma que não sorria constantemente), 
Mort sente a inclinação para acreditar que a mulher o odeia; mas ele 
também lucidamente sabe que essa inclinação é patológica, e não é devida 
ao comportamento da mulher, comportamento que de nenhum modo seria 
indício do seu ódio por ele.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Ele continua:
◦ Suponha agora que não seja razoável eu acreditar que se p não fosse o caso, 
s seria diferente de alguma forma discernível daquilo que é. Ou seja 
(sumariamente): suponha que não seja razoável eu acreditar que a 
“condição de acesso epistêmico” é satisfeita. Nesse caso, dificilmente pode 
ser razoável eu acreditar que uma conexão indiciária existe entre o que 
estou inclinado a acreditar e a situação cognitiva que me inclina a acreditar. 
Portanto, se não for razoável eu acreditar que a condição de acesso 
epistêmico é satisfeita, então não estou autorizado a dizer “parece que p”. 
Logo, para estar autorizado (pelo conhecimento de s) a dizer “parece que p”, 
deve ser razoável eu acreditar que se não fosse o caso que p, então s seria 
provavelmente diferente de forma discernível daquilo que é.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Daniel Howard-Snyder (1992) nota que essa passagem revela dois 
princípios epistêmicos sobre os quais CAER se baseia.
(1) Condição de Tomada: para que alguém tenha o direito de alegar 
“parece que p” em determinada situação s, é necessário ter conexão 
indiciária entre p e s. 
(2) Princípio da Diferença Discerníve É razoável um agente humano 
assumir que existe conexão indiciária entrep e s apenas se for razoável 
para o agente humano acreditar que, dada as suas faculdades cognitivas 
e o uso que faz delas, se p fosse falso, s seria provavelmente diferente 
para o agente humano de alguma maneira.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
A questão que CAER nos coloca ao pensar no sofrimento do cervo 
que aparentemente é um mal gratuito é: 
Se houvesse um bem maior do tipo em questão, conectado de 
maneira adequada aos casos de sofrimento como esse, quão 
provavelmente isso pareceria ser assim para nós?
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Wykstra (1996) resume sua aplicação para Rowe em dois estágios. 
(1) Uma situação de “não ver X” justifica a afirmação de que 
“parece não haver X” apenas se for razoável acreditar que X é algo 
ao qual provavelmente teríamos “acesso epistêmico” à situação.
(2) Há uma razão para pensar que um bem justificador de Deus 
para o sofrimento do cervo provavelmente não seria visível. E a 
razão é a disparidade entre a visão de Deus e a nossa, análoga a de 
um pai e seu bebê de um mês de idade.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Silogismo subsidiário de Rowe:
1. Existem casos de sofrimento intenso para os quais não encontramos bens 
maiores que seriam perdidos ou males igualmente maus ou piores que seriam 
permitidos se um ser perfeito impedisse aqueles casos de sofrimento. 
(premissa)
2. (Portanto) Existem casos de sofrimento intenso para os quais não há bens 
maiores que seriam perdidos ou males igualmente maus ou piores que seriam 
permitidos se um ser perfeito fosse impedir aqueles casos de sofrimento. (1)
No primeiro estágio do CAER, a inferência de 1 para 2 de Rowe, diria Wykstra, 
◦ só funciona se for razoável Rowe acreditar que, se a premissa 2 fosse falsa, sua 
situação epistêmica provavelmente seria diferente de como é em 1. E o [segundo 
estágio] diz que Rowe tem motivos para pensar que, se 2 fosse falso, 1 seria de se 
esperar de qualquer maneira.
TEÍSMO CÉTICO DE STEPHEN WYKSTRA
Wykstra (1984) escreve:
A cavilha da minha crítica é que se o teísmo for verdadeiro, isso é 
exatamente o que alguém esperaria: pois se consideramos 
cuidadosamente o tipo de ser que o teísmo propõe para a nossa crença, 
é inteiramente esperável – dado o que sabemos dos nossos limites 
cognitivos – que os bens em virtude dos quais esse Ser permite os 
sofrimentos que conhecemos deveriam muito frequentemente não 
serem dados a conhecer. Visto que esse estado de coisas é exatamente o 
que esperaríamos se o teísmo fosse verdadeiro, como a sua ocorrência 
pode ser um indício contra o teísmo? 
O CALVINISMO FAZ DE DEUS O AUTOR DO 
MAL?
Se Deus determina todas as coisas por seu decreto eterno, segue-se 
que Deus determinou o primeiro pecado humano. Deus não se 
limitou a saber que Adão pecaria. Ele não apenas permitiu que Adão 
pecaria. Não, Deus determinou deliberadamente (intencionalmente) 
que Adão pecaria. Ou seja, Deus decidiu antecipadamente que Adão 
pecaria e, de alguma forma, causou pecado a Adão. Nesta visão, 
Deus causou intencionalmente o primeiro pecado, que assim faz 
Deus o autor do pecado (ou pelo menos o autor do pecado 
humano). Mas essa conclusão é incompatível com a perfeição moral 
de Deus, que é um princípio (dogma) essencial do teísmo cristão.
O CALVINISMO ELIMINA A 
RESPONSABILIDADE HUMANA?
De acordo com a ortodoxia cristã, os calvinistas querem insistir em 
que Adão pecou livremente e foi mantido moralmente responsável 
por seu pecado. Os calvinistas devem, portanto, estar 
comprometidos com o compatibilismo: a tese de que a liberdade 
humana e a responsabilidade moral são compatíveis com o 
determinismo.
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
(DD) Para cada evento E, Deus decidiu que E deveria 
acontecer e essa decisão foi a causa final (última, principal, 
definitiva) suficiente de E.
Eu simplesmente usarei o termo “causa” no sentido 
geralmente entendido de trazer (provocar): para Deus 
causar E é para Deus trazer (provocar) E.
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
CAUSALIDADE DIVINA É DIFERENTE DA CAUSALIDADE 
INTRAMUNDANA.
A causalidade divina é única em vários aspectos. Por exemplo, como 
agentes causais, podemos provocar mudanças nas coisas existentes, 
mas, ao contrário de Deus, não temos à nossa disposição o tipo de 
causalidade que pode trazer as coisas à existência ex nihilo, sustentá-
los na existência, ou aniquilá-los. As causas intramundanas têm uma 
localização espacial; Deus não. A causação divina não é temporal na 
forma como a causação intramundana é temporal.
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
CAUSALIDADE DIVINA É DIFERENTE DA CAUSALIDADE 
INTRAMUNDANA.
À luz da distinção Criador-criatura, então, devemos reconhecer que a 
causalidade divina é de uma ordem totalmente diferente da 
causalidade das criaturas. Ela opera em um nível próprio. A causação 
divina é sui generis e, portanto, é relacionada apenas de forma 
análoga (analogicamente) à causação das criaturas.
RESPOSTA DO 
MODELO DE AUTORIA
Embora este modelo possa ser 
consistente com a visão calvinista 
da providência, pelo menos em 
um nível superficial, é mal falido 
na medida em que não reflete a 
realidade de que a causalidade 
divina opera em um nível 
fundamentalmente diferente da 
causalidade intramundana. 
RESPOSTA DO 
MODELO DE AUTORIA
Esse modelo capta que a 
causalidade divina é uma ordem 
fundamentalmente diferente da 
causalidade intramundana.
Nesta maneira de retratar, os atos 
de criação e providência de Deus 
são analogizados à criação 
humana de um romance
RESPOSTA DO 
MODELO DE AUTORIA
Com este modelo em mente, podemos 
assim estabelecer uma distinção 
fundamental entre α-causação (causação 
divina) e β-causação (causação 
intramundana). Para cada criatura C: (1) 
Deus α-causa com que C exista em primeiro 
lugar; (2) Deus α-causa com que C continue 
a existir (isto é, α-causação sustenta a 
existência de C); e (3) Deus α-causa com 
que C tenha os poderes β-causais que 
possui. (4) Deus α-causa com que C exerça 
seus poderes β-causais exatamente da 
maneira que ele exerce.
RESPOSTA DO 
MODELO DE AUTORIA
Dado que α-causação(causalidade) e 
β-causação(causalidade) operam em 
diferentes níveis, devemos evitar 
dizer que "Deus causou C para causar 
E", o que sugere uma cadeia causal 
unívoca e horizontal.
Em vez disso, é melhor dizermos 
"Deus causou a causa de C de E" - ou, 
mais precisamente, “Deus α-causou 
C β-causadora de E.”
RESPOSTA DO 
MODELO DE AUTORIA
Dado que α-causação(causalidade) e 
β-causação(causalidade) operam em 
diferentes níveis, devemos evitar 
dizer que "Deus causou C para causar 
E", o que sugere uma cadeia causal 
unívoca e horizontal.
Em vez disso, é melhor dizermos 
"Deus causou a causa de C de E" - ou, 
mais precisamente, “Deus α-causou 
C β-causadora de E.”
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
Com esta breve exploração do determinismo causal divino 
anteriormente, estamos agora em uma posição mais forte para 
avaliar o problema supostamente incapacitante enfrentados pelo 
calvinismo em relação ao primeiro pecado. 
Há sentidos moralmente inofensivos em que alguém pode ser “o 
autor do pecado”, a saber, através da autoria de um romance em que 
os atos pecaminosos são cometidos, embora moralmente 
reprovados pelo autor. 
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
A verdadeira questão é se o calvinismo implica que Deus é "o autor 
do pecado" em qualquer sentido moralmente condenável.
Os teólogos de Westminster – todos bons calvinistas - negaram 
explicitamente que Deus é "o autor ou aprova o pecado", contudo, 
eles também afirmaram explicitamente que Deus predestina todos 
os eventos, incluindo atos humanos pecaminosos.
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
Sua insistência de que Deus não é o aprovador do pecado é bastante 
clara: Deus, sendo puro e santo, não tem prazer nem aprovapecado 
enquanto pecado. 
Aqui devemos observar a declaração imediatamente precedente na 
Confissão de Westminster: "a pecaminosidade dela procede apenas 
da criatura, e não de Deus".
Em termos de nossas distinções anteriores, os calvinistas podem 
dizer que as criaturas β-causa o mal, mas Deus nunca β-causa o mal. 
Deus, no entanto, α-causa as criaturas β-causadora do mal.
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
Não seria moralmente condenável que Deus α-cause uma criatura β-
causadora do mal? Isso não faria Deus culpado pelo mal? 
Pode-se argumentar que Deus seria culpado por algum princípio de 
transferência de culpa ou a culpa surge diretamente de uma conexão 
causal ao mal.
R: (1) Tal princípio de transferência de culpa não é válido em geral. (2) A 
culpa depende das intenções de S em trazer E e se S tem fundamentos 
moralmente justificativos para provocar E. (3) Mesmo que devêssemos 
conceder que esses tipos de princípios de culpa se aplicam à causalidade 
intramundana, seria precipitado assumir que tais princípios também se 
aplicam à causação divina. 
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
(3) Mesmo que devêssemos conceder que esses tipos de princípios 
de culpa se aplicam à causalidade intramundana, seria precipitado 
assumir que tais princípios também se aplicam à causação divina. 
Vimos que α-causação é sui generis. Ele opera em um nível diferente 
da β-causação - pode-se dizer que ele opera ortogonalmente - e isso 
difere da β-causação em aspectos significativos. Não poderia isto ser 
mais um ponto de diferença? Se o Modelo Autoral da Providência 
estiver próximo da ilustração, por que pensar que o Autor Divino 
deve ser culpado por realizar um romance na qual os personagens 
cometem pecados?
RESPOSTA DO MODELO DE AUTORIA
O ónus da prova reside, portanto, nos críticos do calvinismo para 
mostrar que a causação divina deve transferir ou gerar culpabilidade 
moral, pelo menos em alguns casos, ou que, mesmo com as 
melhores intenções, Deus não poderia ter razões moralmente 
justificadoras para α-causar sua criatura β-causadora do mal.
Em suma, o que é amplamente considerado como um grave 
problema para o Calvinismo - que faz com que Deus seja o autor do 
pecado - só aparece assim, enquanto o termo "autor" é deixado 
ambíguo e não analisado.
E A RESPONSABILIDADE HUMANA?
ARGUMENTO DA MANIPULAÇÃO
Pense num cenário no qual as escolhas de uma pessoa foram causalmente 
determinadas. Sua intuição diz que elas foram responsáveis por suas 
escolhas?
R: as intuições das quais os argumentos dependem são inteiramente 
elucidadas pela reflexão sobre casos de determinação causal 
intramundana. O calvinista diz que Deus α-causou o pecado de Adão, mas 
ele não o β-causou. Não podemos simplesmente supor que nossas 
intuições naturais sobre a β-causação podem ser transferidas sem 
qualificação para α-causação. Isso é cometer a falácia do equívoco.
RESPOSTA AGOSTINIANA
Eles se questionam: o que, no entanto, significa dizer que Deus 
"causa" o mal, em vez de simplesmente o permitir? 
Há duas maneiras diferentes de entender a reivindicação. Primeiro, 
poderia ser a afirmação de que Deus causa (provoca) o mal. Em 
segundo lugar, pode ser que Deus intenciona (pretende, quer) o mal.
RESPOSTA AGOSTINIANA
A Aquino está comprometida com as duas reivindicações seguintes:
◦ O conhecimento de Deus é a causa do que sabe.
◦ Deus sabe tudo, tanto bom quanto mal. (Suma Teológica 1.14.8 e 
1.14.9)
Certamente parece seguir isso
◦ O conhecimento de Deus é a causa de tudo, tanto bom quanto mal.
RESPOSTA AGOSTINIANA
Todo mal é uma privação. Somente o bem é real; o mal é 
simplesmente uma ausência de algo bom.
Para ilustração, pense na analogia que Deus cria um pedaço de 
queijo. Deus faz o queijo, mas ele não causa os buracos no queijo. 
A ideia agostiniana é que esta estratégia básica pode ser aplicada a 
todos os tipos de mal. Assim, por exemplo, Deus não causar a morte 
per se. Em vez disso, ele faz com que os indivíduos existam com um 
período limitado de vida terrena. No final de seu período, eles 
deixam de estar vivos, mas Deus não causa a ausência de vida, pois é 
genuinamente uma ausência.
RESPOSTA AGOSTINIANA
Critica: Se o mal é uma privação, Deus não o causa, porque é uma 
mera ausência, uma não-entidade. Do mesmo jeito, no entanto, 
pode-se pensar, ninguém mais causa o mal também.
R: A “causação de privação” exige:
(1) mudanças no tempo e (2) padrão da causalidade.
Deus não causa ao longo do tempo e ela não opera no contexto de 
algum outro padrão causal. Mas um rato que morde o queijo causa o 
buraco porque há (1). E a doença causa deformidade porque altera o 
desenvolvimento normal da pessoa, no caso, (2).
RESPOSTA AGOSTINIANA
Portanto, Deus faz tudo o que é bom e meramente permite 
ou autoriza tudo o que é mau: Deus "permite" buracos no 
queijo, desastres no mundo e almas pecaminosas, não no 
sentido de que ele compartilha seu controle soberano com 
outros agentes, ou deixa as coisas ao acaso, mas no sentido 
de que ele não cria tudo como uma instância perfeita de seu 
tipo, deixando "ausências" que equivalem a males.
RESPOSTA AGOSTINIANA
OBJEÇÃO: Se Deus criar um pedaço de queijo suíço, pode 
ser estritamente correto dizer que ele não causa os buracos 
no queijo, mas seria desafiar a credulidade dizer que Deus 
não é responsável pelos buracos no queijo. Da mesma 
forma, se o mundo contém avareza e morte, não 
permitimos que Deus evite a responsabilidade por esses 
males apenas descrevendo-os como ausências.
RESPOSTA AGOSTINIANA
RESPOSTA:
Considere a seguinte analogia: um carro está parado e outro 
carro se dirige nele. Qual carro causou o acidente?
A verdadeira questão por trás, "Qual carro causou o 
acidente?" é "Qual carro é culpado pelo acidente?" e parte 
do que explica a resposta é a base normativa de direitos e 
deveres. 
RESPOSTA AGOSTINIANA
RESPOSTA:
Deus não é responsável (ou seja, culpado) porque o mal 
segue da afirmação de que os males são meras privações de 
bens, juntamente com a suposição de que Deus não tem 
deveres ou responsabilidades para causar bens em suas 
criaturas.
RESPOSTA AGOSTINIANA
Considere esta passagem de Garrigou-Lagrange, um tomista conservador 
amigável ao TD, que ilustra bem o padrão de argumento:
[A objeção é executado:] Se, de fato, a doação de graça eficaz é a causa de 
não resistir [graça suficiente], que é um bem, então a não-doação é a 
causa da resistência, o que é um mal. . . . [Em resposta:] Os tomistas 
dizem. . . o fato de que a graça não é doada (concedida) não é a causa da 
omissão do ato salutar. A omissão é um defeito que procede 
exclusivamente de nossa defectibilidade e de nenhuma maneira de Deus. 
Dele teria procedido só se Ele fosse obrigado, se Ele o devesse a Si 
mesmo, para nos manter sempre na realização do bem [o que ele não 
faz]. . . Portanto . . . Não é verdade dizer que o homem resiste ou peca 
porque é privado de graça eficaz. Resiste por causa de sua própria 
defectibilidade, que Deus não é obrigado a remediar.
DEUS QUER O MAL?
MAS E A INTENÇÃO DE DEUS?
Suponha, por exemplo, que Deus criou Judas, com a intenção de que 
ele seria condenado para sempre. Não importa se Deus tem outros 
propósitos para essas ações. A objeção é que Deus trouxe 
intencionalmente (não diremos "causados") vários males. 
DEUS QUER O MAL?
Princípio do duplo efeito (PDE):
i. A ação não está intrinsecamente errada (é boa ou pelo menos 
indiferente)
ii. Pelo menos um bom efeito(resultado) é intencionado 
(pretendido)
iii. Não se intenciona (pretende) nenhum mal, como um fim ou 
um meio
iv. O bem feito fornece uma razão boa o suficiente para produzir o 
mal.
DEUS QUER O MAL?
TD mantém, de fato, que a vontade de Deus determina qualquer 
outro fato contingente. Não se segueque Deus intenciona 
(pretenda, quer) qualquer outro fato contingente. Tudo o que 
acontece é uma consequência, de fato uma consequência 
determinista, da ação de Deus de causalidade primeira, mas nem 
tudo o que acontece precisa ser uma consequência intencionada 
(pretendida). Algumas das coisas que Deus traz pode ser previsto, 
mas não intencionado.
DEUS QUER O MAL?
Antes de Deus criar o mundo ele contemplava infinitos 
mundos possíveis, mundos que poderiam ser criados. As 
suas razões para criar o mundo que ele cria são 
simplesmente os bons aspectos do mundo e todos esses 
aspectos são intencionados. Os aspectos maus ele prevê, 
mas não tem a intenção. Nesta imagem da atividade 
criadora de Deus, nenhum mal é intencionado.
DEUS QUER O MAL?
Retornando especificamente à PDE, desde que (i) a criação 
do mundo não seja intrinsecamente errada, (ii) há pelo 
menos algo bom na criação, e (iv) os bons aspectos da 
criação, pesados contra os aspectos ruins, são uma razão 
boa o suficiente para criar o mundo.
DEUS QUER O MAL?
Portanto, pode-se acreditar e confiar em um Deus 
completamente soberano, sem se preocupar com o fato de 
que ele causa(faz) ou intenciona(quer) o mal.
O PROBLEMA DO INFERNO
“Historicamente, talvez a razão mais eficaz para rejeitar 
qualquer tipo de determinismo divino e endossar, em vez 
disso, o livre-arbítrio libertário é o fato inconcebível que 
pessoas condenadas por Deus irão para o inferno depois de 
determiná-las ao pecado.”
Pereboom, “Free Will, Evil and Divine Providence,” 82.
O PROBLEMA DO INFERNO
“A danação envolve miséria infinita e eterna. Para Deus, 
escolher consignar pessoas a tal destino, quando ele 
poderia facilmente determiná-las à alegria e felicidade no 
céu, é. . . moralmente desagradável. . . Parece-nos um 
exemplo paradigmático de comportamento odioso, não de 
comportamento amoroso”
Baggett and Walls, Good God, 74.
O PROBLEMA DO INFERNO
Calvino sobre os réprobos (isto é, aqueles predestinados à 
condenação):
eles foram levantados pelo julgamento justo mas inescrutável de 
Deus, para mostrar sua glória pela condenação deles. 
Confissão de Westminster, cap. 3, "do decreto eterno de Deus":
VII. O resto da humanidade [isto é, o não-eleito] Deus se agradou, de 
acordo com o inescrutável conselho de Sua própria vontade, pelo qual 
Ele estende ou retém a misericórdia, como lhe agrada, para a glória 
de Seu soberano poder sobre Suas criaturas, passar por; e ordená-los 
a desonra e ira por seus pecados, para o louvor da Sua gloriosa 
justiça. 
O PROBLEMA DO INFERNO
Aplicando o argumento de Rowe ao caso do inferno:
1. Se o inferno existe, então o inferno é um exemplo de intenso 
sofrimento que um ser onipotente e onisciente poderia evitar sem, 
desse modo, perder algum bem maior ou permitir algum mal 
igualmente mau ou pior.
2. Um ser onisciente e totalmente bom impediria a ocorrência de 
qualquer sofrimento intenso que pudesse, a menos que não pudesse 
fazê-lo sem, desse modo, perder algum bem maior ou permitir algum 
mal igualmente mau ou pior.
3. Se o inferno existe, então não existe um ser onipotente, 
onisciente, totalmente bom.
O PROBLEMA DO INFERNO
Oferecerei uma explicação plausível de por que Deus iria 
predestinar alguém para o inferno. Adotarei o seguinte 
relato de uma realidade plausível:
Algum estado de coisas S é plausivelmente real (PA) =df não 
há nenhum argumento claramente probatório contra nós, 
supondo que S seja o caso.
O PROBLEMA DO INFERNO
Proponho que possamos oferecer uma explicação de por 
que Deus seria motivado a reprovar se houvesse (a) algum 
bom estado de coisas para o qual a reprovação é uma 
condição necessária, e também que (b) o grau de 
intensidade ou quantidade do bom estado de coisas não é 
tão baixo a ponto de obviamente não valer a pena, dado o 
mal que o acompanha. 
O PROBLEMA DO INFERNO
Minha resposta para a pergunta sobre o que restringe a vontade 
de Deus de salvar todas as pessoas é esta: é o supremo 
compromisso de Deus manter e exibir toda a extensão de sua 
glória através da demonstração soberana de todas as suas 
perfeições, incluindo sua ira e misericórdia, para o desfrute de 
seu povo escolhido e crente. . . Esta alegria eterna e crescente 
do povo de Deus em todas as perfeições de Deus é o resplendor 
da glória de Deus, que era o seu principal objetivo na criação e 
redenção.
John Piper, The Pleasures of God, 339.
O PROBLEMA DO INFERNO
A graça e misericórdia de Deus [podem ser] mostradas a 
todos os agentes humanos em sua eleição (em Cristo), e sua 
ira e justiça [podem ser] mostradas na morte de Cristo, que 
expia o pecado e a culpa de todos os agentes humanos 
caídos. 
Oliver Crisp, “Augustinian Universalism,” 137
O PROBLEMA DO INFERNO
Se Cristo fosse a única pessoa humana a quem a justiça 
divina era visitada, como substituto vicário dos pecadores. . 
. , isso não teria a conexão certa com o merecimento, 
porque Cristo não merece ser punido - ele age vicariamente 
(e sem pecado) em favor de seres humanos pecadores que 
merecem punição. 
Oliver Crisp, “Is Universalism a Problem?,” 22.
O PROBLEMA DO INFERNO
Bens que seriam perdidos se só Cristo sofresse:
(1) ver a ira de Deus que tem a conexão apropriada com o 
merecimento.
(2) um espetáculo contínuo da justiça retributiva de Deus 
punindo.
(3) Uma melhor compreensão do que a justiça exige para 
diferentes pecados.
(4) Uma percepção maior da majestade de Deus. 
O PROBLEMA DO INFERNO
(4) Uma percepção maior da majestade de Deus. 
Jonathan Edwards diz que na punição dos pecadores, Deus 
“vindica e honra [sua majestade], e faz parecer, como é de 
fato, infinito, mostrando que é infinitamente terrível para o 
desprezar ou ofender”
Edwards, “Eternity of Hell Torments,” 87
O PROBLEMA DO INFERNO
(5) Gratidão através da apreciação da natureza da alternativa.
Edwards também escreve sobre os eleitos no céu: “Quando eles virem 
quão terrível é a ira de Deus, isso os fará mais valorosos por seu amor. 
Eles se regozijarão mais, que eles não são os objetos da ira de Deus, 
mas de seu favor. . .” Edwards, “Wicked Useful in Their Destruction,” 
127. 
Isso é verdade por causa do seguinte princípio: 
“Um sentimento da miséria oposta, em todos os casos, aumenta muito 
o prazer de qualquer alegria ou prazer.” Edwards, “Eternity of Hell 
Torments,” 87.
O PROBLEMA DO INFERNO
(5) Gratidão através da apreciação da natureza da alternativa.
Ele expõe o princípio e suas implicações mais completamente 
aqui: “Não haveria manifestação da graça de Deus ou bondade 
verdadeira, se não houvesse pecado a ser perdoado, nem 
sofrimento para ser salvo. Quanta felicidade ele concedeu, sua 
bondade não seria tão valorizada e admirada, e o senso não tão 
grande, como já demonstramos em outro lugar. Nós pouco 
consideramos o quanto o senso de bem é aumentado pelo 
senso do mal, tanto moral quanto natural”.
Edwards, “Concerning the Divine Decress,” 528.
O PROBLEMA DO INFERNO
O que poderia motivar Deus a reprovar um número tão grande? 
(6) Gratidão através da apreciação da probabilidade da 
alternativa. 
“Quando [os eleitos] veem outros, que eram da mesma 
natureza, e nasceram sob as mesmas circunstâncias, e 
mergulharam em tal miséria, e eles se distinguiram, Oh, isso os 
fará sentir quão felizes eles estão.“
Edwards, “Eternity of Hell Torments,” 87.
O PROBLEMA DO INFERNO
O que poderia motivar Deus a reprovar um número tão 
grande? 
(7) Gratidão através da apreciação da frequência da 
alternativa.
(8) Uma justificativa para a preocupação pragmática com a 
salvação. 
(9) Uma apreciação maior da dependência de alguém em 
relação a Deus. 
O PROBLEMA DO INFERNO
(9) Uma apreciação maior da dependência de alguém em 
relação a Deus. 
“A misériados condenados lhes dará um senso maior da 
graça distintiva e do amor de Deus para eles, que ele deve, 
desde toda a eternidade, depositar seu amor neles, e fazer 
uma grande diferença entre eles e os outros que são da 
mesma espécie, e não merecem pior de Deus do que eles ”
Jonathan Edwards
O PROBLEMA DO INFERNO
(9) Uma apreciação maior da dependência de alguém em 
relação a Deus. 
“Toda vez que eles olham para os condenados, eles vão 
incitar neles uma sensação viva e admiradora da graça de 
Deus, fazendo-os diferirem”.”
Jonathan Edwards
O PROBLEMA DO INFERNO
(10) Uma apreciação maior da dependência de alguém em 
relação a Deus. 
A Causa de Deus e Verdade, de John Gill, parte 3, seção 2:
Se Deus houvesse decretado salvar todos os homens e 
preparado a graça salvadora para todos os homens, certamente 
haveria uma demonstração da glória de sua graça e 
misericórdia; mas onde teria sido a declaração de sua ira e 
justiça? Especialmente, a glória da soberania de Deus aparece 
mais por esses decretos distintos do que se tal distinção não 
tivesse sido feita; pois é evidente que ele terá misericórdia de 
quem ele terá misericórdia e a quem endurecerá.
O PROBLEMA DO INFERNO
(11) Uma maior apreciação do ódio de Deus pelo pecado.
(12) Uma maior apreciação do poder de Deus. 
PARCIALISMO FAMILIAR
Parcialismo familiar é a visão de que é moralmente correto 
favorecer os membros da própria família.
PARCIALISMO FAMILIAR
Calvino escreve:
Ao chamar Deus de nosso Pai, nós certamente defendemos 
o nome de Cristo. Pois com que confiança alguém poderia 
chamar Deus de seu pai? Quem teria a presunção de se 
arrogar a honra de um filho de Deus se não tivéssemos 
adotado gratuitamente como seus filhos em Cristo?
PARCIALISMO FAMILIAR
Objeção do amor de Deus: Pode-se pensar que a teodicéia
que eu dou aqui não faz justiça de alguma forma ao amor 
de Deus. Lembre-se da queixa de Baggett e Walls de que a 
reprovação era um “exemplo paradigmático de 
comportamento odioso, comportamento não amoroso”.
PARCIALISMO FAMILIAR
RESPOSTA:
O comportamento odioso é um comportamento motivado 
pelo ódio. Então, se pudermos consistentemente supor que 
Deus em reprovação está fazendo isso por um motivo 
amoroso, então essa objeção perderá sua força. 
COMO A GLÓRIA DE DEUS 
REVELADA NA CRUZ NOS 
AJUDA A VENCER OS 
SOFRIMENTOS PESSOAIS

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