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Embriófitas: Plantas Terrestres

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Embriófitas: plantas com embrião 
(plantas terrestres) 
Hepáticas Musgos Antóceros 
Plantas vasculares 
Leliaert et al. (2012) 
Molecular evolution of green algae. 
Embriófitas ou 
plantas terrestres 
Viridiplantae, Chlorobionta ou plantas verdes 
Sinapomorfias: clorofila b, amido dentro do 
cloroplasto, tilacoides organizados em grana. 
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Leliaert et al. (2012) 
Molecular evolution of green algae. 
Embriófitas ou 
plantas terrestres 
Sinapomorfias de 
streptófitas: 
 
• estrutura basal dos flagelos 
em 2 bandas de microtúbulos, 
uma grande e outra pequena. 
 
• enzima glicolato-oxidase 
(peroxissomos). 
 
• células flageladas 
assimétricas. 
 
• fibrilas de celulose com 
diâmetro menor. 
Hepáticas 
 
Musgos 
 
Antóceros 
 
Lycophyta (licófitas) 
Monilophyta (monilófitas) 
 
“Gimnospermas” (com 
sementes nuas) 
 
Angiospermas (com sementes 
protegidas pelo fruto) 
Traqueófitas ou 
plantas vasculares 
“Briófitas” (avasculares) 
“Pteridófitas” 
(sem sementes) 
Espermatófitas 
Embriófitas ou 
plantas terrestres 
Sinapomorfias de embriófitas: 
• esporângios e gametângios protegidos por células estéreis. 
• embrião. 
• cutícula. 
• parênquima. 
• esporopolenina (esporos). 
3 
• Mudanças morfológicas e 
reprodutivas ???? 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
• esporângios revestidos de células estéreis: 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
Hepática 
• camada de células estéreis e 
tecido interno produtor de esporos 
(esporogênico). 
 
• produção de numerosos esporos 
por esporângio (até milhões). 
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Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
Anterídio (masculino) 
anterozoides flagelados 
(gametas) 
Arquegônio (feminino) 
1 oosfera (gameta) 
Oogônio 
Anterídio 
Chara sp. (exceção em algas) 
• gametângios revestidos de células estéreis. 
• embrião: desenvolve um esporófito jovem, dependente 
do gametófito feminino. 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
• após a fecundação, o zigoto é mantido 
no gametófito feminino. 
• o zigoto sofre várias mitoses originando 
um embrião multicelular (matrotrófico). 
• o embrião se desenvolve no 
esporófito jovem, dentro do 
arquegônio. 
5 
• cutícula: polímeros de ácidos graxos e ceras (evita a 
perda de água). 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
Simpson (2006) 
• parênquima: aumenta a eficiência metabólica mediante o 
espessamento do tecido fundamental (ex. fotossintetizante). 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
www.revistaciencias.com 
Corte transversal de uma hepática 
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• esporos revestidos de esporopolenina (politerpeno): 
polímero resistente à decomposição e aos agentes químicos. 
Embriófitas: novidades evolutivas para a ocupação 
do ambiente terrestre 
Esporos em tétrades (meiose espórica em todas as plantas terrestres). 
Riccia (hepática): esporófito 
Raven et al. (2007) 
Esporo de musgo 
Simpson (2006) 
Registro mais antigo de uma 
planta terrestre: tétrade de 
esporos de uma hepática - 
475 m.a.(Ordoviciano) 
Campbell et al. (2010) 
Hepáticas 
 
Musgos 
 
Antóceros 
 
Lycophyta (licófitas) 
Monilophyta (monilófitas) 
 
“Gimnospermas” (com 
sementes nuas) 
 
Angiospermas (com sementes 
protegidas pelo fruto) 
Traqueófitas ou 
plantas vasculares 
“Briófitas” (avasculares) 
“Pteridófitas” 
(sem sementes) 
Espermatófitas 
Embriófitas ou 
plantas terrestres 
Sinapomorfias de embriófitas: 
• esporângios e gametângios protegidos por células estéreis. 
• embrião. 
• cutícula. 
• parênquima. 
• esporopolenina (esporos). 
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antóceros hepáticas 
musgos 
Antóceros 
(Anthocerotophyta, 
Clase Anthocerotae) 
Hepáticas 
(Marchantiophyta, 
Classe Hepaticae) 
Musgos 
(Bryophyta, 
Classe Musci) 
12 gêneros 
± 150 espécies 
± 377 gêneros 
6.000-8.000 espécies 
 
± 700 gêneros 
10.000-14.000 espécies 
3ro grupo mais diversificado 
(angiospermas e samambaias) 
“Briófitas” - diversidade 
• principalmente em ambientes 
terrestres úmidos. 
• importantes colonizadores de rochas 
(= liquens). Sensíveis à poluição. 
• muitas habitam locais relativamente 
secos (ex. deserto) e um número 
expressivo estão adaptadas a regiões 
polares (ex. Antártica). 
• poucas espécies são aquáticas e não 
existem espécies marinhas. 
Ainda há dependência da água para a 
reprodução  o anterozoide flagelado 
“nada” para fecundar a oosfera. 
Riccia sp. 
“Briófitas” - ocorrência 
8 
• plantas terrestres avasculares, pequenas (sem raiz, caule 
nem folhas), morfologia talosa ou folhosa. 
 
• reprodução vegetativa (assexuada): 
 fragmentação e propágulos. 
 
 
• ciclo de vida alternância de gerações (diplobionte) 
heteromórfico, reprodução oogâmica. 
• gametófito (n): fase duradoura, ramificada e 
independente. 
• esporófito (2n): fase efêmera (exceto em antóceros), 
não ramificada e nutricionalmente dependente do 
gametófito (parcial ou total). 
“Briófitas” – outras características 
Marchantia sp. 
9 
10 
“Briófitas” – características das classes 
Antoceros sp. 
Marchantia sp. 
Sphagnum sp. 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
GAMETÓFITO (n) – fase duradoura 
Taloso simples 
(associação com 
cianobactérias) 
Taloso (simples ou 
complexo) 
Folhoso (80% espécies) 
Folhoso 
(filídios, caulídio e rizoides) 
Simetria dorsiventral Simetria dorsiventral Simetria radial 
filídios 
Talo folhoso 
(alguns 30cm) 
caulídio 
Musgo 
Classe Musci – gametófito 
11 
“Briófitas” – características das classes 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
GAMETÓFITO (n) – fase duradoura 
Protonema ausente Protonema reduzido 
(poucas células) 
Protonema geralmente 
filamentoso e ramificado 
GAMETÓFITO 
FEMININO (n) 
GAMETÓFITO 
MASCULINO (n) 
esporos (n) 
MEIOSE 
protonemas (n) 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
GAMETÓFITO (n) – fase duradoura 
Rizoides unicelulares Rizoides unicelulares Rizoides pluricelulares 
filamentoso e ramificado 
Células condutoras 
ausentes 
Células condutoras de 
água em algumas formas 
talosas 
Algumas espécies com 
hidroides e leptoides 
(gametófito e esporófito) 
--- Poros Estômatos 
hidroides 
leptoides 
12 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
GAMETÓFITO (n) – fase duradoura 
Anterídios e arquegônios 
imersos no talo 
Anterídios e arquegônios 
superficiais 
Anterídios e arquegônios 
apicais e superficiais 
Arquegonióforo  
arquegônio 
Anteridióforo  anterídios 
Anterídios (♂) 
Arquegônio (♀) 
Arquegônio (♀) 
Anterídios (♂) 
Anterídios (♂) 
Arquegônio (♀) 
Symphyogyna sp. 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
GAMETÓFITO (n) – fase duradoura 
Anterídios e arquegônios 
imersos no talo 
Anterídios e arquegônios 
superficiais 
Anterídios e arquegônios 
apicais e superficiais 
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Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
ESPORÓFITO (2n) - fase efêmera 
Grande, com cápsula 
alongada, clorofilado. 
Delicados, pequeno,geralmente aclorofilados. 
 
Grande, com cápsula bem 
diferenciada, clorofilada. 
Fotossintetizante no 
começo. 
Estômatos não funcionais 
Cutícula 
Pode apresentar estômatos 
 
Sem seta Seta efêmera Seta persistente 
Classe Musci – esporófito 
Pé – imerso no tecido do gametófito. 
 Responsável pela absorção de substâncias. 
seta 
cápsula 
(esporângio) 
opérculo 
caliptra 
(tecido do 
arquegônio) 
seta 
dentes do peristômio 
14 
Antóceros 
Classe Anthocerotae 
Hepáticas 
Clase Hepaticae 
Musgos 
Classe Musci 
ESPORÓFITO (2n) - fase efêmera 
Deiscência longitudinal Deiscência longitudinal Deiscência transversal 
(opérculo) 
Pseudo-elatérios (vento) Elatérios Dentes do peristômio 
Crescimento contínuo. 
Columela central. 
Crescimento definido Crescimento definido 
Esporos: maturação 
gradual 
Esporos: maturação 
simultânea 
Esporos: maturação 
simultânea 
Importância de “briófitas” 
• Colonizadores primário de rochas (~ liquens). 
• reduzem erosão do solo capturando água e nutrientes. 
• fornecem abrigo para a microfauna. 
• favorecem a germinação de sementes (sucessão). 
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Importância de “briófitas” 
• Sensíveis à poluição (bioindicadores). 
• Importantes produtores primários (tundras até florestas 
tropicais). 
• Turfeiras – importância econômica,ecológica e arqueológica. 
• sumidoro de carbono, redução do efeito estufa. 
• biorremediação (metais, hidrocarbonetos). 
• material para composição do solo. 
• utilizado como combustível doméstico. 
Importância de “briófitas” 
• Sphagnum sp. (musgo) 
• parede celular com grande capacidade de absorção de 
substâncias básicas, liberando íons H+ e promovendo a 
acidificação do meio (até pH 3). 
• atividade antimicrobiana, impede a proliferação de 
organismos decompositores. 
• grande absorção água – algodão na 2ª guerra mundial. 
 
16 
Algas verdes (Clorófitas) 
Algas verdes (Carófitas) 
“Briófitas” (embriófitas) 
Filogenômica baseada em genomas plastidiais (completos), obtidos com NGS (Next 
Generation Sequencing). Ruhfel et al. (2014). BMC Evolutionary Biology 14: 23. 
Qual o grupo irmão das plantas vasculares? 
Plantas vasculares (embriófitas) 
Hepáticas 
 
Musgos 
 
Antóceros 
 
Lycophyta (licófitas) 
Monilophyta (monilófitas) 
 
“Gimnospermas” (com 
sementes nuas) 
 
Angiospermas (com sementes 
protegidas pelo fruto) 
Traqueófitas ou 
plantas vasculares 
“Briófitas” (avasculares) 
“Pteridófitas” 
(sem sementes) 
Espermatófitas 
Embriófitas ou 
plantas terrestres 
Sinapomorfias de embriófitas: 
• esporângios e gametângios protegidos por células estéreis. 
• embrião. 
• cutícula. 
• parênquima. 
• esporopolenina (esporos). 
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LIVROS: 
 
• Raven, P.H., Evert R.F. & Eichhorn S.E. 2007. 
Biologia vegetal. 
 
• Simpson, M.G. 2006. Plant systematics. 
 
• Smith, G.M. 1955. Botânica criptogâmica: Briófitos e 
pteridófitos. Vol. 2. 
 
• Joly A.B. 1976. Introdução à Botânica.

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