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Origem, evolução das Plantas Terrestres: “Briófitas” Quem seria o grupo irmão das Plantas Terrestres? Ernest Haeckel (1834-1910) Clorophyta Charophyta Alga ancestral Evolução das Plantas Origem Evidências celulares e posteriormente genéticas sugeriram que o grupo-irmão das plantas terrestres estaria em alguma linhagem da Algas Verdes Algas Verdes: duas linhagens Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Endossimbiose Secundária Endossimbiose Terciária Cianobactéria Clorofíceas Vegetais Rodofíceas Feofíceas e Diatomáceas Haptófitas Euglenofíceas Dinoflagelados Árvore Genealógica dos Cloroplastos W. Ford Doolittle (2000). Scientific American Transferência horizontal de genes... Mas estudos filogenéticos também evidenciaram a existência de pelos menos duas linhagens nas Algas Verdes: as clorófitas e as carófitas (algas carófitas ou estreptófitas), o que as tornariam um grupo parafilético... Clorophyta Charophyta Hepáticas Antóceros Musgos Licopódeos Samambaias Coníferas Plantas com flores Reino Plantae Embriões são protegidos Alga ancestral Evolução das Plantas Chlorophyta Classificação após filogenias moleculares Não monofilético Várias classes distintas, onde as Chlorophyceae são bem separados das Charophyceae em termos moleculares. As Charophyceae, após evidências moleculares são consideradas precursoras das plantas verdes terrestres. Chlorophyta, as algas verdes Diferentes tipos de fusos durante a divisão do citoplasma p/ formar 2 células filhas Fragmoplasto: placa do centro p/fora = plantas Proximidade das Carofíceas com as plantas Charophyceae Choleochaete .. canais de evolução. - Organização unicelular -- parenquimatosa Isogâmia – oogâmica (oosfera grande e imóvel) - Ciclo de vida simples -- elaborado anterídeo Oogônio -cloroplastos com grana bem desenvolvidos -células móveis assimétricas, com flagelos laterais (ex.: anterídeos) Ordem Choleochaetales ● zigotos === dentro do talo parental Choleochaete Chara Charophyceae Divisão celular: Fragmoplasma na Citocinese Plasmodesmo conectando as células vegetais . Algumas são fortemente calcificadas . Talos diferenciado em regiões nodais e intermodais . Charales, como Coleochaete, briófitas e plantas vasculares exibem crescimento apical Em Nitella e Chara podemos observar: - Gametângios masculinos e feminimos que podem ser denominados como anterídeos e oogônios; - Que elas retêm o óvulo e o zigoto (mesmo que brevemente) como parte do seu corpo vegetal; - Os anterídios e oogônios são revestidos por algumas células longas, tubulares e torcidas em uma posição análoga ao gametângio característico das plantas sem sementes. - Acredita-se que o zigoto germine após a fecundação, e são envoltos por paredes grossas que apresentam esporopolenina. . Nitella sp. Chara sp. Ciclo de vida haplobionte-haplonte Todos os grupos em Charophyceae apresentam um ciclo de vida haplobionte-haplonte. Ao contrário das Ulvophyceae, que a maioria apresenta ciclo diplobionte. Todas as plantas terrestres são diplobiontes. Ulvophyceae é a precursora das plantas terrestres? Estudos moleculares mostram que as precursoras são as Charophyceae. Como pode ser interpretada essa mudança no ciclo de vida de haplobionte-haplonte para diplobionte? Teoria antitélica – não ocorreu a meiose no zigoto e este, por divisões mitóticas, formou a planta produtora de esporos, onde na sua formação ocorreu meiose. Todas plantas terrestres, fósseis ou não, apresentam os esporos com marcas (trilets) que demonstram já estar ocorrendo meiose não-zigótica. Evidências da invasão das plantas no ambiente terrestre O que separa as briófitas das algas verdes? • Gametângios com uma camada externa de células estéreis anterídio h t http://faculty.tamu- commerce.edu/fmiskevich/BSC203- %20Cell%20Biology/cell%20histology/a ntheridium1.JPEG arquegônio O que separa as briófitas das algas ? Por que briófita não é alga verde ? • Gametângios com uma camada externa de células estéreis – Neste caso - • Chara é uma briófita ??? h t O que separa as briófitas das algas ? • Gametângios com uma camada externa de células estéreis • Desenvolvimento do zigoto, formando um embrião dentro do arquegônio O que separa as briófitas das outras plantas terrestres ? • ausência de sistema vascular • ausência de raízes • parênquima • geração gametofítica dominante/ esporofítica dependente • esporófito monoesporangiado Clorophyta Charophyta Alga ancestral Evolução das Plantas Clorophyta Charophyta Hepáticas Antóceros Musgos Licopódeos Samambaias Coníferas Plantas com flores Atraqueófitas Embriões são protegidos Alga ancestral Evolução das Plantas Traqueídes Traqueófitas Clorophyta Charophyta Hepáticas Antóceros Musgos Licopódeos Samambaias Coníferas Plantas com flores Atraqueófitas Embriões são protegidos Alga ancestral Evolução das Plantas Traqueídes Traqueófitas Clorophyta Charophyta Hepáticas Antóceros Musgos Licopódeos Samambaias Coníferas Plantas com flores Atraqueófitas Embriões são protegidos Alga ancestral Evolução das Plantas Traqueídes FanerógamasSementes Criptógamas Vasculares Evolução Ancestral comum Surgimento de traqueídes Surgimento de sementes Surgimento de flores, frutos, endosperma triplóide Atraqueófitas Licopódios Cavalinhas Psilófitas Samambaias Cícadas Coníferas Ginkgos Gnetófitas Angiospermas Traqueófitas sem sementes G im n o s p e rm a s E sp erm ató fita s T raq u eó fita s Evolução das Plantas Atuais - Pequenas - Lugares úmidos e sombrios - Importante na diversidade vegetal: armazenam C. Características ATRAQUEÓFITA: ausência de vasos condutores As briófitas Marchantia polymorpha A água e nutrientes são transportados de célula a célula por todo o vegetal. As células são conectadas por plasmodesmos, também observado nas algas verdes carófitas. QUEM SÃO AS BRIÓFITAS ou ATRAQUEÓFITAS? Plantas pequenas Sem flores Sem sistema vascular Sem raízesHepáticas Antóceros Musgos Filo Hepatophyta Filo Anthocerophyta Filo Bryophyta Grupo parafilético PLANTAS TERRESTRES – EMBRYOPHYTA – EMBRIÓFITAS *Liverworts: hepáticas, Hornworts: antóceros 1. Crescem sobre pedra, formação do solo 2. Formam “tapete” reduzindo erosão 3. Como esponja, retém e libera água devagar 4. Habitat p/ outra planta, pequeno animal 5. Simbiose cianobactéria: Ciclo do N 6. Sem cutícula absorvem poluição: bioindicadores BRIÓFITAS Importância econômica & ecológica CaracterísticasAs Briófitas -‘Talóides’ - TALOS: delgados >>>>> absorção de água e CO2 Riccia glauca - Gametófito achatado - Dicotomicamente ramificado Poro de ar na superfície do talo - Não tem raízes - Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. Rizóides multicelulares CaracterísticasAs Briófitas CaracterísticasAs briófitas Marchantia: talos com gemas - Reprodução assexuada Poro de ar na superfície do talo Conceptáculo A relação das briófitas com a água ... levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera. REPRODUÇÃO GAMETÓFITOS (n) gametas móveis, com flagelos Atraqueófitas ou “Briófitas s.l.” Embriões são protegidos Tecido Vascular Verdadeiro Hepáticas *A sequência de apresentação não reflete as relações filogenéticas atualmente aceita, meramente didática Filo Marchantiophyta (= Hepatophyta) Total: ca. 377 gêneros e 6000-8000 spp. “Talóides” Grupo relativamente heterogêneo “Foliosas” - Rizóides unicelulares Características Poro de ar na superfície do talo . A maioria estabelece associações estreitas com glomeromicetos e produzem mucilagem abundante provavelmente para auxiliar na retenção da água . Gametófitos crescem a partir de um meristema apical, e se formam a partir de esporos, ou gemasque formam um filamento semelhante ao protonema Divididas em 3 tipos em 2 clados: talosas simples e hepáticas folhosas e outro das talosas complexas Hepáticas Hepáticas talosas – talos simples Symphyogyna - planta masculina anterídios Talos consistem em lâminas de tecido relativamente indiferenciados Hepáticas talosas – talos simples Symphyogyna - planta feminina arquegônios escama Filo Hepatophyta (=Marchantiophyta) Marchantia polymorpha Riccia glauca Ricciocarpus natans Hepáticas talosas complexas Carecem de estômatos!!! Hepáticas talosas –reprodução assexuada Lunularia Marchantia propágulos conceptáculos Hepáticas talosas – talos complexos câmara fotosintética escama poro rizóide ~30 células região central ~10 ventre/dorso Porção superior (dorsal): fina e rica em clorofila Porção inferior (ventral): incolor e grossa Arquegonióforos Gametófito (n) Marchantia Arquegônio Oosfera Esporófito (2n) Cápsula Arquegonióforos Anteridióforos Anterídeos Pé Tecido espermatógeno Pé Seta Esporângio Elatério Arquegônio dilatado “caliptra” Tecido Esporógeno 2n Oosfera Anterozóide Anterídeo Gametófito ♀ Gametófito ♂ Esporo arquegonióforo anteridióforo Esporos Esporófito maduro 2n Ciclo de vida - Marchantia Relativamente pequeno, não- fotossintético e de vida curta Anteridióforos Marchantia polymorpha Elatérios e esporos Apresentam espessamento de parede higroscópicos (absorvem água) Arquegonióforos Arquegonióforos arquegônio oosfera Filo Hepatophyta Hepáticas foliosas - 4000 spp. - trópicos e subtrópicos Frullania sp. Hepáticas folhosas Hepáticas folhosas . Filídios geralmente em uma única camada de células . Geralmente em duas fileiras de tamanhos iguais e uma fileira de filídios menores (pode ser ausente) Em curto ramo lateral com filídeos modificados, conhecido como androécio Porta o arquegônio, onde se desenvolve o esporófito Porta o arquegônio, onde se desenvolve o esporófito Elatérios Atraqueófitas ou Briófitas Embriões são protegidos Tecido Vascular Verdadeiro Hepáticas Antóceros Filo Anthocerophyta Anthoceros sp. -Antóceros possuem um único cloroplasto por célula como em Choleochaete (alga verde) Rizóides unicelulares Características 100-150 spp. Choleochaete A- Estômato B- Cavidade de mucilagem: contêm colônias da cianobactéria Nostoc que fixa nitrogênio Anthoceros alguns também se associam com glomeromicetos semelhantes às micorrizas Anthocerophyta, os antóceros: esporófito semelhante a chifres Anterídios: anterozóides Arquegônio: oosfera Formação do esporófito Numerosos esporófitos com estômatos podem se desenvolver no mesmo gametófito Maioria unissexuados, as vezes bissexuados Anterídios “cratera” com anterídios Anterídios anterídio Mergulhados na superfície dorsal do gametófito A epiderme inferior do talo contém numerosos poros pequenos delimitados por duas células reniformes, que se assemelham às células-guarda do estômato do esporófito Esporófitos Estrutura vertical alongada: consiste em um pé e uma longa cápsula cilíndrica ou esporângio . Carece de seta Filo Anthocerophyta Anthoceros sp. Esporófito C.L. Esporófito gametófito esporófito Esporos Região meristemática Pé Região meristemática: permite o crescimento contínuo do esporófito O esporófito é verde, uma vez que possui várias camadas de células fotossintetizantes, estando recoberto por uma cutícula e apresenta estômatos que ficam abertos permanentemente, mas ainda nutricionalmente dependente do gametófito Esporófitos Atraqueófitas ou Briófitas Embriões são protegidos Tecido Vascular Verdadeiro Hepáticas Antóceros Musgos Filo Bryophyta Chamados de “musgos” - ca. 32 gêneros e 10.000 spp. Rizóides multicelulares Nervura central Folhas de arranjo espiralado Características Sphagnum Classe Sphagnidae Filo Bryophyta Mecanismo exclusivo de liberação de esporos Filo Bryophyta “musgos” Politrychium Classe Bryidea - "tapete" esverdeado, observado comumente nos solos, muros e barrancos úmidos Maioria das spp. Ca. 9.500 spp. Filo Bryophyta ‘Tecidos condutores’ Classe Bryidea ÁGUA Seiva Hadroma A relação das briófitas com a água TRANSPORTE DE ÁGUA a - através de células condutoras especializadas, os hidróides, os quais são desprovidos de protoplasto vivo na maturidade mas não apresentam paredes celulares lignificadas; existem, também, células condutoras de fotossintatos, os leptóides, que mantêm vivo o seu protoplasto na maturidade; b - através de espaços intercelulares; c - de célula a célula, através das paredes celulares; d - através de células parenquimáticas condutoras; e - através de células hialinas especializadas, providas de poros. f – essas células não são lignificadas Filo Bryophyta Classe Bryidea Divisão celular apical - Permite o crescimento vertical do esporófito Anterídeo (n) Anterozóide (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♀ (n) Anterídeo (n) Arquegônio (n) Oosfera (n) Anterozóide (n) Zigoto (2n) Anterídeo (n) Arquegônio (n) Anterozóide (n) Esporófito (2n) Oosfera (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♀ (n) Anterídeo (n) Arquegônio (n) Anterozóide (n) Seta (2n) Caliptra (n) Opérculo Cápsula (2n) Esporos (n) Oosfera (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♀ (n) Anterídeo (n) Arquegônio (n) Anterozóide (n) Seta (2n) Caliptra (n) Opérculo Cápsula (2n) Esporos (n) Protonema (n) Protonema (n) Oosfera (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♀ (n) Polytrichium GAMETÓFITO -Filamentos estéreis -proteção Polytrichium ESPORÓFITO Franja de dentes ao redor do da abertura do esporângio Peristômio esporófitos Bryophyta Marchantiophyta Anthocerotophyta Briófitas & Plantas Vasculares Presença de gametângios masculinos (anterídios) e gametângio feminino (arquegônios) Retenção do zigoto e do esporófito jovem dentro do arquegônio ou gametófito feminino Esporófito multicelular 2n meiose + esporos Esporângios multicelulares (cél. estéreis + esporógeno) Esporos (com esporopolenina contra decomposição e à dessecação)